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Ventilação de Mina Subterrânea

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Apresentação em tema: "Ventilação de Mina Subterrânea"— Transcrição da apresentação:

1 Ventilação de Mina Subterrânea
Mini Curso Ventilação de Mina Subterrânea

2 Professor: Aldery Morais Técnico em Mineração e Licenciado em Matemática.
Premíssias de um projeto de ventilação de mina subterrânea. Execussão de um projeto de ventilação.

3 Premíssias de um projeto de ventilação de mina subterrânea.

4 Ventilação Mina Subterrânea
1 -Finalidades Todo e qualquer trabalho, exige condições de higiene, segurança e dentre muitos outros cuidados, porém ventilar uma mina assegura a todos os lugares de trabalho, de forma mecânica uma circulação artificial de ar em quantidade suficiente para manter as condições mínimas necessárias. Em alguns casos a circulação pode ser natural. Uma boa ventilação ajuda a uma ótima produtividade, deixando o operário mais satisfeito e não gera danos a sua saúde nem tão pouco aos equipamentos. Do contrário representa perda de produtividade e ao seu investimento. Qual a necessidade da ventilação? - Manter a taxa oxigênio em 21%. - Diluir e retirar os gases tóxicos produzidos pela detonação de explosivos. Evitar explosões por concentrações de gases. Diluir e retirar gases gerados por equipamentos com motores a combustão. - Diluir e retirar concentração nociva de pó em suspensão. - Reduzir a temperatura quando excessiva.

5 Unidades  2 - Atmosfera da mina O ar atmosférico é formado por: * 21% de oxigênio * 78% de nitrogênio * 1% de gás carbônico e gases raros, além de vapor de água É sabido que o ar atmosférico ao passar em uma mina, sofre alterações na qualidade dos seus elementos. Portanto o oxigênio diminui, aumentando o gás carbônico, o nitrogênio e o vapor de água. Além do mais se agrega ao ar diversos gases e pó, perdendo sua configuração inicial.

6 2.1 - Unidade de medidas ppm – parte por milhão 1 ppm de um determinado gás corresponde a 1 cm³ de gás por metro cúbico de ar respirado % por volume % do gás por volume do ambiente

7 2.1.3 - Conversões principais

8 2.2 - Limite de tolerância Segundo as normas brasileiras (NR-15) o limite de tolerância de um gás no ambiente do trabalho é a máxima concentração, em média aritmética, que o trabalhador poderá respirar durante 48 horas semanais. Quando o teor dos gases de um ambiente estiver acima do limite de tolerância, teremos a caracterização de insalubridade.

9 2.3 - Oxigênio É um gás que não tem cor, odor e sabor, com densidade igual a 1,11em relação ao ar. O homem trabalha melhor e trabalha mais facilmente quando o ar contém em torno de 21% de oxigênio. Quando a ventilação é deficiente, alguns lugares da mina podem ter pouco oxigênio e muito gás carbônico. A baixo de 19% já pode ser considerado impróprio quando se tratando de mina subterrânea.

10 2.4 - Nitrogênio É um gás inodoro, incolor e insípido. A fonte de aumento do conteúdo de nitrogênio no ar das minas são as seguintes: Putrefação de substâncias orgânicas Trabalho com explosivo Por ser mais leve que o ar, nos trabalhos em que não existe movimento de ar, ele se concentra nas partes mais altas. Quando se respira esse gás o ser humano fica asfixiado.

11 2.5 - Gás carbônico – CO2 Gás sem cor, nem odor, com sabor geralmente ácido, densidade de 1,56 com relação ao ar. O gás carbônico é estimulante da respiração, ou seja, é fisiologicamente ativo e não pode ser classificado entre gases inertes, por não ser altamente tóxico. Com 0,5% de concentração desse gás já é preocupante e com 10% o homem não resiste a poucos minutos. O seu limite é de 0,39% ou ppm.

12 2.6 - Monóxido de carbono – CO
É um gás sem cor, nem sabor, nem odor, possuindo densidade de 0,97 em relação ao ar. Explode quando se encontra com o ar em uma porcentagem de 13% a 75%. Se respirado em concentrações de 0,20% causa inconsciência em poucos minutos. A periculosidade desse gás está ligada diretamente ao tempo de exposição. O seu limite é de 39 ppp ou 0,0039%.

13 2.7 - Óxido de nitrogênio NO – NOx
Estes gases se formam nas minas por combustão de detonações de explosivos. Também são componentes dos gases de escape dos motores a diesel e gasolina. Geralmente forma-se primeiro o óxido nítrico – NO que combinado com o oxigênio do ar, se transforma imediatamente em bióxido de nitrogênio – NO2. O NO2 é um gás de cor amarronzada, odor penetrante e densidade de 1,58 em relação ao ar. A sua ação tóxica ataca as via respiratória e especialmente os pulmões. Quando em concentrações de 0,010% a 0,015% é perigoso a pequenas exposições e quando em concentrações de 0,020% a 0,070% é fatal ao homem. O seu limite de tolerância é de 0,0004% ou 4ppm.

14 2.8 - Gás sulfídrico H2S É um gás sem cor, de gosto açucarado e odor de ovo podre. Seu peso específico é de 1,19, arde e forma uma mistura explosiva quando sua concentração chega a 6%. É facilmente solúvel em água. É mais venenoso que o monóxido de carbono. Com concentrações de 0,05% envenenamento em poucos minutos e quando com concentração de 0,10% morte rápida. O seu limite de tolerância é 8ppm.

15 2.9 - Pó de mina É atualmente um dos principais problemas com que deparamos na ventilação de minas metálicas. O pó de mina é composto de partículas sólidas que estão presentes no ar, paredes e pisos dos trabalhos mineiros. O efeito do pó na saúde humana pode se definir como uma doença chamada de silicose.

16 2.10 - Temperatura na mina subterrânea
A temperatura do ar dentro da mina depende de vários fatores dos quais os mais importantes: Temperatura do ar exterior A influencia das variações da temperatura exterior, freqüentemente se faz sentir dentro da mina. Calor de compressão Aumento da temperatura do ar por calor de compressão durante a descida à mina. Influência da temperatura das rochas A temperatura das rochas vai aumentando, gradativamente, em função da profundidade. Influência da evaporação da água Em igualdade de pressão e demais condições, quanto maior a temperatura, maior será a quantidade de vapor de água. A temperatura efetiva é a relação entre a temperatura seca e a úmida. Uma temperatura efetiva de 32° é a ideal. Pode-se considerar a temperatura seca de 37 e úmida de 32°, para uma velocidade do ar 1m/s como muito bom para mina subterrânea. Influência da velocidade do ar Um operário não se sente bem em um ambiente com o ar parado, já que o calor produzido em seu corpo não se elimina bem. Seu rendimento aumenta com o aumento da velocidade do ar, porém não de forma linear.

