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Profº Fernando Tozze Alves Neves
Toxicologia Geral e Analítica Profº Fernando Tozze Alves Neves
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Fase Primitiva Histórico da Toxicologia
1ª Fase: surge quando o homem inicia o uso de compostos vegetais, minerais e animais disponíveis na natureza, como alimento, medicamento e veneno. Neste período o homem aprende como evitar e utilizar os “venenos” encontrados na natureza para a sua própria defesa como nas atividades de caça.
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Fase Punitiva Histórico da Toxicologia
2ª Fase: toxicologia utilizada para fins punitivos e homicidas. Papiro de Ebers (medicina egípcia – 1500 a.C.): sentença a morte com sementes de amêndoas amargas (morte por HCN). Continha informações sobre plantas venenosas e alguns metais como chumbo e o cobre
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Histórico da Toxicologia
Sócrates (grécia antiga): morte através do veneno cicuta (utilizada com droga para eutanásia legal na época). Hipócrates (400 a.C.): relacionou vários agentes tóxicos e ainda esboçou alguns princípios de toxicologia clínica, como BIODISPONIBILIDADE e SUPERDOSAGEM
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Histórico da Toxicologia
Dioscorides - realizou a primeira tentativa de classificação dos venenos, que permaneceu como modelo por 16 séculos. Reconheceu o uso de substâncias emetizantes no tratamento dos envenenamentos e o uso de ventosas no empeçonhamento por venenos de serpentes.
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PORQUÊ? Histórico da Toxicologia
Arsênio: em diversos momentos da história o arsênio e seus compostos foram utilizados como “venenos” para causar o envenenamento. PORQUÊ?
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Histórico da Toxicologia
NERO – Política Romana envenamentos políticos “caráter de epidemia” Lex Cornelia: lei que normatizava o uso de drogas e venenos na tentativa de diminuir o número de intoxicações. compostos extraídos de cogumelos RENASCIMENTO: Na Itália, novamente a arte do envenenamento teve o seu apogeu com TOFFANA e PERUZZIA
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Histórico da Toxicologia
NAPÓLES - TOFFANA usava uma mistura de arsênio e cantárida, “água de toffana” e PERUZZIA usava uma mistura de ptomaína e arsênio em cosméticos., que eram distribuídos como porções milagrosas LUCRÉCIA BORGIA (séc. XIV e XV): utilizavam arsênio puro na prática de seus crimes (envenenamento políticos e religiosos) MARQUESA DE BRINVILLIERS (séc. XVII): visitava hospitais e dava aos doentes vinho e misturas a que juntava venenos.
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Histórico da Toxicologia
FRANÇA – ápice do envenenamento Serviços de Catherine Deshayes (La Voisine): condenada a morte por matar mais de 2000 crianças envenenadas, principalmente por colocar misturas venenosas em bombons e artigos alimentares. PARACELSO (1493 a 1541) – médico suíço alquimista que formulou várias teorias a respeito da toxicologia que são de interesse para os estudos de toxicologia e farmacologia até hoje.
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TEORIA DAS SIMILARIDADES; DAS ASSINATURAS; DOS SINAIS; DAS SEMELHANÇAS
Histórico da Toxicologia “tudo que a natureza cria, recebe a imagem da virtude que ela pretende esconder ali” TEORIA DAS SIMILARIDADES; DAS ASSINATURAS; DOS SINAIS; DAS SEMELHANÇAS nozes cérebro
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ácido acetil salicílico
Histórico da Toxicologia SALGUEIRO = árvore com cascas para a proteção contra agentes externos. ácido salicílico ácido acetil salicílico FEBRE DOR Salix alba
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Histórico da Toxicologia
PARACELSO (1493 a 1541) “Todas as subtâncias são venenos; não existe uma que não seja veneno. A dose certa diferencia um veneno de um remédio”.
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Fase Moderna e Contemporânea
Histórico da Toxicologia Fase Moderna e Contemporânea 3ª Fase: o conceito de intoxicação é visto sobre diferentes prismas, sendo que, a toxicologia adquire uma caráter multidisciplinar. Século XVI (França) = permissão de peritos nos casos suspeitos de envenenamento 1700 – RAMAZINI: publicou uma dissertação sobre doenças de mineiros, tecelões, gráficos e oleiros, onde abordava questões de TOXICOLOGIA OCUPACIONAL 1836 – Marsh = técnica de identificação de arsênico 1839 – Mathieu Orfila = pesquisa de venenos em tecidos (estômago e intestino) – TOXICOLOGIA FORENSE
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Histórico da Toxicologia
1840 – Frenesius e Babo = sistematizaram a pesquisa com venenos minerais após a destruição da matéria orgânica 1850 – Stass = desenvolveu o método de pesquisa de alcalóides 1863 – Tardieu e Rousin = utilização de provas biológicas em casos de intoxicação (experimentação fisiolígica no exame toxicológico) 1906 – Berthelot = desenvolveu a técnica toxicológica para venenos voláteis e gasosos (“Traité d´ analyse des gaz”).
