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Português . Aula 02 CONECTORES

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Apresentação em tema: "Português . Aula 02 CONECTORES"— Transcrição da apresentação:

1 Português . Aula 02 CONECTORES
PALAVRAS RELACIONAIS: A PREPOSIÇÃO E A CONJUNÇÃO Leia atentamente o poema de Mário Quintana que se segue. A verdadeira arte de viajar A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo... Não importa que os compromissos, as obrigações estejam logo ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando! A cor do invisível. São Paulo: Globo, p. 34. QUADRO 1 - Leia os pares de palavras a seguir: foge casa caminhos mundo chegamos longe Do modo como estão organizados, há alguma palavra que relacione os pares de palavras, no quadro acima, entre si? 2. Agora, volte ao poema e identifique a palavra que liga cada par das palavras do quadro 1.

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3. Após identificar cada palavra, responda: ligadas por essas palavras, a relação entre as palavras foi explicitada? 4. Em qual dos pares de palavras da questão anterior a palavra que as ligou indica posse? Em qual indica lugar de origem? QUADRO 2 - Leia os pares de orações abaixo: A gente sempre deve sair à rua quem foge de casa se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo... Não importa os compromissos, as obrigações estejam logo ali... Do modo como estão organizados, há alguma palavra que relacione as orações, no quadro acima, entre si? 2. Volte ao poema e identifique a palavra que liga cada par de orações do quadro 2. 3. Após identificar cada palavra, responda: ligadas por essas palavras, a relação entre as orações foi explicitada?

3 RACIOCINANDO Português . Aula 02 CONECTORES
4. Em qual par de orações da questão anterior a palavra que as ligou estabelece uma relação de comparação? Em qual deles a palavra introduz uma oração que completa o sentido da forma verbal da 1ª oração? RACIOCINANDO Você observou que é possível estabelecer relações entre palavras e orações ligando-as por meio de outras palavras. Assim, para estabelecer relação entre os pares de palavras, do primeiro quadro, foi empregada a palavra de: no par foge de casa, por exemplo. E para ligar as orações, no quadro 2, empregou-se como entre as orações: A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, por exemplo. Essas palavras que estabelecem relações entre palavras e orações são chamadas palavras relacionais. Se o papel delas é ligar duas palavras entre si, são chamadas de preposições. Se o papel delas é ligar orações entre si, são chamadas de conjunções.

4 CONCLUINDO Português . Aula 02 CONECTORES Preposição é Conjunção é
Após essas observações, podemos chegar a uma definição de preposição e conjunção Preposição é Conjunção é OBSERVAÇÃO: As relações estabelecidas pelas preposições e conjunções contribuem para que um texto apresente textualidade, isto é, seja um texto coerente e coeso, e não apenas uma seqüência de palavras ou frases sem sentido. Leia atentamente a tirinha abaixo. Axterix, Contra os Romanos. Goscinny & Uderzo

5 Estou com fome. Estou sem fome.
Português . Aula 02 CONECTORES A PREPOSIÇÃO Para variar, o Obelix está com fome. Provavelmente, nunca teremos uma história em que Obelix diga: “Estou sem fome”. Mas, deixando de lado o apetite de Obelix, repare nas duas frases: Estou com fome. Estou sem fome. Observe atentamente: toda a relação entre o termo estou e o termo fome foi alterada pela substituição da palavra com pela palavra sem. Essas palavras, como vimos anteriormente, que estabelecem relações entre duas palavras chamam-se preposições. Observe um outro detalhe na comparação das duas frases acima: o primeiro termo estou não tem o seu significado alterado pela preposição; isso ocorre com o segundo termo fome. Por isso, ao primeiro termo chamaremos antecedente ou regente e ao segundo termo chamaremos conseqüente ou regido. Pelo papel exercido pela preposição, o segundo termo é regido pelo primeiro, isto é, o segundo termo é subordinado ao primeiro. Tomemos a frase: Fiz uma casa com pedras. Repare como a alteração da preposição modifica a relação estabelecida entre os termos:

6 Português . Aula 02 CONECTORES
As principais preposições são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), sem, sob, sobre, trás. Ex.: Sairemos após o jantar. Duas ou mais palavras empregadas com valor de preposição constituem uma locução prepositiva: ao lado de, além de, depois de, através de, dentro de, abaixo de, a par de. A locução prepositiva sempre termina por preposição. Ex.: Antes de sair, feche portas e janelas. COMBINAÇÃO Ocorre quando não há perda de fonema na ligação entre a preposição e o artigo ou entre a preposição e o advérbio. Observe os exemplos abaixo. De manhã, ela enviou o bilhete ao namorado. prep. + art. Eu gostaria de saber aonde ela quer chegar. prep. + adv.

