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Informação, Capital Social e Mercado de Crédito Rural

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Apresentação em tema: "Informação, Capital Social e Mercado de Crédito Rural"— Transcrição da apresentação:

1 Informação, Capital Social e Mercado de Crédito Rural
Roberto Arruda de Souza Lima ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ” UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Abril 2008

2 SUMÁRIO Introdução Hipótese básica Objetivos Metodologia e Resultados
Conclusões

3 INTRODUÇÃO No presente trabalho é analisado o papel do capital social na oferta de crédito rural.

4 INTRODUÇÃO No presente trabalho é analisado o papel do capital social na oferta de crédito rural. O mercado financeiro rural é relevante para o desenvolvimento da agricultura.

5 INTRODUÇÃO No entanto, na prática, a intermediação financeira enfrenta muitas ineficiências, o que reduz o volume de negócios, e, portanto, prejudica o processo de desenvolvimento da agricultura.

6 INTRODUÇÃO No entanto, na prática, a intermediação financeira enfrenta muitas ineficiências, o que reduz o volume de negócios, e, portanto, prejudica o processo de desenvolvimento da agricultura. Assim, contribuições no sentido de combater as causas das ineficiências ou minimizar seus efeitos são interessantes para o mercado de crédito e, consequentemente, para a economia.

7 HIPÓTESE Admite-se neste estudo, como hipótese básica, que o capital social influi na intermediação financeira, contribuindo para sua maior eficiência.

8 OBJETIVOS O objetivo geral do presente estudo está centrado no entendimento de como informação e capital social afetam o volume de negócios praticados no mercado de crédito rural.

9 Especificamente, os objetivos são:
A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação; e, C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação; e, D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.

10 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Do descobrimento do Brasil até meados do século XIX, a dinâmica do setor rural brasileiro era bastante simples, determinada pelas flutuações do comércio exterior. A urbanização (e, posteriormente, a industrialização) aliada às necessidades do comércio exterior resultaram em políticas que buscavam atender aos interesses das oligarquias rurais tradicionais, isto é, aos setores ligados ao modelo primário exportador, afetado por estas alterações sócio-econômicas.

11 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; As primeiras tentativas de se criar uma política de crédito rural no Brasil ocorreram no início do século passado, com o crescimento das lavouras cafeeiras. No entanto, medidas concretas só foram implementadas em Naquele ano foi criada a Carteira de Crédito Agrícola e Industrial (CREAI) do Banco do Brasil. Neste mesmo ano regulamentando o Penhor Rural, que havia sido introduzido na legislação brasileira em 1885. Não havia uma política voltada ao setor agrícola como um todo, mas apenas aos setores voltados à exportação. Desta forma, o volume de recursos destinados ao financiamento rural e o número de contratos efetuados até o final dos anos 60 não foram significativos.

12 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Evolução do número de contratos e valor dos financiamentos à agropecuária, Brasil, 1938, 1948, 1958, 1968 e 1978, em milhões de cruzeiros constantes de 1978. Fonte: Massuquetti (1998)

13 Evolução de recursos de crédito rural valores constantes de 2000
Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Evolução de recursos de crédito rural valores constantes de 2000 Fonte: Banco Central do Brasil

14 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; O entendimento do comportamento da oferta de crédito rural só é possível através de uma revisão da evolução econômica do Brasil. Há uma interação entre políticas macroeconômicas e agricultura, em especial durante o processo inflacionário. A política agrícola quase sempre buscou o crescimento da agropecuária não com objetivos prioritários no próprio setor, mas para atender a objetivos de equilíbrio interno (em especial, o controle da inflação) e externo da economia como um todo.

15 Variação anual do IGP/DI no período de 1944 a 1964.
Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Variação anual do IGP/DI no período de 1944 a 1964. Fonte: FGV

16 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Distribuição percentual do crédito rural concedido, por tipo de instituição, no Brasil, de 1969 a 2000. Fonte: Gasques & Conceição (2001) e BACEN (2001).

