ROLAGEM MANUAL Óbidos vista de cima. Ao fundo a serra famosa da Sede do município – Serra da Escama, separada da Sede pelo Lago Pauxis.

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2 ROLAGEM MANUAL Óbidos vista de cima. Ao fundo a serra famosa da Sede do município – Serra da Escama, separada da Sede pelo Lago Pauxis.

3 Para o entendimento de como surgiu o município de Óbidos é interessante caracterizar, apesar de forma simplista, que tempos eram aqueles. Os tempos eram de descobertas graças à expansão do desenvolvimento da tecnologia naval por espanhóis e portugueses. A seguir dessas descobertas, os territórios precisavam, senão se expandirem, manterem seus limites por defesa, por meio de força armada dos descobridores, contra invasores europeus. FROTA PORTUGUESA DE CABRAL

4 Além disso, o objetivo era colonizar as terras descobertas e torná-las empresas mercantis rentáveis. Para tal, era necessária mão de obra barata, a escrava. Por outro lado os nativos encontrados deveriam ser transformados em gente e, para tal convertidos ao cristianismo. Assim, dentro desse contexto, duas ações estavam presentes naquela região, onde o Amazonas é mais estreito: a dos missionários e a dos governantes da colônia.

5 FRANCISCO ORELLANA Aventureiro e explorador espanhol. Em 1540 e 1541 integrou expedição. Percorreu o rio Napo do Peru até seu encontro, na margem esquerda, com o Solimões (Amazonas). Separou-se da expedição na altura do rio Negro e foi o primeiro a descer o Amazonas até sua foz. Em seus relatos, observou que em certa altura o rio Amazonas tornava-se mais estreito e criava localização ideal para defesa da região.

6 PEDRO TEIXEIRA Explorador, sertanista e militar português. Em 25 de julho de 1637, chefiou uma expedição partindo do Maranhão, com 45 canoas, setenta soldados e mil e duzentos flecheiros e remadores indígenas subindo o curso do rio Amazonas, buscando confirmar a comunicação entre o oceano Atlântico e o Peru, rota percorrida no século anterior por Francisco Orellana. Assim como o explorador espanhol, Pedro Teixeira observou a garganta do Amazonas, sua posição privilegiada e sua importância para a defesa da região. Localização ideal para construção de fortificação. Essa ideia não foi de imediato aproveitada, pois Portugal tinha como prioridades os territórios de fronteira com colônia francesa e o Forte Presépio em Belém.

7 DOM PEDRO II REI DE PROTUGAL E ALGARVES Foi rei de Portugal e de Algarves de 1683 a 1706. Apelidado de “o Pacífico”, pois foi em seu reinado que se fez a paz entre Espanha e Portugal. Seu interesse maior no Brasil estava relacionado a riquezas minerais e a defesa dos limites da Colônia, as fronteiras.

8 IMAGEM NÃO ENCONTRADA ANTONIO DE ALBUQUERQUE COELHO DE CARVALHO Português, nascido em Lisboa, representante da Coroa no Brasil, assumindo posições de comando: por duas vezes, 1685 e 1695 como Governador da Província do Maranhão e Grão Pará e, em 1708, das capitanias reunidas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas de Ouro. Em seu primeiro governo da província do Maranhão e Grão Pará, por determinação da Coroa, designa Francisco da Mota Falcão para a construção de fortes para a defesa mais acima do estreito de Óbidos. Nessas construções é homem de confiança de Francisco da Mota Falcão seu filho Manuel da Mota Siqueira. No segundo governo do Maranhão e Grão Pará, em 1697, realiza viagem pelo rio Amazonas para conhecer a real situação de defesa da região. Dessa viagem, surge a reivindicação junto ao Rei D. Pedro II de Portugal e Algarves, para alterar as construções previstas na região e construir fortificação no estreito do Amazonas, frontal a Óbidos.

9 IMAGEM NÃO ENCONTRADA MANUEL DA MOTA SIQUEIRA Com a morte de Francisco da Mota Falcão, seu filho Manuel da Mota Siqueira assumiu a coordenação das construções dos fortes daquela região, autorizadas pela Provisão Régia de 15 de dezembro de 1684, que definira quatro casas-fortes pelo rio Amazonas acima: uma no Tapajós, outra no rio Negro; outra no Trombetas; e outra no rio Madeira. Essa fortificações tiveram suas construções determinadas no primeiro governo da Província do Maranhão e Grão Pará. A alteração solicitada ao rei de Portugal e Algarves D. Pedro II pelo governador da Província do Maranhão e Grão Pará, para transferir a localização de uma das construções de fortes para o estreito de Óbidos é autorizada. Manuel da Mota Siqueira é quem continua com a coordenação dessa construção. Essa construção juntamente com o aldeamento dos Pauxis, Aldeia dos Pauxis e o Forte Pauxis definem o que se considera a fundação de Óbidos, Pará.

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