7 Português . Aula 02 CONECTORES CONTRAÇÃO
Ocorre quando há perda de fonema na ligação entre a preposição e o artigo, entre a preposição e o pronome pessoal, entre a preposição e o pronome demonstrativo ou entre a preposição e o advérbio. Observe os exemplos: O carro novo do meu irmão veio com defeito de fábrica. prep. + art. (de + o) Ela não pára de falar nele. prep. + pron. pes. (em + ele) As cartas e as fotografias estão nesta caixa antiga. prep. + pron. dem. (em + esta) Pode deixar que eu continuo a varrer daí para frente. prep. + adv.(de + aí)

8 VALORES SEMÂNTICOS DA PREPOSIÇÃO
Português . Aula 02 CONECTORES Quando a preposição a se une ao artigo a ou aos pronomes a, aquele, aquilo, ocorre um tipo especial de contração, denominado crase. Na escrita, a crase é indicada com o acento grave. Observe: Fomos à feira de livros promovida pela biblioteca de nossa escola. prep. a + art. a O conferencista referiu-se àquele assunto que estudamos ontem. prep. a + pron. aquele VALORES SEMÂNTICOS DA PREPOSIÇÃO Leia atentamente o anúncio abaixo. Na frase “ SOU DA PAZ”, a preposição da é uma combinação da preposição de com o artigo a. Observe que a preposição, além de ligar a forma verbal sou ao substantivo paz, indica o modo de ser do locutor, o Papai Noel. Assim, as preposições, além de seu papel de ligar palavras entre si, têm valor semântico, isto é, significado próprio. De acordo com essa relação, inúmeros são os valores semânticos que as preposições exprimem. Entre eles, citam-se: Veja, 17/12/07

9 Português . Aula 02 CONECTORES A CONJUNÇÃO “Ser ou não ser”
• assunto: O sacerdote falou da fraternidade. • causa: A criança estava trêmula de frio. • origem: As tulipas vêm da Holanda. • matéria: Ganhou uma correntinha de ouro. • direção contrária: Agiu contra todos. • posse: Esta casa é de meu pai. • lugar: Os livros estão sobre a mesa da sala. • meio: Vim de ônibus. • delimitação: E uma pessoa rica de virtudes. • conformidade: Como é teimoso! Saiu ao avô. • instrumento: Redigiu os artigos a lápis. • fim: Saíram para pescar bem cedinho. • distância no espaço: Daqui a dois quilômetros há um bar. A CONJUNÇÃO “Ser ou não ser” Provavelmente você conhece essa famosa frase, da obra do poeta inglês Shakespeare. Nela temos uma afirmação: ser e sua imediata negação não ser. Ora, ser e não ser são duas orações com o mesmo valor gramatical e unidas pela palavra ou, que é uma conjunção. Observe ainda que a conjunção ou estabelece uma relação semântica entre as duas orações e essa relação pode variar se mudarmos a conjunção. Veja o exemplo.

