Família Real no Brasil.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
MÓDULO 5- A TRANSFERÊNCIA E PERMANÊNCIA DA CORTE PORTUGUESA NO BRASIL( ) A) ANTECEDENTES: - D.João VI e sua corte, pressionados pelo BLOQUEIO CONTINENTAL.
Advertisements

Período em que a família real portuguesa instalou-se no Brasil.
Vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil
Período Joanino (1808/1821) e o Processo de Independência do Brasil
A EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
Independência do Brasil
MÓDULO 5- A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL( )
A Revolução Liberal de 1820.
Quando o Brasil virou capital do Império Português
Período Joanino ( ) O Brasil se torna sede do reino português.
BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA
Unidade 6: A CRISE NO SISTEMA COLONIAL AS REBELIÕES NATIVISTAS Profº Leandro Crestani.
Período Joanino (1808/1821) e o Processo de Independência do Brasil
O Processo de independência do Brasil
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL OBJETIVOS.
A transferência da Corte Portuguesa e a Independência do Brasil
PROCESSO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
Período em que a família real portuguesa instalou-se no Brasil.
O Brasil foi descoberto, fundado, invadido ou formado?
Independência do Brasil
A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820.
O processo de Independência
BRASIL: DAS CONJURAÇÕES À INDEPENDÊNCIA
Independência do Brasil.
Independência do Brasil
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A transferência da Corte Portuguesa e o governo de D
História Geral e do Brasil. História Geral e do Brasil.
A EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
Chegada da família real portuguesa.
CHEGA A INDEPENDÊNCIA.
Regresso de D. João Em Portugal, o governo de D. João VI ele gerou fortes ressentimentos entre a burguesia, que perdera o lucrativo monopólio do comércio.
Prof. Estevan Rodrigues Vilhena de Alcântara
Os conflitos na Europa e o processo da Independência do Brasil
Contexto Histórico O ano de 1820 foi significativo, pois ocorria o avanço da Independência na América e pelas revoluções liberais na Europa; Ocorre.
O governo Luso no Brasil
BRASIL: PRIMEIRO REINADO
Livro p.132. Exercícios 1 ao 7/ 10 ao 19
Economia Mineradora.
De colônia a Reino Unido De Reino Unido a nação soberana
Escola: Coopen Série: 4º ano A Aluna: Marcela
Prof. Estevan Rodrigues Vilhena de Alcântara
EMANCIPÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
Conjuntura europeia fins do séc. XVIII e início do XIX
PERÍODO JOANINO INTRODUÇÃO:
Revisão P3 História pontos importantes!
BRASIL NO SÉCULO XIX VINDA DA FAMÍLIA REAL INDEPENDÊNCIA
Capítulo 10 A independência se conquista no grito?
Capítulo 9 O que significou a vinda da família real para o Brasil?
Independência...para quem?
Quadro geral da transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea
PERÍODO JOANINO E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A Vinda da Família Real para o Brasil
BRASIL IMPERIAL PROF: ADRIANO CAJU.
Colégio Nossa Senhora das Neves Componente curricular: História Professora: Kátia Suely 5º ano do Ensino Fundamental.
Prof. André Rosa
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
O GOVERNO LUSO NO BRASIL (1808 – 1820)
HISTÓRIA DO BRASIL O BRASIL IMPÉRIO (1822 – 1889).
Processo de Independência brasileiro: o declínio colonial Prof. Alan.
A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Natania Nogueira
Trabalho de História Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves
Instituto Federal de Educação, Ciência E Tecnologia do Rio Grande Do Norte Disciplina: História do RN Professora: Débora Loane do Amaral e Souza A REVOLUÇÃO.
A Independência do Brasil e O Brasil Imperial
Como informado em sala de aula a 1ª prova é uma revisão de conteúdo - AULA 69 e 70. O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL Relembrando fatos importantes.
O processo da Independência do Brasil Principais conceitos.
Prof. Rafael Chaves - O Período Joanino ( ) Prof. Rafael Chaves -
Transcrição da apresentação:

Família Real no Brasil

A VINDA DA FAMÍLIA REAL A conjuntura europeia: No fim do século XVIII, enquanto a França e a Inglaterra tinham evoluído para um estágio superior do capitalismo, ou seja, o capitalismo industrial, Portugal apresentava-se paralisado e dependente do capitalismo inglês. A consolidação da predominância inglesa se daria com o célebre Tratado de Methuen (Panos e Vinhos), de 1703, pelo qual os portugueses dariam preferência aos tecidos ingleses e os ingleses se comprometeriam a consumir os vinhos portugueses.

