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Lupus eritematoso sistêmico
Escola de Medicina UCPel
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Lupus eritematoso sistêmico
Características : Doença inflamatória crônica Presença de autoanticorpos (ANA e outros) Acomete mais mulheres que homens Idade mais freqüente do início: anos Predisposição genética 15-50 casos:
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LES - etiopatogenia Fatores genéticos Fatores ambientais
Medicamentos Radiação ultravioleta Outros: brotos de alfafa, hidrazina. Virus Ebstein Barr. Alguns antígenos leucocitários humanos (HLA - histocompatibility leukocyte antigen) se associam a risco aumentado de LES, como HLA-DR3 e o DR2, mas as associações são mais consistentes com manifestações clínico-laboratoriais ou mecanismos fisiopatogênicos. Assim, há maior risco de produção de alguns autoanticorpos (auto-Ac) na presença dos alelos DQB1 e DQA1 produção de Ac antifosfolípides, anti-Sm e anti-DNA na presença de HLA-DR/DQ LES neuropsiquiátrico na presença de HLA-DR3 e HLA-DR9 e Ac antifosfolípides e apoptose na presença de HLA-DRB1*03.
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Lupus Eritematoso - classificação
1-Idiopático · Discóide (cutâneo crônico) · Cutâneo subagudo · Sistêmico · Sistêmico de início tardio · Neonatal 2- Sistêmico induzido por medicamento
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Lupus discóide (cutâneo crônico )
> 90 % dos casos permanece limitado a pele ANA positivo
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Lesões discóides
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LE – cutâneo subagudo 10 % dos pacientes ANA negativo
Acentuada fotossensibilidade Lesões podem ser semelhantes às da psoríase / eritema polimorfo Raro acometimento renal e SN
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LES – rash cutâneo Lupus subagudo
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Lupus subagudo Lesões anulares
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LES de início tardio Início após 50 anos 15 % dos casos
Raro acometimento renal e SN
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LE induzido por medicamento
Raramente duram mais de 6 meses com a suspensão do medicamento. Raro acometimento renal e SN ANA positivo Drogas implicadas: hidralazina, procai- namida, clorpromazina, isoniazida, penicilamina, fenitoína, metildopa, infliximab...
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LES - Critérios diagnósticos
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LES - Critérios diagnósticos
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LES - Critérios diagnósticos
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LES - Critérios diagnósticos
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LES - Critérios diagnósticos
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Considera-se que a pessoa tenha lupus eritematoso sistêmico quando 4 ou mais critérios estão presentes , de modo simultâneo ou em série.
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Livedo reticuladofixo
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LES - Manifestações clínicas não incluidas nos critérios diagnósicos
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LES - Manifestações clínicas não incluidas nos critérios diagnósicos
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LES - Manifestações clínicas
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LES - Manifestações clínicas
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Lupus eritematoso sistêmico
Exames laboratoriais
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LES - ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
- Anemia de doença crônica (normocítica ou microcítica); Anemia hemolítica Coombs positiva; Leucopenia; Linfocitopenia; Trombocitopenia; - VSG elevada; PCR costuma ser normal na ausência de infecções
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LES - ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
- Anticoagulante lúpico (TP e/ou KTTP alterado); - Falso positivo para Sífilis, em 25 % dos pacientes - Alterações no Ex Qualitativo de Urina: proteinúria, cilindrúria, hematúria...
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LES - ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
- ANA (FAN) positivo em > 95 %; anticorpos anti DNA ds e anti Sm são menos sensíveis mas muito mais específicos; Aumento policlonal da gama globulina - Diminuição dos níveis de complemento sérico total (CH 50), C3 e C4 durante a atividade da doença. CH 50 baixo constantemente sugere deficiência de C2.
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ANTICORPOS ANTINUCLEARES
(1) responsável pela formação de células LE (2) especificidade muito grande para LES (3) relacionado à síndr. de Sjögren
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Anticorpos Antinucleares
Periférico Difuso Salpicado Nucleolar
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ANA- anticentrômero
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ANA - Antinucleolar
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Células LE
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Rosetas
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LES - outros autoanticorpos
CONTRA DETERMINANTES DA M. CELULAR: Hemácias: podem determinar ou não hemólise. Teste de Coombs direto positivo Leucócitos: contra neutrófilos, linfócitos B e T Plaquetas: comuns. Com ou sem trombocitopenia Contra fatores da coagulação ( II, VIII, IX eXII ) : associados a graves episódios hemorrágicos Neuronal: na doença ativa do SNC
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LES - outros autoanticorpos
CONTRA PROTEINA P RIBOSSÔMICA: na doença ativa do SNC ANTICORPOS ANTIFOSFOLIPÍDEOS Reação para Sífilis falso-positiva (VDRL positivo e FTA-ABS negativo) Anticoagulante lúpico Determina anticoagulação in-vitro, não corrigida por adição de plasma normal Anticardiolipina
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Auto-anticorpos no LES
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Síndrome antifosfolipídica
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Síndrome antifosfolipídica
Decorrentes da presença de anticorpos anticardiolipina / anticoagulante lúpico. Pode ser primária ou secundária, geralmente ao LES (mais raramente AR, síndrome de Behçet).
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Síndrome antifosfolipídica Manifestações clínicas
Abortos de repetição RN de baixo peso Pré eclâmpsia Tromboses venosas e arteriais (AVE, coronariopatia, AVE isquêmico transitório, enxaqueca, gangrena de extremidades, hipertensão pulmonar, síndrome cardíaca pós parto...) Convulsões
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LES e GESTAÇÃO
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LES e GESTAÇÃO Uso de estrogênios: implicado na exacerbação do LES (Discutível). Evitar estrogênios nas pacientes portadoras de anticorpos AFL. Gestação: quadro sem sinais de atividade geralmente tem boa evolução LES em atividade, especialmente se há lesão renal: maior risco de exacerbação. risco aumentado de aborto, parto prematuro, natimorto especialmente se estiverem pre-sentes anticorpos anticardiolipina.