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O papel da conjunção, como já vimos anteriormente, é esse: unir orações ou termos de mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação semântica entre eles. Observação: Duas ou mais palavras empregadas com valor de conjunção constituem uma locução conjuntiva: já que, visto que, se bem que, afim de que. Ex.: Comparecerei à reunião, a não ser que surja um imprevisto. CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES Leia o folheto e o anúncio seguintes. Veja, 15/04/07

11 1ª - Assine revistas com a qualidade Abril 2ª - só pague depois.
Português . Aula 02 CONECTORES Observe a estrutura sintática destas orações do folheto: Nessa frase o anunciante pede ao leitor duas coisas: 1ª - Assine revistas com a qualidade Abril 2ª - só pague depois. Essas duas orações têm valor equivalente e são independentes uma da outra, isto é, cada uma indica uma atitude que o anunciante gostaria que seu leitor tomasse. A conjunção que relaciona orações independentes recebe o nome de conjunção coordenativa. Observe, agora, como se relacionam as orações do anúncio: As duas orações são independentes uma da outra? Explique o seu ponto de vista com elementos do texto. É necessário notar que elas mantêm entre si uma relação de dependência, uma vez que uma completa a outra. A conjunção que relaciona orações de modo que uma seja dependente da outra é chamada de conjunção subordinativa.

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Assim, podemos definir: As conjunções coordenativas ligam palavras ou orações de mesmo valor ou função. As conjunções subordinativas inserem uma oração na outra estabelecendo entre elas uma relação de dependência. VALORES SEMÂNTICOS DAS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS As conjunções coordenativas podem ser: Aditivas: servem para ligar dois termos ou duas orações de mesmo valor sintático, estabelecendo entre eles uma idéia de adição. São as conjunções e, nem (e não), que, não só... mas também. Ex.: Ele não respondeu às minhas cartas nem me telefonou. Adversativas: ligam dois termos ou orações, estabelecendo entre eles uma relação de oposição, contraste, ressalva. São elas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, e (com valor de mas). Ex.: A mulher chamou imediatamente o médico, porém não foi atendida. Alternativas: ligam palavras ou orações, estabelecendo entre elas uma relação de separação ou exclusão. São as conjunções ou, ou... ou, já... já, ora... ora, quer... quer. Ex.: O mecânico ora desparafusava o motor do carro, ora juntava outras peças espalhadas pelo chão.

13 Ex.: Vá rápido, pois já está começando a chover.
Português . Aula 02 CONECTORES Conclusivas: introduzem uma oração que exprime conclusão em relação ao que se afirmou anteriormente. São elas: logo, pois (no meio ou no fim da oração), portanto, por conseguinte,por isso, assim. Ex.: Meu irmão estudou muito o ano inteiro; logo, deve ir bem nos exames. Explicativas: ligam duas orações de modo que a segunda justifica ou explica o que se afirmou na primeira. São as conjunções: que, porque, porquanto, pois (no início da oração). Ex.: Vá rápido, pois já está começando a chover. OBSERVAÇÃO: Dependendo de sua posição na frase, a conjunção coordenativa POIS pode estabelecer duas relações diferentes. Se iniciar a oração, estabelecerá uma relação de justificativa: “Pai, me dê uma carona, pois estou atrasado para a escola”. Nesse caso, será explicativa. Se vier posposta a um termo da oração a que pertence, estabelecerá uma relação de conclusão: “Filho, o carro está com o pneu furado; não tenho, pois (= portanto), condição de levar você”. Nesse caso, será conclusiva. A conjunção QUE no 1º quadro poderia receber alguma das classificações que acabamos de ver?

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A conjunção QUE mencionada é uma conjunção subordinativa integrante. Veja: As integrantes são as conjunções que e se quando ligam (integram) orações que completam gramaticalmente um termo da oração anterior. Eu já disse que não. Observe agora essa tirinha: No enunciado do 2º balão, o rato emprega a conjunção e entre as duas orações. Porém, entre essas orações há uma típica relação adverbial. a) O que quebrei os dentes é em relação a comer os salgadinhos? b) E o que comer os salgadinhos é em relação a quebrei os dentes? c) Que alterações poderiam ser feitas no enunciado original, de modo a tornar explícitas essas relações semânticas? Porque comi os salgadinhos do chão, quebrei os dentes. Há também as conjunções adverbiais. Elas iniciam orações que exprimem circunstâncias adverbiais de tempo, de causa, de conseqüência, etc., relacionadas à oração principal.

