FARMACOLOGIA DA TIREÓIDE
Tireóide e Drogas Antitireoidianas
Hipotálamo Dopamina Tireóide Frio, traumatismo, estresse
Glândula Tireóide
Hormônios Tireoidianos Importância no crescimento e desenvolvimento normais, temperatura corporal e metabolismo energético; Sintetizados à partir do iodo 90 % da produção T4, 10 % T3 ( T3 3 x mais ativa que T4) Necessidade de iodo – mínimo de 150 g/dia Utilização de iodo pela tireóide – 70-80 g/dia
Síntese e Liberação dos hormônios tireoidianos
Etapas: Captação do iodeto Organificação do iodo - Secreção do hormônio (SS)
Os hormônios encontram-se na forma de levo(L)
Metabolismo Periférico dos Hormônios Tireoidianos
Farmacologia dos Hormônios Tireoidianos Farmacocinética – boa absorção oral Drogas que induzem o metabolismo (rifampicina, fenobarbital, carbamazepina, fenitoína) - metabolização de T4 e T3
Mecanismo de Ação Localização dos receptores T3 – hipófise, fígado, rins, coração, pulmão, músculo esquelético, intestino e poucos no cérebro
Efeitos dos Hormônios Tireoidianos
Disfunções da Tireóide
Hipotireoidismo
Hipotireoidismo Deficiência de hormônios tireoidianos Acompanhado de bócio ou não Causas do Hipotireoidismo Congênita (cretinismo) doença auto-imune (tireoidite de Hashimoto) após cirurgia de retirada da tireóide por bócio nodular ou neoplasia por medicamentos que interferem na síntese e liberação dos hormônios da tireóide (amiodarona, lítio, iodo) (mais raramente) por bócio endêmico decorrente de deficiência de iodo na alimentação Pode ser primário ou secundário Primário - há um defeito ou uma destruição da própria tireóide Secundário - a causa é hipotalâmica ou hipofisária
Sintomas do Hipotireoidismo Diminuição reversível de todas as funções corporais Pele fria e pálida Pálpebras caídas do débito cardíaco e bradicardia Retenção de CO2 do apetite Letargia Fadiga muscular Anemia Infertilidade, impotência, libido metabolismo basal
Tratamento do Hipotireoidismo Reposição hormonal Preparação mais apropriada: levotiroxina (T4) (tetroid, synthroid ) Meia-vida prolongada – 1 administração ao dia Liotironina (T3) (Triostat) – mais ativa que a tiroxina Meia-vida curta Usada para a supressão a curto prazo do TSH
Toxicidade da tiroxina Relacionada ao nível hormonal Crianças Agitação, insônia, aceleração na maturação e crescimento dos ossos Adultos Nervosismo, intolerância ao calor, palpitação e perda de peso inexplicável
Hipertireoidismo
Hipertireoidismo Exposição a excesso de hormônios tireoidianos Bócio difuso tóxico (Doença de Graves) Bócio multinodular tóxico – proliferação dos folículo formando diversos nódulos Bócio uninodular tóxico (Adenoma Tóxico) – apenas um nódulo tireoidite subaguda tireoidite linfocítica e tireoidite pós-parto ingestão de hormônio tireoidiano em excesso, para tratamento de hipotireoidismo ou como componente de outras medicações (por exemplo, “fórmulas” para emagrecer) As mulheres são afetadas pelo menos cinco vezes mais que os homens.
Sintomas do hipertireoidismo - Fome excessiva - Aumento do ritmo intestinal -Nervosismo, insônia, labilidade emocional (Instabilidade Afetiva ) - tremores - intolerância ao calor - palpitações - emagrecimento - olhar vivo e brilhante - pele quente e úmida -unhas quebradiças, cabelo seco, quebradiço e encaracolado.
Tratamento do Hipertireoidismo Terapia com Agentes Antitireoidianos Tireoidectomia cirúrgica Destruição da glândula com iodo radioativo
Agentes Antitireoidianos Pacientes jovens com glândulas pequenas e doença leve Compostos usados clinicamente Tionamidas Iodetos Iodo radioativo
Tionamidas Farmacocinética Propiltiouracil e metimazol Reino Unido – Carbimazol Farmacocinética Propiltiouracil – rapidamente absorvido Administração a cada 6 – 8 h Metimazol – totalmente absorvido em taxas variáveis Administração 1 x ao dia
Tionamidas atravessam a barreira placentária Propiltiouracil – droga de escolha na gravidez e lactação
Drogas que interferem com a biossíntese dos hormônios tireoidianos Tiocianato e Perclorato Etapas: Captação do iodeto Organificação do iodo - Secreção do hormônio
Farmacodinâmica Inibição da tireoperoxidase Inibição do acoplamento das iodotirosinas (MIT e DIT) Propiltiouracil – inibe a conversão do T4 em T3
Toxicidade das Tionamidas Ocorrem em 3-12 % dos pacientes Mais comuns Erupção pruriginosa maculopapular acompanhada de febre Raros Erupção urticariforme, vasculite, artralgia, hepatite, linfadenopatia Agranulocitose (Fatal)
Inibidores Aniônicos Perclorato de potássio – bloquear captação de iodeto em pacientes com hipertireoidismo induzido por amiodarona Raramente usado - causa anemia aplásica
Iodetos Desde 1940 são raramente utilizados Mecanismo de Ação Inibem a organificação e liberação dos hormônios da tireóide tamanho e vascularização da glândula hiperplásica (Importante na preparação pré-operatória) Melhora dos sintomas tireotóxicos em 2-7 dias
Iodetos Uso Clínico: Devem ser iniciados após instituição da terapia com tionamidas Evitar o uso se houver necessidade do uso do iodo radioativo Evitar uso na gravidez Não utilizar sozinho pelo risco de provocar exacerbação da tireotoxicose
Iodetos Toxicidade Pouco freqüente Formulações Disponíveis Aumento de volume das glândulas salivares, ulceração das mucosas, conjuntivite, febre medicamentosa, gosto metálico e distúrbios hemorrágicos Formulações Disponíveis Soluções de iodeto de potássio
Meios de Contraste Iodados Ipodato e Ácido iopanóico (via oral) e diatrizoato (via IV) Inibem a Conversão de T4 a T3 Relativamente atóxicos Terapia adjuvante na tempestade tireoidiana
Iodo Radioativo (131I) Administração oral Rapidamente absorvido e armazenado nos folículos – destruição do parênquima tireoidiano Vantagens: fácil administração, baixo custo, eficácia, ausência de dor Não pode ser administrado na gravidez e lactação
Agentes Bloqueadores dos Receptores Adrenérgicos Sintomas da tireotoxicose = sintomas da estimulação simpática Uso de betabloqueadores (Propranolol)