17 Continuação Influência de outros fatores Outros fatores que transmitem calor para o ar da mina são: Trabalho com explosivo; tubulação de ar comprimido; motores elétricos; combustão de motores a diesel. Efeito de temperatura elevadas sobre o homem Em temperaturas elevadas o trabalho é sempre penoso e acarreta diminuição da produtividade, além de complicações em órgãos do corpo como um todo. Esse desconforte, pode vir seguido de tonturas, congestão, diminuição do apetite, etc.

18 2.11- Umidade relativa do ar
É a relação entre o peso de vapor de água existente no ar e o peso de vapor de água possível, no caso de saturação na temperatura considerada. Em igualdade de pressão, e demais condições, quanto maior a temperatura, maior a quantidade de vapor. (se existe água). A umidade relativa varia em diversas minas e nas diversas partes da mina. Quando o ar entra em uma mina e é mais frio que as paredes desta, ele se aquece e a umidade relativa diminui. (a menos que haja evaporação presente). Se o ar admitido é mais quente que as paredes da mina, sua umidade relativa aumenta, e se ultrapassada a saturada, há deposição de água.

19 3 - Ventilação principal
Apresentaremos de forma reduzida e simplificada todos os procedimentos para a execução de um projeto de ventilação em mina subterrânea. Os principais itens são os seguintes: Vazão de ar; limite de velocidade do fluxo de ar; distribuição do fluxo de ar; resistência da galeria; depressão do circuito; curva característica da mina; ventilador principal e ventilação natural.

20 3.1 - Vazão de ar A vazão de ar necessária para uma mina subterrânea é calculada seguindo vários critérios, a partir de fórmulas empíricas.

21 Unidade de medida Q = V * A Onde: V = velocidade do fluxo de ar (m³/h; m³/min; m³/s; CFM ou PCM (pés cúbico por minuto) A = área da galeria

22 3.1.2 - Conversão entre unidades
1 m³/s = 60 m³/min 1 m³/min = 60 m³/h 1 m³/min = 35,31 cfm

23 Métodos de cálculos - Destacamos os principais critérios para o cálculo da vazão de ar: Números de operários Produção diária Consumo de explosivo Equipamento com motor a combustão

24 Números de operários Q = q * N em m³/min N = n° de operários
q = vazão específica/homem usar 2 a 6 m³/min/homem

25 Produção diária: Q = q * P em m³/min
q = vazão específica/ton/mês usar 180m³/min para cada tonelada mês P = produção em tonelada mês

26 Consumo de explosivo: Q = (0,5 * A) / t Q = vazão em m³/min
0,5 = constante da norma regulamentadora A = peso de explosivo em kg t = tempo de retorno ao trabalho em minuto

27 Equipamento com motor a combustão
Q = n * q * hp * fs Q = vazão m³/min n = numero de equipamento q = vazão específica por HP HP = potência do motor a diesel em HP fs = fator de simultaneidade dos equipamentos obs. Usado nos cálculos de ventilação secundária na seguinte proporção: 100% da potência do mais potente, 75% do segundo maior e 50% para os demais.

28 3.2 - Limite de velocidade do fluxo de ar
Galeria com transito de pessoal A velocidade deve ser entre 0,2 a 8m/s   Poços com transito de pessoal Limitar a 8m/s ou limitar ao que o skip está projetado.

29 3.3 - Distribuição do fluxo de ar
Determinado a vazão de ar necessário, se deve estudar a forma adequada de fazer chegar o ar da superfície até as frentes de trabalho, de acordo com o sistema de ventilação adotado, e como retirar o ar viciado, determinando a forma e o lugar onde será descarregado na atmosfera. Também deve ter um cuidado especial com perdas de ar que se produzem em sua trajetória.

30 Sentido do fluxo de ar O sentido do fluxo de ar em uma mina subterrânea depende do sistema de ventilação adotado. São três os sistemas de ventilação:

31 Insuflante O ventilador é instalado na entrada de ar (admissão) e eleva a sua pressão atmosférica. A entrada do ar puro é por galeria ou raise próprio para esse fim, enquanto que a saída do ar viciado é por rampa e ou poço de serviço com transito de equipamentos e pessoal.

32 Aspirante ou exaustor O ventilador é instalado na saída do ar (descarga), trabalhando por sucção e, portanto, mantendo todo o circuito em depressão, isto é, submetido a pressões inferiores á atmosférica. A entrada de ar é por rampa e ou poço de serviços, sendo a saída do ar viciado por galeria ou raise. É o circuito ideal porque possui ventilação independente em cada um dos níveis de produção ou setores da mina, ou seja, o que ventila os níveis ou setores não recircula, seguindo para o circuito de ar viciado. A contaminação provocada pela emissão de gases dos equipamentos que transitam pela rampa de serviço são facilmente diluídas pela vazão de ar puro que entra na mesma.

33 Misto ou reforçador O ventilador é colocado no subsolo, recebendo o ar abaixo da pressão atmosférica e descarregando-o acima deste valor. O trecho a montante do ventilador é assim mantido sob depressão, ocorrendo o inverso a jusante do mesmo.

34 3.3.2 -Distribuição natural
É obtida quando as vazões circulantes se distribuem livremente pelos diversos ramos de cada malha, não atende, na maioria dos casos, as necessidades locais de ar, nem em termos de vazão, nem quanto a direção do fluxo de ar. Desta forma torna-se necessário, quase sempre, fixar as vazões que devem passar pelas diversas galerias da rede geral de ventilação, resultando uma distribuição controlada do fluxo de ar.

35 3.3.3 - Distribuição controlada
A distribuição controlada é realizada pelos dispositivos: Regulador de ar Efetua uma regulação no circuito de ventilação para obter o equilíbrio da depressão nos diferentes ramos, ou seja, aumentam a depressão com o aumento da perda de choque. Os reguladores podem ser instalados em paredes fixa ou em porta de ventilação. Parede de alvenaria ou madeira Cortam a passagem do fluxo de ar. Parede de alvenaria com porta de passagem de pessoal Corta a passagem do fluxo de ar, porém possui porta com sistema de comporta, permitindo o transito para medições ou fiscalizações, evitando a formação de curto-circuito. Porta de ventilação Corta a passagem do fluxo de ar, porém permite a passagem de equipamentos de pequeno e grande porte. Geralmente é utilizado duas portas em paralelos, sistema de comporta, para evitar curto-circuito.