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Causais: iniciam oração que indica a causa, o motivo, a razão do efeito expresso na oração principal: que (= porque), porque, como, visto que, já que, uma vez que, desde que. Comparativas: iniciam oração que estabelece uma comparação em relação a um elemento da oração principal: como, que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual (depois de tal), quanto (depois de tanto ou tão), assim como, bem como. Concessivas: iniciam oração que indica uma concessão relativamente ao fato expresso na oração principal, ou seja, indica um fato contrário ao expresso na oração principal, mas insuficiente para impedir sua realização: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que, por mais que. Condicionais: iniciam oração que expressa uma condição para que ocorra o fato expresso na oração principal: se, caso, contanto que, salvo se, a menos que, a não ser que. Conformativas: iniciam oração que estabelece uma idéia de conformidade em relação ao fato expresso na oração principal: conforme, como, segundo. Consecutivas: iniciam a oração que indica uma conseqüência, um efeito do fato expresso na oração principal: que (precedido dos advérbios de intensidade tal, tão, tanto, tamanho), de forma que, de modo que. Finais: iniciam oração que apresenta uma finalidade em relação ao fato expresso na oração principal: para que, afim de que, porque (= para que), que. Proporcionais: iniciam oração que indica concomitância, simultaneidade ou proporção em relação a outro fato: à proporção que, à medida que, enquanto.

16 Português . Aula 02 CONECTORES TESTANDO SEU CONHECIMENTO
Temporais: iniciam oração que indica o momento, a época da ocorrência de certo fato: quando, antes que, depois que, até que, logo que, desde que. TESTANDO SEU CONHECIMENTO Escreva um pequeno parágrafo explicando qual o sentido da relação estabelecida pelas conjunções destacadas no texto ao lado. Justifique se a mudança de conjunção foi proposital e que efeito de sentido essa mudança causou no texto publicitário? Casa e Jardim, editora Abril, mês de fevereiro/ 07

17 Para que servem as preposições e as conjunções?
Português . Aula 02 CONECTORES Complete o texto a seguir com preposições, combinações ou contrações, a fim de dar-lhe sentido. Uma doce descoberta O aspartame, um ___ adoçantes artificiais mais usados atualmente, foi descoberto ____ acaso, __ 1965, ____ um laboratório dos Estados Unidos. O químico James Schlatter, ____ companhia Searle, estava pesquisando um remédio _____ úlcera, baseado ___ mistura ______ quatro aminoácidos diferentes. Aminoácidos são os compostos _____ carbono que formam as proteínas. Schlatter estava aquecendo a mistura _____ frasco, quando algumas gotas espirraram _____ fora. _____ dar importância ____ fato, ele prosseguiu seu trabalho. Um pouco mais tarde, _____ lamber o dedo _____ pegar uma folha ___ papel, percebeu um sabor doce muito forte. Primeiro, achou que era um resto de açúcar ____ café ____ manhã. Depois, percebeu que isso não podia ser verdade, pois havia lavado as mãos chegar _____ laboratório. Deduziu, então, que a origem _____ sabor só poderia ser o frasco usado _____ experiência. Como nenhuma ____ substâncias usadas era tóxica, Schlatter provou a mistura e reconheceu o gosto que saboreara _____ dedo, momentos antes. (Superinteressante, março 1998.) CONCLUSÃO Para que servem as preposições e as conjunções? Para dar conta da complexidade do mundo e das idéias, a linguagem verbal igualmente se desenvolve e cria mecanismos específicos para estabelecer relações entre as idéias. É o caso das preposições e das conjunções, palavras que ligam palavras e orações, estabelecendo relações de coordenação, subordinação, oposição, causalidade, conseqüências, comparação, etc.

18 AMBIGÜIDADE Português . Aula 02 Ambigüidade Leia o anúncio abaixo.
Ao lermos o enunciado da parte superior do anúncio, imaginamos que o anúncio se relaciona à culinária, isto é, como fazer um bom prato de galinha. No entanto. quando prestamos atenção na figura que está abaixo desse enunciado e notamos que a galinha está bordada, percebemos então outro sentido do enunciado: como fazer uma galinha em ponto cruz, ou seja, um bordado com formato de galinha. Para chamar a atenção do consumidor, o enunciado foi intencionalmente criado de forma ambígua. Por isso podemos definir ambigüidade como: a duplicidade de sentido que pode haver em uma palavra, em uma frase ou num texto inteiro. A função da ambigüidade é sugerir significados diversos para uma mesma mensagem. É uma figura de palavra e de construção. Embora funcione como recurso estilístico, a ambigüidade também pode ser um vício de linguagem, que decorre da má colocação da palavra na frase. Nesse caso, deve ser evitada, pois compromete o significado da oração.