DA VINDA DA FAMÍLIA REAL O Bloqueio Continental, decretado por Napoleão, complica a situação do Governo português de D. João; muito mais uma medida defensiva da produção industrial francesa do que uma real ofensiva contra a Inglaterra – colocava as ilhas britânicas em estado de bloqueio, proibindo todo o comércio e correspondência entre portos europeus e embarcações inglesas; segundo Napoleão, “nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas seria recebida em porto algum”. Com o apoio inglês, o Príncipe Regente resolve se transferir para o Brasil. Administração joanina: com a transferência da Família Real para o Brasil, verificou-se a famosa “inversão brasileira”, visto que uma série de atos foram colocadas em prática. Entre esses atos foi a Carta Régia, de 28 de janeiro de 1808, que abria os portos do Brasil às Nações Amigas. Tal medida é explicada pela necessidade de autorizar a entrada da esquadra inglesa em nossos portos e pela retomada do comércio exportador e importador da colônia, obstruído pelas tensões das guerras napoleônicas. No plano social e cultural a transferência da Família Real transformou a vida cotidiana dos colonos.

Tratados de 1810 D. João assinou com a Inglaterra os Tratados de Comércio e Navegação de Aliança e Amizade. Estes tratados favoreciam aos ingleses. Porém, impediram a industrialização do Brasil. Como consequência desses Tratados, descarta-se a burguesia lusa do comércio com o Brasil, ao mesmo tempo em que se inaugurava a preponderância inglesa, anulando o Alvará de Liberdade Industrial e tornando o Brasil apenas mais um satélite na órbita do capitalismo inglês.

Revolução Pernambucana de 1817 A presença da corte, entretanto, responsável pelo aumento dos impostos, pelo sistema de privilégios, fez com que houvesse uma reação dos colonos nordestinos, que culminou com a decisão de um movimento rebelde, republicano e separatista denominado Revolução Pernambucana. Contando com a adesão da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, os rebeldes chegaram a instalar um governo provisório, que foi prontamente reprimido pelas forças do rei.

1820: Revolução Liberal do Porto A perda da exclusividade do comércio brasileiro, por ocasião da abertura dos portos, e a concorrência dos comerciantes ingleses aniquilaram de uma vez as aspirações da burguesia lusa. No plano financeiro, a situação era de penúria, incapaz de satisfazer as necessidades básicas do governo regencial. Além da crise financeira, crescia o descontentamento com a ditadura militar inglesa. Assim sob a égide do liberalismo então marcante em todo o mundo ocidental, levantaram-se os súditos portugueses em movimento revolucionário, deflagrado em 24 de agosto de 1820 e denominado Revolução Liberal e Constitucional do Porto.

A marcha para a independência O movimento fez com que a corte portuguesa retornasse a Portugal. Diante da situação D. João VI, com quase toda a família (D. Pedro quis permanecer no Brasil), e toda a corte retiraram-se para Portugal. A partir de 1821, o Brasil passou a ser governado pelo príncipe D. Pedro, na condição de regente. Em 24 de abril foi anunciado que todas as províncias do Brasil estavam diretamente subordinadas a Lisboa e não mais ao Rio de Janeiro; ou ainda, em 29 de setembro do mesmo ano, declaravam-se inválidas as decisões dos tribunais brasileiros, anulando assim, a autonomia jurídica do então Vice-Reino. Tais decretos implicavam a revogação de todas as melhorias introduzidas por D. João quando da sua permanência no Brasil, o que para os brasileiros era um retrocesso. Contudo, as determinações aqui chegadas, em 9 de dezembro, exigindo a volta do príncipe D. Pedro para Portugal, provocaram uma maior reação por parte da aristocracia rural.

O rompimento Essa pretensão despertou uma reação dos representantes da elite agrária, resultando no Dia do Fico (09/01/1822). D. Pedro desobedeceu às ordens do pai, permanecendo no Brasil. Assumindo o partido brasileiro, o príncipe impediu as reações militares dos portugueses e substituiu o ministério português por um ministério composto só de brasileiros, chefiado por José Bonifácio. O ministério de Bonifácio, por meio de uma série de atos, como o do Cumpra-se e a convocação de uma Assembleia Legislativa e Constituinte, anulou as pretensões portuguesas, preparando o caminho para a independência. O rompimento político com Portugal, durante o ano de 1822, só seria oficializado em 07 de setembro, com o “Grito do Ipiranga”. Sem alterações mais profundas na sua estrutura socioeconômica, o Brasil evoluía para uma Monarquia Imperial, tendo à frente o próprio príncipe D. Pedro.