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Aparelho Gastrointestinal

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Apresentação em tema: "Aparelho Gastrointestinal"— Transcrição da apresentação:

1 Aparelho Gastrointestinal
Conteudos: Gastroenterite e Diarreia Aguda

2 Objectivos de Aprendizagem

3 As gastroenterites constituem uma das afecções mais comuns em todo o mundo, e afectam principalmente os países do terceiro mundo, devido a natureza precária das condições socioeconómicas, educacionais, e outras associadas ao subdesenvolvimento. As gastroenterites agudas estão entre as 5 principais causas de mortalidade infantil em Moçambique.

4 A GE é uma síndrome aguda associada a diarreia, náuseas, vómitos e desconforto abdominal, podendo ser causada por afecções intestinais (infecções, alergias alimentares) ou extra-intestinais (doenças e infecções sistémicas).

5 Classificação das diarreias em relação a evolução temporal
Aguda – quando dura até 14 dias (2 semanas) Persistente – quando dura além dos 14 dias Crónica – quando dura mais de 30 dias (4 semanas) A diarreia consiste na eliminação de fezes com consistência diminuída, (pastosas, semi-líquidas ou líquidas) associada ao aumento do número de evacuações (3 vezes no mínimo) num intervalo de 24 horas, por mais de 2 dias.

6 GEA (Gastroenterite Aguda)
GEA é uma síndrome diarreica, que evolui com náuseas, vómitos e desconforto abdominal com evolução inferior a 2 semanas. Representa uma resposta aguda inespecífica do intestino a diversas agressões como infecções, infestações parasitárias, auto-imunidade, isquémica, reacções a drogas, cirurgias e neoplasias.

7 A GEA pode ser classificada quanto a:
Etiologia em: Primária ou intestinal: quando resulta de afecções intestinais, de natureza não infecciosa, ou infecciosa (bacteriana, viral, protozoários, etc.). Secundária ou extra intestinal: quando a diarreia não resulta de afecções intestinais directas, podendo ser causada por doenças sistémicas como diabetes, infecções como malária, infecções das vias respiratórias superiores, cancros, stress, entre outras.

8 Fisiopatologia em: Osmótica, motora, secretora e exsudativa (ver descrição abaixo sobre fisiopatologia das diarreias agudas).

9 Fisiopatologia das Diarreias Agudas
Para que ocorra a diarreia, é necessária a ocorrência de uma série de eventos, desde a irritação dos intestinos, até a hipersecreção. Porém, como é de se notar, as diarreias têm diferentes apresentações e isso deve-se aos diferentes mecanismos fisiopatológicos.

10 Osmótica: Ocorre quando certas substâncias que não podem ser absorvidas permanecem no intestino. Estas substâncias fazem com que uma quantidade excessiva de água permaneça nas fezes, provocando uma diarreia. Certos alimentos (como algumas frutas, os feijões, doces e pastilha elástica) podem provocar diarreia osmótica.

11 Cont. Também pode ser provocada por uma deficiência de lactase. Esta é uma enzima que normalmente se encontra no intestino delgado e que converte o açúcar do leite (lactose) em glicose e galactose, de tal forma que podem ser absorvidos e passar para a corrente sanguínea. Quando as pessoas com deficiência de lactase bebem leite ou consomem produtos lácteos, a lactose não é transformada. Ao acumular-se no intestino, provoca diarreia osmótica.

12 Cont. A intensidade da diarreia osmótica depende da quantidade de substância osmótica que se tenha consumido. O quadro cessa logo que se deixe de ingerir ou de beber aqueles produtos. É uma diarreia abundante, pastosa (pode ser aquosa em algumas situações), com distensão abdominal ligeira e flatulência.

13 Exsudativa: Decorre da invasão do patógeno na mucosa intestinal (E.coli enteroinvasiva, Salmonella, shigella e outras) provocando uma reacção inflamatória, ou da agressão imunomediada, com perda da integridade da mucosa, citólise e necrose celular, originando a secreção de muco, sangue e células inflamatórias.

14 Cont. A diarreia exsudativa é caracterizada por febre moderada, diarreia com sangue e/ou muco, dor abdominal e tenesmo.

15 Secretora: Como o próprio nome menciona, há grande secreção de fluidos e electrólitos para o intestino. Esta secreção aumentada decorre de vários factores, entre eles, da acção de toxinas que interferem no sistema adenilciclase com estímulo do AMP cíclico (p.ex. Vibrio cholera, E. coli enteropatogénica), da secreção de hormônios (Vipoma, carcinóide) ou da lesão das vilosidades intestinais (rotavírus).

16 Motora: Resulta de alterações da motilidade intestinal, a qual está sob influência do sistema nervoso autónomo e central. Doenças que promovem uma hipermotilidade intestinal, como o hipertireoidismo e alguns casos de diabetes, são exemplos de patologias que causam diarreia motora.