17 Financiador Valor Médio Bancos Oficiais Federais R$ 8.479,37
Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Média ponderada do valor dos contratos de crédito rural concedidos por tipos de instituição, no Brasil, no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2000. Financiador Valor Médio Bancos Oficiais Federais R$ ,37 Bancos Oficiais Estaduais R$ ,76 Bancos Privados R$ ,25 Cooperativas de Crédito Rural R$ ,82 Total R$ ,73 Fonte: BACEN (2001)

18 Financiador Valor (R$*) Nº Contratos
Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Distribuição percentual dos créditos (rural) concedidos por tipos de instituição, no Brasil, no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2000. Financiador Valor (R$*) Nº Contratos Bancos Oficiais Federais ,2% ,4% Bancos Oficiais Estaduais 3,5% 3,4% Bancos Privados ,8% 12,5% Cooperativas de Crédito Rural 4,6% 6,7% Fonte: BACEN (2001) * Valores mensais deflacionados pelo IGP-DI/FGV

19 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Brasil: evolução da taxa de juros real em operações de crédito rural para custeio, 1970 a 1995, em % a.a. Fonte: Shirota (1988) e Franca (1996)

20 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Parcelas dos subsídios do programa de crédito rural financiadas pela Dívida Pública, Expansão de Base Monetária e por Depositantes do Sistema Bancário. Brasil, (percentagens). Parcela Financiada por (pela) Ano Dívida Pública Depositantes Base Monetária ,0 83,2 16,8 ,6 62,5 5,9 ,1 58,0 4,9 ,8 91,8 3,4 ,7 79,3 5,0 ,0 82,6 6,3 ,3 72,2 9,5 ,3 67,7 11,0 ,1 64,4 15,5 ,2 61,8 21,0 ,5 62,0 12,5 Fonte: Sayad (1982)

21 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Brasil: Evolução da participação no saldo médio do crédito rural, por tipo de agente financeiro, no período de 1971 a 1981. Fonte: Sayad (1982)

22 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Evolução da produção de grãos, em milhões de toneladas, e do volume de crédito rural, em bilhões de dólares, Brasil, período de 1965 a 1980. Fonte: Ministério da Agricultura

23 Objetivo: A) descrever e analisar a atual estrutura de organização do financiamento à agricultura brasileira; Evolução da participação relativa das principais fontes de recursos nos financiamentos concedidos a produtores e cooperativas, em percentual, 1985 a 1999. Fonte: Gasques & Conceição (2001)

24 Principais características do velho e do novo paradigma de financiamento rural.
Fonte: Meyer & Nagarajan (2000)

25 Fluxo de capitais e o sistema financeiro
Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Capital Ofertante Tomador Sistema Financeiro Capital + Juros Fluxo de capitais e o sistema financeiro Fonte: Baseado em Rudge & Cavalcante (1996)

26 Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; j St Sb S jt Xt XM jM j0 X0 D jCR Racionamento Xt’ Xt XCR X0 Xd X

27 Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Juros e comissões são apenas parte do custo total do empréstimo; outras despesas precisam ser consideradas para se obter uma estimativa do custo total e a viabilidade do empréstimo, algumas destas despesas são: Despesas com viagem, alimentação e hospedagem, Documentação, Gratificações, Custo de oportunidade do tempo para o tomador, Elaboração do Projeto a ser financiado e Reciprocidades bancárias.

28 Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Em Fachini, Ramirez e Lima (2007), observou-se que a soma dos custos de transação representou em média 2,22% do valor do empréstimo, com desvio-padrão de 0,018. Em termos relativos, tomadores que fizeram empréstimos menores sentem mais o peso desses custos. O tomador que emprestou R$ 300,00, por exemplo, teve um custo de transação equivalente a 7,70% enquanto ao tomador que emprestou R$ 8.000,00 o custo foi equivalente a 0,16%.

