AS CONDIÇÕES A PRIORI DA POSSIBILIDADE DA REVELAÇÃO

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Transcrição da apresentação:

AS CONDIÇÕES A PRIORI DA POSSIBILIDADE DA REVELAÇÃO KARL RAHNER AS CONDIÇÕES A PRIORI DA POSSIBILIDADE DA REVELAÇÃO

Objetivos Trabalhar as "condições a priori da possibilidade de uma revelação".

I – O papel do teólogo: “Interpretar a Revelação mediante conceitos filosóficos”. A filosofia moderna: Ajuda a estruturar o sistema de modo novo e original; Ajuda a superar todo formalismo estereotipado e todo verbalismo. Retoma Santo Tomás em sentido antropocêntrico: Propõe os problemas filosóficos fundamentais não partindo do mundo, mas sim partindo do homem; Sua perspectiva não é cosmocêntrica, mas antropocêntrica;

O problema da metafísica: (Hume e Kant): Como pode o homem ouvir Deus e como pode o homem captar a Revelação? Quem é o homem para Rahner: O homem é antes de mais nada Espírito: É o único ente que se propõe a questão do sentido do ser; Se propondo essa questão, o homem abre-se para o ser como para o horizonte de toda possível realidade; O homem é espírito que está essencialmente à escuta da possível Revelação de Deus.

Vejamos um texto do teólogo católico: “O homem é espiritual, isto é, vive a sua vida em contínua tensão na direção do absoluto, em abertura para Deus. E esse não é fato acidental, mas sim a condição que faz o homem ser aquilo que é e deve ser, estando presente também nas ações banais da vida cotidiana. Ele é homem só porque está a caminho rumo a Deus”.

Quem é o homem: O homem é por excelência o ouvinte da palavra; O homem é “pelo menos o ser que tem o dever de ouvir uma revelação desse Deus livre em palavra humana”.

II – Metafísica transcendental ou antropologia transcendental: Quais são as condições a priori que tornam possível a teologia? Quais são as condições da possibilidade da Revelação? Qual é o sentido absoluto da realidade? O homem se descobre como não possuidor desse sentido; Põe-se à escuta de uma eventual revelação histórica de Deus através da palavra humana.

III – A teologia transcendental: Todo conhecimento teológico deve se interrogar sobre o sujeito cognoscente, posto que é ele que a priori abre o horizonte da possibilidade desse conhecimento; Se a Revelação e a teologia referem-se essencialmente à salvação, sua estrutura exige que se levante a questão do ser do homem, que se pergunte em que medida tal objeto pode dizer respeito à minha salvação; Não se pode descobrir o significado de uma questão teológica – e toda questão teológica implica a salvação ou a ela remete – se não indagarmos sobre a receptividade (eis aí a condição a priori) que o homem tem em relação a esse objeto, isto é, a salvação;

Vejamos um texto de Rahner: “Nas verdades da fé, existe um núcleo central ao qual se referem todas as outras realidades (e proposições). Esse fundo (...) não pode ser senão o próprio Deus, enquanto é, na absoluta transmissão que faz de si mesmo, a nossa salvação; trata-se, portanto, daquilo que costumamos chamar de graça incriada. Com ela e nela nos é dada a salvação; sem ela, a salvação não é possível (...); essa graça é de Cristo (...). Isso significa que, no seio da história – a história da transmissão que Deus faz de si mesmo no livre agir histórico -, é a própria historia da humanidade, que, no Cristo, alcança o seu ponto culminante histórico e escatológico e a sua manifestação irreversível”.