MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO VEGETATIVA

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Transcrição da apresentação:

MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO VEGETATIVA Prof. Idemir Citadin Slids preparado por Simone A. Zolet Sasso

Estaquia O que é? É um processo no qual ocorre a indução do enraizamento adventício em segmentos destacados da planta-mãe que, uma vez submetidos a condições favoráveis, originam uma muda

O que entende-se por estaca? Qualquer segmento da planta-mãe; Estaquia O que entende-se por estaca? Qualquer segmento da planta-mãe; Com pelo menos uma gema vegetativa; Capaz de originar uma nova planta; Podendo haver estacas de ramos, raízes e folhas.

Produção de porta-enxertos clonais; Estaquia Utilização Multiplicação de variedades ou espécies que possuem aptidão para emitir raízes adventícias; Produção de porta-enxertos clonais; Perpetuação de novas variedades oriundas de processos de melhoramento genético.

Estaquia Vantagens Permite que se obtenha muitas plantas a partir de uma única planta matriz em curto espaço de tempo; É uma técnica de baixo custo e fácil execução; Não apresenta incompatibilidade entre enxerto e porta-enxerto; Porta-enxertos originados de estacas apresentam maior uniformidade do que plantas enxertadas sobre mudas oriundas de sementes.

Quando a espécie possui baixo potencial genético de enraizamento; Estaquia Desvantagens Quando a espécie possui baixo potencial genético de enraizamento; Ou mesmo que haja raízes, elas são insuficientes e o % de mudas que sobrevivem após o plantio no viveiro é muito baixo.

Estaquia Classificação Herbáceas: Coletadas no período de crescimento vegetativo, quando os tecidos apresentam alta atividade meristemática e baixo grau de lignificação. Semi-lenhosas: Coletadas no verão e início do outono; Lenhosas: Coletadas no período de dormência (inverno) – altamente lignificadas.

Princípios do enraizamento Estaquia Princípios do enraizamento Desdiferenciação – células de um tecido já diferenciado retornam à atividade meristemática e originam um novo ponto de crescimento; Totipotência – capacidade de uma só célula originar um novo indivíduo.

Estaquia Princípios do enraizamento Formação do calo - massa de células parenquimatosas que constituem um tecido pouco diferenciado, desorganizado e em diferentes etapas de lignificação. Pode surgir a partir do câmbio vascular, do córtex ou da medula, cuja formação representa o início do processo de regeneração

Estaquia Princípios do enraizamento As células que se tornam meristemáticas dividem-se e originam primórdios radiculares. Após, células adjacentes ao câmbio e ao floema iniciam a formação de raízes adventícias.

Local de emissão dos primórdios radiculares Estaquia Local de emissão dos primórdios radiculares É bastante variável conforme a espécie e tipo de estaca; Câmbio e adjacências externas nas estacas pouco lignificadas ou nas adjacências internas nas estacas mais lignificadas.

Princípios fisiológicos do enraizamento. Estaquia Princípios fisiológicos do enraizamento. A formação de raízes deve-se à interação de fatores existentes nos tecidos e à translocação de substâncias localizadas nas folhas e gemas; Entre estes fatores, os reguladores de crescimento são de importância fundamental

Estaquia Princípios fisiológicos do enraizamento Auxinas (AIA, AIB, ANA) Ativam a divisão e diferenciação das células do câmbio, promovendo a formação de raízes O aumento da concentração de auxina exógena aplicada em estacas provoca efeito estimulador de raízes até um valor máximo, a partir do qual qualquer acréscimo de auxina tem efeito inibitório; O teor adequado depende da espécie e da concentração de auxina existente no tecido

Mais conhecido – ácido giberélico Inibem o enraizamento; Estaquia Princípios fisiológicos do enraizamento Giberelinas Mais conhecido – ácido giberélico Inibem o enraizamento; Inibidores da síntese de giberelinas mostram efeito benéfico no enraizamento.

Depende da relação auxina/citocinina; Estaquia Princípios fisiológicos do enraizamento Citocininas Depende da relação auxina/citocinina; Uma relação baixa estimula a formação de gemas ou primórdios foliares; Uma relação alta estimula a formação de raízes.

Estimula o enraizamento. Estaquia Princípios fisiológicos do enraizamento Ácido Abscísico Pouco estudado; Etileno Estimula o enraizamento.

