Filosofia Política – Parte 2

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1 Filosofia Política – Parte 2

2 Maquiavel - Biografia Viveu entre 1469/1527
Historiador, Poeta, Músico e Diplomata do Renascimento. Natural de Florença, na época um Estado separado da Itália, Maquiavel desenvolveu diversos aspectos relevantes acerca da política.

3 Vida e Obra 1469: nascimento de Maquiavel, em 04 de maio.
1498: é nomeado chanceler e, mais tarde, secretário das Relações Exteriores de Florença. Essas funções não detiam tanto poder, apenas tratavam de representações e redações de textos oficiais. : Maquiavel passa cinco meses como embaixador junto a César Borgia, filho do papa Alexandre VI, cuja política enérgica e sem escrúpulos o encheu de admiração. 1512: ocorre um golpe no qual a república é dissolvida e Lourenço de Médici assume o trono. : exilado e preso, Maquiavel escreve O Príncipe. Nele, analisa a política de forma estratégica.

4 Vida e Obra Ainda no exílio, Maquiavel escreve A arte da guerra, tratando da extinção das forças armadas permanentes, por ameaçarem a república, e a criação de milícias populares. Também é nesse período que o filósofo redigiu Comentários sobre os primeiros dez livros de Tito Lívio. Este livro aborda a ascensão e o declínio da organização político-militar romana comparada à época de Maquiavel. 1520: Maquiavel tornou-se historiador oficial da república e começou a escrever as Histórias de Florença, consagrada como primeira obra da historiografia moderna.

5 Contexto Histórico Idade Moderna e Renascimento (Humanismo Cívico)
Fortalecimento das Monarquias Nacionais Itália - Cidades Fragmentadas em confronto/ Expectativa de Unificação da Itália que estava dividida em principados e republicas. As cinco principais potências na península Itálica eram: Ducado de Milão, República de Veneza, República de Florença, Reino de Nápoles e os Estados Pontíficios. Eram incapazes de se aliar durante muito tempo estando entregues à intriga diplomática e às disputas, e, por suas riquezas, eram atrativos para as demais potências europeias do período, principalmente Espanha e França.

6 Somente em fins do século XIX é que a Itália consegue a unificação.
Desde os tempos de Maquiavel, a Itália consistia em um aglomerado de pequenos reinos ou repúblicas isoladas que, após tantos problemas, se organiza tardiamente como um Estado moderno. Somente em fins do século XIX é que a Itália consegue a unificação.

7 Contexto Histórico Maquiavel se preocupa com a instabilidade política que a Itália vivia. Estando dividida em principados e repúblicas onde cada um possuía sua própria milícia, seja ela formada por mercenários ou condottieri. “Como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade efetiva das coisas, do que pelo que delas possa imaginar. E muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca se viram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros.”

8 Contexto Histórico – Questão Militar
Condottieri - Formavam tropas mercenárias, soldados profissionais que lutavam por aqueles que pagassem mais. Os pequenos principados não tem recursos para financiar tropas regulares e não é politicamente possível a criação de exército, o que implica entrega de armas para o povo, fato perigoso para a população descontente.

9 Retrato de um Cavalheiro" (CesareBorgia), por Altobello Melone
O Príncipe Escrita em 1512 e 1513 – Publicada em 1532 Gênero: Espelho de Principies (governante de forma geral) Inspirada na figura do condotierri Cesar Borgia – representa um homem providencial, capaz de unir a Itália, opondo barreiras as intervenções estrangeiras. Retrato de um Cavalheiro" (CesareBorgia), por Altobello Melone

10 Algumas Interpretações da Obra:
Contra Reforma – Index dos livros proibidos / Proibida pela Igreja Católica Séculos seguintes quando se consolida o poder do monarca, a obra é identificada como um manual de técnicas instrumentais do despotismo. Iluminismo – Diderot e Rousseau defendem a unidade da sua obra com base na problemática a República. Para eles Maquiavel teria sido obrigado pelas circunstancias a disfarçar o amor pela liberdade, simulando dar lições aos reis, quando na verdade dava ao povo. Século XIX e XX :Várias interpretações sensivelmente divergentes Mussolini – Transformará a obra como percursora do fascismo. Gramsci – Assimilará a obra e o ideal renascentista ao partido do proletariado, como instrumento contemporâneo de sua vontade e ação coletiva.

