Autor: Natalia Lúcio Lima; Orientador: Profª Me. Katia Denise de Pinho

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1 Autor: Natalia Lúcio Lima; Orientador: Profª Me. Katia Denise de Pinho
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO NA GRAVIDEZ Autor: Natalia Lúcio Lima; Orientador: Profª Me. Katia Denise de Pinho Universidade Nove de Julho – São Paulo – SP – Brasil INTRODUÇÃO O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, multifatorial, de natureza autoimune e acomete predominantemente o sexo feminino em período reprodutivo ocasionando manifestações cutâneas e físicas. Mulheres com esse diagnóstico são aconselhadas a não engravidar por possíveis complicações fetais, como o Lúpus Eritematoso Neonatal um processo transitório ocorrido durante a gestação que acomete o feto podendo levar a possíveis casos de óbito. OBJETIVO Apresentar as complicações do Lúpus Eritematoso Sistêmico no período gestacional, sintomas e tratamentos para gestantes lúpicas como também os riscos para o feto. METODOLOGIA O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica retrospectiva de trabalhos científicos que tem como base de estudo o Lúpus Eritematoso Sistêmico em Gestantes. A identificação dos artigos foi feita na base de dados SCIELO, PUBMED e artigos da revista brasileira de Reumatologia. As palavras chaves utilizadas foram: “Lúpus”, “Eritematoso”, “Sistêmico”, “Gestantes” e “Fetos”. DESENVOLVIMENTO Durante o período gestacional, as mulheres podem sofrer grandes complicações, riscos de pré-eclâmpsia, perdas fetais, abortamento espontâneo, crescimento intrauterino, parto pré-termo e nefrite lúpica. Dentre essas complicações pode ocorrer também a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF), que causa a produção de anticorpos que afetam a coagulação. (GADELHA; COSTA; MOURA & NETO, 2008). O Lúpus Eritematoso Neonatal é caracterizado pela passagem de auto anticorpos anti-SSA/Ro ou anti-SSB/La maternos para o feto, podendo apresentar manifestações clinicas cutâneas, cardíacas, hematológicas ou hepáticas. Alterações do lúpus cutâneo podem ser evidenciadas em bebês do sexo feminino, com lesões em placa eritemo descamativas, anulares ou policíclicas e fotossensíveis (COELHO; FERREIRA; FERREIRA; GARCIA; NUNES & MAGALHAES, 2007). Há tratamentos que podem ser administrados durante a gestação, porém nesse período deve-se evitar os fármacos micofenolato de mofetil, ciclosfosfamida, metrotezato (categoria D), AINE’s, aspirina (no final da gestação) e corticoides, esses medicamentos podem provocar aborto, malformações congênitas e morte fetal. (CRUZ, 2010). Varfarina é um dos medicamentos que devem ser evitados para tratamento no inicio da gestação, uma vez que possui efeito teratogênico. Os antimaláricos e AINE’s (categoria B), administrados durante o primeiro e segundo trimestre da gestação podem ser utilizados de forma segura. Em alguns casos os fármacos mesmo não recomendados, desde que com acompanhamento médico, poderão ser utilizados (CRUZ, 2010). FIGURAS E TABELAS Figura Figura 2 Tabela 1 CONSIDERAÇÕES FINAIS Mulheres lúpicas podem engravidar desde que possuam acompanhamento correto durante o período gestacional, recomenda-se um período de seis meses com a doença em período de latência e recebendo os fármacos adequados. Os recém-nascidos devem ser observados durante seis meses para identificar sintomas de LEN e iniciar o tratamento. Como avanço das pesquisas sobre o LES gestantes portadoras da patologia podem ter uma gravidez tranquila caso todos os riscos sejam controlados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COELHO, R., FERREIRA, M., FERREIRA, M., GARCIA, P., NUNES. S.A.M., MAGALHAES, P. Lúpus Neonatal. 2007, p Revista Científica da Ordem dos Médicos. Departamento de Pediatria, Lisboa. GADELHA, S.P., COSTA, G.A., MOURA, M.R.S., NETO, T.R.W. Complicações e manejo do lúpus eritematoso sistêmico na gestação, 2008, vol.36, nº1. Universidade Federal de Campina Grande. VIANNA, R. SIMOUES, J.M., INFORZATO, B.C.H. Lúpus Eritematoso Sistêmico. 2010, p.1-3. Revista Cecilliana Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Santa Cecília. Fonte: Hospital Santa Luzia, 2014. Fonte: Revista Brasileira de Reumatologia, 2013. Manifestações Músculo Esqueléticas Poliartrite intermitente; Edema dos tecidos moles; Hipersensibilidade nas articulações; Sinovite; Deformidades articulares (mãos e pés) e Erosões nas articulações. Manifestações Renais Nefrite; Hematúria e Proteinúria; Síndrome nefrótica e Hipertensão. Manifestação do Sistema Nervoso Disfunção cognitiva; Dificuldades de memória e raciocínio; Cefaleias; Convulsões e Psicose. Manifestação Vascular AVE; Infarto agudo do miocárdio; Isquemia cerebral. Manifestação Pulmonar Pleurite; infiltrados pulmonares; Inflamação intersticial; Fibrose; Hemorragia interalveolar. Manifestação cardíaca Pericardite; Miocardite e Endocardite Fonte: Instituto de Ciências Biomedicina Abel Salazar, 2010.