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LE neonatal
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LE neonatal Transmissão de anticorpos via placentária.
A transmissão de anticorpos anti- Ro é a mais importante. Manifestações clínicas: Eritema cutâneo transitório Bloqueio AV. Trombocitopenia
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Lupus Neonatal
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LES Tratamento
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LES - tratamento AINES Glicocorticóides Antimaláricos
Quimioterápicos (Citostáticos) Outras medidas
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Tratamento do LES – AINES
Indicados principalmente para: a) manifestações articulares b) serosites leves c) manifestações sistêmicas leves Qualquer AINE pode ser utilizado
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Tratamento do LES – antimaláricos
Manifestações cutâneas Manifestações articulares Serosites leves
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Tratamento do LES – antimaláricos
Evidências recentes mostraram que a hidroxicloroquina não melhora apenas o lúpus cutâneo, mas também hiperlipidemias, artrites e sintomas constitucionais, é considerada segura na grávida, tem ação antiplaquetária e pode atuar melhorando na síndrome de Sjögren.
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Tratamento do LES – antimaláricos
CONSENSO BRASILEIRO 2004 Independente do órgão ou sistema afetado, o uso contínuo de antimaláricos (difosfato de cloroquina: 4 mg/kg/dia ou sulfato de hidroxicloroquina: 6 mg/kg/dia) é indicado com a finalidade de reduzir a atividade da doença e tentar poupar corticóide em todos os pacientes com LES.
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Tratamento do LES – glicocorticóides
a) Manifestações articulares, serosites ou sistêmicas severas ou que não responderam aos AINES b) Comprometimento de órgãos/tecidos importantes: rins, SNC, pericárdio, miocardio... c) Vasculites
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Tratamento da Síndrome antifosfolipídica
Antiagregantes plaquetários (AAS) Anticoagulantes (heparina, antivi-taminas K) Pentoxifilina Nos casos secundários ou existindo plaquetopenia severa: corticosteróides (prednisona ou pulsoterapia com metil-prednisolona)
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LES Prognóstico
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LES - prognóstico Remissão completa em até 20 %
Mortes: ocorrem principalmente por infecções, insuficiência renal, comprometimento do SNC Sobrevida em 5 anos: 95 % Sobrevida em 10 anos: 90 %
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Lupus eritematoso sistêmico
Apêndice: outras drogas utilizadas no tratamento do LES
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Drogas e Terapias contra o Lupus
Outubro/2004 1) Prasterone (Prestara), uma forma sintética do hormônio DHEA Desenvolvido pela Genelabs Technologies, está na fase III do teste clínico para determinar se é benéfico para osteoporose induzida por corticóides em mulheres lúpicas. 2) LJP394 (Riquent), bloqueador do anti-DNA La Jolla Pharmaceutical Company espera desenvolver um tratamento que bloqueie a produção de anticorpos DNA sem minimizar o sistema imunológico ou causar efeitos adversos, o que poderia prevenir crises de nefrite. 3) BLyS, supressão de linfócitos B O estimulador do linfócito B (BLyS) assegura a sobrevivência do linfócito B, a célula branca do sangue que produz anticorpos. O propósito desta pesquisa, que está na fase II, é suprimir o processo BLyS.
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As Mais Recentes Drogas e Terapias contra o Lupus
Outubro/2004 4) Rituximab (Rituxan), que elimina os linfócitos B Desenvolvido pela Genentech/IDEC, Rituximab é uma droga que mata os linfócitos B. 5) CD154, contra os linfócitos T A atividade em lúpicos e doentes renais apresentaram melhoras com esta terapia que ataca células T ativas. 6) LJP1082, para a síndrome antifosfolipídica A droga foi desenvolvida pela La Jolla Pharmaceutical Company para minimizar a ação das células B. 7) Bromocriptina (Parlodel), que suprime a prolactina Estudos têm mostrado que a prolactina está ligada a atividade lúpica. Produzida pela Novartis, Parlodel suprime o sistema imunológico hiperativo.
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As Mais Recentes Drogas e Terapias contra o Lupus
Outubro/2004 8) Micofenolato de mofetila– CellCept, no acometimento renal Indicação comum para evitar a rejeição de transplantes, o CellCept, produzido pela Roche, tem sido usado para controlar uma série de doenças reumáticas e nefrite lúpica. 9) Ciclosporina (Sandimmune e Neoral), na atividade lúpica É uma droga imunossupressora usada para minimizar a atividade lúpica, permitindo a redução do uso de corticóides. Sandimmune e Neoral são produzidos pela Novertis. 10) Eculizumab, como agente antiinflamatório É um inibidor do complemento C5 desenvolvido pela Alexion Pharmaceuticals para doenças crônicas, incluindo o lupus, quando uma atividade antiinflamatória longa é desejada.
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As Mais Recentes Drogas e Terapias contra o Lupus
Outubro/2004 11) Leflunomida (Arava), como agente antireumático A droga, produzida pela Aventis, interrompe a produção de células do sistema imunológico responsável pelo inchaço, inflamação, rigidez e dor da artrite reumatóide. 12) Talidomida, Tacrolimo (Protopic) e Pimecrolimo (Elidel), para lesões cutâneas Essas drogas têm sido usadas no tratamento cutâneo, permitindo a redução da dosagem de corticóides. A Talidomida é fabricada pela Celgene, Protopic pela Fujisawa e Elidel pela Novartis.
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