O Jaguar Poesia de Cláudia Zin 2007
E assim vem o Jaguar... solitário felino seguindo seu triste destino. A vida vem a bailar como o ciclar e reciclar da sábia cadeia alimentar.
Animal de rara beleza é obra prima da mãe natureza. Seu pêlo que mais parece um veludo pintado o ajuda a se tornar camuflado.
Nadando e correndo com ligeireza, vai contra o vento... deixando sua vítima indefesa, e num surpreendente salto, devora a presa, pois na natureza necessita de alimento para ainda sobreviver neste momento.
Porém o que o Jaguar não sabia, era o que a vida ainda lhe atribuiria... E a selva de pedra avança, deixando-o mais perdido do que uma criança.
O bicho homem está chegando, e ele vem... queimando... desmatando... destruindo... poluindo...
O Jaguar pede socorro, sua vida já está perdida... e ele fica acuado, não tem mais saída, o projétil foi deflagrado...
E que ironia... de caçador destemido, torna-se adorno da burguesia... que só se preocupa em ostentá-lo com alegria ...Quanta hipocrisia...
(“Phanthera onca” nome científico da onça pintada, também conhecida como Jaguar, que em tupi-guarani significa “que mata com um salto”. Consta do tão temido “ranking” de animais ameaçados de extinção. Motivos da ameaça – ação humana – caçando predatoriamente e destruindo o habitat natural com queimadas, desmatamento, poluição de rios e matas).
Poesia: Cláudia Zin (Poesia publicada no site: Recanto das Letras) Formatação: Laila Cristina Zin & Cláudia Zin (Formatado em 01/07/2007) Imagens: www.google.com.br Música: “The phantom of the opera” - Sarah Brightman & Michael Crawford