PARASITOSES INTESTINAIS.

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Transcrição da apresentação:

PARASITOSES INTESTINAIS

Amebíase Protozoário Entamoeba histolytica Transmissão oral-fecal (ingestão de cistos) Colite amebiana = surtos de diarréia X períodos de melhora. Colite amebiana disentérica = evacuações freqüentes muco-sanguinolentas, cólicas abdominais e tenesmo. (insidioso ou agudo) Complicações: Perfurações e Peritonite, Hemorragias, Colites pós-disentéricas, Apendicite, Ameboma Crianças pequenas = invaginação intestinal, perfuração e peritonite! Assintomático Amebíase Extra-Intestinal : Hepática, Cutânea (perianal) Quadro mais comum em crianças: febre alta, distenção abdominal, irritabilidade, taquipnéia hepatomegalia

Ciclo: Cistos chegam intactos até a porção inferior do intestino delgado, onde liberam as formas tetranucleadas que originam as formas trofozoíticas, as quais se movimentam por pseudópodes e se alimentam de hemácias e restos celulares nas porções finais do íleo e no intestino grosso. Na luz intestinal os trofozoítos não causam sintomas detectáveis (portador assintomático), contudo, quando invadem a mucosa, causam ulcerações intestinais, necroses e abscessos em outros órgãos

Giardíase Protozoário Giardia lamblia Transmissão oral-fecal Pessoa a pessoa: Creches Contato com animais Cistos = eliminação inconstante, viáveis por 3 meses (ambiente úmido), resistentes a cloração

Quadro clínico Diarréia aguda autolimitada até diarréia crônica acompanhada ou não de má absorção Quadro agudo: início abrupto, com fezes líquidas, explosivas e fétidas, distensão abdominal, náuseas, anorexia, vômitos e cólicas abdominais Quadro crônico: persistência ou recorrência de diarréia leve ou moderada (levando à distensão abdominal e esteatorréia) com períodos de fezes normais ou ressecadas

Criptosporidiose Protozoário intracelular Criptosporidium sp Transmissão fecal-oral (inalação?) Diferentes hospedeiros Período de incubação: 2 a 14 dias Até 5 semanas após quadro de diarréia aguda existe eliminação assintomática de oocistos nas fezes Resistente à cloração e filtragem

Quadro Clínico Diarréia = autolimitada e benigna Alguns casos: febre, vômitos, dor abdominal e desidratação Tende a ser mais grave em crianças pequenas, desnutridos e imunodeprimidos Imunodeprimidos: comprometimento das vias respiratórias, sem diarréias, associada com quadros de tosse, taquipnéia, sibilância, laringite e rouquidão

Ancilostomíase Ancylostoma duodenale e Necator americanus Amarelão Penetração ativa (percutânea) A. duodenale: também por via oral (ingestão de ovos ou larvas)

Quadro Clinico Depende do estado de nutrição do indivíduo infectado e da carga parasitária Formas oligossintomáticas Desnutridos: anemia ferropriva, hipoalbuminemia pela enteropatia com perda de proteína e má absorção Manifestações agudas: prurido intenso, edema, eritema e erupção papulo vesicular que dura até 2 semanas pela penetração da larva, síndrome de Loeffler (pneumonia intersticial) e ulcerações com hemorragias Clinicamente: dor abdominal, diarréia profusa, enterorragia ou melena e anemia (cansaço, sonolência, anorexia,pele descorada, geofagia)

Patogenia: ▪ Fase invasiva – penetração das larvas na pele, provocando lesões traumáticas mínimas, podendo surgir erupções eritemato-papulosas ▪ Fase de migração larvária pulmonar – as larvas rompem os capilares, provocando pequenas hemorragias até atingirem os alvéolos (ciclo de Loss) *Síndrome de Loeffler = pneumonia intersticial ▪ Fase de fixação ao intestino (duodeno e jejuno) – fixados à mucosa intestinal, produzem erosões e ulcerações com necrose tecidual. Perda sanguínea é intensa (anticoagulante!) » Produzem fator inibidor de neutrófilos

Ascaridíase Ascaris lumbricoides Parasita de maior prevalência - 25% da população mundial ▪ Presente em áreas tropicais, subtropicais e temperadas ▪ Determinantes para a transmissão: asseio pessoal e condições de higiene ▪ Vivem na luz do intestino delgado ▪ Ovos férteis: grande resistência ao meio, desenvolvendo-se quando as condições se tornam propícias

Quadro Clinico ▪ Febre, tosse, mal-estar, podendo haver, broncoespasmo, dispnéia e hemoptise decorrentes do comprometimento pulmonar ▪ Síndrome de Löeffler - pneumonite com infiltrado eosinofílico ▪ Dor abdominal, diarréia, vômitos, anorexia ▪ Complicações intestinais são a obstrução intestinal – que pode evoluir para volvo ou perfuração – e a apendicite ▪ Possibilidade de manifestações extra-intestinais: ▫ Colecistite ▫ Abscesso hepático ▫ Pancreatite ▪ Rx de tórax = infiltrados.

