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Disciplina: Economia Internacional

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Apresentação em tema: "Disciplina: Economia Internacional"— Transcrição da apresentação:

1 Disciplina: Economia Internacional
Professor: Francisco Eduardo Pires de Souza 1º Semestre de 2017

2 Taxas de câmbio fixas e intervenção cambial (cap. 18)

3 Crises de balanço de pagamentos e fuga de capitais
Até aqui supusemos credibilidade na taxa de câmbio fixa. Mas se o governo pode ser tentado a desvalorizar (pelas razões que vimos antes:DY,DN,DTC,DR) ou mesmo “forçado” a desvalorizar, cabe admitir que os agentes privados, em tais circunstâncias alterarão suas expectativas e agirão de acordo com as novas expectativas. A crença do mercado numa mudança iminente da taxa de câmbio leva a uma crise de balanço de pagamentos (crise cambial). Vejamos como.

4 Suponha que o mercado passe a acreditar que o governo vai desvalorizar a taxa de câmbio de E0 para E1. A razão pode ser, por ex, baixas reservas ou DTC alto. O que ocorre? a curva de rR$dUSD se desloca para a direita; Com E=E0, o rR$dUSD > i (R*, no gráfico); Há saída de capitais e o BC tem que vender reservas => Ms  e i para o nível R* + (E1-E0)/E0; Forte perda de reservas e alta indesejada dos juros caracteriza a crise de balanço de pagamentos. A saída de capitais privados neste contexto é chamada de fuga de capitais.

5 A perda de reservas e a percepção de que o governo pode não estar disposto a manter “i” no nível mais elevado pode fazer crescer a suspeita de que a desvalorização é iminente levando a uma situação de pânico e fuga de capitais. Se considerarmos que o aumento da taxa de juros pode levar à recessão e ao desemprego, isto pode induzir o governo a antecipar uma desvalorização. Note que se a desvalorização esperada é para daqui a um mês em vez de para daqui a um ano, ela dá um retorno muito maior para aplicações em moeda estrangeira, estimulando a saída de Ks.

6 Quais as causas das crises cambiais?
Crises resultantes de políticas macroeconômicas inconsistentes x crises resultantes de profecias auto-realizáveis Exemplo de crise resultante de política macroeconômica inconsistente: déficit fiscal continuado financiado pelo Banco Central e taxa de câmbio fixa. Considere o balancete simplificado do Banco Central.

7 O que ocorre se o governo financia um déficit fiscal recorrente através de emissão monetária por parte do banco central? O aumento do CDL, resultante da aquisição de títulos do governo ou aumenta a base monetária ou reduz as reservas (vende reservas e com recursos obtidos financia o déficit público); Com câmbio fixo, o aumento da base monetária leva a uma queda da taxa de juros, saída de capitais e, por fim, à redução das reservas. Ou seja, reservas caem de qualquer modo.

8 O que ocorre se o governo financia um déficit fiscal recorrente através de emissão monetária por parte do banco central? 1) O aumento do CDL, resultante da aquisição de títulos do governo ou aumenta a base monetária ou reduz as reservas; 2) Com câmbio fixo, o aumento da base monetária leva a uma queda da taxa de juros, saída de capitais e, por fim, à redução das reservas. 3) Se o governo persiste na política (inconsistente) as reservas continuarão caindo, até que em algum momento se esgotarão. 4) Percebendo isto o mercado intensifica suas compras de moeda estrangeira 5) O governo acaba sendo obrigado a desvalorizar ou mesmo deixar a taxa de câmbio flutuar.

9 Crises cambiais auto-realizáveis
Suponha sistema bancário se financie com depósitos de curto prazo e que empréstimos às empresas aumentam probabilidade de não serem pagos em caso de recessão. Se especuladores suspeitam de desvalorização (por contágio)=> i ; custos bancários; recessão e aumento da inadimplência reduzindo valor dos ativos dos bancos; Para impedir crise bancária, BC empresta aos bancos, expandindo moeda e perdendo reservas, como no caso anterior. As perdas de reservas alimentam saída de capitais, levando por fim a uma crise cambial, cujo desfecho seria uma grande desvalorização ou abandono do regime de câmbio fixo.