17 EXAMES AUXILIARES E DIAGNÓSTICO
Hemograma leucocitose numa diarreia infecciosa bacteriana exudativa. Anemia numa diarreia exudativa ou secundária a malária. Trombocitopenia numa diarreia secundária a malária. Hematozoário pesquisar plasmódium falciparum para excluir causa secundária. Pesquisar outros hematozoários: tripanossomas, borrelias. Bioquímica: ureia e creatinina elevadas se houver desidratação (insuficiência renal aguda). Hiperglicemia ou hipoglicemia na diabetes.

18 Cont. Exame das fezes: Macroscópico: sangue e/ou muco
Microscópico: pode mostrar protozoários ou helmintos intestinais ou leucócitos (shigelose) Cultura das fezes: vibrião colérico, shiguela, entre outras bactérias.

19 Complicações nos Doentes com GEA/Diarreia Aguda
Desidratação: resultante da perda de líquidos nas fezes e vómitos. Hipoglicémia: resultante da dificuldade em se alimentar (ora por causa das náuseas, ora por causa dos vómitos), e da redução da absorção. Acidose metabólica: perda de bases nas fezes; Alcalose metabólica por perda de ácido pelos vómitos. Ílio paralítico: desequilíbrio electrolítico (altos níveis de cálcio e baixos de potássio) e a infecção no próprio intestino levam ao ílio paralítico na GEA./diarreia aguda

20 Cont. IRA (insuficiência renal aguda): consequente de uma desidratação severa. SHU (síndrome hemolítico urémico): síndrome composta por IRA, anemia hemolítica e trombocitopenia. Também pode ter sinais neurológicos variáveis. Muito comum em crianças depois de uma GEA/diarreia aguda por E.coli, Shigella ou Salmonella. Broncopneumonias: por bronco aspiração, associada aos vómitos. Septicemia: por disseminação sistémica bacteriana.

21 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS GEAs, DIARREIA AGUDA E CONDUTA
1 PASSO. Diferenciar a Gastroenterite Aguda de Outras Condições Parecidas Pseudodiarreia: eliminação frequente de pequenos volumes de fezes, devido à urgência fecal. Incontinência Fecal: eliminação involuntária do conteúdo fecal.

22 Cont. Síndrome do Intestino Irritável: É caracterizada pela presença de uma dor (de tipo cólica) ou desconforto a nível abdominal (usualmente mas nem sempre ao nível inferior), recorrente, associado à mudança na frequência ou consistência das fezes e tipicamente aliviado pela defecação. Diarreias crónicas: diarreias com duração de mais de 4 semanas, que no início podem ser confundidas com as diarreias agudas.

23 PASSO 2: Avaliação de Sinais de Desidratação
Independentemente da causa, as GEAs e diarreia aguda sempre abrem uma possibilidade de desenvolver desidratação. A severidade da mesma, ou a rapidez com que o paciente começa a apresentar a desidratação, podem nos elucidar acerca da etiologia e ajudar na conduta e determinação do prognóstico

24 PASSO 3: Abordagem Terapêutica Inicial do Paciente com GEA e Diarreia Aguda
O tratamento empírico é feito quando não há tempo para se procurar as causas exactas da diarreia porque o doente está muito deteriorado, ou porque com bases clínicas e epidemiológicas, pode-se fazer um tratamento empírico. Consiste nas seguintes etapas: 1ª Etapa: Hidratação inicial e reavaliação periódica. 2ª Etapa: Manutenção - substituição das perdas de líquidos que vão continuando até que a diarreia pare. 3ª Etapa: Alimentação do doente.

25 Cont. O uso de antibióticos depende muito se o doente tem ou não sintomas sistémicos, e da identificação de patógenos como giardia ou entamoeba. Se não tiver, estes estão fortemente desencorajados.

26 1ª Etapa: Hidratação Inicial e Reavaliação Periódica
O regime de hidratação é baseado na classificação da desidratação (tabela 2). Grupo A Tratamento em ambulatório com sais de reidratação oral (SRO) e líquidos disponíveis: água de coco, sucos de frutas, água de arroz ou soro caseiro, evitar refrigerantes (pode causar diarreia osmótica). Manter a alimentação habitual. Transferir ou internar casos graves ou os com sintomas que pioram.

27 Grupo B Pelo menos dois sinais ou mais de desidratação (sede+, mucosas secas+, olhos encovados, etc.). Pesar o paciente e mantê-lo por 3h no hospital, em uso de SRO, ml/h adultos. Se tiver boa tolerância aos líquidos, alta após estabilização com SRO e alimentação. Se tiver má tolerância: manter SRO, iniciar solução salina 0.9% via endovenosa, reavaliar após 2h. Boa tolerância: alta, SRO e alimentação. Agravamento clínico internar para tratamento dos pacientes graves.

28 Grupo C Líquidos endovenosos imediatamente: Ringer lactato, ou se não estiver disponível soro fisiológico. Dar 100ml/Kg EV em 3 horas: Primeiros 30min- 30ml/Kg tão rápido quanto possível. As 2 horas e meia seguintes: 70ml/kg. Monitorizar os sinais vitais: Não estáveis: continuar com líquidos EV. Estáveis: dar SRO- 5ml/Kg/h + líquidos EV. Sem sinais de desidratação, continuar com a etapa 2.