Enterobíase Enterobius vermicularis ou Oxyurus vermicularis Transmissão fecal-oral (ingestão ou inalação) Auto-infecção Localização preferencial no ceco, apêndice, cólon e reto, determinando sua principal manifestação clínica: prurido anal Ovos raramente são encontrados nas fezes Fêmea migra à região anal, onde faz a postura dos ovos embrionados, que se tornam maduros e infectantes em 06 horas e por 20 dias

Patogenia ▪ Fixados na mucosa podem determinar processo inflamatório leve, catarral *Dor abdominal, diarréia, náuseas e, raramente, vômitos ▪ Proctite, gerando prurido *Reto: evacuações mucossanguinolentas e tenesmo ▪ Envolvimento extra-intestinal: Trato genital feminino, gerando reações inflamatórias granulomatosas Swab anal: presença de ovos

Estrongiloidíase Strongyloides stercoralis Áreas tropicais e subtropicais Penetração de larvas filarióides pela pele íntegra ou mucosas; Ingesta de água contendo larvas filarióides; Transmissão vertical - aleitamento Ovos eclodem ainda no interior do hospedeiro, sendo o estágio larval o eliminado junto às fezes. Auto-infecção - casos de parasitismo de longa duração (20-30 anos) e o difícil controle dessa parasitose

Quadro Clinico O quadro oligo ou assintomático, podendo assumir gravidade extrema(imunossuprimidos) Manifestações cutâneas e pulmonares (Loeffler) Três padrões distintos de acometimento intestinal (duodeno e jejuno) ▫ Enterite catarral (congestão da mucosa com hemorragia petequial) ▫ Enterite edematosa (parede intestinal espessada, vilos achatados e formas parasitárias ao longo da lâmina própria) ▫ Enterite ulcerativa (edema, fibrose, processo inflamatório prolongado com atrofia e ulcerações da mucosa)

Tricocefalíase Parasitose intestinal causada pelo Trichocefalus trichiurus ou Trichuris trichiura, que habita o intestino grosso, ceco e apêndice

Quadro Clinico ▪ Os vermes adultos penetram na mucosa intestinal, gerando desde simples erosões até ulcerações ▪ Perda de sangue estimada: 0,005 mL/ verme/ dia ▪ Reação tóxico-alérgica, com placas urticariformes ▪ Diarréia crônica com tenesmo ▪ Disenteria ▪ Vômitos ▪ Enterorragia ▪ Prolapso retal

Teníase ▪Taenia solium e Taenia saginata ▪ O homem é o hospedeiro definitivo, ao passo que os bovinos e suínos são intermediários ▪ Ingestão de carne crua ou mal passada suína ou bovina ▪ Eliminação de milhares de ovos no ambiente, que têm grande capacidade de sobrevivência

Quadro Clinico Sintomatologia: escassa na maioria dos casos Queixa mais frequente é o desconforto causado pela migração de proglotes pelo ânus (saginata) ou o encontro de vermes pequenos e chatos nas fezes Podem ocorrer náuseas, vômitos e diarréia. também podemos ter alteração do apetite (fome exagerada ou inapetência), perda de peso, astenia ou irritabilidade

Diagnóstico * Parasitológico de fezes Hemograma Sorologia por ELISA Aglutinação pelo látex Teste cutâneo PCR Imunoensaio em extrato aquoso Retossigmoidoscopia EDA com Bx de delgado SEED US abdomen RX Tórax TC de crânio Exames de escarro ELISA HIV e CD4

Profilaxia Água de boa qualidade nas casas e tratamento do esgoto Educação sanitária e educação ambiental, com a participação ativa e efetiva da comunidade; Higiene Lavagem de frutas e verduras a serem ingeridas cruas; Comer somente carne bem cozida Exame de fezes periódicos de manipuladores de alimentos, Tratamento dos positivos

Tratamento Albendazol, 1x dia, por 3 dias: Secnidazol, dose única: Todos os helmintos Não pega protozoários. Secnidazol, dose única: Protozoários. Repetir albendazol após 2 semanas: Evitar reinfecção endógena ou exógena. Erradicação das formas larvárias antes de iniciar a postura.

Tratamento Mebendazol, 1x dia, por 3 dias: Helmintos, menos Strongiloides, Hymenolepis e Schistossoma. Metronidazol, 8/8h, por 7 – 10 dias: Protozoários. Tiabendazol, até 4/4h, por 2 – 3 dias: Strongiloides. Praziquantel: Esquistossomose, tênias e Hymenolepis. Ivermectina, por 2 dias: Strongiloides e ancilostomíase.

Tratamento Controle de cura: Bolo de áscaris: PPF após 15 – 30 dias: SNG. Óleo mineral – laxativo. Cirurgia. Controle de cura: PPF após 15 – 30 dias: