A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Formação Econômica e Social do Brasil II (REC 2402)

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Formação Econômica e Social do Brasil II (REC 2402)"— Transcrição da apresentação:

1 Formação Econômica e Social do Brasil II (REC 2402)
Amaury Patrick Gremaud 1º semestre 2017

2 Aula 09: O deslocamento do centro dinâmico
A controvérsia em torno da reação brasileira à crise de 30

3 CONTROVÉRSIA Crise e forma de superação: tese de Celso Furtado (68) e críticas de Carlos Manuel Pelaez debate tem conteúdo que ultrapassa o historiográfico, serve de apoio (ou crítica) a políticas econômicas 58

4 A crise de 1930 e a interpretação de Celso Furtado (I)
Furtado em Formação Econômica do Brasil (1968): anos 30 “deslocamento do centro dinâmico da economia brasileira” elemento essencial de determinação da renda nacional deixa de ser a demanda externa e passa para o consumo doméstico e o investimento a ele relacionado externo (fora) interno (dentro) mudança ocorre em função da crise e da forma (política econômica) como foi superada

5 Furtado: Política Econômica possui duas vertentes
Furtado: crise foi menor no Brasil recessão: Brasil: 25% x EUA: 50% recuperação: Brasil: 1933 x EUA: 1934/35 1. Vertente da Manutenção 2. Vertente do Deslocamento

6 Furtado: Vertente da manutenção
Washington Luis não fortalece defesa do café (dada a falta de empréstimos externos) Vargas hesita, mas em 1931, defesa do café pressões internas e interesses nacionais - manutenção nível de emprego e renda e do poder defesa moldes diferentes: estoques muito grandes - queima (quotas de sacrifício)

7

8 Furtado: Vertente da manutenção
Washington Luis não fortalece defesa do café (dada a falta de empréstimos externos) Vargas hesita, mas em 1931, defesa do café pressões internas e interesses nacionais - manutenção nível de emprego e renda e do poder defesa moldes diferentes: estoques muito grandes - queima (quotas de sacrifício) Preço que até então tinha caído 60% (no mercado consumidor menos) se estabiliza mas não sobe Mantém minimamente colheita, emprego e multiplicador financiamento - expansão de crédito doméstico Furtado: política fiscal com financiamento heterodoxo que mantém a renda nominal e demanda agregada

9 Vargas: política Keynesiana anti-ciclicla
política de fomento à renda nacional: manutenção da renda nominal, do nível de emprego e da demanda agregada (diminui efeito multiplicador negativo sobre a economia)

10 FURTADO: Vertente do deslocamento
Estocagem evita queda de preços mas não resolve o problema do Balanço de Pagamentos até agrava pois mantém a demanda por importações Fim da Caixa de Estabilização (cambio fixo): desvalorização cambial (54% em 1931 e108% até 1935) desvalorização real: aumenta PM/PD e reduz importações Queda do valor das importações 25% Com a demanda mantida Deslocamento da demanda por produtos importados para produtos domésticos (também indústria) Substituição de importações e produção agrícola para atender setor doméstico cria condições de lucratividade do setor doméstico

11 Vargas: Substituição de importações
crise do balanço de pagamento enfrentada com desvalorização cambial leva à substituição das importações por produção doméstica dada a proteção e melhora na atratividade dos setores domésticos

12 Problemas: como atender demanda interna ?
De onde vem a capacidade produtiva inicial Furtado no início existe capacidade ociosa: de onde vem? Outro debate: início da industrialização Sustentação do crescimento – ampliação da capacidade produtiva reinvestimento dos lucros deslocamento dos investimentos de outros setores Café em crise – transferência de capital novos setores exportadores (algodão) setores domésticos (inclusive indústria e algodão) Como se faz materialmente importações – restrição externa não absoluta dinamiza indústria de bens de capital

13 Até onde se pode dizer que este deslocamento do centro dinâmico tenha sido intencional ?
Furtado: não intencionalidade Divergência: divergência

14 Furtado - idéias contrarias a visão liberal
Foi quando houve uma ruptura das relações econômicas do Brasil com o exterior, que industrialização se acelerou O desenvolvimento da economia brasileira se fez negando o princípio das vantagens comparativas: a especialização primário exportadora Para este desenvolvimento se fez necessário uma forte intervenção estatal e heterodoxa: gasto (queima do café) e emissões sem contrapartida teses cepalinas

15 As críticas de C. M. Peláez (1)
Peláez procura fazer críticas empíricas, porém com conotações políticas: Recuperação econômica do Brasil na década de 30 não tão rápida e crise não tão pequena Brasil não tão diferente (queda de 41%) parte substancial da recuperação se deve ao crescimento das exportações de algodão não foi uma ruptura com a teoria das vantagens comparativas

16 As críticas de C. M. Peláez (2)
defesa do café foi financiada com empréstimos externos impostos sobre vendas de café Não houve intervenção heterodoxa do governo brasileiro Estado não fugiu aos preceitos do orçamento equilibrado e manteve-se a ortodoxia monetária

17 Outras intervenções e o balanço de um debate (I)
Maior parte das considerações de Peláez estavam corretas, mas a tese geral de Furtado é a que se sustenta

18 Nível de renda e defesa do café
Defesa do café não foi importante na manutenção do nível de renda (efeito renda da defesa é pequena e defesa não foi heterodoxa) Peláez queda de renda 41% (não 25%) 60% do gasto financiado com empréstimo externo e com impostos Vários autores - concordam com aspectos levantados por Peláez, mas estes não inviabilizam posição de Furtado, apenas a qualificam Haddad: queda de renda 28%

19 Financiamento e gasto público
Suzigan: empréstimo externo que entra não L 20 milhões mas L 4 milhões (Coffe Realization Loan) Fishlow: Furtado “esquece” empréstimos externos e impostos, mas Peláez “esquece” que parte dos impostos são transferidos dada inelasticidade da demanda Efeito renda da política é menor mas existe E. Cardoso: com modelo de equilíbrio geral mantém as conclusões de Furtado. Preço mínimo manteve demanda, seu efeito é até mais importante que desvalorização cambial S. Silber: financiamento dos gastos por impostos é de 48%, 52% financiado com expansão de crédito - heterodoxo. Mesmo com orçamento equilibrado efeito é expansionista

20 A expansão: externa ou interna ?
Argumento de que algodão puxou a retomada, substituindo os cafezais: Furtado também se refere a isto: não esquecer que algodão também vai para mercado interno, assim como outros produtos agrícolas Dados mostram que altas taxas de crescimento industrial são responsáveis por recuperação Suzigan: indústria se recupera no 2º semestre de 31 e em 33 se acelera (33/36: 10% a.a.; 37/39: 6% a.a.) Desempenho notável: maior que resto mundo, maior que algodão - não deve ser descartado Investimentos crescem em e se aceleram 36/39 W. Dean: não concorda Malan: existiu substituição de importações mas além da desvalorização deve ser enfatizado o controle cambial e as tarifas

21 Bases do crescimento na década de 30
Década de 30 existe crescimento industrial forte em função da proteção industrias mais importantes: têxteis/vestuário/alimentos indústrias mais dinâmicas: cimento/papel/metalurgia Existe utilização de capacidade ociosa gerada na década de 20 - especialmente indústria têxtil Também existe ampliação de capacidade produtiva - principalmente em indústrias mais avançadas - mudança da pauta de importações Problemas: mapear transferência dos recursos explicar surgimento da capacidade ociosa existente


Carregar ppt "Formação Econômica e Social do Brasil II (REC 2402)"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google