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PublicouMateus Carmona Rosa Alterado mais de 7 anos atrás
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Faringoamigdalite estreptocócica aguda Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Brasília Internato em Pediatria – 6a Série Acadêmica: Jacqueline Ferreira Coordenação: Dra.Carmen Lívia www.paulomargotto.com.br Brasília, 18 de agosto de 2016
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Definição Faringoamigdalite estreptocócica aguda: processo infeccioso agudo envolvendo a mucosa faríngea e tonsilas palatinas causado por um estreptococo beta- hemolítico.
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Agentes etiológicos Agentes bacterianos mais comuns: estreptococo beta-hemolítico do grupo A, estreptococo C e G, Clamydophila pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Corynebacterium difteriae, Neisseria gonorrhoae e anaeróbios Estreptococos Gram + e catalase negativos Faringoamigdalites bacterianas 20-40% dos casos S. pyogenes do grupo A 20-30% das faringoamigdalites agudas em crianças em idade escolar e adolescentes
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Epidemiologia Pico de incidência: 5 e 15 anos Incomum em < 3 anos Portadores assintomáticos: 12% --> 5-18 anos 4% --> < 5 anos Padrão sazonal: maior frequência no final do outono, inverno e início primavera
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Curso Transmissão Contato direto com o doente Secreções respiratórias Erradicação após 24 antibioticoterapia Período de incubação 1-4 Dias Evolução Autolimitada Melhora sintomas 2-5 dias
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Quadro clínico Dor de garganta (início súbito) Disfagia Febre Cefaleia Náuseas, vômitos e dor abdominal Indivíduos entre 5 e 15 anos Hiperemia de amígdalas e faringe Exsudato faríngeo Linfadenite cervical anterior ou submandibular Petéquias em palato Edema e hiperemia da úvula Exantema escarlatiniforme
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Quadro clínico
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Diagnóstico MétodoConsideraçõesValor preditivoPontos positivosPontos negativos Escores clínicos Baseados em sinais e sintomas clínicos e exame físico S- 70 a 80%Menor custoBaixo valor preditivo positivo Uso excessivo de antibióticos Testes rápidos ELISA OIA Sondas de DNA Coleta com swab Detecção de antígenos do estreptococo E- 95% S- 70 a 90% Menor tempo Redução antibioticoterapia Custo Material Valor elevado de falsos negativos CulturaColeta com swabS- 90 a 95%Padrão-ouroCusto Tempo (18-48h) SorologiasNão utilizadas elevação títulos anticorpos em 2-3 semanas
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Diagnóstico Coleta do material com boa visualização da orofaringe Swab vigoroso de ambas amígdalas e parede posterior da orofaringe O swab não deve tocar a língua ou mucosa oral na entrada e saída da boca
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Diagnóstico
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Diagnósticos diferenciais Faringites virais Faringites por micoplasma e clamídia: mais em adolescentes Faringite meningocócica ou gonocócica: história e epidemiologia Mononucleose, toxoplasmose e citomegalovirose: manifestações próprias Difteria: placas branco-acinzentadas aderentes na orofaringe Faringites por outros estreptococos
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Diagnósticos diferenciais Faringoamigdalite viral: Conjuntivite Coriza Rouquidão Tosse Diarreia Exantema característico Enantema característico Academia Americana de Pediatria e Sociedade Americana de Doenc ̧ as Infecciosas recomendam que testes para o GABHS na ̃ o sejam realizados em crianc ̧ as com manifestac ̧ o ̃ es clinicas altamente sugestivas de infecc ̧ a ̃ o viral.
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Diagnósticos diferenciais
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Tratamento Analgésicos Antiinflamatórios Corticosteróides Antibioticoterapia Melhora dos sintomas Redução contágio Evitar complicações tardias
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Tratamento Antibioticoterapia Eficácia Segurança Espectro de ação Esquema posológico Adesão ao tratamento Custo Droga de escolha penicilina benzatina
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Tratamento Faringoamigdalites não complicadas Penicilina G benzatina: 600.000 a 1.200.000 IM, dose única Amoxicilina: 40-50 mg/kg/dia, 2-3x/dia por 10 dias Pacientes alérgicos a penicilina Macrolídeos: azitromicina, claritromicina, 5 dias Cefalosporina de primeira geração: 10 dias Clindamicina: 10 dias Falha de tratamento ou recorrência confirmada em até 2 semanas do final do tratamento Amoxicilina + clavulanato: 50 mg/kg/dia 2-3x/dia, por 10 dias Cefalosporina segunda geração: 5-10 dias
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Tratamento em pacientes assintomáticos Em geral na ̃ o precisam ser tratados disseminac ̧ a ̃ o do estreptococo pouco provavel e baixo risco de desenvolver complicac ̧ o ̃ es. Amoxicilina e a penicilina apresentam altas taxas de falha em erradicar o estreptococo da faringe de pacientes portadores cro ̂ nicos. Indicações de tratamento: surto de febre reumatica ou GNPE na comunidade em familias em que ocorre a disseminac ̧ a ̃ o "pingue-pongue" da doenc ̧ a em escolas com epidemia de estreptococo contato com pessoas com febre reumática
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Complicações Complicações supurativas Abscesso periamigdaliano Abscesso retrofaríngeo Mastoidite Abscesso de linfonodos cervicais Complicações não- supurativas Febre reumática GNPE Coréia de Sydenham Síndrome do choque tóxico estreptocócico Artrite reativa Transtorno neuropsiquiátrico auto-imune pediátrico
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Complicações Destaca-se a necessidade do tratamento adequado das faringites estreptococicas, pois a febre reumatica ainda e uma importante causa de leso ̃ es cardiacas, principalmente em paises em desenvolvimento A faringoamigdalite deve ser tratada adequadamente até o nono dia de evolução para a prevenção efetiva da FR O risco de GNDA não é reduzido com o uso de antibióticos na fase aguda da faringoamigdalite
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Medidas preventivas Evitar contato com doentes até 24h de antibioticoterapia adequada Suspender comparecimento à escola ou creche até 24h de tratamento Erradicação do estreptococo da orofaringe do paciente quando este ou familiar possui história prévia de FR Tratar pacientes sintomáticos que estiveram em contato com doente
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Estudos Custo x Benefício métodos diagnósticos
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Referências bibliográficas Júnior, A. R. B., Oliveira, C. D. L., Fontes, M. J. F., Facury, L. M. D. L. B., & Camargos, P. A. M. Diagnóstico da faringoamigdalite estreptocócica em crianças e adolescentes: limitações do quadro clínico. Revista Paulista de Pediatria, 32(4), 285-291. 2014. Longo D.L; et al. MANUAL DE MEDICINA INTERNA DE HARRISON. 18 a edição. Rio de Janeiro: MacGrawHill, 2013. Pires, E. PROTOCOLO PARA FARINGOAMIGDALITES EM ADULTOS. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, 2014. Pitrez, P.M.C; Pitrez, J.L.B. INFECÇÕES AGUDAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES – DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO AMBULATORIAL. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, 79, P 77-86, 2003. SBP. ANTIMICROBIANOS NA PRÁTICA CLÍNICA PEDIÁTRICA: GUIA PRÁTICO PARA MANEJO NO AMBULATÓRIO, NA EMERGÊNCIA E NA ENFERMARIA. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2003. Disponível em:. Acesso em: 01 de agosto de 2016. Silva, M. J. P. F. Serão os testes de diagnóstico de antigénio rápido um método preciso e fiável no diagnóstico da faringite por Streptococcus b haemolyticus do grupo A?. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 31(2), 145-147. 2015.
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