36 Perdas de ar As perdas de ar durante o percurso, desde a entrada até as frentes de serviços alcançam, em certas minas, de 70% a 80% do volume total de ar. Para evitar as inevitáveis perdas de ar, a vazão do ventilador principal obtida nos cálculos, deve ser aumentada em uma porcentagem de acordo com o método de lavra, tipo de portas de ventilação ou paredes.

37 As perdas de ar nas minas se dividem em perdas locais e perdas distribuídas.
Perdas locais São perdas de ar em paredes e portas de ventilação. As perdas de ar em paredes são as seguintes: dependendo do material utilizado e do acabamento classificá- las assim. Alvenaria rebocada – 0,5 m³/min/m² Alvenaria sem rebocada – 1,0 m³/min/m² Madeira – 2,0 m³/min/m² Os valores podem aumentar ou diminuir de acordo com a depressão. Perdas distribuídas Perdas distribuídas sobre certas distâncias. Através do espaço lavrado; nas instalações de ventiladores reforçadores; curto circuito é uma passagem do ar do circuito de ar puro pra o circuito do ar viciado, sem passar pelo circuito básico. Causas: - Abertura de porta de ventilação. - Abertura de comporta do poço de ventilação, na central de ventiladores. Efeitos: - Pode queimar o ventilador devido ao aumento repentino da vazão. - Diminuição da vazão de ar nas frentes de serviços.

38 3.4 - Resistência das galerias
O fluxo de ar ao passar por uma galeria, sofre resistência com o atrito na parede. A resistência da galeria é expressa pela fórmula. R = resistência da galeria em polegada vezes minuto ao quadrado por pé a sexta. K = coeficiente de resistência aerodinâmico. L = comprimento da galeria em pés P = perímetro da galeria em pés A = área da galeria em pés quadrado A facilidade ou dificuldade de ventilação de uma galeria depende do valor de R, podendo reduzir-se diminuindo o valor de K ou aumentando a área. (com limitações econômicas)

39 3.4.1 - Coeficiente de resistência aerodinâmico
Depende dos seguintes fatores: - Rugosidade das galerias; - Grau de curvatura; - Grau de obstrução; - Tamanho e forma da seção principal; - Densidade do ar. A determinação do coeficiente de resistência aerodinâmica é um passo muito importante em todo o projeto de ventilação.

40 3.5 - Depressão do circuito
A circulação do fluxo de ar em uma mina é divido a diferença de pressão entre os pontos extremos de percurso (entrada e saída), que origina uma força aero-motriz. Essa depressão ou força aero-motriz que ele origina deve vencer todas as resistências (perdas de carga) oposta á passagem de ar ao longo de todo o percurso, sendo suprida por alguma forma de energia.  

41 Unidades de medidas mmca = milímetro de coluna d`água “ ca = polegada de coluna d`água Pa = Pascal

42 3.5.2 - Conversão entre unidades
1” ca = 25,4 mmca 1 Pa = 0,10204 mmca

43 3.5.3 - Perda de carga estática (pressão estática)
É a somatória entre a perda de carga por fricção e a perda por choque. Perda de cargo por fricção (atrito) R = resistência da galeria em polegada minuto ao quadrado por pé a sexta. Q = vazão de ar em cfm Entrando com os valores da fórmula da resistência (item 3.4), teremos:

44 Perda de carga por choque
Causas: Variações das seções transversais Obstruções Junções ou partições de fluxo de ar Admissão e descarga do fluxo A perda por choque é transformada em comprimento equivalente (Le) de galeria.

45 3.5.4 - Pressão velocidade (pressão dinâmica)
Corresponde á energia cinética dissipada quando o fluxo de ar é lançado na atmosfera V = velocidade do fluxo de ar m/s d = densidade do ar (1,2 kg/m³) g = aceleração da gravidade = 9,806 m/s

46 3.5.5 - Perda de carga total (pressão total)
A perda de carga total ou pressão total é utilizada no dimensionamento de ventiladores.

47 3.5.6 - Nó, ramo e malha de um circuito
Nó É o ponto de interseção de três ou mais trechos de galeria. Em um nó pode ocorrer a junção de 2 (duas) ou mais corrente de ar, como a repartição de uma corrente por 2 (duas) ou mais galerias. Ramo Segmento de uma galeria compreendido entre dois nós. Malha É um circuito fechado qualquer.

48 3.5.7 - Métodos de cálculos da depressão do circuito
Nos cálculos de depressões do circuito utilizamos somente a perda de uma carga estática para cada ramo. Método analógico Este método é uma analogia ao sistema elétrico. Circuito em série É um circuito formado por galerias dispostas de forma que por elas circule a mesma vazão. A perda de carga nos extremos é igual a soma das perdas de carga em cada galeria do circuito. Circuito em paralelo Duas ou mais galerias ficam compreendidas entre 2 (dois) nós comuns, ocorrendo a repartição do fluxo entre as mesmas no primeiro nó e a sua junção no outro. Método dos vários caminhos A maioria dos sistemas de ventilação que se projetam tem como objetivo principal fazer chegar uma determinada quantidade de ar nas frentes de serviços. Visto assim, encontramos uma repartição de ar conhecida, portanto, o cálculo se limitará a determinar qual a queda de pressão do sistema para dimensionar o ventilador que forneça a vazão total e depressão. O cálculo de sistema de ventilação quando são impostas as vazões, se efetua do seguinte modo: a) Se determina todas depressões dos caminhos possíveis. b) Se estuda os resultados de onde todas as depressões determinadas serão distintas; este estudo deve fazer-se investigando as possibilidades que existem para que todas as depressões sejam iguais. Normalmente será necessário colocar reguladores, aumentar área de algumas galerias, diminuindo o coeficiente de resistência aerodinâmica, fazendo galerias em paralelo ou soluções combinadas. O mais usual é colocar reguladores em paredes ou portões. c) Se elege o caminho com depressão maior e se regula o resto dos caminhos até obter sua depressão igual a maior.

49 3.6 - Curva característica da mina
Qualquer galeria ou sistema formando um circuito de ventilação é representado pela fórmula:

50 3.7 - Orifício equivalente
É um orifício redondo, imaginário, formado em uma parede delgada, através do qual pode passar a mesma vazão da mina, sempre que as diferenças de pressão reinante de um ou outro lado da parede seja igual a depressão da mina. O tamanho do orifício equivalente é dado pela fórmula: Onde: H = depressão da mina em mmca Q = vazão de ar da mina em m³/s O orifício equivalente define o grau de dificuldade de ventilação das minas, dividindo-se nos seguintes grupos: A = 0 a 1m² - ventilação difícil A = 1 a 2 m² - ventilação média A = 2 a 4 m² - ventilação fácil

51 3.8 - Ventilador principal
Com o cálculo da vazão de ar, depressão do circuito e da curva característica da mina, teremos subsídios para o dimensionamento do ventilador principal de uma mina subterrânea. Antes do dimensionamento propriamente dito, iremos descrever os principais parâmetros de um ventilador de mina.

