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PublicouJoão Batista Amado Branco Alterado mais de 8 anos atrás
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O divórcio entre a fé e a vida diária de muitos deve ser considerado como um dos mais graves erros da nossa época. Vaticano II Texto: Lucas 17, 5-10 // 27 Tempo Comum –C- Comentários e apresentação: Asun Gutiérrez Cabriada. Música: Delibes.Plegaria.
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Naquele tempo, os apóstolos disseram ao Senhor: – Aumenta a nossa fé. Os apóstolos sentem a necessidade de uma fe mais profunda, querem aumentar a sua confiança em Jesus. Sinto essa mesma necessidade? Jesus não vai responder directamente ao pedido, vai falar da gratuidade da fé, do seu poder de fazer grandes coisas a partir do mais simples. A fé é a adesão, aceitação, compromisso e entrega à Pessoa e à mensagem de Jesus. É uma relação pessoal com Ele.
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O Senhor respondeu: – Se tivésseis fé como um grão de mostarda. Diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ele obedecer-vos-ia. Segundo Lucas, Jesus não mede a fé pela quantidade mas pela qualidade. “Se tivésseis fé, mesmo que fosse só”... Tenho fé? Como é a minha fé? Herdada, infantil, rotineira, incoerente, débil, profunda, madura, viva, pessoal, libertadora, feliz...? Se a chave é a qualidade mais que a quantidade, podemos perguntar-nos que se passa num ambiente com tantos supostos cristãos, tantos católicos, tantos colégios religiosos, tantas catequeses, tantas paróquias.... E... quantos crentes? Tenho fé ou um conjunto de afirmações doutrinais, um catecismo, um complicado credo que não tem muito a ver com o Evangelho nem com a fé nem transforma a minha vida? Jesus continua a dizer-nos hoje: se me seguisses de verdade, se tivesses fé, se vivesses segundo o Evangelho, terias a Força necessária para mudar o mundo. A fé atreve-se e alcança o impossível.
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Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele volta do campo: ‘Vem depressa sentar-te à mesa’? Não lhe dirá antes: ‘Prepara- me o jantar e cinge-te para me servires. Até que eu tenha comido e bebido. Depois comerás e beberás tu’. Terá de agradecer ao servo por lhe ter feito o que mandou? A missão não termina no campo – evangelização -, mas na casa, vida pessoal, familiar, comunitária. O poder anunciar, com a forma de viver, que o Evangelho é Boa Notícia que liberta e humaniza e que todos somos convocados a fazer um mundo de irmãos, é o maior motivo de agradecimento e de alegria, sem nos julgarmos, por isso, com direito a felicitações, louvores, recompensas ou privilégios.
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Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: «Somos servos inúteis: fizemos o que devíamos fazer». Que tenho que fazer? Ser anúncio e presença antecipadora do Reino que cura e liberta, que nos torna pessoas melhores e felizes, para poder contagiar alegria e bondade. Tornar presente no mundo a Boa Notícia de Jesus. Paradoxalmente, as pessoas realmente úteis são as que se consideram “inúteis”. Jesus quer destacar a ideia da gratuidade. O verdadeiro discípulo, a verdadeira discípula, concebe a sua vida como serviço gratuito e generoso sem pensar em méritos nem necessitar de recompensas. Ao contrário da mentalidade farisaica que se atribui o mérito do que faz. “Trata-se nem mais nem menos que da superação da ideia farisaica da recompensa” (J. Jeremias).
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Às vezes, Senhor, quando duvido, quando não sinto nada e me vejo céptico, todavia sei parar e colher um grão de mostarda na palma da minha mão, e olhá-lo e remirá-lo, lembrando-me das tuas palavras. E, às vezes, quando tudo corre bem, quando a vida me sorri, quando não tenho problemas para acreditar em Ti, nem para acreditar nos homens e mulheres, nem para acreditar em mim..., também me atrevo a colher um grão de mostarda na palma da minha mão, e o olho e remiro lembrando-me das tuas palavras: "Se tivésseis fé como um grão de mostarda..." Ulibarri Fl. Ulibarri Fl.
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