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A Sehgal, V Cook and M Dunn
Efusão pericárdica associada com cateter venoso umbilical colocado apropriadamente Pericardial effusion associated with an appropriately placed umbilical venous catheter A Sehgal, V Cook and M Dunn J Perinatol ; 317–319 Apresentação: Milena de Andrade Melo Coordenação: Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF)
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Introdução Acesso venoso central Percutâneo, umbilical ou cirúrgico
Umbilical: Amplamente utilizado em unidades neonatais Complicações: Efusão pericárdica (PCE) e tamponamento cardíaco incomuns mas com potencial risco de vida Foi relatado PCE ou tamponamento cardíaco em 1 a 3% de neonatos utilizando esse tipo de acesso vascular com 30 a 50% de mortalidade
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Introdução Efusão Pericárdica
Deve ser considerada em qualquer neonato que apresente deterioração aguda com acesso venoso central Representa uma situação de emergência que pode ser fatal: deve-se ter alto índice de suspeição, ser feito diagnóstico rápido e intervenção agressiva
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Introdução Estudos retrospectivos de PCE : ponta do catéter dentro da silhueta pericárdica Este estudo relata a possibilidade de ocorrência de PCE mesmo com o cateter venoso umbilical bem posicionado Apenas um relato anterior de PCE com posicionamento adequado
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Relato de caso RN, sexo masculino, nascido com 28 semanas, de gestação gemelar com 580 g apresentando restrição severa do crescimento secundária a insuficiência placentária Ao nascimento: Foi intubado e recebeu surfactante Inserido cateter umbilical arterial e venoso com suas posições confirmadas pelo raio-X de tórax: Inicialmente altos, foram manipulados para a posição correta (extra-cardíaca para o acesso venoso) e repetido o raio-X antes de iniciar a infusão
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Relato de caso No 5º dia de vida:
Apresentando sinais de patência de ductus arteriosus: recebeu 3 doses de indometacina Evoluiu com melhora clínica sendo extubado 3 dias depois No 10º dia: Evoluiu com inexplicável e súbito aumento na demanda de oxigênio, instabilidade hemodinâmica e crises de apnéias recorrentes Apresentou quadro séptico, sendo iniciado antibioticoterapia
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Relato de caso Exame físico:
Pressão arterial normal, boa perfusão periférica, pulsos periféricos fracos, sem abafamento de bulhas
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Relato de caso Exames complementares realizados de imediato:
Raio-X AP: cardiomegalia com aumento do índice cardiotorácico de 50 para 70% Raio-X perfil: a ponta do cateter fora da silhueta cardíaca e acima do diafragma (vide Rx) Ecocardiograma: ductus fechado e presença de efusão pericárdica extensa com recuamento diastólico da parede livre do átrio Gasometria: pH 7,26; PCO2 63 mmHg; BE –1 mEq
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Rx evidenciando o cateter umbilical venoso apropriadamente colocado;
ecocardiograma mostrando a efusão pericárdica
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Relato de caso Tratamento:
Tentativas de aspiração através do acesso sem sucesso. Parada a infusão e retirado o cateter. Pericardiocentese abaixo do apêndice xifóide: aspirado 11 cm3 de um fluido de aspecto leitoso, compatível com o fluido de infusão na análise bioquímica, estéril. Evoluiu com melhora hemodinâmica imediata
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Relato de caso Ecocardiogramas de controle não evidenciaram novo acúmulo de fluido S. aureus cresceu na hemocultura sem evidência de outro foco de infecção Apresentou melhora clínica substancial e foi extubado uma semana depois
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Discussão Acesso venoso central
Comumente utilizado para prover nutrição parenteral e medicações em recém-nascidos de baixo peso Muitos casos relatados estabelecem a associação entre PCE e acesso venoso central Complicações: PCE e tamponamento cardíaco Em estudo retrospectivo estendido de todas Unidades neonatais da Inglaterra, foram relatados 82 casos de tamponamento cardíaco e PCE num período de 5 anos atingindo uma frequência de 1,8/1000 com uma fatalidade de 30%
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Discussão Posição recomendada:
A maioria das complicações são relatadas em decorrência da posição inadequada do cateter, sendo importante confirmar a sua posição Posição recomendada: A ponta do cateter deve ser posicionada na junção da veia cava inferior com o átrio direito O cateter deve ser instalado, não só fora da silhueta cardíaca, mas também fora da porção intrapericárdica da veia cava inferior e superior (1 cm fora da silhueta cardíaca em pretermos e 2 cm em RN a termo)
