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Ácaros de importância agrícola
Ana Margarete Rodrigues Martins Ferreira
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Principais ácaros praga
Os principais ácaros praga no Brasil sobre diferentes espécies de vegetais de valor econômico são: Brevipalpus phoenices (Geijske); Familía Tenuipalpidae Tetranychus urticae Koch; Família Tetrachynidae Polyphagotarsonemus latus (Banks); Família Tarsonemidae Phyllocoptruta oleivora; Família Eriophyidae,
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Caracterização Ácaros são organismos do Filo Artropoda, Subfilo Chelicerata, Classe Arachnida e Subclasse Acari. São organismos pequenos ou microscópicos, que apresentam 4 pares de pernas nas fases pós-larvais, corpo não segmentado, apêndices articulados e esqueleto externo. Os membros da Subclasse Acari apresentam uma considerável diversidade em relação ao comportamento e habitats que ocupam.
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Habitats Ácaros da poeira Carrapatos Fonte: lersaude.com
'Demodex follicullorum' é um artrópode, com oito patas e corpo alongado Fonte: lersaude.com Fonte:
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(Brevipalpus phoenicis)
Mede aproximadamente 0,3 mm de comprimento por 0,07 mm de largura. É achatado, apresenta quatro pares de pernas e coloração avermelhada com manchas escuras no dorso. A espécie é caracterizada por possuir duas setas sensoriais e é disseminada pelo vento, aves, insetos e pelo homem durante as práticas culturais. Fonte: agrolink
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Ciclo de vida Ovos vermelhos, a maioria tem formato elíptico- alongado, de cor alaranjada intensa. coloca 9 a 40 ovos durante a vida, dependendo do substrato. O período de ovo a adulto é de aproximadamente 19,2 dias em frutos de laranja, a 25ºC. (CHIAVEGATO, 1986). Os ovos são colocados em rugosidades dos frutos, das folhas, ou mesmo nos ramos, entre as exúvias (HARAMOTO, 1969; CHIAVEGATO, 1986), sendo que a 30°C a postura é de 1,87 ovos por dia.
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Ciclo de Vida O ácaro ocorre durante todo o ano, porém em determinados períodos sua população atinge níveis mais elevados. Vários são os fatores que interferem em sua flutuação populacional, entre os quais a fenologia da planta, a variedade, a presença de predadores e os fatores climáticos, que podem atuar diretamente ou indiretamente sobre a população ao propiciar condições para o desenvolvimento de possíveis agentes entomopatogênicos que agem sobre os mesmos (OLIVEIRA, 1995).
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(Brevipalpus phoenicis) - Ácaro da leprose
A doença ataca também os ramos e folhas, quando em maior nível de infestação, onde provocam manchas marrons circundadas por um halo amarelado. As folhas caem após 12 semanas do ataque do ácaro. Fonte: Fundecitrus
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Importância Econômica:
Esta espécie é encontrada sobre cerca de 80 gêneros de plantas (ex.: citros, café, Hibiscus, plantas daninhas). Conhecidos como ácaros da leprose devido aos sintomas encontrados em frutos, folhas e ramos, como clorose zonada. É considerado o vetor de um vírus que causa uma anomalia conhecida como mancha anular, pertencente ao grupo de Rhabdovirus (CHAGAS, 1988). Quanto aos prejuízos, sabe-se que os frutos com manchas lepróticas perdem seu valor comercial e, nos pomares, os frutos caem prematuramente, reduzindo a produção.
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(Brevipalpus phoenicis) - Ácaro da leprose
Nos frutos, os sintomas se caracterizam por uma mancha deprimida de cor marrom, circundada por um halo amarelado, enquanto o fruto estiver verde. Estes sintomas se manifestam 2 semanas após o ataque do ácaro, sendo que os frutos caem logo após o aparecimento do sintoma. Fonte: fundecitrus Fonte: procafé
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(Brevipalpus phoenicis)
Controle: Diversos inimigos naturais controlam bem o ácaro Delphastus sp. Stethorus sp Fonte:bugguide
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(Brevipalpus phoenicis)
O controle químico deverá ocorrer quando a amostragem mostrar que em 2% das folhas ou frutos examinados for observado infestação do ácaro da leprose ou em 10% das folhas ou frutos examinados for observada a infestação do ácaro da leprose conjuntamente com outra espécie de ácaro. O controle é realizado através de pulverização de acaricida específico registrado para a cultura.
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Família Tetranychidae
Ácaros globosos e grandes, as fêmeas medem aproximadamente 0,5 mm de comprimento. Coloração variada: Rajados, Verdes, Amarelos e Vermelhos. Produzem teias. Desprovidos de escudos. Possuem estriações e manchas oculares (ocelos).
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Família Tetranychidae
Os ovos são esféricos, medindo cerca de 0,14 mm de diâmetro. Macho menor e com opistossoma afilado. As quelíceras passaram por transformações em que os dígitos móveis destas estruturas transformaram-se em um par de estiletes alongados. O estilete perfura inúmeras vezes o tecido foliar, liberando o conteúdo celular ou citoplasma, que serve de alimento para este ácaro.
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Desenvolvimento e Reprodução:
O período de incubação é de aproximadamente 4 dias a 23ºC. O período de desenvolvimento de ovo a adulto varia de 5 a 50 dias (dependendo da temperatura), sendo de aproximadamente 6,2 dias a 29,4ºC. Cada fêmea coloca em média 40 ovos (podendo chegar a 140 ovos) durante a sua vida.
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Desenvolvimento e Reprodução:
Possuem machos e fêmeas. São haplo-diplóides, os machos sendo produzidos por partenogênese arrenótoca e as fêmeas através de reprodução sexuada. Algumas espécies apresentam partenogênese telítoca (NORTON et al., 1993). (fêmeas) Ovos não fecundados machos (haplóides). Ovos fecundados dão origem a fêmeas (diplóides).
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Fonte: FMC
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Tetranychus urticae O ácaro rajado é considerado um dos ácaros de maior importância econômica em todo o mundo e pode causar consideráveis prejuízos em diversas culturas no Brasil, incluindo algodão, berinjela, feijão, maçã, morango, pêssego, pimentão, soja, tomate, ornamentais, etc. O ácaro rajado, Tetranychus urticae é considerado uma das pragas mais importantes do morangueiro Altas infestações (> 50 ácaros/folíolo) podem causar descoloração de folhas, perda da capacidade fotossintética e eventualmente a morte das folhas.
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(Tetranychus urticae)
Danos: Como todas as espécies de tetraniquídeos, ocorrem na superfície inferior das folhas. As folhas infestadas por este ácaro inicialmente tornam-se amareladas, na face oposta a colônia. Posteriormente, estas áreas ficam necrosadas, ocorrendo perfurações nas folhas. Sob infestações severas, ocasionam a desfolha precoce afetando a produtividade. Fonte: fundecitrus
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(Tetranychus urticae)
Controle: Aplicações de produtos defensivos deve ser realizadas nas horas mais frescas do dia. Usar produtos registrados para as culturas. Fonte: Infra.fr
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Polyphagotarsonemus latus- Ácaro branco
Ácaro tropical Sinônimos: Hemitarsonemus latus, Neotarsonemus latus, Tarsonemus latus e Tarsonemus phaseoli Esta espécie de ácaro é semelhante ao ácaro rajado, polífago e cosmopolita. Além do algodão, causa danos em batata, berinjela, café, citros, feijão, mamão, manga, maracujá, morango, pêra, pimentão e uva. Fonte: cpt.br
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Identificação Ovo: Tem cerca de 0,1 mm de comprimento. Coloração branca, ovoides e com saliências na superfície. Larva: Hexápoda de cor branca opaca. Pupa: Similar ao adulto, porém menor. Diferentemente da larva, possui oito pernas. Adulto: Pequeníssimo, praticamente imperceptível a olho nu. Fêmeas têm cerca de 0,15 x 0,11 mm, coloração branca a amarelada brilhante e são maiores que os machos (0,14 x 0,08 mm) hialinos e brilhantes.
