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Fractura supracondiliana do úmero Gartland III com lesão da artéria umeral e síndrome compartimental: Complicação rara de um problema frequente Joaquim.

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1 Fractura supracondiliana do úmero Gartland III com lesão da artéria umeral e síndrome compartimental: Complicação rara de um problema frequente Joaquim Soares Do Brito; Pedro Rocha; Augusto Martins; Mário Vale; Graça Lopes; Marco Sarmento Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Lisboa Norte EPE Director: Professor Doutor Jacinto Monteiro INTRODUÇÃO A fractura supracondiliana do úmero é a mais frequente fractura do cotovelo na população pediátrica. Surge habitualmente entre os 5 e 7 anos de idade, afectando predominantemente o membro superior não dominante e apresenta incidências sobreponiveis entre géneros. Classicamente são classificadas de acordo com Gartland em tipo I, II ou III, tendo em conta o grau de descoaptação entre os fragmentos. A lesão vascular e o sindrome compartimental são complicações raras associadas a estas fracturas – 0.5% e 0,1- respectivamente – enquanto a sua associação constitui um evento ainda mais raro. RESULTADOS Aos 30 dias de pós-cirurgia de pós-cirurgia apresentava flexão do cotovelo a 90º e défice de 35º na extensão, verificando-se défice sensitivo e motor no território do cubital, evidenciado pela atrofia da musculatura interóssea da mão. EMG requisitado confirmou lesão dos nervos cubital e mediano. Aos quatro meses de seguimento mantinha boa evolução radiográfica da fractura, apresentando extensão completa do cotovelo, flexão a 130º, ausência de limitação na prono-supinação e menor atrofia ao nível dos músculos intrínsecos. A criança manteve evolução clinicamente favorável com melhoria progressiva das alterações detectadas inicialmente. MATERIAL E MÉTODOS Criança do género masculino, 7 anos de idade, caucasiano, saudável, vítima de queda com traumatismo do membro superior esquerdo do qual resultou fractura supracondiliana Gartland III. Na primeira avaliação, no serviço de urgência, a criança apresentava ausência de pulso umeral e radial, mantendo mão quente e perfundida, pelo que foi requisitado apoio pela cirurgia vascular. A criança foi submetida a redução incruenta e fixação com fios K 8 horas após o traumatismo, sem registo de intercorrências. A avaliação complementar vascular com eco-doppler diagnosticou lesão da artéria umeral sem indicação para intervenção urgente por parte da cirurgia vascular. Cerca de 48 horas de pós-operatório a criança desenvolveu clínica de dor intensa, edema marcado ao nível do cotovelo e antebraço, assim como incremento dos valores de pressão intra-compartimentais do braço e antebraço, pelo que foi submetido a fasciotomias do membro superior. A criança acabou por ter alta para domicílio após 48 h de vigilância com melhoria do quadro clinico e do edema, tendo retirado os fios K aos 18 dias de pós-operatório. DISCUSSÃO/ CONCLUSÃO Apesar de estarmos perante uma fractura supracondiliana grave, com elevado grau de descoaptação, a redução e fixação em tempo útil faria prever uma evolução clínica menos atribulada. No entanto, a presença de lesão da artéria umeral associada ao desenvolvimento de um síndrome compartimental (inferido clinicamente e corroborado por uma pressão intra-compartimental com diferencial superior a 30 mmHg relativamente à pressão arterial diastólica), obrigou à realização de fasciotomias do braço e antebraço. Após realização das fasciotomias a evolução foi clinicamente favorável, no entanto, deparamo-nos com sequelas neurológicas, nomeadamente neuropraxia do cubital com uma importante atrofia dos músculos intrínsecos da mão. A opção pela atitude expectante e vigilante, neste contexto, revelou-se correcta, com recuperação total das sequelas neurológicas, sendo ainda possivel restabelecer uma mobilidade articular com amplitudes de movimento dentro dos padrões da normalidade. O caso apresentado corresponde a uma complicação rara das fracturas supra-condilianas do úmero pediátrico. O diagnóstico atempado da lesão vascular e síndrome compartimental com pronta realização de fasciotomias foram fundamentais para o resultado final.. Bibliografia: 1 - BEATY JH, KASSER JR; Rockwood and Wilkins’s Fractures in Children; 7th Edition; Lippincott Williams & Wilkins; 2010; 2 - OTSUDA NY, KASSER JR; Supracondylar Fractures of the Humerus in Children; Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons; vol. 5 no ; 1997; 3 - ABZUNG JM, MARTIN JH; Management of Supracondylar Humerus Fractures in Children: Current Concepts; Journal of the American academy of Orthopaedic Surgeons; 20:69-77; 2012; 4 - MANGWANI J,NADARAJAH R, PATERSON JMH; Supracondylar humeral fractures in children - TEN YEARS’ EXPERIENCE IN A TEACHING HOSPITAL; Journal of Bone and Joint Surgery Br; 8-B:362-5; 2006


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