10 Flutuação administrada e intervenção esterilizada
Suponha que o governo decida expandir a oferta de moeda para expandir o emprego. A taxa de juros cai, o câmbio deprecia Se o governo intervém para evitar uma depreciação excessiva, ele contrai a oferta monetária Mas pode apenas conter a depreciação excessiva (deixando ocorrer alguma) Em consequência alguma expansão monetária vai ser possível. Em suma, embora haja limites à política monetária ela tem alguma eficácia. Há um trade-off a ser explorado. Flutuação administrada e intervenção esterilizada E2 E1 rR$dUSD = i*+Êe i2 i1 L(r, y) M1/P M2/P

11 Flutuação administrada e intervenção esterilizada
Suponha que o governo decida expandir a oferta de moeda para expandir o emprego. A taxa de juros cai, o câmbio deprecia Se o governo intervém para evitar uma depreciação excessiva, ele contrai a oferta monetária Mas pode apenas conter a depreciação excessiva (deixando ocorrer alguma) Em consequência alguma expansão monetária vai ser possível. Em suma, embora haja limites à política monetária ela tem alguma eficácia. Há um trade-off entre objetivos intenos e externos ( - DE, menos espaço p/ DMs=> DY e DN; + DE, + espaço p/ DMs) a ser explorado. Flutuação administrada e intervenção esterilizada E2 E3 E1 rR$dUSD = i*+Êe i2 i3 i1 L(r, y) M1/P M3/P M2/P Mas se o BC decidisse esterilizar a intervenção (descrita em 3), comprando títulos, a oferta monetária voltaria para M2/P, i para i2 e o câmbio para E2

12 A intervenção esterilizada funciona?
Nas discussões na imprensa, etc, em geral omite-se ou não se dá conta das relações entre intervenção cambial e seus efeitos monetários. No ex dos slides anteriores, a intervenção foi não esterilizada e neutralizou apenas parte da alta do câmbio. Porém, e se o BC tentasse trazer “E” de volta à posição inicial (o que equivaleria a tentar manter o câmbio fixo)? Sem esterilização, Ms e i voltariam tb à posição inicial. Ou seja, seria impossível fazer política monetária autônoma. E se a intervenção fosse esterilizada? (E  – R p/ E  – Ms=>BC compra títulos => Ms => i  e E, anulando o efeito da intervenção via venda de reservas. Ou seja não seria possível manter o câmbio fixo. Em suma, ou bem o BC não esteriliza os efeitos da intervenção e a oferta monetária volta à estaca zero (a intervenção funciona, mas a política monetária não), ou bem esteriliza e a taxa de câmbio volta ao nível desvalorizado anterior (a política cambial não funciona com intervenção esterilizada) Bancos centrais em geral fazem intervenção esterilizada. Por quê? Funciona? Os economistas divergem muito sobre a intervenção esterilizada.

13 Substitutibilidade perfeita de ativos e a ineficácia da intervenção esterilizada
Suponha política fiscal expansionista com câmbio fixo. G=>E=>R  =>Ms Se BC quer evitar efeitos inflacionários de DMs e faz esterilização => AA volta à posição anterior e câmbio aprecia. Se quiser evitá-lo, tem que intervir comprando, o que expandiria novamente Ms. Ou seja, pelo modelo intervenção esterilizada tende a fracassar.

14 Substitutibilidade perfeita de ativos e a ineficácia da intervenção esterilizada
A conclusão anterior está baseada na hipótese da substitutibilidade perfeita de ativos. Definição: 2 ativos são substitutos perfeitos quando os investidores não se importam com a participação relativa dos 2 ativos na sua carteira, desde que gerem o mesmo retorno (medido na mesma moeda)=> i = rR$dUSD Neste caso a taxa de câmbio spot é determinada de modo a manter a paridade de juros: i = i*+Êe = i + [(Ee/E)-1] Neste caso, também, pode-se dizer que tudo que se pode obter com uma intervenção cambial, pode igualmente ser obtido mediante uma operação de open Market (ambas afetam E na medida em que afetam Ms e i)


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