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Discussão Estudo retrospectivo com registros de 18 anos mostraram que dos 2186 cateteres em 1862 RN, 58,6 % das pontas dos cateteres encontravam-se no átrio direito. Em decorrência dos relatos de morte por tamponamento cardíaco, muitos cateteres atualmente apresentam recomendação do fabricante para não inserir a ponta no átrio direito UK Department of Health e US Food and Drug Administration apresentam recomendações similares
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Discussão Em uma revisão de 16 e 25 casos de PCE neonatal, respectivamente, todos os casos foram associados à inserção intracardíaca da ponta do catéter No caso PCE e tamponamento cardíaco ocorreram mesmo apresentando posição adequada do cateter Encontrado apenas um relato similar na literatura
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Discussão Técnicas utilizadas para determinar o local de inserção:
Radiografia de tórax e ecocardiograma Comparações entre radiografias e ecocardiogramas evidenciaram que a análise por parâmetro único apresenta eficácia de 25% Apesar de T8-T9 ser sugerido como nível aceitável na radiografia de tórax, Ades et al mostrou que as linhas de junção entre veia cava inferior e átrio direito no ecocardiograma eram localizados num limite mais amplo (T6-T11)
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Discussão A etiologia proposta para o PCE é variada:
Alojamento da ponta do cateter intracardíaco Perfuração direta pela ponta do cateter Lesão osmótica decorrente da infusão de fluidos hiperosmolares com consequente necrose transmural A infusão de nutrição parenteral poderia ter participação nesse caso
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Discussão A apresentação clínica da PCE é variável:
Pode se manifestar a qualquer momento após iniciada a infusão Em uma revisão de 16 casos de PCE, o tempo médio de inserção foi de 3,2 dias (0,4-13,5) Em outra revisão, o colapso cardíaco súbito foi relatado em 61% enquanto havia instabilidade hemodinâmica no restante. O índice cardio-torácico aumentou cerca de 17% (de 0,48 + ou – 0.07 a 0,58 + ou – 0,07, p<0,01)
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Conclusão A posição correta do cateter não garante uma cateterização memorável, isenta de possíveis complicações. Um alto índice de suspeição e disponibilidade de equipamentos como ecocardiograma na beira do leito para manipulação por neonatologistas com devido treinamento colaboram com o sucesso da terapêutica, reduzindo o índice de mortalidade decorrente das complicações do acesso venoso central
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Referências do artigo:
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Jouvencel P, Tourneux P, Perez T, Sauret A, Nelson JR, Brissaud O et al. Central catheters and pericardial effusion: results of a multicentric retrospective study. Arch Pediatr 2005; 12(10): 1456–1461. | Article | PubMed | ChemPort | Collier PE, Blocker SH, Graff DM, Doyle P. Cardiac tamponade from central venous catheters. Am J Surg 1998; 176: 212–214. | Article | PubMed | ChemPort | Ades A, Sable C, Cummings S, Cross R, Markle B, Martin G. Echocardiographic evaluation of umbilical venous catheter placement. J Perinatol 2003; 23: 24–28. | Article | PubMed | Greenberg M, Movahed H, Peterson B, Bejar R. Placement of umbilical venous catheters with use of bed-side real time Ultrasonography. J Pediatr 1995; 126: 633–635. | PubMed | ChemPort | Nowlen TT, Rosenthal GL, Johnson GL, Tom DJ, Vargo TA. Pericardial effusion and tamponade in infants with central catheters. Pediatrics 2002; 110(1): 137–142. | Article | PubMed | Garg M, Chang CC, Merritt RJ. An unusual case presentation. Pericardial tamponade complicating central venous catheter. J Perinatol 1989; 9: 456–457. | PubMed | ChemPort | Katumba-Lunyenya JL. Neonatal/infant echocardiography by the non-cardiologist: a personal practice, past, present, and future. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2002; 86(1): F55–F57. | Article | PubMed | ChemPort |
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Consultem: Anátomo Clínica: Tamponamento cardíaco com o uso do catéter central de inserção periférica Autor(es): Francisco Pereira, Julio Cesar Albernaz Guimarães e Paulo R. Margotto
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Tamponamento Cardíaco em Recém-nascido com Cateter Percutâneo Venoso Central
Autor(es): Nelsimar Noronha, Paulo R. Margotto
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Cateterismo de vasos umbilicaisAutor(es): Paulo R
Cateterismo de vasos umbilicaisAutor(es): Paulo R. Margotto, Jefferson Guimaraes Resende, Martha G. Vieira, Patricia Botelho de Souza
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