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Farsa de Inês Pereira Gil Vicente

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Apresentação em tema: "Farsa de Inês Pereira Gil Vicente"— Transcrição da apresentação:

1 Farsa de Inês Pereira Gil Vicente
Análise e sistematização

2 Ação - Tema Gil Vicente desenvolve o provérbio
“Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube” Teste à originalidade do dramaturgo, que desenvolve uma história com princípio meio e fim, em que demonstra que é preferível um asno que leve Inês às costas (i.e., que lhe faça todas as vontades), a um cavalo que a derrube (i.e., que a prive de liberdade e a ameace). marido bronco e ingénuo Pero Marques marido “avisado” e “discreto” Escudeiro Brás da Mata

3 Ação - Estrutura Esta peça é uma das mais bem estruturadas de Gil Vicente Exposição: O monólogo inicial de Inês e o diálogo com a mãe em que se apresentam as características da jovem e os seus objetivos. Conflito: Desde a chegada de Lianor Vaz até ao casamento com Pero Marques. Desenlace: A partir do casamento com Pero Marques até ao final, que concretiza o tema da peça e o provérbio que a determinou.

4 Ação - Estrutura Ponto de partida
Aspiração de Inês a libertar-se pelo casamento. Desenvolvimento Proposta e recusa de casamento com Pero Marques; Casamento falhado com o escudeiro; Casamento com Pero Marques. Ponto de chegada Concretização da aspiração de Inês.

5 Personagens Inês Pereira – figura central da peça; pode classificar-se como personagem modelada, já que sofre uma evolução psicológica, decorrente da experiência e, reconsiderando a sua posição inicial, aceita um segundo casamento completamente fora das suas expetativas (“sobre quantos mestres são /experiência dá lição”), mas também como personagem plana, pois, o final da peça mostra-nos, novamente, o caráter leviano de Inês, característica principal, enquanto personagem tipo.

6 Personagens Mãe – personagem secundária, que, em estreita ligação com Inês, representa o contraponto da sua fantasia e irresponsabilidade. Moderada, prudente e pragmática, a Mãe manifesta a sua descrença em relação ao casamento com o Escudeiro, antecipando alguns dos problemas que virão a acontecer. Contudo, quando a filha opta por casar com Brás da Mata, a Mãe desaparece, discretamente, sem discussões, censuras ou vinganças, e ainda lhe oferece a casa onde viviam. A filha aprenderá à sua custa.

7 Personagens Pero Marques – outra figura intimamente ligada a Inês; representa na peça o papel de “asno” que leva a mulher às costas, de visita a um antigo pretendente (o ermitão). É um lavrador ingénuo e bronco, trabalhador e honesto, que tem alguns bens. Oriundo do meio rural e desconhecedor de algumas regras de convivência, cai no ridículo, não só pela maneira como veste, mas também pela maneira de falar e agir. É a personagem cómica da peça, que contrasta com Inês (por quem é ridicularizado) e com o escudeiro.

8 Personagens Lianor Vaz – é quem apresenta Pero Marques a Inês, através de uma carta. Mostra grande capacidade de persuasão, experiência e oportunidade no desempenho do seu papel de comadre casamenteira, quando, após a morte do Escudeiro, regressa para relembrar Inês do seu anterior pretendente.

9 Personagens Escudeiro (Brás da Mata) – é uma figura muito importante que contrasta flagrantemente com Pero Marques (compare-se a carta e o comportamento de Pero Marques com o discurso do Escudeiro, quando se apresentam a Inês). Mostra-se elegante, culto e astuto. É uma personagem com grande influência no desenrolar da história, já que é o seu comportamento tirânico que vai fazer com que Inês venha a aceitar Pero para se vingar das frustrações do primeiro casamento que ela idealizou e falhou. O Escudeiro, pobre e covarde, ostenta perante Inês qualidades que não tem. Antes de casar apresenta-se como um grande senhor, rico, culto e bem falante.

