Veleiro solidão
Meu coração é um veleiro arisco e ligeiro Singrando por entre tempestades e ventanias Na imensidão de um oceano frio, traiçoeiro Abismo de amores paixões desejos e calmarias
Barco valente, sem rumo sobre ondas espumantes Campo de batalha de navegantes destemidos Ventos hora frios, hora quentes, insinuantes Cortando as águas de mares desconhecidos
Pirata sem pátria, sem bandeira, sem companhias Aventureiro dos sete mares, corsário da paixão Flutua intrépido a beira de abismos, cataclismas Desafiando suicida, irônico os limites do coração
Navega ligeiro por denso e frio nevoeiro Render ou fugir, o drama do incauto navegante Em qual porto seguro ancorar-se ágil, sorrateiro Num recuo estratégico ou rendição humilhante?
Navegante solitário seu olhar vigia a esteira Ouvidos atentos ao som das ondas e ventanias Horizonte perdido, mar em fúria, canto de sereia Ventos combinados que formam no mar as sinfonias
Nascer do Sol, Linha do horizonte, nau em fuga Mar aberto, ventos frios e ondas inconstantes Cristas gigantescas conduzem o pirata em luta Para o campo de batalha de conflitos incessantes
Estratégias de combate, contra-medidas, artefatos Traçam impiedosos os limites da guerra iminente Um guerreiro incansável se prepara para os assaltos Em sua ultima e fatal batalha, Coração versus mente
Um corsário joga toda sua força , experiência e razão Contra um inimigo impossível de ser vencido Como enfrentar sem riscos a força de paixão Que emerge de um coração puro, meigo e destemido?
Veleiro Solidão Autor João Batista Drummond Arte e produção Bruno Drummond Ivan Drummond