11 O Príncipe: “Uma Obra Prima”
“O livro o Príncipe abriu uma chaga no seio da humanidade e esta chaga continua sangrar” Isaia Burner Diversas interpretações e análises: por quê?

12 Características da Obra
REALISTA: Primeiro a quebrar com o paradigma antigo (Idade Média e Gregos e Romanos). A inovação: altera “o homem deveria ser” (virtuoso e bom cristão) para a prática: porque as pessoas são assim? Deveria ser mas não são, como são? AUTONOMIA POLÍTICA DISTÂNCIA DA POLÍTICA NORMATIVA DOS GREGOS E MEDIEVAIS PORQUE NÃO BUSCA NORMAS QUE DEFINEM O BOM REGIME NEM EXPLICA AS VIRTUDES DO BOM GOVERNANTE.

13 Características da Obra
PRAGMATISMO A ordem é alcançada por razões práticas ao governante. Ele não deve se limitar as leis divinas e as leis naturais da virtude. O que mantêm a ordem e a estabilidade política é o uso da força. Ideia racional e laica da política: Ética Crista – Salvar a alma, ser sempre bom O BOM GOVERNO Ética Política – Salvar a cidade, ser mal quando necessário.

14 Características do Bom Governante
MÁSCARAS: Governante deve parecer ser – bondoso, religioso, altruísta – para concretizar o ideal amado e temido. Quanto a palavra do príncipe, afirma que este deve procurar mantê-la mas, quanto isto não for possível, deve-se usar artifícios para "...confundir a mente dos homens..."(cap. XVIII, no. 1). Segundo Maquiavel, o "...príncipe prudente não pode, nem deve, manter a palavra dada, quando lhe for prejudicial"

15 Características do Bom Governante
Ser Amado e Ser Temido ? Na impossibilidade de reunir ambas características, ou de ter que renunciar a um deles, é melhor ser temido, pois trair a alguém a quem se teme é bem mais difícil do que a quem se ama. Dentre as qualidades apontadas estão a generosidade, que deve se balanceada pela parcimônia, a economia. O príncipe deve ser generoso, mas não muito, pois pode-se adquirir má fama entre aqueles que não forem beneficiados por esta generosidade, além de atentar para o detalhe de que geralmente, quando alguém ganha, outros perdem, e isso pode gerar o ódio ao príncipe, o que deve ser evitado a qualquer custo.

16 Características do Bom Governante
Agir como homem ou agir como animais?: Agir como homem respeitar as leis, cumprir as palavra. Agir como animal: Leão – força física Raposa – esperteza, estratégias

17 Características do Bom Governante
O Tempo e as boas ações: Boa ação (Fazer aos poucos) fazer coisas ruins (De uma vez) A maneira com que os benefícios ao povo devem ser proporcionados:"...pouco a pouco, para serem melhor saboreados..

18 Características do Bom Governante
A Virtu e a Fortuna: A Fortuna é uma deusa que representa a sorte, ocasião oportuna. A virtude é a força, valor, qualidade de lutador e guerreiro.

19 Características do Bom Governante
Nascimento da Ciencia Política: Conceito de Estado – Criador do conceito de Estado moderno, primeiro cientista político Vale ressaltar a definição de Estado segundo Maquiavel:"...todos os governos que tiveram e têm autoridade sobre os homens...e são ou repúblicas ou principados..."(cap. I).Em seguida, o autor propõe-se a examiná-los com profundidade, de acordo com suas características, inicialmente os hereditários e os mistos. Sobre estes, é interessante ressaltar de sua análise que estes são os menos tangíveis de dominação por parte de um usurpador qualquer e também os de maior capacidade de conservação de poder, devido a força existente no comando de um príncipe de uma linhagem de comando já tradicional. A respeito dos principados mistos, pode-se dizer que sejam um desdobramento, uma continuação, de um Estado já existente, "...Estados, que conquistados, são anexados a um Estado antigo..."(cap. III, número 3).

20 Maquiavel é Maquiavélico?
Cuidado: OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS A leitura apressada de O Príncipe levou à criação do mito do maquiavelismo, que atravessou séculos. Na linguagem comum, maquiavélico é o indivíduo sem escrúpulos, traiçoeiro, astucioso que, para atingir seus fins, usa de mentira e má fé, enganando aos demais com sutileza. Autonomia da política em relação a moral. Não se trata de negar a moral, mas sim de uma nova moral centrada na avaliação do que é útil a comunidade.


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