Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade Freud - 1905
“Faz parte da opinião popular sobre a pulsão sexual que ela está ausente na infância e só desperta no período da vida designado de puberdade, mas esse não é apenas um erro qualquer, e sim um equívoco de graves conseqüências, pois é o principal culpado de nossa ignorância de hoje sobre as condições básicas da vida sexual. Um estudo aprofundado das manifestações sexuais da infância provavelmente nos revelaria os traços essenciais da pulsão sexual, desvendaria sua evolução e nos permitiria ver como se compõe a partir de diversas fontes.” S.Freud (1915)
Pulsão Processo dinâmico que consiste numa pressão ou força que faz o organismo tender para um objetivo. Segundo Freud, uma pulsão tem sua fonte numa excitação corporal (tensão) e seu objetivo ou meta é suprimir tal estado de tensão Pulsão de autoconservação Pulsão sexual Libido - Energia da pulsão
Amnésia infantil Estruturante do AP Repressão dos desejos incestuosos Encobre os primeiros anos da infância As impressões esquecidas deixariam rastros na nossa vida anímica e se tornariam determinantes para todo desenvolvimento posterior
As inibições sexuais Surgimento da vergonha, asco e exigências dos ideais estéticos e morais Resultado da educação e hereditariedade
Manifestações da Sexualidade Infantil Auto erotismo Pulsão satisfaz-se no próprio corpo A excitação sexual nasce e se apazigúa ao nível de cada zona erógena (prazer do órgão) A atividade auto-erótica é instintiva
Zona Erógena Parte da pele ou mucosa em que certos tipos de estimulação provocam uma sensação prazerosa de determinada qualidade
Alvo sexual infantil Consiste em provocar a satisfação mediante a estimulação apropriada da zona erógena escolhida (resolução da tensão interna)
Atividade da zona oral Origem nas primeiras experiências de prazer (mamar) Estímulo do fluxo do leite cálido foi a origem da sensação prazerosa Lábios comportam-se como zona erógena
Atividade da zona anal Retenção e expulsão do conteúdo intestinal geram prazer
Atividade da zona genital A posição anatômica, as secreções em que estão banhadas, a manipulação advinda dos cuidados com o corpo dão origem a sensação de prazer dos genitais
Masturbação infantil Freud distingue três fases: do período da lactância, por volta dos 4 anos e na puberdade
Disposição perversa polimorfa A criança traz em sua disposição a aptidão para todas as transgressões, pois conforme a idade desta, os diques anímicos contra os excessos sexuais (vergonha, asco e moral) ainda não foram erigidos ou estão em processo de contrução.
Pulsões parciais Conjunto da atividade sexual infantil Podem ser ligadas as zonas erógenas Podem ser independentes das zonas erógenas. Ex: pulsão de ver, pulsão de dominação
Complexo de castração e inveja do pênis Teoria sexual infantil: todos seres humanos possuem pênis A ausência do pênis na menina aciona no menino o “complexo de castração” A observação do pênis pela menina gera a “inveja” que culmina no desejo de ser menino
As fases do desenvolvimento da organização sexual O desfecho do desenvolvimento constitui a chamada vida sexual normal do adulto, na qual a obtenção de prazer fica a serviço da função reprodutora e as pulsões parciais sob o primado de uma única zona erógena
Organizações pré-genitais Se apoiam numa zona erógena, numa função somática e é auto-erótica Zona genital ainda não assumiu o papel preponderante
Os dois tempos da escolha objetal Entre os 2 e 5 anos de idade Sofre a ação do recalcamento / corrente de ternura Na época da puberdade Renúncia aos objetos infantis / corrente sensual