52 Partes importantes Um ventilador se define como uma máquina rotatória que expulsa ar de forma contínua. As partes importantes que compõe um ventilador e que afetam suas propriedades aerodinâmica são: Impulsor (hélices) É a parte do ventilador que ao girar movimenta o ar. Carcaça: É estacionária e guia o ar que passa pelo impulsor. Cone de entrada e difusor: Aumenta a eficiência do ventilador.

53 Classificação Quanto ao tipo, os ventiladores podem classificar-se em duas categorias principais: Radiais ou centrífugos O ar abandona o impulsor com direção de 90° em relação ao eixo do impulsor. O impulsor pode ser de pás inclinadas para frente, pás radiais e pás para trás, proporcionando rendimentos diferentes. Os ventiladores com pás inclinadas para trás são mais eficientes que os outros tipos e o desenvolvimento de pás com superfícies de sustentação tem aumentado sua eficiência , chegando a valores próximos de 90%; com esta característica este tipo tem sido um sério rival para os ventiladores axiais. O ventilador radial pode gerar pressões mais elevadas que um ventilador axial. Sua principal limitação é a forma da carcaça. Axiais A forma como o ar passa através do ventilador se assemelha ao princípio de ação do parafuso-porca; o impulsor tem o papel de parafuso e o ar faz as vezes de porca. Ao girar o impulsor, o ar se desloca ao longo do eixo do ventilador; devido a este movimento o ar que sai do impulsor tem movimento de avanço e rotação. Um ventilador de fluxo axial possui impulsor com pás de seção com superfície de sustentação, acondicionado em carcaça resistente com aletas guias para retificar o movimento do ar e melhorar sua eficiência. Sua pouca capacidade de produzir pressão em relação aos radiais se supera agregando mais de uma etapa, tendo o inconveniente de aumentar o comprimento das instalações. Segundo suas funções os ventiladores se classificam em: Ventilador principal ou de superfície: Instalado normalmente na superfície para ventilar toda ou parte da mina. Ventilador reforçador: Instalado em uma galeria principal subterrânea para ajudar o ventilador principal a ventilar um circuito de alta resistência.

54 Item 3.8.2 Ultimamente tem aumentado o número de ventiladores reforçadores devido a uma concentração dos trabalhos mineiros e ao aprofundamento destes, o que tem originado maiores depressões nos circuitos de ventilação. No princípio de sua utilização era instalado um ventilador reforçador, tipo axial ou radial, similar aos ventiladores de superfície; atualmente é comum encontrar verdadeiras baterias de ventiladores reforçadores do tipo axial, conectados em paralelo ou série, segundo as necessidades; com ele se tem conseguido uma simplificação das instalações já que os ventiladores axiais modernos são de propulsão direta e proporcionam uma maior flexibilidade ao poder parar ou colocar em marchas parte da bateria, facilmente, e de acordo com as experiências de operação da mina. Ventilador auxiliar: Instalados em trabalhos subterrâneos em conjunto com tubos para ventilar uma galeria de desenvolvimento. (em fundo de saco) O ventilador axial com propulsão direta, por ser mais compacto, é o preferido para ventilação auxiliar.

55 3.8.3 - Potência do ventilador
O ar que devemos mover através do circuito consume energia devido as perdas de pressão produzidas pela resistência do circuito. Esta energia deve ser vencida pelo ventilador ao entrar em movimento, que por ser uma máquina perde energia por atrito em seus rolamentos, vibrações, etc. por sua vez o ventilador é movido por um motor, por intermédio de uma transmissão, a qual absorve energia e, por último o motor consume parte de sua energia por troca de temperatura, perdas nos rolamentos, etc. estas são as considerações que se devem tomar para calcular potência do motor. P = potência em HP Q = Vazão de ar em cfm Ht = pressão total em polegada de água r = rendimento em % ef = eficiência em %

56 Lei do ventilador As leis do rendimento básico de qualquer ventilador se referem a forma mais adequada da velocidade de rotação, podendo determinar como afeta o volume de ar movido, a pressão capaz de produzir e a energia absorvida pelo ventilador. As relações são: Q = vazão de ar movida pelo ventilador N = velocidade de rotação do ventilador H = pressão capaz de integrar o ventilador P = potência necessária para mover o ventilador Vamos considerar que a resistência do sistema contra a qual está operando não muda, variando a velocidade do ventilador. Se produzem efeitos consideráveis no funcionamento deste.

57 Suponhamos que a velocidade do ventilador é o dobro.

58 Continuação

59 3.8.5 - Curva característica do ventilador
Iguais as galerias que formam o circuito de ventilação de uma mina, os ventiladores também podem ser representados no sistema de coordenadas H – Q mediante uma curva denominada característica do ventilador; é chamada característica porque se refere a uma máquina determinada, com dimensões geométricas e velocidade de rotação própria.

60 3.8.6 - Dimensionamento do ventilador principal
Para o profissional que se dedica a projetar um sistema de ventilação, pouco interessa a forma de calcular os ventiladores necessários em função do seu diâmetro, diâmetro do impulsor, forma da descarga, números de pás (palhetas), etc. estes cálculos são realizados pelos fabricantes dos ventiladores e eles entregam os dados mais importantes destas máquinas; o fundamental, em nosso caso é saber escolher o ventilador mais conveniente quanto a sua eficiência, consumo e potência e que nos assegure um bom serviço. Para funcionamento do ventilador principal, seguimos a senqüência: Vazão de ar do ventilador FP = fator de perda de ar. Depende do número de dispositivos de distribuição do fluxo de ar e da perda da estação do ventilador principal, em minas metálica é de 1,1 a 1,2, enquanto que em minas de carvão ou métodos de câmara e pilares é de 1,7 a 2.0.

61 Item 3.8.6

62 Potência consumida (BHP) Eficiência (rendimento) Potência do motor Outras característica do motor (rotação, tipo, proteção contra umidade) Material de construção da carcaça e impulsor (rotor) Dispositivo que acompanha o ventilador (cone de entrada, difusor) Curva característica do ventilador (mostra o ponto de operação, BHP e eficiência) O projetista deve analisar a proposta técnica verificando os cálculos, escolhendo a que melhor atende os seus interesses, tanto na parte técnica como na comercial.

