Música Popular Urbana Brasileira 2ª metade do séc. XX O que aconteceu depois da época de ouro? Quais as suas relações com a política e a cultura de massa?

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1 Música Popular Urbana Brasileira 2ª metade do séc. XX O que aconteceu depois da época de ouro? Quais as suas relações com a política e a cultura de massa?

2 Cultura de massa no séc. XX O desenvolvimento da tecnologia da comunicação transformou durante o séc. XX a relação da música com a sociedade. Os principais meios de divulgação da cultura de massa são: Rádio Televisão Cinema Internet

3 Tendências da música no Brasil Após o período de formação e criação da música popular brasileira, duas tendências conflitantes serviram de base para a continuidade da criação musical no Brasil. NACIONALISTAS X INTERNACIONALISTAS

4 O rádio no Brasil Gravação musical: começou no início do séc. XX, mas pelo elevado custo, não serviu como um grande divulgador da música no Brasil. 1922: primeira transmissão de rádio. 1930: Getúlio Vargas toma o poder após um golpe de Estado. 1930: a Rádio Nacional tem um grande poder de divulgação de seus programas semelhante a Rede Globo hoje.

5 Repertório da Rádio Nacional Apesar da tendência nacionalista do governo, a programação da Rádio Nacional priorizou estilos musicais como tangos, boleros, canções italianas e francesas, de fácil assimilação, abordando sentimentos dramáticos e românticos. O resultado desta música é um confronto entre as tendências nacionalistas e internacionalistas, beirando alguns vezes ao exagero e mau gosto. Principais artistas: Carmem Miranda, Orlando Silva, Herivelton Martins, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Lupicínio Rodrigues, Ângela Maria, entre outros. O arranjo musical deste período é muito carregado e influenciado por sonoridades da música norte-americana.

6 Bossa Nova Teve seu início em 1958 com o disco “Canção do amor demais” de Elizeth Cardoso. Significado social: o samba saiu do morro e atingiu todas as classes sociais. Artistas da classe média carioca. A Bossa Nova é o símbolo, até hoje, da música brasileira no exterior. A clareza deste estilo definiu características musicais do que seria chamado, posteriormente, MPB. As propostas de modernização da música feita pela Bossa Nova dialogavam com as propostas de Juscelino Kubitschek (na política) e Oscar Niemeyer (na arquitetura)

7 Características da Bossa Nova Vocabulário simples e resumido, não narra uma história, conta apenas um momento atemporal e impessoal. Influências: rítmica do samba, harmonia da música impressionista e execução musical jazzística. Em resposta ao período anterior é uma música intimista, arranjos econômicos e música altamente sofisticada. Metalinguagem. Sentimento ecológico. Desligada do contexto social do país. Principais artistas: Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto.

8 Tropicália Iníciou em 1968 com o Disco: “Tropicália ou Panis et circensis” Movimento dessacralizador e irônico, um retorno às propostas de 1922 (principalmente o Antropofagismo de Oswald de Andrade). O conceito de MPB que estava associado apenas à Bossa Nova e explodido e hoje seu significado é muito mais amplo graças ao Tropicalismo. Os Tropicalistas tinham um profundo respeito à Bossa Nova. Ligado a todas as artes no Brasil: Artes Plásticas (Hélio Hoitica, Pop Art), Teatro (Teatro erótico e político), Cinema (Cinema Novo), Poesia (Poesia Concreta), Televisão (Chacrinha). Ligado a tudo que acontecia de arte no mundo: principalmente ao Rock americano e Vanguardas Europeias.

9 Características da Tropicália Seus textos usam citações e colagens. Todos os ritmos brasileiros são utilizados e misturados aos estrangeiros sem o menor constrangimento. Características musicais opostas à Bossa Nova. Utilização da guitarra. Principais artistas: Gilberto Gil, Caetano Veloso e Mutantes.

10 O Amor na Bossa Nova e na Tropicália Bossa Nova Envolvimento romântico Difícil aproximação Amor eterno Mulher no pedestal Solidão é algo negativo Tropicália Atração Física Aproximação íntima Liberdade Mesmo nível Solidão é autoconhecimento

11 Festivais da Canção 1965: 1º lugar: Arrastão (Edu Lobo e Vinícius de Moraes) 1966: Empatou – A Banda (Chico Buarque) e Disparada (Geraldo Vandré/Theo de Barros) 1967: 1º lugar: Ponteio (Edu Lobo) 2º lugar: Domingo no Parque (Gilberto Gil) 3º lugar: Roda Viva (Chico Buarque) 4º lugar: Alegria, alegria (Caetano Veloso) 1968: 1º lugar: Sabiá (Chico Buarque e Tom Jobim) e 2º lugar: Para não dizer que não falei das flores (Geraldo Vandré)

12 1968 As revoluções estudantis na França (Revolução de 68) se espalharam pelo mundo, criticando a Guerra do Vietnã e buscando maior liberdade na educação e na política. Todas as músicas premiadas eram de cunho político, principalmente, “Prá não dizer que não falei das flores”, foi um símbolo da luta contra a ditadura. Em 1968 foi instaurado o AI-5 resultando no exílio de muitos artistas da MPB. Com o retorno dos artistas exilados tivemos o ano mais importante e criativo da música brasileira (1972).

13 1972 – Principais discos Clube da esquina (Milton Nascimento e Lô Borges) Elis (Elis Regina) Expresso 2222 (Gilberto Gil) Acabou chorare música (Novos Baianos) Transa (Caetano Veloso)

14 E depois... Secos e molhados, João Bosco, Ivan Lins, Djavan, Tim Maia, Jorge Benjor, Jards Macalé, Belchior, Gal Costa, Maria Bethânia, Zé Ramalho, Alceu Valença, Itamar Assunção, Nelson Cavaquinho e etc...