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Histórico da Toxicologia
1962 – Rachel Carson = Livro “Silent Spring” – relata a exposição dos danos ao ambiente causados pelo uso indiscriminado de DDT (agrotóxico)
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Histórico da Toxicologia
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Toxicologia experimental
Áreas de atuação da Toxicologia TOXICOLOGIA Toxicologia de medicamentos e cosméticos Toxicologia de alimentos Toxicologia ocupacional Toxicologia forense Toxicologia ambiental Toxicologia analítica Toxicocinética Toxicologia industrial Toxicodinâmica Pré-clínica Toxicologia Médica Toxicologia experimental Clínica
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Prevenção Diagnóstico Identificação Tratamento Finalidades
MEDICAMENTOS COSMÉTICOS FITOTERÁPICOS AGROTÓXICOS ALIMENTOS ANIMAIS PEÇONHENTOS GASES E SOLVENTES
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Objetos INTOXICAÇÃO EFEITO NOCIVO SUBSTÂNCIA QUÍMICA ORGANISMO
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Conceitos e Definições
TOXICOLOGIA: consiste no conjunto de conhecimento físicos, químicos e biológicos aplicados ao estudo das substâncias nocivas à saúde e à vida. TOXICOLOGIA: consiste na ciência que estuda a ação e os efeitos dos tóxicos sobre os organismos vivos. TOXICOLOGIA: é uma ciência multidisciplinar que, além de estudar os efeitos adversos causados por agentes químicos no homem e no meio ambiente, estuda também as propriedades físico-químicas de cada substância e avalia a segurança de seu uso.
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Conceitos e Definições
Toxicidade: é a propriedade pontecial que as substâncias químicas possuem, em maior ou menor grau, de instalar um estado patológico em conseqüência de sua introdução e interação com o organismo. Determinada em relação com outros agentes e varia com as espécies animias e dentro da mesma espécie. Os principais efeitos da toxicidade são: desejados, exacerbados, diferentes dos desejados e letais. DL50: Dose letal para 50% da população estudada DL50 maior a toxicidade
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Conceitos e Definições
Intoxicação: é a manifestação clínica e/ou laboratorial de efeitos adversos que se revelam em um estado patológico ocasionado pela interação de um toxicante (o agente químico) com o organismo. É a resposta nociva resultante da interação do agente tóxico com o organismo, caracterizado por SINAIS e SINTOMAS. DL50: representa a dose suficiente para matar 50% dos animais expostos a determinado agente tóxico. Trata-se de um conceito baseado na mortalidade dos animais. Os resultados obtidos experimentalmente não podem ser extrapolados com 100% de certeza para os seres humanos devido as variabilidades de resostras nas espécies testadas.
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Conceitos e Definições
DL50
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Conceitos e Definições
DL50
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Conceitos e Definições
DL50
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Classificações Quanto ao grau de Toxicidade:
CATEGORIA DOSE LETAL (peso/Kg) Extremamente tóxico = < 1 mg Altamente tóxico = 1 a 50 mg Moderadamente tóxico = 50 a 500 mg Levemente tóxico = 0,5 a 5 g Praticamente atóxico = 5 a 15 g Relativamente atóxico = > 15 g
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Classificações Quanto ao Local de Ação e Tempo de Exposição: Local
Sistêmica TOXICIDADE Aguda Sub-aguda Tempo de exposição Sub-crônica Crônica
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Classificações
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Fatores da Toxicidade FATORES QUE INTERFEREM NA TOXICIDADE:
Fatores ligados ao agente químico: propriedades físico-químicas Fatores relacionados ao organismo: sexo, idade Fatores relacionados a exposição: via de introdução Fatores relacionados com o ambiente: temperatura, pressão
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Conceitos e Definições
Agente Toxicante: todo e qualquer substância, agente químico, xenobiótico, capaz de causar uma alteração ao estado fisiológico do organismo, decorrente de sua interação com o mesmo Tipos de agentes tóxicos: Quanto às características físicas: gases, vapores e partículas aerodispersóides. Quanto às características químicas (de acordo com a estrutura química) hidrocarbonetos alifáticos, hidrcarbonetos aromáticos. Quanto à ação tóxica: nefrotóxico, neurotóxico.
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Conceitos e Definições
Biodisponibilidade: indica o percental da substância que atinge a circulação sistêmica, após a sua administração, absorção e inativação por enzimas hepáticas (fenômeno de 1ª passagem). Fenômeno de 1ª passagem: é a transformação química que algumas drogas sofrem no fígado, depois de serem absorvidas pelo intestino, durante a primeira passagem pela circulação portal. Este fenômeno pode ativar ou inativar as drogas, isto é, os metabólitos resultantes podem apresentar algum efeito farmacológico.
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Conceitos e Definições
Índice terapêutico (IT): representa a relação entre a dose necessária para produzir o efeito terapêutico desejado e a dose que desencadeia efeitos adversos. Mostra a MARGEM DE SEGURANÇA da droga, entretanto não prevê a resposta individual. Drogas com alto IT são mais seguras do que as que apresentam baixo IT. Pode ser expresso como a relação entre a CME (Concentração Mínima Efetiva) e a CMT (Concentração Máxima Terapêutica)
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Índice Terapêutico
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Conceitos e Definições
Nível sérico: é a concentração da droga presente na corrente sangüínea na qual se obtém o efeito desejado. pKa: representa o pH no qual uma substância apresenta seu percentual máximo na forma ionizada. Esse dado pode ser usado com o objetivo de se aumentar a taxa de excreção renal de uma substância Além disso, o conhecimento das características individuais de ionização ou de dissociação é importante, pois a absorção é determinada, em grande parte, pelo grau de ionização no momento em que são apresentados às barreiras das membranas celulares.
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Conceitos e Definições
Volume de distribuição (Vd): é o volume de líquido necessário para conter a quantidade total da substância no corpo na mesma concentração presente no plasma. Representa a relação entre a quantidade da substância no corpo e a concentração da substância no plasma. Ajuda a definir a eficácia da hemodiálise em derterminados casos de intoxicação. A relação entre o volume de distribuição e a afinidade das drogas por proteínas plasmáticas é importante para se determinar a eficácia dos processos de DIÁLISE
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Conceitos e Definições
Meia-vida biológica (T½): representa o tempo necessário para a reduzir à metade (50%) a concentração sangüínea de determinada droga (dado útil para determinar a posologia de uma medicamento). Essa diminuição na concentração é o reflexo dos processos metabólicos e/ou excreção.
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