19 Português . Aula 02 Ambigüidade
A AMBIGÜIDADE USADA COMO RECURSO DE CONSTRUÇÃO A ambigüidade é freqüentemente utilizada como recurso de expressão em textos poéticos. publicitários e humorísticos, em quadrinhos e anedotas. Anúncios como o da revista Ponto Cruz, por exemplo, fazem uso da ambigüidade como recurso para se comunicar com o consumidor de forma mais direta, descontraída e divertida. Imagine que uma pessoa relate por escrito a violência ocorrida numa partida de futebol desta maneira: “Durante o jogo, Lúcio deu várias caneladas em Guilherme. Depois entrou o Pedro no jogo e ele levou vários empurrões e pontapés.” (Mordilio. Footbal!. Grenoble: Glénat, 1981.) Se o leitor do texto não assistiu à partida, terá dificuldade para compreender o texto e a intenção comunicativa do locutor, pois o texto é ambíguo. Afinal, quem levou empurrões e pontapés? Pedro, que entrara no jogo por último? E, no caso, quem o teria agredido? Ou foi Lúcio, que antes agredia Guilherme e, depois da entrada de Pedro, passou a ser agredido por este? Se o interlocutor tivesse assistido ao jogo, certamente essa ambigüidade se dissiparia. E a intencionalidade do texto seria outra: em vez de informar, o texto provavelmente teria como finalidade comentar. Diferentemente da linguagem oral, que conta com certos recursos para tornar o sentido preciso — os gestos, a expressão corporal ou facial, a repetição — a linguagem escrita conta apenas com as palavras. Por isso, temos de empregá-las adequadamente se desejarmos clareza e precisão nos textos que produzimos.

20 Português . Aula 02 AMBIGÜIDADE CONCLUSÃO
Leia o texto a seguir, de Luis Fernando Veríssimo e depois responda. BOTECOS […] E tem a história do Nascimento, que um dia quase brigou com o garçom porque chegou na mesa, cumprimentou a turma, sentou, pediu um chope e depois disse: — E traz aí uns piriris. — O quê? — disse o garçom. — Uns piriris. — Não tem. — Como, não tem? — “Piriris” que o senhor diz é… — Por amor de Deus. O nome está dizendo. Piriris. — Você quer dizer — sugeriu alguém, para acabar com o impasse — uns queijinhos, uns salaminhos… — Coisas para beliscar — completou outro, mais científico. Mas o Nascimento, emburrado, não disse mais nada. O garçom que entendesse como quisesse. O garçom, também emburrado, foi e voltou trazendo o chope e três pires. Com queijinhos, salaminhos e azeitonas. Durante alguns segundos, Nascimento e o garçom se olharam nos olhos. Finalmente o Nascimento deu um tapa na mesa e gritou: — Você chama isso de piriris? E o garçom, no mesmo tom: — Não. Você chama isso de piriris! Tiveram que acalmar os ânimos dos dois, a gerência trocou o garçom de mesa e o Nascimento ficou lamentando a incapacidade das pessoas de compreender as palavras mais claras. Por exemplo, “flunfa”. Não estava claro o que era flunfa? Todos na mesa se entreolharam. Não, não estava claro o que era flunfa. — A palavra estava dizendo — impacientou-se Nascimento. — Flunfa. Aquela sujeirinha que fica no umbigo. Pelo amor de Deus! (A mãe de Freud. Porto Alegre: L&PM, p ) Afinal, o que você acha que Nascimento chamava de piriris? Em que você se baseou para concluir a resposta anterior? CONCLUSÃO Após a leitura dessa crônica, você pode definir a função do recurso da ambigüidade? Será que a ambigüidade deve ser considerada sempre como “um erro” cometido pelo autor?


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