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Bioecologia Ciclo de vida curto (3 a 5 dias).
Desenvolvimento favorecido por temperaturas altas, baixa umidade relativa do ar, associadas à baixa luminosidade. Ovos colocados isoladamente na face abaxial das folhas. Até 40 ovos por fêmea. Não tecem teia. Disseminação pelo vento e por partes vegetais infestadas. Podem ser dispersos também transportados por moscas brancas e pulgões.
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Polyphagotarsonemus latus- Ácaro branco
Populações elevadas de P. latus surgem da combinação de temperatura e umidade alta, com baixa luminosidade (GALLO et al., 2002). Por outro lado o desenvolvimento de P. latus em algodoeiro depende mais da idade da planta do que das condições de temperatura e umidade prevalecentes (CHIAVEGATO, 1975). Fonte: comercialagrícolasantacruz
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Ecologia Um hábito comum dos machos é o de carregar as pupas das fêmeas por algumas horas antes delas se transformarem em adultas. O macho carrega sua pupa segurando-a acima do corpo, numa posição transversal, servindo a extremidade posterior do opistossoma para sustentá-la firmemente nesta posição. Este hábito auxilia a disseminação e concorre para a propagação da espécie. (FLECHTMANN, 1974).
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Ecologia O ácaro prefere se alimentar na superfície abaxial das folhas, que, conseqüentemente, se tornam curvadas para cima, encarquilhadas, ressecadas e bronzeadas, podendo chegar a cair prematuramente (GERSON, 1992). Geralmente, as folhas novas são mais intensamente infestadas, tornando-se coriáceas e freqüentemente necrosando, assim como as gemas apicais. Ácaro na pimenta –Fonte: youtube
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Danos na planta Parte(s) afetada(s) Folhas, Flores, Frutos
Fase(s) em que ocorre o ataque Crescimento vegetativo, Floração, Frutificação
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Danos: No algodoeiro, o ácaro provoca perda na produção, devido a redução no número de maçãs e diminuição na qualidade da fibra. Quando o ataque ocorre nas folhas, o sintoma geral é o escurecimento das mesmas e o posterior enrolamento dos bordos para baixo. Fonte: sementesagroceres
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Danos OLIVEIRA e CALCAGNOLO (1974) avaliaram os danos do ácaro branco na produção de algodão e observaram que a praga pode causar uma redução de até 11,1% no peso do algodão em caroço, além da depreciação qualitativa da fibra. Fonte: Agroceres
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Controle: Realizar pulverizações com acaricidas específicos, registrados para as culturas.
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Ácaro da falsa ferrugem (Phyllocoptruta oleivora),
Mede entre 0,13 e 0,17 mm e sua coloração varia entre amarelo e marrom claro; é considerado praga- chave dos citros em diversos países, incluindo o Brasil, devido a sua frequência e danos causados às plantas. Fonte: Fundecitros
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Ácaro da falsa ferrugem (Phyllocoptruta oleivora),
Ele ataca todas as variedades comerciais. A disseminação é feita principalmente pelo vento, sendo uma velocidade de 15 km/h suficiente para arrastá-lo. Este ácaro é encontrado em folhas novas e de coloração verde intensa e em frutos em formação. Fonte: Fundecitrus
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Sintomas Ao infestar as folhas, o ácaro da falsa ferrugem provoca uma mancha, de forma irregular e cor escura, localizada na superfície inferior e nas bordas. Além de destruir a epiderme, ele injeta toxinas por meio da saliva e em infestações intensas reduzem a capacidade de fotossíntese das plantas. Fonte: agronomicabr.com
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Sintomas Os frutos afetados apresentam manchas, que passam de uma coloração escura para ferrugínea. O ácaro alimenta-se em toda a superfície dos frutos, mas os sintomas são mais evidentes nas laterais. Fonte: agronomicabr.com
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Controle Para conter o aumento populacional do ácaro da falsa ferrugem, recomenda-se o emprego de cobertura verde com o plantio intercalar de mentrasto (Ageratum conyzoides), o uso de quebra-ventos e restrição total a agrotóxicos e insumos não seletivos. O controle químico tem sido o mais utilizado no combate ao ácaro. Para definir o momento mais correto para proceder a aplicação do acaricida e seu nível de controle é recomendado inspecionar 1% de plantas do talhão, examinando folhas e, principalmente, frutos.
