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O campo científico e a ciência política no Brasil

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Apresentação em tema: "O campo científico e a ciência política no Brasil"— Transcrição da apresentação:

1 O campo científico e a ciência política no Brasil
Sérgio Praça pmcspraca.wordpress.com

2 Objetivos da Aula 1) O que são “ciências sociais” e qual seu papel?; 2) O conceito de “campo” de Pierre Bourdieu; 3) O campo da ciência política no Brasil e a defesa do parlamentarismo; Evidências recentes sobre sucesso legislativo no parlamentarismo vs. presidencialismo

3 (I) O papel das Ciências Sociais
* Aristóteles: Episteme = conhecimento científico, analítico Techne = conhecimento técnico, know-how Phronesis = sabedoria prática, ligada a valores, permite julgamentos e decisões virtuosas * As ciências sociais podem produzir “episteme”? Flyvbjerg 2001 diz que não. Defende que papel das CS está muito mais ligado a “phronesis”.

4 (I) O papel das Ciências Sociais
Ciências Naturais operam de maneira cumulativa: cientista descobre X, seu colega 10 anos depois descobre X’, sociedade se beneficia, 40 anos depois, de X’’’. Ciência Sociais operam de maneira reflexiva/valorativa: seus achados não permitem desenvolver teorias novas claramente superiores a teorias antigas. Mas seus achados permitem INFORMAR o debate público em torno de certas escolhas institucionais e culturais de acordo com os diferentes valores e interesses presentes na sociedade.

5 (I) O papel das Ciências Sociais
Ou seja: o papel do cientista social é, sobretudo, normativo. Dizer o que é bom para X e Y, emitir valores, informar os atores políticos sobre os resultados de suas pesquisas. Esta é a perspectiva de Flyvbjerg e está muito longe de ser unânime. É uma perspectiva entre outras que circulam no campo acadêmico das CS.

6 (II) As características dos campos
1) São espaços estruturados de posições; 2) Posições têm certas propriedades que existem independentemente de quem as ocupa; 3) Têm atores dominantes (que tendem a defender seu monopólio e excluir a concorrência) e atores dominados (que tendem à subversão); 4) Têm objetos de disputa e interesses específicos que pertencem somente àquele campo e que não são percebidos por quem não foi formado para entrar neste campo;

7 (II) As características dos campos
5) Todo campo precisa de pessoas prontas para disputar o jogo, dotadas de habitus que impliquem o conhecimento e reconhecimento das regras e objetos de disputa; 6) A estrutura do campo reflete o estado da distribuição do capital específico que foi acumulado ao longo de lutas passadas e orienta estratégias futuras;

8 (II) Campo político, autoridade e expertise
7) Somente os detentores de certo capital específico ao campo conseguem interpretar os objetos do campo (obras de arte, legislação, táticas do time de futebol) – mais do que isso, só eles são vistos como intérpretes legítimos – e, assim, justificam sua existência como os “únicos capazes de explicitar a razão de ser do objeto e do reconhecimento do valor que ele tem”.

9 Campo da Ciência Política brasileira, dias atuais Atores Dominantes
* “Brasilanistas” (EUA, Inglaterra) * USP, Uerj, UFMG, UnB, Ipea Atores Dominados * Universidades marginais * Jornalistas Troféus em disputa * Legitimidade para diagnosticar a política do país * Publicações em revistas internacionais; citações * Influência na “opinião pública”: imprensa e campo político Interesses dos atores (e estratégias para o desinteresse) Financiamento para pesquisa (“Queremos o desenvolvimento do país”) Regras do campo Legislação definida pelo campo político, em consulta estreita com os atores dominantes do campo acadêmico Regras de financiamento Fapesp, CNPq, Capes; Sistema Qualis: revistas acadêmicas

10 (III) Produção Científica nas Ciências Sociais
1) Definição da pergunta de pesquisa: o que estudar? (Em 1976? Em 1986? Em 2012?) 2) Descrição do estado das coisas: coleta de dados descritivos/documentos secundários 3.1) Interpretação analítica dos dados (hipóteses e relações causais) 3.2) Interpretação normativa dos dados (descrição do parlamentarismo = superioridade do parlamentarismo como sistema de governo) 4) Divulgação dos resultados da pesquisa

11 (III) Parlamentarismo vs. Presidencialismo
1. Parl. [eleições indiretas], Pres. [eleições diretas]. 2. Parl. [fusão de poderes], Pres. [separação de poderes]. 3. Parl. [mandatos dependentes], Pres. [mandatos independentes]. 4. Parl. [gabinete partidário], Pres. [gabinete +/- partidário].

12 (III) Sucesso legislativo em diferentes sistemas
Sucesso legislativo = % de leis propostas pelo Executivo e aprovadas Saiegh 2009, p. 1350, em ordem de sucesso legislativo: 1) Parlamentarismo “Westminster” (Inglaterra); 2) Parlamentarismo Multipartidário (Alemanha) 3) Presidencialismos (Brasil, Equador).

13 Mas... A principal diferença frisada por defensores do parlamentarismo (vs. presidencialismo) é que coalizões seriam mais fáceis de manter no parlamentarismo (pelos motivos já expostos); Seguindo esse raciocínio, coalizões parlamentaristas devem ser maiores e permitirem maior sucesso legislativo do Executivo

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15 Referências Bourdieu, Pierre. Questões de Sociologia (1983), Os usos sociais da ciência (2003). Lamounier, Bolívar. A opção parlamentarista (1991). Flyvbjerg, Bent. Making Social Science Matter (2001). Saiegh, Sebastian. “Political Prowess or ‘‘Lady Luck’’? Evaluating Chief Executives’ Legislative Success Rates”, Journal of Politics, v. 71, n. 4, 2009, p


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