63 4 - Ventilação auxiliar É a ventilação dos trabalhos de desenvolvimento com frentes cegas (fundo de saco). Consiste em levar os trabalhos uma quantidade relativamente pequena de ar a distâncias variáveis, desde poucos metros até centenas deles.

64 4.1 - Classificação São três os tipos de ventilação auxiliar: Insuflante Ventilador com duto plástico, trabalhando com pressão acima da atmosférica. Aspirante Ventilador com duto rígido, trabalhando por sucção, ou seja, mantém a galeria submetida a pressões inferiores á atmosférica. Mista Combinação dos dois casos.

65 4.1.1 – Insuflante Caracteriza-se por: Quantidade de ar enviada à frente Distância do extremo do duto à frente Diâmetro do duto Secção da galeria O ar fresco que sai dos extremos só tem um alcance limitado, por isso é importante a sua localização com respeito ao fim da galeria. O ar mistura com a nuvem de gases que encontra em seu caminho e começa o seu retorno ao longo da galeria. Neste tipo de ventilação é preciso evitar a recirculação do ar viciado. Isto se evita colocando o ventilador a uma distância de 5 metros antes da trajetória do ar viciado. Quando a vazão de ar principal não é nitidamente superior a vazão insuflante pelo ventilador, então a distância necessária é de 10 a 20 metros.

66 4.1.2 – Aspirante A corrente de ar converge muito rapidamente e se introduz no duto. O espaço compreendido entre a sucção do duto e a frente permanece sem movimento de ar A distância “d” deve ser adequada as condições de modo que as detonações não rasgue os dutos e ventiladores. A única vantagem sobre a ventilação aspirante é o ar viciado que não retorna pela galeria, tendo como desvantagem a dificuldade de colocação dos dutos rígidos em relação aos dutos plásticos.

67 Mista É uma combinação das ventilações insuflante e aspirante, portanto junta as vantagens das duas. Por um lance se insufla e por outro se faz a exaustão, tudo ao mesmo tempo.

68 4.2 - Vazão de ar Utiliza-se o mesmo critério de cálculo de ventilação principal. Considera-se a frente em desenvolvimento de forma distinta em relação à mina.

69 4.3 - Perda de carga estática
Utiliza-se a mesma fórmula da vazão principal, ou seja:

70 4.3.1 - Cálculo da perda de carga estática
L = comprimento do duto em metro. Le = comprimento equivalente. ∆ P = perda de carga por metro, em mmca Obs. Para toda conversão em pés a perda será em polegada de coluna d´água.

71 4.3.2 - Comprimento equivalente
O comprimento equivalente para curvas, partições e saídas de chaminés é obtido através de seu grau. Varia de 10% a 20%.

72 4.3.3 - Perda de carga no retorno do ar viciado
O retorno do ar viciado nas galerias normalmente origina perda de carga bastante reduzida em relação à perda de carga no duto, porém existe e deve ser acrescentada.

73 4.4 - Pressão velocidade A pressão velocidade é utilizada na ventilação auxiliar para calcular a perda de carga na entrada de dutos na ventilação aspirante ou exaustora. O fluxo de ar é lançado na atmosfera, como na ventilação principal.

74 4.4.1 - Pressão velocidade na perda de entrada em duto rígido
Quando o ar flui dentro de um captor do duto rígido, o fluxo de ar adquire uma configuração, onde a máxima convergência do duto ocorre à jusante no plano vena- contracta, cuja seção é inferior a seção do duto. A formação da vena-contracta é acompanhada de conversão de pressão cinética e posteriormente, já volta da pressão cinética a pressão estática. A área do fluxo de ar na seção da vena-contracta vai variar de acordo com a do captor, ou seja abertura de entrada, de 70% a 100%. A perda de energia a perda de pressão que ocorre quando o fluxo de ar entra no captor é função da pressão velocidade, variando conforme o tipo do captor. A perda de carga de entrada é somada a perda de carga estática do sistema para a determinação da sua curva característica.

75 4.4.2 - Pressão velocidade na saída dos ventiladores
Corresponde a energia cinética dissipada quando o fluxo de ar fornecido pelos ventiladores é lançado na atmosfera. Para facilitar os cálculos utilizaremos o seguinte roteiro: Velocidade do fluxo de ar Qv = vazão de ar do ventilador, em m/s A = área de saída do ventilador na ventilação aspirante e área do duto na ventilação insuflante, em m². Pressão velocidade Com a velocidade do fluxo, entra-se na tabela e acha-se diretamente a pressão velocidade ou utiliza-se da seguinte fórmula:

76 4.5 - Perda de carga total (pressão total)
A perda de carga total é a somatória entre a perda de carga estática e a pressão velocidade (saído dos ventiladores ou dutos). É utilizado nos projetos de ventilação auxiliar para a determinação do ponto de operação do ventilador.

77 4.6 - Dutos de ventilação Hoje são conhecidos vários formatos de dutos flexíveis.

78 4.7 - Dimensionamento do ventilador auxiliar
Para o dimensionamento do ventilador auxiliar para aquisição utiliza-se o mesmo modo do ventilador principal. A única modificação que existe é na solicitação de acessórios específicos para os ventiladores auxiliares, tais como a tela de proteção e o difusor com elemento de transição para o acoplamento dos dutos.

79 4.8 - Roteiro para projeto de ventilação auxiliar
Vazão de ar do ventilador Qv = Vazão de ar do ventilador Q = Vazão de ar necessária para o desenvolvimento da galeria. FP = fator de perda de ar. Depende do tipo de duto e do seu estado de conservação, variando de 5% a 50%.

80 Diâmetro do duto Como visto anteriormente, a perda de carga estática diminui drasticamente com o aumento do diâmetro do duto. A escolha do diâmetro do duto depende da seção da galeria. Do equipamento de carregamento e transporte utilizado, da vazão de ar necessária para o ventilador, e também do comprimento do duto.

81 4.8.3 - Comprimento total do duto
Lt = comprimento total do duto em metro. L = comprimento real do duto para toda a frente projetada, em metro. Le = comprimento equivalente

82 4.8.4 - Perda de carga estática em dutos de lonas plásticas e rígidos.
sendo: H = perda de carga estática total em mmca. Lt = comprimento total do duto, em metro. ∆p = perda de carga por metro, em mmca/m No caso de ventilação aspirante ou exaustora (duto rígido), acrescenta-se a perda de entrada (∆H). Septos divisórios Utiliza-se a mesma fórmula da ventilação principal:

83 4.8.5 - Perda de carga total (pressão total).
Somatória entre a perda de carga estática e a pressão velocidade.

