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PublicouChel Freitas Michel Alterado mais de 4 anos atrás
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A procissão de cinza dos terceiros franciscanos da Bahia O Altar, o Trono e o Ensino: os Religiosos e a Educação
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No Brasil, especialmente, a Igreja Católica, com a aprovação do Estado, foi um elemento de coesão cuja eficácia ideológica se tornara tão grande que era a própria vivência para a maioria das pessoas. A religião foi imposta à medida que exercia o papel de governo das consciências e foi aceita, à medida que os homens acreditavam nas crenças, dogmas, mitos e símbolos veiculados festivamente pela burocracia religiosa e pela mentalidade da época.
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A igreja católica e a escravidão A realidade colocou para esses religiosos questões como a escravidão africana (como justificá-la), a escravidão indígena (como negá-la), as dificuldades de educar o indígena (como envolvê-los). Entretanto, para essas e outras questões, gradativamente, a própria Igreja e o direito canônico foram encontrando soluções. Juridicamente, documentos papais e canônicos, permitindo a escravidão por guerra justa ou resgate — influenciaram a moral religiosa colonial, ganharam os púlpitos, padronizaram o discurso religioso, atingiram o homem comum e impregnaram a mentalidade da época. O que levou os religiosos que atuavam na Colônia, com raríssimas exceções, a não se posicionarem contra a escravidão como tal.
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A arte do barroco Nesse sentido, o barroco foi, em todas as suas formas de expressão, o instrumento adequado para a cristalização de um sistema de poder, no qual a Igreja e o Estado andavam juntos na ampliação da Fé e do Império. Nesse campo, o barroco, compreendido aqui não só como estilo artístico, mas também, como estilo de época — que envolveu todas as manifestações culturais dos séculos XVI, XVII e XVIII no Brasil — foi, sem embargo, não só o principal gerador das ideias triunfalistas que circularam acerca da relação entre a “Providência Divina” e o ouro brasileiro, como também, da própria utilização desse ouro nos seus retábulos, molduras e objetos sagrados para o culto divino.
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O Estado valia-se da Igreja para impor seu domínio, além das armas, enquanto que a Igreja pretendia moldar, ou conformar, a ação do Estado. As armas e o altar eram colaboradores, mas potenciais adversários. Ambos eram visíveis, estruturados e estruturantes, tinham campo próprio, mas lhes interessavam a unidade. Atuavam o trono e o altar com ações e motivações específicas, mas, apesar disso colaboravam, conformando um poder de presença eficaz, quase individual, dificultando o entendimento teórico da distinção entre os dois poderes.
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