29 Cont. 2ª Etapa: Manutenção - Substituição das Perdas
SRO depois de cada dejecção: tanto quanto quiser 3ª Etapa: Alimentação do Doente Recomeçar a alimentação com uma dieta normal quando os vómitos tiverem parado. PASSO 4: Exclusão ou Identificação da Causa (ou causas) Específica Diagnosticável ao Nível do TMG

30 Cont. Diarreia não infecciosa: reacção adversa medicamentosa (antibióticos), Laxantes, Alergias transitórias: Diagnóstico: anamnese. Conduta terapêutica: suspensão dos antibióticos, laxantes e do factor alérgico. Reposição hídrica e electrolítica com base no nível de desidratação.

31 Diarreia Viral: Diagnóstico: comum nas crianças com menos de 5 anos, geralmente manifesta-se com vómitos logo no início e evolui com diarreia aquosa sem muco e sem sangue que varia de leve a moderada, mas que também pode ser severa com quadros de desidratação importante. A febre é comum. O hemograma pode ilustrar linfocitose, e os exames de fezes são negativos. Conduta: Reposição hídrica e electrolítica com base no nível de desidratação. A diarreia viral é autolimitada (aproximadamente 1 semana), e não requer tratamento antibiótico, a menos que haja sobreposição de uma infecção bacteriana.

32 Diarreia Bacteriana: Diagnóstico: doente vem com história de início brusco de vómitos, diarreia (que pode ser acompanhada de sangue e/ou muco), perda de apetite, dor abdominal tipo cólica, tenesmo. Dependendo da etiologia, pode apresentar-se com febre. O hemograma pode indicar leucocitose e neutrofilia, e o diagnóstico etiológico é feito pela cultura de fezes.

33 cont Conduta: hidratação oral ou parenteral dependendo do grau de desidratação. Os antibióticos estão desencorajados, a menos que haja outros sintomas como febre, sangue e/ou muco nas fezes, septicemia, etc, que justifiquem o uso de antibióticos. O paciente que vem com diarreia somente não requer tratamento antibiótico, mas deve fazer reposição hídrica e manter sobre vigilância antes de decidir antibioterapia. É importante estimular a alimentação do doente assim que ele tolerar, pois ele está a perder muita energia.

34 Protozoários Diagnóstico: a apresentação da diarreia é variável e depende do agente etiológico e do estado de saúde basal do paciente, podendo ser assintomática, aguda ou intermitente. Pode apresentar-se com fezes moles e fétidas com muco e/ou sangue, cólicas, tenesmo, flatulência e sintomas gerais como mioartralgias e fadiga. Peça um exame parasitológico de fezes. Conduta: desparasitação (Albendazol ou mebendazol) e reposição hídrica com base no grau de desidratação. A posologia depende do agente etiológico identificado. No geral, Albendazol 400 mg dose única, ou Mebendazol 100 mg de 12 em 12 horas durante 3 dias.

35 Extra-intestinal: doenças e infecções sistémicas
Diagnóstico: anamnese, exame físico e meios auxiliares diagnósticos para despiste de doenças e infecções sistémicas possivelmente associadas. Conduta: tratar a doença de base, reposição de líquidos e electrólitos com base no grau de desidratação.

36 PASSO 6: Educação Sanitária Preventiva
Depois de fazer o tratamento, deve-se fazer uma educação sanitária para diminuir o risco de recidivas e de ocorrências na família e comunidade em geral. Consiste basicamente no reforço das medidas de higiene individual e comunitária: Lavar as mãos antes de se alimentar e depois de usar a casa de banho; Clorar a água ou beber água fervida; Controlar o armazenamento de água e alimentos; Manejo adequado de excretas (uso adequado de latrinas e balneários públicos); Cozer e lavar bem os alimentos.

37 PONTOS-CHAVE A diarreia consiste na eliminação de fezes com consistência diminuída, associada ao aumento do número de evacuações. A gastroenterite aguda é uma síndrome aguda associada a diarreia e a outros sintomas como náuseas, vómitos e desconforto abdominal. A GEA pode ter causa viral, bacteriana, parasitaria e por protozoários. Também pode ser extra-intestinal e iatrogénica. Quando estamos perante um doente com GEA ou diarreia aguda, devemos primeiro avaliar o seu estado de desidratação e com base nisso determinar a conduta, e só depois é que devemos nos ocupar dos factores etiológicos da GEA ou diarreia aguda.

38 PONTOS-CHAVE O principal tratamento para a GEA ou diarreia aguda é a reidratação. O uso de antibióticos esta limitado aos casos em que há evidências clínica e/ou laboratoriais de infecção bacteriana. Uma parte importante do manejo das GEAs e diarreia aguda é a prevenção que consiste em melhorar as medidas de higiene pessoal e comunitária.


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