84 Ventilador auxiliar Como conhecemos a vazão de ar do ventilador e a pressão total necessária para o sistema, poderemos escolher o ventilador para o projeto de ventilação auxiliar. Recomendamos que seja feita uma tabela com a vazão de ar, pressão estática e comprimento máximo do duto para cada tipo de ventilador disponível na mina, com o intuito de facilitar a escolha do ventilador que será utilizado no projeto. Quando projetamos a ventilação auxiliar para galerias com grandes comprimentos e vazões significativas, normalmente utiliza-se vários ventiladores em série.

85 4.8.7 - Curva característica do sistema
A curva característica do sistema é dada pela equação: Ht = pressão total do sistema R = resistência do sistema Q²v = vazão de ar do ventilador . Variando os valores de Qv, teremos os valores de HT . Plota-se os valores de Q e Ht na curva característica do ventilador escolhido . Normalmente, a curva característica dos ventiladores é em unidade inglesa. Neste caso transforma-se a vazão de ar e pressão total para pés cúbico por minuto (c.f.m) e polegada de coluna d’água (“ ca). Já venho usando acima essas mudanças como vemos na ventilação principal.  

86 4.8.9 - Ponto de operação do ventilador
A interseção da curva característica do sistema com a curva característica do ventilador fornece o ponto de operação (ventilador com pás fixas). Ventiladores com várias posições de pás Quando o ponte de operação não coincide com uma das curvas característica do ventilador, deslocamos para direita ou esquerda até encontrar a interseção da curva característica, adotando os valores da vazão de ar e pressão total para o ventilador. No ponto de operação escolhido pode ser, fornecido pelo motor do ventilador, uma potência.

87 4.8.9- Potência consumida (BHP)
Entrando com os valores do ponte de operação, encontramos diretamente na curva característica do ventilador a potência consumida (BHP) em HP. A ventilação na compatibilidade do motor do ventilador é calculada do seguinte modo: P = potência do motor, em HP BHP = potência do ventilador, em HP DE = eficiência da transmissão, variando em torno de 90% para transmissão por polia e correia, a 100% para transmissão direta. ME = eficiência do motor. Utiliza-se entre 85% e 95%. O projeto de ventilação auxiliar só é viável quando a potência “P” é menor que a potência instalada no ventilador.

88 Execussão de um projeto de ventilação.

89 Ventilação Principal Toda mineração subterrânea necessita de renovação de ar em sua atmosfera, para isso gera-se uma depressão através de instalação de ventiladores fazendo com que o ar desça e percorra toda área em atividade. O mecanismo é igual para todo projeto, qualquer que seja o método de lavra sempre vai existir entrada e saída para esse ar. Apesar de terem profundidades diferenciadas nada pode impedir que tal mecanismo aconteça. Cada mina subterrânea tem um projeto de aprofundamento em função do corpo a extrair e em função dele, é inerente um projeto de ventilação que acompanha durante todo processo. Uma vez definido o método de lavra vem o segundo passo onde, pela produção mês ou pela frota de equipamento qual vai exigir maior consumo de ar fresco. Existe uma NR (Norma Regulamentadora) para atividade de mineradoras. O valor correspondente a produção é de 180,00 m³/min. (cento e oitenta metros cúbicos por minuto) para cada 1000,00 ton/mês. (mil toneladas mês) ou potência da frota onde o valor corresponde a 3,50 m³/min. para cada hp diesel. (três vírgula cinco metros cúbicos pro minuto para cada hp diesel). A escolha não depende do projetista e sim da exigência desta NR que obriga o uso do critério que requerer maior volume de ar. Para cada homem a vazão necessária é de 2 a 6 m³/min. (dois a seis metros cúbicos por minuto). Consultar NR-22. Agora será feito um projeto no qual se fará uso dos dois critérios. Para um melhor entendimento usarei os dois critérios, explicando-os por parte. Neste caso, começo com uma mina que tem uma produção mensal de ,00 ton/mês e que preciso saber quanto tenho que colocar de ar fresco. Sabendo que a NR – 22 nos orienta que para cada 1000,00 ton/mês (mil toneladas mês) são necessários 180,00 m³/min. só é preciso colocar na equação todos os dados colhidos.

90 Critério da Produção Diária
Equação: Q = (T * q)/1000,00 T = ,00 ton. q = 180,00 m³/min. Q = ( ,00 * 180,00)/ 1000,00 Q = ,00 m³/min. Nota-se que na equação, logo se chegou à vazão necessária para atender a produção mensal que é de ,00 m³/min (vinte e um mil e seiscentos metros cúbicos por minuto). A esse valor se deve acrescentar, dependendo do material extraído, para cada homem de 2 a 6 m³/min. Vide NR – 22. Agora será feito o uso do segundo critério, que neste caso seria a frota disponível na mina, envolvida diretamente na produção. É bom entender bem a seleção para não colocar equipamentos que operam esporadicamente. Mina de grande porte tem equipamento de perfuração potente que, seu tempo de locomoção a diesel é muito baixo. Neste outro caso, para uma determinada produção a mina dispõe de uma frota que a soma total dos equipamentos chegam a 9.000,00 hp diesel (nove mil hp diesel). Sabe-se que 10% (dez por cento) dessa potência são de equipamento que ficam praticamente estáticos e que não se deve colocar nos cálculos, apesar de ser motor a diesel, pois vai geral uma sobre carga no sistema. Essa análise deve ser criteriosa. Neste caso apenas 8.100,00 hp (oito mil e cem hp diesel) deve ser usado para calcular a vazão necessária a produção mês. Coletando os dados do problema ficamos:

91 Critério da Frota de Equipamentos
Equação: Q = P * q P = 8.100,00 hp q = 3,50 m³/min Q = 8.100,00 * 3,50 Q = ,00 m³/min. Neste caso, também nota-se que na equação, foi fácil chegar à vazão necessária para atender a frota da mina, que é de ,00 m³/min (vinte e oito mil trezentos e cinquenta metros cúbicos por minuto). A esse valor se deve acrescentar, dependendo do material extraído, para cada homem de 2 a 6 m³/min. Vide NR – 22.

