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PublicouWalter Leal Fontes Alterado mais de 7 anos atrás
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Rodrigo Pina Monitor de Medicina Nuclear e Imagem Molecular Universidade Federal Fluminense
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Termos empregados e suas definições Radioisótopos: elementos com o mesmo n° de prótons, dos quais pelo menos um é radioativo Radionuclídeo: proposto em 1947 como mais apropriado, uma vez que a radiação é proveniente do núcleo do átomo Radiotraçador: substância que permite acompanhar um processo químico ou biológico e que emite radiação gama Radiofármaco: medicamento composto por preparado farmacêutico marcado com um radionuclídeo
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Radiotraçadores em humanos Para medir a velocidade de circulação do sangue, em 1925 Blumgart injetou em si próprio um composto conhecido como rádio C - 214 Bi e 214 Pb
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Princípio da Captação Seletiva A partir de 1937 - estudos do metabolismo da tireóide com 128 I e posteriormente com 131 I A tireóide é o único órgão que extrai e estoca o íon iodo circulante seu estudo deu origem ao conceito de Captação Seletiva Captação por simples troca – mesmas propriedades bioquímicas do iodo não radioativo
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Conceito de Contraste em Medicina Nuclear Diferença de captação de um radiofármaco entre duas estruturas vizinhas E.g. Injeção do complexo 99m Tc MDP para estudo ósseo - Contraste do órgão: contraste entre osso e tecidos moles melhora a qualidade da imagem -Contraste da lesão: contraste entre lesão óssea e osso circunvizinho melhora a detecção da lesão Na Radiologia o contraste se estabelece pela diferença de absorção de radiação Na Medicina Nuclear o contraste se estabelece pela diferença de emissão de radiação
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Dois tipos de contraste Hipercaptante, quente ou positivo Hipocaptante, frio ou negativo
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Nuclídeos e Cintilografia do Esqueleto Isótopos radioativos de cálcio e fósforo não são utilizáveis - 45 Ca e 49 Ca liberam energia gama muito intensa exigem blindagem extremamente pesada - 45 Ca e 49 Ca tem meia vida longa 162 dias e 8,7 meses - 32 P emite radiação beta que não pode ser detectada fora do corpo Outra possibilidade: troca heteroiônica – troca do cálcio nativo por íons radioativos de outros elementos com comportamento bioquímico similar
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Nuclídeos e Cintilografia do Esqueleto As primeiras cintilografias ósseas por troca heteroiônica utilizaram isótopos de estrôncio ( 85 Sr e 87 Sr). No entanto, ainda não eram bons radiotraçadores
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Tecnécio Não apresenta nuclídeos estáveis, sendo raro na natureza Descoberto em 1937 em uma amostra de molibdênio que fora bombardeada com núcleos de deutério Nome proveniente da palavra grega technetos, que significa “artificial” Em 1958 foi inventado o gerador de tecnécio, possibilitando seu uso distante das fontes de molibdênio
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Por que o Tecnécio é um bom radiotraçador? Obtido com pureza radionuclídica Emissor puro de radiação gama Radiação de energia suficiente para ser captada (140 Kev) A energia da radiação não demanda blindagens pesadas Meia vida de 6,05 horas suficientemente prolongada para permitir o exame e curta para reduzir a irradiação do paciente Baixo custo
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Tecnécio na Cintilografia do Esqueleto O tecnécio é obtido na forma de pertecnetato de sódio, que não se incorpora no esqueleto Em 1972, Subramanian e McAfee descobriram que o 99m Tc pode se ligar a polifosfatos orgânicos formando quelatos, como o 99m Tc MDP 99m Tc MDP se fixa na superfície óssea por adsorção química, formando ligações covalentes
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Farmacocinética do 99m Tc MDP Em condições fisiológicas, 60% da dose é incorporada nos ossos e 40% é eliminada prontamente pelos rins 24 horas após a administração, a radiação proveniente do radiofármaco ligado ao osso já não interfere com outros procedimentos que necessitem de 99m Tc Na fase vascular (fase de fluxo) o radiofármaco tem concentração máxima no sistema arterial, microcirculação e retorno venoso – dura entre 2 e 3 minutos
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Farmacocinética do 99m Tc MDP Na fase intersticial, o 99m Tc MDP começa a passar para o espaço extravascular e a concentração entre os compartimentos vascular e extravascular se equilibram fase de equilíbrio Captação X Fixação Fatores que influenciam na fixação do radiofármaco no esqueleto: oferta e ligação
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Farmacocinética do 99m Tc MDP Oferta: quantidade de radiofármaco circulante disponível depende da vascularização do osso -Aumento da circulação óssea: Paget e metástases -Diminuição: necroses ósseas Ligação: o quelato se acumula na camada de formação ativa de mineralização do osso ( 2/3 nos cristais de hidroxiapatita e 1/3 no fosfato de cálcio) Quanto atividade osteogênica, concentração do 99m Tc MDP
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Farmacocinética do 99m Tc MDP A ligação do radiofármaco ao osso ainda depende da quantidade e da qualidade dos cristais -o aumento da quantidade de novos cristais ( e da ligação) é estimulado por fatores como: estresse físico peso corporal processos inflamatórios maioria dos processos neoplásicos hormônios reguladores do cálcio (calcitonina)
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Farmacocinética do 99m Tc MDP A diminuição da quantidade de novos cristais ( e da ligação) ocorre quando predomina a atividade osteoclástica - Distúrbios metabólicos (hiperparatireoidismo) -Infecções virulentas -Neoplasias com predomínio de atividade osteoclástica (mieloma múltiplo)
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Farmacocinética do 99m Tc MDP Qualidade dos cristais -grau de maturidade dos cristais: cristais imaturos apresentam maior superfície relativa, permitindo ligação do radiofármaco em maior número
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Farmacocinética do 99m Tc MDP Qualidade dos cristais -localização: zona de ossificação, rica em cristais imaturos, localizada próxima ao osteóide
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Farmacocinética do 99m Tc MDP Excreção do radiofármaco: -se inicia cerca de 2 minutos após a administração -pico da atividade renal em 20 minutos -”Superscan” – tecido ósseo hipercaptante faz com que pouco radiofármaco seja excretado “imagens renais evanescentes” ou “rins ausentes” -Superscan no adulto em geral indica processo patológico, porém na criança pode indicar hipercaptação fisiológica nas placas de crescimento
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Farmacocinética do 99m Tc MDP Superscan Indivíduo com câncer de próstata e múltiplas metástases ósseas Exame em criança saudável exibindo hipercaptação nos centros de ossificação
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Obrigado! Contatos rodrigopina03@gmail.com medicina.nuclear@huap.uff.br
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