Avaliação Psicológica no Contexto Forense.

Apresentação em tema: "Avaliação Psicológica no Contexto Forense."— Transcrição da apresentação:

1 Avaliação Psicológica no Contexto Forense. Temas Atuais em Psicologia: 7º Termo – Psicologia Profª Eli Carine Neves

2 Introdução  O contexto forense é diferente do contexto clínico, no qual as conclusões da avaliação servem para desenvolver um plano de tratamento.  No contexto forense espera-se por parte do avaliador uma atitude neutra, objetiva e afetivamente desprendida.

3  Deve contribuir para o apuramento dos danos (causados ou sofridos),  Determinação da responsabilidade ou para avaliação da capacidade ou incapacidade do indivíduo (arguido ou vítima).  "O destinatário das avaliações em Psicologia Forense é o sistema de Justiça e não o paciente".

4 Personalidade  A personalidade deverá ter caraterísticas do indivíduo que sejam estáveis e distintas, atributos psicológicos que diferenciam as pessoas uns das outras.  As dimensões da personalidade não existem sozinhas, estão interligadas e atuam de uma forma organizada e coerente, podendo até mudar e evoluir ao longo do tempo.

5  É o produto da interação entre o indivíduo e o meio que o rodeia.  A desorganização dos traços da personalidade dá lugar à anomalia psíquica, logo à perturbação mental.

6  Deve-se ter em conta que o individuo tende a tomar a melhor decisão de que é capaz, a dada altura de acordo com o seu quadro de valores e capacidade cognitiva (a maneira como ele interpreta a situação).

7  Há sempre uma explicação para um comportamento.  Essa explicação pode não ser imediatamente evidente para nós.  Porém todo o comportamento tem um significado e razão de ser (cabe-nos interpretar esse motivo, que tanto sentido faz ao individuo).

8  Estes comportamentos refletem sempre o quadro de valores e personalidade do indivíduo.  A análise deve ser feita do ponto de vista do indivíduo.

9 Avaliação Psicológica  A avaliação psicológica no contexto forense implica sempre a avaliação da personalidade.  é um processo complexo, pois estamos a referirmo-nos a aspetos e dimensões essencialmente qualitativos e por vezes instáveis, do comportamento individual.

10  A estrutura psicológica de um indivíduo engloba fatores como:  hábitos,  atitudes,  motivações,  crenças,  sentimentos e  valores

11  O grande risco reside em fazer juízos fáceis acerca das caraterísticas da personalidade:  deve-se ter o máximo cuidado com falsas avaliações, quem trabalha na área forense não pode correr esse risco.

12  A avaliação da personalidade requer a pesquisa de padrões consistentes de comportamento ao longo do tempo e em diferentes situações.  Tem de ser inferida, deduzida através de ações e reações a uma variada gama de circunstâncias.

13 Exame Psicológico  Desempenha as seguintes funções: - Investigação e/ou aconselhamento; - Avaliação pericial nas suas diversas aplicações; - Serve de acessória técnica ao processo de investigação criminal/judicial; Implica: - Respeito pelos códigos de ética e deontologia; - Rigor na sua atuação; - Clarificar o procedimento às instâncias que o solicitam e que o consideram na sua tomada decisão;

14 Testes de Personalidade  O diagnóstico de Personalidade é uma peça matriz da avaliação da responsabilidade,  Detêm também um lugar essencial na elaboração das respostas a fornecer às outras questões do magistrado.

15  O diagnóstico clínico pode ser enriquecido pelo recurso a instrumentos de avaliação.  Os inventários de personalidade e outros questionários são construídos de forma a possuir qualidades psicométricas satisfatórias,  Devem medir aquilo que efetivamente se propõem a medir, de modo a situar o avaliado em relação a uma norma,  Assim medindo o desvio apresentado pelo indivíduo.

16  São mais comuns os métodos projetivos (avaliam qualitativamente o aparelho psíquico);  Questionários/inventários, que exploram dimensões psicopatológicas limitadas (escalas de depressão, ansiedade), traços de personalidade ) introversão- submissão, dominância-submissão) e atitudes (em relação à sexualidade, violência, etc.)

17  A avaliação psicológica e a aplicação de escalas de avaliação são funções indiscutíveis do psicólogo clínico.

18 A Entrevista de Avaliação  Basicamente consiste numa adaptação da entrevista clínica;  Existe um conjunto de técnicas de investigação, na qual se utilizam conhecimentos psicológicos.

19  Permite a aplicação dos testes mencionados, bem como a recolha de informação que não se consegue obter diretamente com esses testes.  Na avaliação psicológica forense existem variáveis específicas que influenciam a entrevista (tentativas de simulação e dissimulação de fatos, situações, comportamentos e sintomas)

20  É possível explorar uma grande variedade de informações que vão muito além das verbalizações  Detectando na linguagem não verbal, comportamentos e emoções.

21  Trata-se de uma entrevista em situação de coação, pois não existe a participação voluntária do entrevistado (novamente fomentando casos de simulação ou dissimulação).

22  Os aspetos coercivos devem ser minimizados, ao realizar a entrevista num ambiente calmo e neutro, com necessidade ou não de contenção física, permitindo que o indivíduo fale sobre estes aspetos coercivos livremente.  Tentar o mais possível estabelecer um ambiente empático, para facilitar a colaboração.

23 FIM