92 Cálculo da resistência de abertura com detonações, por raise borer, dutos plástico e rígido.
Para se calcular a resistência de aberturas feitas através de detonações, o K (coeficiente resistência aerodinâmica) não deve ser maior ou menor que 0,012 N*s²/m^4 (64,69 lib*min²/ft^4). Se abertura for feita por raise borer o K deve ser igual a 0,0046 N*s²/m^4 (24,79 lib*min²/ft^4). Nos dutos rígidos o K deve ser o mesmo de abertura com raise borer, já o K de tutos dutos plástico dever ser igual a 0,008 N*s²/m^4 (43,13 lib*min²/ft^4). Obs. Nos cálculos abaixo todas as unidade estão no sistema inglês. Será apenas montado as equações. A intenção é mostrar que somente o valor de K muda. Abertura com detonações: Abertura com Raise Borer Dutos plástico

93 Curva Característica da Mina.
A curva característica da mina é encontrada através de uma equação. Esse cálculo envolve o uso de algumas incógnitas. Primeiramente temos que saber qual a resistência dessa mina. usando o sistema de unidade internacional Equação: R = resistência em N.s²/m^4 K = fator de fricção (coeficiente aerodinâmico) P = perímetro em metro L = comprimento em metro A = área em metro quadrado Para o K tem-se um comentário a fazer, uma vez escolhendo um valor no acaso o projeto pode começar errado. Aqui, como se trata de uma mina, o valor do K para ela será de 0,0046 e 0,012 N.s²/m^4. Esse é um valor seguro e que mais se aproxima do K real. Sendo 0,0046 para abertura com rugosidade tendendo a lisa e 0,012 para rugosidade áspera. Para não acumular, os cálculos para conhecer a curva característica da mina, serão feitos por parte. Caso tenha vários caminhos, esses trechos paralelos denominam-se resistências equivalentes. É muito comum e isso implica que quanto mais caminho menor será a resistência para o ar passar. Todos os trechos considerados de passagem de ar terão que ser calculado suas resistências.

94 Curva Característica da Mina.
Neste esquemático o trecho 1 é considerado de entrada da mina e o 5 o trecho de saída e estão em series, já os trechos 2, 3 e 4 estão paralelos. Para cada trecho, será chamado R1 para o trecho 1, R2 para o trecho 2, assim por diante. Agora basta saber o comprimento e a área de cada trecho. Para o trecho 1 o comprimento é de 1000,00m, com seção (5,00 x 5,00)m. Já o trecho 2 o comprimento é de 2000,00m, com seção (4 x 4)m. O trecho 3 o comprimento é de 1000,00m, com seção de (5 x 5)m. O trecho 4 o comprimento é de 2000,00m com seção (4 x 4)m. O trecho 5 o comprimento é de 1000,00m com seção (5 x 5)m. Toda as escavações foram abertas a explosões. Por isso o valor do K será de 0,012 N.s²/m^4. Lembrando que se trata de uma simulação. A partir de agora todas as unidades serão convertidas para o sistema inglês. Isso não quer dizer que não se possa continuar com o sistema internacional, é somente uma questão de escolha. Equação: K (coeficiente aerodinâmico de atrito) em libra minuto ao quadrado por pés a quarta P (perímetro) em pés L (comprimento) em pés A (área) em pés

95 Esquemático

96 Trecho 1

97 Trecho 2; Trecho 3; Trecho 4 em paralelos

98 Trecho 5

99 Conhecida a resistência
Agora que já se conhece a resistência de cada trecho, se soma as em paralelos, usando a seguinte equação:

100 Substituindo os valores:

101 Efetuando:

102 Resistência total Resistência total seria a soma de R1 + R5 + Re

103 Resistência conhecida
Conhecido a resistência da mina, agora se multiplica pela vazão total de ar ao quadrado necessária a produção para se chegar à curva característica da mina. Esse cálculo é fundamental, pois isso vai significar que não se está sub-dimensionando ou até mesmo sobre-dimensionando uma ventilação principal. Aplicação da fórmula. H = R * Q² H = pressão em polegada de coluna de água R = resistência em polegada minuto ao quadrado por pé a sexta Q = vazão em pés cúbicos por minuto Agora vamos dá uma vazão qualquer para descobrir a curva característica da mina ou seja a pressão em função da vazão.

104 A curto e médio prazo essa pressão (H) deve ser bem observado quanto sua oscilação, para que a curva do ventilador atenda nesse período sem que haja necessidade de troca e sim somente mudança no ângulo ou rotação.

105 Curva Característica do Ventilador
Pontos imaginários de pressão num determinado volume estático ou dinâmico, assim como pontos quaisquer de pressão e vazão gerada de uma força aplica. Numa representação gráfica seria a pressão total vezes a vazão. Lembrando que o H = R*Q² Em resumo, será feito uma explanação simplificada, numa linguagem acessível, principalmente nas fórmulas ou expressões matemáticas, para que, aquele que venha acessar esse conteúdo não tenha dúvidas e pratique isso no seu dia a dia. As perdas de cargas do circuito projetado para as mesmas condições e de pressão e vazão, está ligado diretamente ao dimensionamento dessa curva. Portando é muito importante a sua atenção quanto às perdas. Como se trata da curva e não da fabricação de um ventilador, o projetista da mina deve saber alguns pontos para que informe ao fabricante e o mesmo supra a sua necessidade. Quando selecionados será chamada de especificação técnica. Nessa lista de dados entra a pressão estática e vazão requerida como principais as demais depende do local, isso porque não se pode generalizar para tudo uma mesma condição. Sabe-se que informar dados como: altitude, voltagem, diâmetro entre outro é também importante. Para saber se às curvas são equivalentes, basta cruzá-las. Nesse momento será visto alguns cálculos para se chegar à curva do ventilador. Serão usados os dados de um determinado trecho de um percurso qualquer. Lembrando que, para se chegar à curva característica da mina e ou percurso, foi encontrado a pressão estática através do produto da resistência pela vazão ao quadrado vezes dez elevado a menos dez, na unidade de medida na qual foi adotada. Foi usada a letra H para representar a pressão estática e agora serão usadas as letras HT para pressão total. No entanto para a pressão velocidade ou pressão dinâmica serão usadas as letra Pv. A pressão total é a soma da pressão estática mais a pressão velocidade.

106 Formula: HT = H + Pv A pressão velocidade é parte integrante da fórmula acima, por isso detalho para que não haja dúvida. Para o ventilador será definido um diâmetro e através dele tudo ficará fácil para se saber como chegamos à pressão velocidade. Lembrando a fórmula para encontrar a pressão estática. (sistema inglês) Substituindo os valores temos:

107 Pressão velocidade Lembrando que a pressão velocidade é igual a:
Fórmula: v² = velocidade do ar ao quadrado em m/s Obs. Encontrada a velocidade do ar na descarga do ventilador onde a vazão é de 200m³/s sabendo-se que esse ventilador tem uma área de 4,00m², então fica: v = 200 / 4 v = 50 m/s d = densidade do ar em kg/m³ g = aceleração da gravidade em m/s

108 Substituição Substituindo os valores na fórmula Fica:
mmca = milímetro de coluna de água Transformando em polegadas. Pv =6,02 polegadas de coluna de água Formula: HT = H + Pv HT = 5, ,02 HT = 11,72 polegadas de coluna de água Obs. A pressão estática será a mesma para qualquer curva, porém a pressão total varia entre os fabricantes. Quem for mais criterioso fará uma curva mais eficiente, com baixo consumo de energia, entre outros ganhos. Todo ventilador vem acompanhado de sua curva.