29 Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Custos de transação: Fonte: Fachini, Ramirez e Lima (2007).

30 Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Nos estudos realizados por Araújo et al (1990) na agricultura brasileira, os autores afirmam que: para pequenos agricultores, os custos de transação podem até ser superiores à soma de taxa de juros e comissões, os custos do tempo do agricultor aparecem com maior participação relativa, principalmente em regiões onde a agricultura é mais dinâmica. Em regiões onde o valor médio do principal é menor, o custo de transação para o tomador é maior. Nos empréstimos informais, as despesas de viagem (transporte, alimentação e hospedagem) têm maior participação relativa.

31 Custos de Intermediação Financeira
Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Custos de Intermediação Financeira Seleção Monitoramento Execução

32 Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Informação: É um fator de produção. É um fator de produção. A Informação possui um elevado custo de produção e um baixo custo de reprodução. A Informação possui um elevado custo de produção e um baixo custo de reprodução. Bem não-rival. Bem não-rival. Há um esforço excessivo (duplicidade de custos) na busca de dados cadastrais e informações que auxiliem o monitoramento das operações de crédito.

33 Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Entre os determinantes da restrição ao acesso ao crédito, destaca-se a inadimplência. Mesmo as renegociações de dívidas rurais, ocorridas nos anos 90 com objetivo de reduzir a inadimplência, contribuíram para tornar os bancos mais seletivos, restringindo o acesso ao crédito (Faveret Filho, 2002).

34 Objetivo: B) avaliar a relevância da informação na determinação dos custos destes financiamentos e, consequentemente, na eficiência da intermediação financeira; Entre as verificações empíricas de acesso ao crédito, observa-se que (Carvalho & Barcelos, 2002): tomadores com maior transparência contábil apresentam maior facilidade para acessar financiamento; a eficiência do sistema judiciário é fator determinante na facilidade com que os credores podem tomar posse de suas garantias. Assim, empresas localizadas em estados onde o judiciário é mais ineficiente apresentam maior dificuldade para acessar crédito. E, tanto o tamanho da empresa quanto o grau de imobilização afetam positivamente o acesso ao crédito.

35 Objetivo: C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação;
“... Características da organização social, como confiança, normas e sistemas, que contribuam para aumentar a eficiência da sociedade, facilitando as ações coordenadas.” Robert Putnam (1993)

36 Objetivo: C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação;
Capital Físico (Construções, tecnologias, equipamentos etc.) Capital Financeiro (Crédito, poupança, títulos etc.) Capital Natural (Solo, subsolo, clima etc.) Capital Humano (Educação, saúde etc.) Capital Social (Confiança, grupos, civilidade etc.) Conjunto de estoques de capitais que condicionam o crescimento das economias Fonte: Baseado em Peres (2000)

37 Objetivo: C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação;
Estrutura com três pessoas: Fonte: Baseado em Coleman (1990) e capital social nas relações capital humano nos nós

38 Objetivo: C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação;
A utilização do capital social tem sido comum no mercado de crédito, tanto na estipulação de garantias (como no aval solidário) quanto como alternativa de redução de custos para credores diante de informação imperfeita. Estas aplicações tem se voltado, em geral, para o acesso de pessoas mais pobres ao crédito. Diferentes tipos de crédito com esta finalidade surgiram e podem ser classificados, como sugerido por van Bastelaer (2000), em quatro categorias: ROSCAs (Rotating Saving and Credit Associations); os prestamistas locais (local moneylenders); créditos comerciais; e, programas de microfinanças baseados em grupos.

