Simbolismo em Portugal Profª Sandra
1889 – Publicação das Revistas Acadêmicas “Os insubmissos” e “Boêmia Nova”, em Portugal. 1890 – Publicação de Oaristos, de Eugênio de Castro, cujo prefácio foi uma espécie de plataforma do Simbolismo por ser revolucionário e diferente, causando escândalo social e ganhando fama.
Autores Eugênio de Castro - *1869 (Coimbra) - †1944 (Coimbra) Formou-se em letras, em Lisboa, publicou, ainda como estudante, alguns livros, mas não se tornou conhecido na época. Viajou para Paris após a graduação e teve contato com o Simbolismo francês.
Voltando para Portugal, lançou a Revista “Os insubmissos” e, no ano seguinte, o livro Oaristos (trata de um diálogo entre marido e mulher e/ou amantes, com vocabulário íntimo). Esse livro é composto de 15 poemas repletos de musicalidade, aliterações, sinestesias, rimas raras e palavras exóticas.
Obras Oaristos (1890), Horas (1891), Silva (1894), Belkiss (1894), Tirésias (1895), Sagramor (1895), Salomé e outros poemas (1896), A nereide de Harlem (1896), O rei Galaor (1897), Saudades do céu (1899), Constança (1900), Depois da ceifa (1901), a sombra do quadrante (1906), O filho pródigo (1910), O cavaleiro das mãos irresistíveis (1926), Canções desta negra vida (1922), entre outras.
Antônio Nobre - *1867(Porto) - †1900(Foz do Douro - Portugal) Cursou Direito, em Coimbra. Viajou para paris para fazer outros cursos e teve contato com o Simbolismo francês. 1892 – Publicou o livro Só, na França, sua única obra publicada em vida. Voltou para Portugal, já com tuberculose, pouco tempo depois, faleceu. Tem duas obras póstumas: Despedidas (1902) e Primeiros versos (1921)
Suas obras são marcadas por musicalidade, melancolia e tédio. As poesias são delicadas, com traços femininos, sentimentais e emotivos. Particularmente, usa muita sinestesia, conhecida como spleen (sentimento de melancolia extrema, grande desejo de se autodestruir, desejar intensamente a morte para acabar com seus problemas). Também fala da infância, suas recordações; é pessimista.
Camilo Pessanha - *1867 (Coimbra) - †1926 (Macau - China) ***O mais importante poeta simbolista de Portugal. 1894 – Viajou para Macau (China) a fim de exercer a função de professor. Retornava a Portugal, raramente, só para tratar da saúde. Era viciado em ópio, teve tuberculose, fato que acelerou sua morte.
Em suas obras, procurava expor os estados indefiníveis da alma que sofre, as sensações da alma, a sutileza, o vago, a musicalidade delicada e fina, a fuga ao tom declamatório ou retórico. Usava metáforas, analogias, imagismo,
Obras 1920 - Clepsidra (significa relógio de água) – seu único livro. Em 1915, em uma de suas viagens a Portugal, entregou o rascunho dessa obra ao amigo João de Castro Osório, que a organizou e o influenciou a publicá-la. Escreveu, também, uma coletânea de artigos sobre a China.