109 Cálculo da força aplicada ao portão de ventilação

110 Cálculo da força aplicada ao portão de ventilação
Para conhecer o valor da força aplicada a um portão de área maior basta multiplicar pela força equivalente na tabela ao lado. Exemplo: Na tabela o valor de 4 (quatro) polegadas tem uma força de 266,7 kgf em 1m². Multiplicando por uma área de 20m² ficaria assim: 266,7 * 20 = 2.032,00kg

111 Cálculo da Amperagem Permite que se conheça antecipadamente, através de equações matemática se o motor do ventilador está trabalhando com Amperagem segura. Uma vez instalado, o mesmo será ligado e no momento da leitura com um amperímetro já se sabe previamente qual o valor que o mesmo deve operar. No exemplo abaixo uso um motor de 25hp, tensão 460V e 29,26A Um motor quando instalado em um ventilador ele pode ter alguns fatores que auxiliam no seu potencial, como por exemplo o fator de serviço, fator de potência. (alto rendimento). Basta agora que se conheça os valores e que se aplique a fórmula: IM = intensidade de corente (A) p = potência em HP c1 = 0,746 (constante) c2 = 1000 (constante) fs = fator de serviço fp = fator de potência t = tensão (U = volts)

112 Cálculo da potência do ventilador
Onde, Pv = pressão velocidade em mmca Q = vazão em m³/s d = densidade do ar a = aceleração da gravidade obs. Unidades convertidas para o sistema inglês. Ht = pressão total em polegada de coluna d’água Pv = pressão velocidade H = pressão estática P = potência em HP Q = Vazão de ar em cfm Ht = pressão total em polegada de água r = rendimento em % ef = eficiência em %

113 Exemplo: Pressão velocidade Pressão total Potência

114 Observação Um ventilador com diâmetro de 1,2m (hum virgula dois metros), com vazão de 20m³/s (vinte metros cúbicos por segundo) e 254mmca (duzentos e cinquenta e quatro milímetros de coluna d’água) terá um motor de 100Hp.

115 Orifício equivalente Pelo nome dado imaginamos um orifício qualquer por onde possa passar uma quantidade de ar com uma determinada pressão. Sim seria isso mesmo, portando quando se faz todos os cálculos de resistência chega-se a pressão estática de um determinado trecho. É muito importe saber qual o valor ideal para esse orifício, porém fica claro que quanto menor for esse valor maior será o grau de dificuldade para ter uma boa ventilação, tanto no aspecto ambiental quanto aos custos para tal fins. Pode ser conhecido na fórmula: Q = vazão em m³/s H = pressão estática 0,38 = constante A = área “Orifício equivalente” em m² É sabido que se esse valor for no ranger 0 a 1 sua ventilação terar grau de dificuldade alta, se variar no 1 a 2 o grau será moderado, enquanto que de 3 para cima é de fácil trabalho. Para a mesma pressão, vaiando-se apenas a vazão pode se chegar facilmente a essa conclusão. Para Q igual a 20m³/s (vinte metros cúbico por segundo)

116 Aumentando a vazão Para Q igual a 200m³/s. (duzentos metros cúbicos por segundo) O segundo exemplo tem orifício equivalente de excelente tamanho. Ótimo para se fazer uma ventilação sem maiores problemas.

117 Monitoramento de vazão, temperatura e pressão.
Antes de começar o ventilador principal deve ser checado se está ligado. O monitoramento inclui: Vazão Temperatura Pressão

118 Vazão Para se coletar a vazão de um determinado ponto é necessário, primeiramente escolher um bom local. Esse ponto, chamado de nó, deve ser marcado com um nome ou número e sua seção levantada pela topografia. Esse nó deve ficar a montante e jusante de uma curva a pelo menos 50 metros (cinquenta metros). Depois de determinado, o responsável pela medição aloca 6 pontos equidistantes e imaginários na seção. O aparelho de nome anemômetro que pode ser de fio quente ou ventoinha faz a tomada de velocidade do ar. Acha-se a média aritmética e multiplica-se pela área para se conhecer à vazão de ar desse ponto. É muito importante que não haja interferências de pessoas ou equipamento no instante das leituras.

119 Temperatura Para se conhecer a temperatura de um determinado ponto é necessário que no mesmo deva ser usado um instrumento para tais fins, como se trata de um local que necessita coleta de temperatura de bubo seco e bubo úmido o ideal seria um psicômetro. Os termômetros ficam em paralelos e próximos, um deles vem com um pavio que deve ser umedecido a ponto de não escorrer água para o que está ao lado. Os giros de 360 graus em seu próprio eixo, desse instrumento por 60 segundos (sessenta segundos), tem que está contra o sentido de descida ou subida do ar, nunca fazer perpendicular ao fluxo. Após esse mecanismo de coleta os valores dos termômetros representam a temperatura úmida e seca desse ponto.

120 Pressão É muito usado para verificar a pressão do circuito principal da mina, ou seja, a pressão em que os ventiladores principais estão operando ou a mina está exigindo naquele momento. Geralmente são instalados entre dois ventiladores um tubo de aproximadamente 5mm (cinco milímetros) de diâmetro e introduzido uma mangueira e um instrumento de medida de diferencial de pressão ou seja, positiva e negativa. Já que se trabalha com baixas pressões e se quer precisões o ideal seria uma escala em mmca (milímetro de coluna de água). A boa colocação desse tubo depende da instalação do ventilador, mas deve ficar numa área que seja propícia a essa tomada, nunca colocar no próprio ventilador. É necessário conhecer a pressão e vazão do circuito e compará-la aos dados fornecidos pelo fabricante do ventilador. A real curva da mina se conhece nessa hora. Nesse hora Amperagem, potência consumida, frequência e vibração deve ser observadas.

121 Bibliografia Mine ventilation and air conditioning – H. Hartman Ventilation de mines – E. Yanes Ventilação de minas subterrâneas – J. Saraiva Amigo Ventilação de minas subterrâneas – J. Maia Engenharia de ventilação industrial – A. Mesquita Labores mineras – S. Borisov Apostila de ventilação – Nilson J. P. Galvão Natal, 16 de novembro de Instrutor: Aldery Morais Tel WhatsApp


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