39 Custo de transação por volume de empréstimo
Objetivo: C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação; Custos de transação para os credores nos grupos solidários e em empréstimos individuais Custo de transação por volume de empréstimo Crédito Individual Crédito Solidário Volume dos empréstimos

40 Objetivo: C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação;
VCS = ƒ(j, c) em que: VCS = volume ofertado de crédito j = taxa de juros c = confiabilidade (informação + capital social) Volume de Crédito Juros Confiabilidade

41 Objetivo: C) avaliar a importância do capital social para a minimização dos custos de transação;
oferta juros r* rc rt demanda qt qc qd Volume de crédito

42 Foi estimada a seguinte função:
Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural. Foi estimada a seguinte função: V = ƒ(G, K, W) em que: V = Ocorrência de transação de crédito; G = Garantias oferecidas; K = Capital social; e, W = Outras variáveis.

43 Para o cálculo de V = Ocorrência de transação de crédito:
Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural. Para o cálculo de V = Ocorrência de transação de crédito: Nome Descrição Sinal esperado UPAj Número de unidades de produção agropecuária presentes no município j em 1995. CREDRURj Número de UPAs que receberam crédito no município j. Para o cálculo das demais vaeiáveis:

44 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Descrição Sinal esperado LPRODj Valor da receita, na forma logarítmica, da produção animal e vegetal na safra 1995/96 (em milhares de Reais). Positivo CAPSOCj Valor máximo entre os percentuais de UPAs, no município j, cujo produtor fazia parte de cooperativas, associações ou sindicatos de produtores, na safra 1995/96. Positivo ICMSj Percentual da participação do município j na arrecadação do ICMS do Estado de São Paulo no ano de 1995. Positivo OPCREDj Valor das operações de crédito, na forma logarítmica, nas instituições financeiras do município j em 1995 (em Reais de dezembro de 2000). Positivo AGBCOj Número de agências bancárias no município j em 1995, por mil habitantes. Positivo AREAj Área das UPAs no município j (em milhares de hectares), em dezembro de 1995. Negativo CRIMESj Total de ocorrências de crimes contra o patrimônio, no município j, por habitante (em 1997). Negativo

45 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com o percentual de UPAs que fazem parte de cooperativas, safra 1995/96. 0,0% a 25,0% 25,1% a 50,0% 50,1% a 75,0% 75,1% a 100,0%

46 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com o percentual de UPAs que fazem parte de associações, safra 1995/96. 0,0% a 25,0% 25,1% a 50,0% 50,1% a 75,0% 75,1% a 100,0%

47 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com o percentual de UPAs que fazem parte de sindicatos, safra 1995/96. 0,0% a 25,0% 25,1% a 50,0% 50,1% a 75,0% 75,1% a 100,0%

48 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com o capital social (medido como o valor máximo entre os percentuais de UPAs que fazem parte de cooperativas, associações e sindicatos), safra 1995/96 0,0% a 25,0% 25,1% a 50,0% 50,1% a 75,0% 75,1% a 100,0%

49 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com o número de agências bancárias por mil habitantes, 1995. 0,000 a 0,150 0,151 a 0,250 0,251 a 0,350 0,351 a 1,000

50 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com o valor das operações de crédito (na forma logarítmica) nas instituições financeiras do município em 1995, em Reais de dezembro de 2000 0,00 a 13,50 13,51 a 16,00 16,01 a 17,50 17,51 a 25,00

51 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com o valor da receita (na forma logarítmica) da produção animal e vegetal na safra 1995/96, em milhares de Reais. 0,00 a 8,50 8,51 a 9,50 9,51 a 10,50 10,51 a 12,00

52 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com o percentual da participação destes na arrecadação do ICMS, 1995. 0,0000 a 0,0250 0,0251 a 0,0500 0,0501 a 0,1500 0,1501 a 3,0000

53 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica e histograma dos municípios de acordo com a área das UPAs, em milhares de hectares, 1995 0,0 a 15,0 15,1 a 30,0 30,1 a 60,0 60,1 a150,0

