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PublicouIsabela Francisca Santos Bento Alterado mais de 6 anos atrás
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HISTÓRIA DO CEARÁ A SECA DE 1877
Vítimas das secas de 1877/1878, no Ceará – Brasil. Foto: autor desconhecido, Biblioteca Nacional.
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A SECA DE 1877 Das grandes secas que assolaram o Brasil, uma das mais graves e lembradas foi aquela que compreendeu os anos de 1877 à 1879, ficando conhecida como a grande seca do Nordeste. 3 ANOS três anos seguidos sem chuvas, com perda de plantações, mortes de rebanhos e miséria extrema Migração A situação foi tão desesperadora, que famílias inteiras se viram obrigadas a migrar para outros estados, promovendo uma onda de imigrações. Êxodo Rural As cidades para as quais as vítimas da seca se dirigiam começaram a ficar cada vez mais apinhadas de flagelados. Fortaleza : de 21 mil habitantes para 130 mil; Aracati: de 5 mil habitantes para 60 mil; Cariri
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A SECA DE 1877 Saques; Prostituição; Estupros;
Mortes(+ ou – 200 mil) . Foto de uma das vítimas da Grande Seca, Ceará, Foto de Joaquim Antônio Correia, “Vítimas da Grande Seca”, Albúmen, Carte de Visite, 9 X 5,6 cm, Ceará, CA Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil.
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A SECA DE 1877 Somando-se ao quadro caótico, os rebanhos de animais sobreviventes sucumbiram diante da ação de zoonoses, furtos, fome e sede; A flora e a fauna da região praticamente desapareceram; Por fim, para completar o quadro de tragédia, houve um surto de varíola, dizimando milhares de pessoas.
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A SECA DE 1877 AÇÕES DO GOVERNO Formação de comissões de socorro;
Obras públicas; Subsídios para deslocamento do ceará para o centro-oeste (café), Amazônia (borracha) – Os “paraoaras”.
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Algum tempo depois... Seca de 1915
Alguns anos depois da primeira grande seca no século XIX, em 1915 um novo episódio assolou o sertão nordestino. Nova seca fez com que diversos nordestinos migrassem para as grandes cidades, porém, ao contrário do primeiro episódio, o governo cearense resolveu se precaver de uma maneira desumana. CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO CEARÁ
o governo criou os primeiros currais humanos, separados por arames farpados e vigiados 24 horas por dia por soldados para confinar as almas nordestinas retirantes castigadas pela seca.
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO CEARÁ
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO CEARÁ
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO CEARÁ
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO CEARÁ
A oeste da cidade de Fortaleza foi erguido, então, na região alagadiça da atual Otávio Bonfim, o primeiro campo de concentração brasileiro. Ali ficaram confinadas cerca de 8 mil pessoas com alimentação e água controladas e vigiadas pelos soldados do Exército. Naquele mesmo ano de 1915, após incentivos para que os retirantes migrassem para a Amazônia, o curral humano foi desativado.
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO CEARÁ
17 anos mais tarde, em 1932, foi a vez de reabrir o campo de concentração de Otávio Bonfim e criar novos currais humanos. Naquele ano, outra grande seca castigou novamente o sertão nordestino, fazendo com que, mais uma vez, milhares migrassem para os grandes centros urbanos. Após dezessete anos, nem o governo federal, nem os governos estaduais haviam se precavido para diminuir os efeitos da seca e a solução, novamente desumana, passou a ser a criação e ampliação dos campos de concentração nordestinos.
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CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO CEARÁ
Pela segunda vez, foram erguidas regiões cercadas por arames farpados e vigiadas diariamente por soldados para confinar os nordestinos afetados pela seca. Corpos magros, de cabeças raspadas e numeradas se apinhavam aos montes dentro dos cercados de Senador Pompeu, Ipu, Quixeramobim, Cariús, Crato (ou Buriti, por onde passaram mais de 65 mil pessoas) e o já conhecido Otávio Bonfim, os maiores currais humanos instalados no Brasil para conter a massa castigada pela seca dos anos de 1915 e 1932.
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