A solução açucareira para a Colonização

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Transcrição da apresentação:

A solução açucareira para a Colonização O Brasil Colonial A solução açucareira para a Colonização

A solução açucareira “A escolha do açúcar era amplamente justificável no momento em que se buscava a solução para a efetiva ocupação do Brasil. Portugal já possuía experiência em sua produção; dispunha de contatos comerciais que permitiam a colocação do produto no mercado europeu; seu relacionamento com o mundo financeiro de então, principalmente com banqueiros genoveses e flamengos, abria-lhes linhas de crédito para os investimentos básicos; o Brasil possuía terras em abundância e o açúcar poderia, aqui, ser produzido em larga escala”. (FERLINI, Vera Lúcia do Amaral. A Civilização do Açúcar (séculos XVI a XVIII). Ed. Brasiliense. SP. 1984)

A solução açucareira AÇÚCAR MERCANTILISMO FUNÇÃO COLONIAL Declínio das Índias Posse útil e produtiva (≠ feitorias) Experiência nas ilhas do Atlântico MERCANTILISMO AÇÚCAR (Solução para a Colonização) SENTIDO DA COLONIAZAÇÃO (Grande lavoura monocultora e escravista, para maiores lucros) FUNÇÃO COLONIAL (Auto-suficiência da metrópole) Além de ... Redes de distribuição (Flandres, Alemanha, Inglaterra, Gênova) Investimentos (Gênova, Veneza, Cristãos Novos, irmandades, Flandres) PACTO COLONIAL (Monopólio) TABACO, PECUÁRIA, TRABALHO ASSALARIADO, olarias para telhas, tijolos, lavoura de subsistência, madeira, etc. Adquirir manufaturas e outros Fornecer produtos

O Engenho “Que coisa há na confusão deste mundo mais semelhante ao inferno, que qualquer desses vossos engenhos? Por isso foi tão bem recebida aquela bela e discreta definição de quem chamou a um engenho de açúcar de doce inferno. E verdadeiramente quem vir na escuridão da noite aquelas fornalhas tremendas perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada uma pelas duas bocas ou ventas, por onde respiram o incêndio; os africanos banhados em suor, tão negros como robustos, que administram a grossa e dura matéria ao fogo, e os forcados com que o revolvem e atiçam; as caldeiras ou lagos ferventes vomitando espumas, exalando nuvem de vapores; o ruído das rodas, das cadeiras, da gente toda da cor da mesma noite, trabalhando vivamente, e gemendo tudo ao mesmo tempo, sem momentos de trégua, nem de descanso; quem vir enfim toda a máquina, não poderá duvidar que é uma semelhança do inferno” (Padre Antônio Vieira)

O Engenho Maior região produtora de açúcar; Solo de massapê, onde se cultiva a cana crioula; Coivara é a única preparação da terra; Pelo Regimento de Tomé de Souza (1549), as terras somente serão entregues àqueles que possuírem cabedal para implantar engenho ou lavoura; “O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos” (ANTONIL) “Para os senhores, a recompensa estava no poder e no status desfrutados, e, embora eternamente endividados em relação ao comerciante metropolitano, ostentava vida opulenta, onde não faltavam a criadagem numerosa, roupas de seda e de veludo, a prataria, os cristais.” (FERLINI, op. Cit)

O Engenho “Até o século XVIII, a produção de açúcar nas colônias americanas foi a atividade mais complexa e mecanizada conhecida pelos europeus. A necessidade da produção em larga escala organizou o trabalho, nas unidades açucareiras, dentro de um rígido espírito de ordem, hierarquia, sequência e disciplina. Visto desse ângulo, constituiu-se, caracteristicamente, em manufatura moderna. Em seu espaço, o processo produtivo decompôs o ofício manual, especializou ferramentas, formou trabalhadores parciais, agrupando-os e combinando-os num mecanismo único”. (FERLINI, Vera Lúcia do Amaral. A Civilização do Açúcar (séculos XVI a XVIII). Ed. Brasiliense. SP. 1984)

O Engenho Casa- Grande Capela Senzala Roda d’água Moenda Casa das caldeiras Cozimento do caldo Casa de Purgar Roça Moradia dos trabalhadores livres Canavial Roça dos escravos Transporte da cana Transporte de lenha para a fornalha

O Engenho Escravo Carapina Transportadores Feitor-Mor “Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente” ANTONIL, Cultura e Opulência do Brasil Escravo Carapina Transportadores Feitor-Mor Caixeiro da cidade Mestre do Açúcar, etc Trabalhadores livres, assalariados, mestiços, negros Média de escravos por engenho: 65; Apenas um engenho possuía mais de 200 escravos; 15% possuía entre 100 e 150 Nas Antilhas, 100 escravos era número comum.

O Engenho

Ao redor do Engenho Os Lavradores de Cana Lavoura de subsistência Latifundiários, proprietários de escravos “Cana obrigada” Abaixo dos Senhores de Engenho, em prestígio social Lavoura de subsistência Pequenos proprietários de terras Produzem excedentes, que abastecem as cidades e vilas Aos escravos também era permitido o cultivo em feriados, dias de descanso. Facilita a compra da liberdade

Ao redor do Engenho

Ao redor do Engenho Produção de Tabaco Pecuária Recôncavo Baiano e norte da Bahia Grande propriedade de terra Utilização da mão de obra escrava Essencial ao funcionamento do tráfico de escravos O proprietário não possui o prestígio social dos lavradores de cana, ou dos senhores de Engenho Pecuária Do Norte de Minas Gerais ao Piauí Abastece os engenhos (transporte, moendas, alimento) Sertão Mão de obra livre e mestiça Sem escravos