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Controle A aplicação do acaricida deve ser realizada quando o ácaro for encontrado em 20% das folhas e/ou frutos inspecionados, no caso do mercado de frutas frescas, e 30% quando a produção for destinada à indústria. Há vários ingredientes ativos empregados atualmente no controle do ácaro e, entre eles, os mais utilizados são os produtos à base de enxofre. A escolha correta, no entanto, deve considerar a presença de outras espécies e avaliar o histórico de aplicações a fim de aumentar a eficiência do controle e diminuir custos, bem como reduzir o risco de desenvolvimento de resistência.
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Outros Tetraniquídeos:
Ácaro mexicano: Tetranychus mexicanus (McGregor). Praga de várias plantas frutíferas (citros). Mamão Rosa Fonte: agrolink
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Outros Tetraniquídeos:
Ácaro do “tanajoá” da mandioca: Mononychellus tanajoa (Bondar). Praga de mandioca, comum no nordeste brasileiro. Fonte: inovadefesa.ning.br
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Outros Tetraniquídeos:
Ácaro vermelho do cafeeiro: Oligonychus ilicis (McGregor). Praga de cafeeiro no Brasil. Fonte: rehagro.com.br
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Outros Tetraniquídeos:
Ácaro vermelho europeu: Panonychus ulmi (Koch 1836). Praga de macieiras. Fonte: Agrolink
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Referências CARMONA, M.M.; DIAS, J.C.S. Fundamentos de acarologia agrícola. Lisboa, Colouste Gulbenkian, 1996, 432p. CHAGAS, C.M. Viroses, ou doenças semelhantes transmitidas por ácaros tenuipalpídeos: mancha anular do cafeeiro e leprose dos citros. Fitopatologia Brasileira, v. 13, p. 92, 1988. CHIAVEGATO, L.G. Biologia do ácaro Brevipalpus phoenicis em citros. Pesq. Agropecuária Brasileira. Brasília, v. 21(8), p , FLECHTMANN, C.H.W. Ácaros de importância agrícola. São Paulo, Livraria Nobel, 1979, 189p. HARAMOTO, F.H. Biology and control of Brevipalpus phoenicis. Honolulu, HawaiiAgric. Exp. Sta., p. (Tech Bull.no 68). JEPPSON, L.R.; KEIFER, H.H.; BAKER, E.W. Mites Injurious to Economic Plants. University of California, 1975, 614p. The Tetranychidae Donnadieu, p.103. LINDQUIST, E.E. The World genera of tarsonemidae (Acari: Heterostigmata): a morphological, phylogenetic, and systematic revision, with a reclassification of family-group taxa in the Heterostigmata. Memoirs of the Entomological Society of Canada. v. 136, 1986. MORAES, G.J. de; FLECHTMANN, C.H.W. Manual de Acarologia. Acarologia Básica e Ácaros de Plantas Cultivadas no Brasil. Ribeirão Preto: Holos Editora, 2008, 308p. NORTON, R.A.; KETHLEY, J.B.; JOHNSTON D.E.; OCONNOR, B.M. Phylogenetic perspectives on genetic systems and reproductive modes of mites. In: WRENSCH, D.L.; EBBERT, M.A. (orgs.). Evolution and diversity of sex ratio in insects and mites. Chapman & Hall Publications, N. Iorque, p. 8-99, 1993. WEEKS, A.R.; MAREK, F.; BREEUWER, J.A.J. A mite species that consists entirely of haploid females. Science. v.292, pp ,
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