10 Personagens Escudeiro (continuação)
Pobre e covarde, ostenta perante Inês qualidades que não tem. Antes de casar apresenta-se como um grande senhor, rico, culto e bem falante. Depois de casar, revela-se um tirano mesquinho que deixa a esposa à guarda do criado e parte para África com o objetivo de ser armado cavaleiro, onde acaba por ser morto por um mouro pastor, quando desertava de uma batalha.

11 Personagens Moço – personagem que contribui para a denúncia do verdadeiro caráter do Escudeiro e da sua condição financeira. Judeus casamenteiros – são quem apresenta o Escudeiro a Inês. Preocupados em receber o seu dinheiro, empenham-se em elogiar os méritos do Escudeiro perante Inês e as qualidades desta , perante aquele. São desonestos, falsos e materialistas.

12 A intenção crítica do autor
Esta peça é uma visão crítica de tipos e fenómenos da época. A crítica à sociedade do tempo de Gil Vicente é conseguida com recurso à ironia, à criação de personagens-tipo e ao cómico. A ironia está presente em variadas situações: No diálogo inicial entre Inês e a Mãe; No diálogo entre a Mãe e Lianor Vaz, quando esta conta o que lhe acontecera na vinha; Na reação de Inês à carte de Pero Marques; No diálogo entre Pero e Inês (falas de Inês) Nas respostas e apartes do Moço, quando fala com o Escudeiro; Nas falas de Inês, quando o Escudeiro parte para África; No diálogo de Inês com Lianor , após a sua viuvez.

13 A intenção crítica do autor
Personagens-tipo Inês: moça do povo, casadoira, que pretende ascender socialmente; preguiçosa; ambiciosa; fantasiosa e leviana. Mãe: pragmática e materialista, quer ver a filha bem “arrumada” com um marido com estabilidade económica, desprezando ideais de amor, sonhos ou caprichos. Lianor Vaz: alcoviteira Pero Marques: homem do campo com pouca educação; o asno, o inadaptado à sociedade; objeto de vingança de Inês.

14 A intenção crítica do autor
Personagens-tipo Escudeiro: a baixa nobreza em degradação, faminta e pelintra; Judeus: mundo da aldrabice e do interesse monetário; Ermitão: clero leviano que esquece os seus deveres e a sua moral; Moço: classe servente (povo)

15 A intenção crítica do autor
Cómico de Caráter Ex.: concretiza-se nas figuras de Pero Marques (provinciano e bronco nitidamente deslocado junto de Inês e da Mãe) e do Escudeiro pobre e cobarde mas dissimulando na elegância do seu discurso, na variedade das suas prendas (canta e toca) e na fanfarronice solene todas as suas fraquezas e misérias.

16 A intenção crítica do autor
Cómico de Situação Ex.: quando Pero Marques se senta na cadeira ao contrário e de costas para Inês e para a Mãe; na fala dos Judeus casamenteiros, que, na sua sofreguidão e calculismo para conseguirem casar Inês com o Escudeiro, se interrompem, repetem e atropelam constantemente ; no episódio final quando Pero Marques, descalço, transporta Inês às costas, mais duas lousas que lhe agradam e para cúmulo, aceita cantar uma cantiga que o apelida de "marido cuco".

17 A intenção crítica do autor
Cómico de Linguagem Ex.: quando Pero Marques entra com a sua linguagem recheada de termos e expressões provincianas; quando os Judeus produzem o seu discurso repetitivo e arrastado ; quando Inês se refere a Pero Marques dizendo "Ei-lo se vem penteando/será com algum ancinho?"; na ironia do Moço desmascarando a pelintrice do Escudeiro. Nos trocadilhos (quando Pero Marques diz que seu é o “mor gado” e a Mãe pensa que ele é morgado; quando Inês pergunta a Pero se pode sair e ele pensa que ela se refere a “evacuar”)


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