54 Matriz de variâncias e covariâncias
Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural. Matriz de variâncias e covariâncias LPROD CAPSOC ICMS OPCRED AGBCO AREA CRIMES 9,0E-5 -4,0E-5 9,6E-4 -2,9E-6 -2,0E-5 2,2E-3 -8,0E-5 2,1E-5 8,1E-5 -3,0E-4 9,2E-4 -1,0E-5 5,4E-3 -1,1E-6 2,6E-7 1,6E-6 -1,1E-7 1,2E-6 6,4E-8 2,5E-4 4,3E-4 -5,3E-3 -1,4E-3 2,3E-2 3,2E-6 1,0343 A multicolinearidade não viola nenhuma hipótese de regressão: as estimativas serão não-viesadas e consistentes (Gujarati, 2000). Esta situação pode implicar na exclusão, indevida, de variáveis relevantes da análise. Mas o efeito de uma variável independente pode ser suficientemente forte que, apesar da multicolinearidade, o seu coeficiente se mostre estatisticamente diferente de zero (Hoffmann & Vieira, 1998).

55 Matriz de variâncias e covariâncias
Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural. Matriz de variâncias e covariâncias LPROD CAPSOC ICMS OPCRED AGBCO AREA CRIMES 9,0E-5 -4,0E-5 9,6E-4 -2,9E-6 -2,0E-5 2,2E-3 -8,0E-5 2,1E-5 8,1E-5 -3,0E-4 9,2E-4 -1,0E-5 5,4E-3 -1,1E-6 2,6E-7 1,6E-6 -1,1E-7 1,2E-6 6,4E-8 2,5E-4 4,3E-4 -5,3E-3 -1,4E-3 2,3E-2 3,2E-6 1,0343 Para diagnosticar a multicolinearidade foi calculado o índice de condição (IC), definido como:

56 Matriz de variâncias e covariâncias
Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural. Matriz de variâncias e covariâncias LPROD CAPSOC ICMS OPCRED AGBCO AREA CRIMES 9,0E-5 -4,0E-5 9,6E-4 -2,9E-6 -2,0E-5 2,2E-3 -8,0E-5 2,1E-5 8,1E-5 -3,0E-4 9,2E-4 -1,0E-5 5,4E-3 -1,1E-6 2,6E-7 1,6E-6 -1,1E-7 1,2E-6 6,4E-8 2,5E-4 4,3E-4 -5,3E-3 -1,4E-3 2,3E-2 3,2E-6 1,0343 Embora os valores das variâncias e covariâncias tenham sido baixos – apenas a variância relacionada com a variável CRIMES apresentou valor mais alto – o IC obtido na análise foi superior a 30 (foi de 32,81), indicando multicolinearidade grave. Assim, o efeito de uma variável independente relevante deverá ser forte para que a estimativa de seu coeficiente se mostre estatisticamente significativa.

57 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
A multicolinaridade, embora represente uma potencial falta de precisão na estimativa dos parâmetros, não implica necessariamente em perda de acurácia na análise. W não tem acurácia (não se aproxima do alvo), nem precisão (as marcas são dispersas); X não tem acurácia (está longe do alvo), mas tem precisão (pequena dispersão dos tiros); Y tem acurácia (aproxima-se do alvo), mas não tem precisão (marcas dispersas); e, Z tem tanto acurácia (acerta o alvo) quanto precisão (pequena dispersão). Y Z X W

58 Variável Estimador Valor-p Razão de Chances
Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural. Variável Estimador Valor-p Razão de Chances LPROD 0,488 <0, ,629 CAPSOC <0,001 3,442 ICMS ,052 <0,001 0,349 OPCRED 0,041 <0,001 1,042 AGBCO 1,896 <0,001 6,662 AREA -0,006 <0,001 0,994 CRIMES -2, ,006 0,061 Fonte: Resultado da pesquisa

59 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estatísticas referentes às associações entre as respostas observadas e as probabilidades estimadas. Somers’ D 0,295 Gamma 0,298 Tau-a 0,075 c 0,648 As quatro estatísticas indicam que a qualidade de ajuste do modelo é boa.