Eles são sintetizados em gemas e folhas jovens; Estaquia Princípios fisiológicos do enraizamento Co-fatores Além dos reguladores, outras substâncias atuam para que se dê o enraizamento; Eles são sintetizados em gemas e folhas jovens; Então se mantidas as folhas em uma estaca, elas podem contribuir para a formação de raízes devido à síntese de co-fatores.

Classificação das plantas quanto a facilidade de enraizamento. Estaquia Classificação das plantas quanto a facilidade de enraizamento. Grupo I Todas as substâncias necessárias ao enraizamento presentes; Enraizamento rápido, desde que em condições ambientais favoráveis Ex: Figueira, videira e marmeleiro.

Estaquia Classificação das plantas quanto a facilidade de enraizamento. Grupo II Co-fatores em quantidades elevadas; Auxina é limitante; Forte resposta à auxina Ex: videira (algumas cultivares).

Estaquia Classificação das plantas quanto a facilidade de enraizamento. Grupo III Um ou mais co-fatores limitantes; Auxina pode ser ou não limitante; Pouca ou nenhuma resposta à aplicação de auxina, devido à falta de co-fatores Ex: algumas rosáceas.

Fatores que afetam a formação de raízes. Fatores internos Estaquia Fatores que afetam a formação de raízes. Fatores internos Condição fisiológica da matriz; Idade da planta; Tipo de estaca; Época do ano; Potencial genético do enraizamento; Sanidade; Balanço hormonal; Oxidação de compostos fenólicos.

Fatores externos Estaquia Fatores que afetam a formação de raízes. Temperatura (diurnas de 21 a 26ºC e noturnas de 15 a 21ºC); Luz; Umidade; Substrato (porosidade); Condicionamento;

Obtenção do material propagativo; Estaquia Técnicas de estaquia. Obtenção do material propagativo; Época de coleta das estacas; Preparo e manejo das estacas;

1,5 cm

Técnicas de condicionamento. Estaquia Técnicas de condicionamento. Estratificação (disposição de camadas alternadas de areia grossa ou solo, em condição úmida, objetivando a formação prévia do calo e conservação da estaca); Lesões na base da estaca (favorece a divisão celular, absorção de água e de reguladores de crescimento);

Técnicas de condicionamento. Estaquia Técnicas de condicionamento. Estiolamento (desenvolvimento de uma planta ou parte dela na ausência de luz – brotações alongadas, folhas pequenas e não expandidas e com baixo teor de clorofila); Anelamento (obstrução que bloqueia a translocação descendente de carboidratos, hormônios e co-fatores acumulando-os e favorecendo enraizamento);

Técnicas de condicionamento. Estaquia Técnicas de condicionamento. Rejuvenecimento de ramos (uma poda drástica na planta matriz induz à emissão de brotações juvenis de maior capacidade de enraizamento); Dobra de ramos (provoca aumento da relação C/N e a formação de um tecido pouco diferenciado com capacidade de emissão de raízes);

Técnicas de condicionamento. Tratamento com reguladores de crescimento Estaquia Técnicas de condicionamento. Tratamento com reguladores de crescimento Aumentar a % de estacas que formam raízes; Acelerar a iniciação; Aumentar o nº e a qualidade das raízes formadas; Aumentar a uniformidade do enraizamento.

NOME SIGLA VANTAGENS DESVANTAGENS Ácido Indolacético AIA IAA Alta atividade enraizante Fotossensível, sujeito à decomposição enzimática e bacteriana. Ácido Indolbutírico AIB IBA Fotoestável, de ação localizada, persistente e não tóxica em ampla gama de concentrações, não é atacado por ação biológica. Ácido Naftalenoacético ANA NAA Mais ativo que o AIB e AIA Mais fitotóxico que o AIB e AIA Ácido 2,4 – diclorofenoxiacético Ácido 2,4,5 - triclorofenoxiacético 2,4 – D 2,4,5 - T Alta atividade enraizante, viável de ser utilizado em misturas Altamente fitotóxico, em altas concentrações são produzidas raízes grossas e atrofiadas.

Técnicas de condicionamento. Estaquia Técnicas de condicionamento. Tratamento com fungicidas; Uso de nutrientes minerais; Uso de nebulização.