CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST

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Transcrição da apresentação:

CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST IDENTIFICAÇÃO: Masculino,37anos,auxiliar de pedreiro, pardo, natural e procedente de viamão. QUEIXA PRINCIPAL: Lesões eritematosas disseminadas.

CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL: Lesões eritematosas disseminadas,de surgimento recente,acompanhadas de papulas vegetantes na região perianal.

CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: Doenças comuns da infância Imunizações:não lembra Cirurgias :nega Traumatismos:nega Hospitalizações previas:nega Medicações em uso:nenhuma fixa Alergias :nega Hábitos alimentares:três refeições diárias, uso eventual de álcool

CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST HISTÓRIA FAMILIAR: Pai, Mãe e irmãos (3) saudáveis.

CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST EXAME FÍSICO: Regular estado geral, lúcido, coerente, orientado. T 36,5ºC P 60 KG A 168 CM TA 120/80 mmHG Apresenta exantema morbiliforme,não pruriginoso,bem como pápulas nas regiões palmo-plantares.Adenopatia generalizada.Paulas vegetantes perianais. Apresnta alopecia em clareira e madarose.

CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST EXAMES COMPLEMENTARES: VDRL quantitativo 1/32 FTA ABS reagente

CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST EVOLUÇÃO: Face ao diagnóstico de sífilis secundária foi tratado com penicilina benzatina e orientado a retornar ao serviço em três meses para repetir exames.

CASO CLÍNICO PRÁTICA EM SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II DST CONTEÚDO PROPOSTO: Discutir em pequenos grupos as questões relativas sífilis em particular eas demais DST em geral Etiologia Transmissão e orientações de prevenção Diagnóstico, exames complementares Diagnóstico diferencial Tratamento Epidemiologia

Doenças Sexualmente Transmissíveis São moléstias infecto-contagiosas cujo único meio importante de transmissão é o contágio direto durante o ato sexual.

Doenças Venéreas Clássicas Gonorréia Sífilis Cancro mole Linfogranuloma venéreo Donovanose

Doenças Paravenéreas (também incluídas no grupo das sexualmente transmissíveis) As principais são: Condiloma acuminado Pediculose do púbis (chato)

Sífilis Século XV - Retorno de Colombo à Europa 1905 - Shaudinn: descobre o espiroqueta 1906 - Wassermann: descobre o sorodiagnóstico 1909 - Ebelich: inicia tratamento com arsenicais 1943 - Introdução da penicilina

Sífilis Agente: Treponema pallidum Incubação: 14 a 21 dias Evolução: crônica com períodos de floração

Sífilis Agente etiológico: Treponema pallidum Período de incubação espiroqueta com 8-14 mícrons reprodução a cada 33 horas 95% transmissão sexual Período de incubação 3 semanas após contágio - sífilis primária

Evolução da Sífilis Contágio Primária Secundária Terciária 14 a 21 dias 30 dias 1 ano Após vários anos

Sífilis Primária Lesão erosada, única, oval, endurecida, indolor, com adenopatia, sem tratamento cura em 8 semanas.

Sífilis Secundária O cancro duro desaparece em aproximadamente 1 mês, mesmo sem tratamento. Semanas após seu desaparecimento, surgem erupções na pele, boca, genitálias e ânus. É a sífilis secundária.

Sífilis Secundária 2 a 3 meses após o contágio Erupções cutâneas sucessivas, regionais ou disseminada, máculas eritematosas, pápulas, lesões circinadas de centro hipercrômico, erosões, pápulas erosadas, vegetações erosivas, pápulas ceratóticas ou rarefação de pêlos acompanhadas de micro poliadenopatias, febrícula vespertina, dores articulares e cefaléia. Duração 2 a 3 anos após contágio. Casos de evolução assintomática - Sífilis latente

Sífilis Terciária 1) Gomas 2) Sífilis nervosa lesões destrutivas na pele, mucosas, ossos e órgãos internos. 2) Sífilis nervosa lesões graves de cérebro e medula 3) Sífilis cardiovascular lesões graves da artéria aorta.

Sífilis Terciária Manifestações cutâneo-mucosas (gomas e placas tubero-circinadas) e viscerais (cardiovascular e neurológica).

Laboratório - Sífilis Precoce a) Primária com cancro com menos de 15 dias de evolução: Fundo escuro: positivo em 80% dos casos VDRL: reativo em 1 a 8 diluições em 60% dos casos TPHA: reativo em 70% dos casos FTA-ABS: reativo em 85% dos casos b) Primária com cancro com mais de 15 dias de evolução: Fundo escuro: positivo em 30% dos casos VDRL: reativo em 70% dos casos TPHA: reativo em 90% dos casos FTA-ABS: reativo em 100% dos casos

Sífilis Tardia a) Latente b) Tardia VDRL TPHA FTA-ABS VDRL: reativo em 60% dos casos TPHA: reativo em 100% dos casos FTA-ABS: reativo em 100% dos casos reativas em 100% dos casos

Tratamento

Use of nontreponemal serologic tests in follow-up after treatment of syphilis Stage Follow-up interval Early syphilis (less than 1 year) 3, 6, 12 months after treatment Late syphilis (more than 1 year) 2 years after treatment Neurosyphilis Blood and cerebrospinal fluid levels every 6 months for 3 years after treatment Retreatment Cerebrospinal fluid level

Linfogranuloma Venéreo Cancro Mole Agente: Haemophylus ducreyi Incubação: de 1 a 7 dias Linfogranuloma Venéreo Agente: Chlamydia trachomatis Incubação: em torno de 14 dias Donovanose Agente: Donovania granulomatis Incubação: desconhecida

Cancro Mole Tratamento Eritromicina, 2 g/dia VO, 7 dias Sulfametoxazol/Trimetoprim, 160/800 mg VO, 12/12 horas, até cura clínica Sulfadiazina, 4g/dia VO Ceftriaxone, 250 mg IM dose única Ciprofloxacim, 500 mg VO, 12/12 horas, 3 dias

Linfogranuloma Venéreo e Donovanose Tratamento Tetraciclina, 2 g/dia VO, 4 semanas Eritromicina, 2 g/dia VO, 4 semanas Doxiciclina, 200 mg/dia VO, 4 semanas Sulfametoxazol/Trimetoprim, 160/800 mg VO, 2x dia, 4 semanas