60 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Municípios que apresentaram observações diagnosticadas como discrepantes. discrepantes O coeficiente relacionado à variável CRIMES foi o mais influenciado. Assim, o coeficiente e razão de chances referente a este estimador deve ser analisado com cautela.

61 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Municípios que apresentaram observações diagnosticadas como discrepantes. discrepantes Municípios ricos e com economia diversificada, com forte presença do setor industrial – como Campinas, Jundiaí, Moji das Cruzes, Moji Guaçu e São José do Rio Preto – exercem forte influência sobre o coeficiente da variável ICMS, único que apresentou sinal diferente do esperado na análise de regressão. A influência dos municípios industrializados, que, em geral, apresentam elevados valores referentes à variável ICMS e baixa vocação rural (por definição), ocorre no sentido inverso do esperado.

62 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Municípios que apresentaram observações diagnosticadas como discrepantes. discrepantes O modelo apresentou dificuldade na estimativa dos valores mais elevados do percentual de UPAs que receberam credito rural. Dos 15 maiores percentuais observados, 14 referem-se a municípios que apresentaram observações discrepantes.

63 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Municípios que apresentaram observações diagnosticadas como discrepantes. discrepantes As observações discrepantes estão geograficamente concentradas em três regiões: extremo nordeste (região de Ituverava), região de Campinas e região sul (Itapetininga). A região de Ituverava, em especial, ressalta uma limitação na mensuração de capital social utilizada no modelo analisado.

64 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Estado de São Paulo: distribuição geográfica dos municípios de acordo com a percentagem de UPAs que efetivamente receberam crédito rural, safra 1995/96. 0,0% a 10,0% 10,1% a 15,0% 15,1% a 25,0% 25,1% a 100,0% Estado de São Paulo: distribuição geográfica dos municípios, de acordo com o modelo, da percentagem de UPAs que teriam recebido crédito rural, safra 1995/96.

65 Objetivo: D) verificar econometricamente a influência do capital social na oferta de crédito rural.
Concordante Discordante desvio de 5 pontos percentuais desvio de 10 pontos percentuais Estado de São Paulo: estimativas concordantes e discordantes, considerando desvios de cinco e de dez pontos percentuais, referentes ao número de UPAs que receberam crédito rural, em percentagem, safra 1995/96.

66 CONCLUSÕES A utilização do conceito de capital social tem sido crescente como alternativa de redução de custos de transação diante de informação imperfeita. O capital social reduz os custos de transações atrelados aos comportamentos oportunísticos, diminuindo, assim, os custos de seleção, monitoramento e de execução de contratos.

67 CONCLUSÕES A informação e o capital social favorecem o desenvolvimento da agricultura na medida em que tornam o mercado de crédito rural mais eficiente e aumentam o volume de financiamentos. Quanto mais alta for a confiança (somatório de informação e capital social) dos ofertantes de recursos na seleção, no monitoramento e na execução de seus créditos, tanto maior será o volume de recursos ofertado, com menores taxas de juros (menor será o risco).

68 CONCLUSÕES Os resultados empíricos obtidos no presente estudo mostram que, de fato, o volume de crédito rural contratado no Estado de São Paulo é afetado pela variável capital social Esse resultado tem importantes implicações de natureza política.

69 CONCLUSÕES Desta forma, o mercado de crédito rural pode desenvolver-se mais, com incremento no volume de negócios, através de incentivos que favoreçam não apenas a geração e a disponibilidade de informação, mas também a criação e manutenção de capital social.

70 CONCLUSÕES As características de não-rivalidade e não-exclusividade do capital social implicam em subinvestimento privado na sua formação e manutenção. Isto ressalta a importância do apoio do setor público na construção de capital social.

71 Trabalho completo disponível em:


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