Memória FUNÇÕES PSÍQUICAS

Apresentação em tema: "Memória FUNÇÕES PSÍQUICAS"— Transcrição da apresentação:

1 Memória FUNÇÕES PSÍQUICAS
PROF.WILSON KRAEMER DE PAULA Livre Docente – Enfermagem Psiquiátrica COREN SC 6925

2 Memória

3 O que é memória. Memória é a capacidade da mente de
O que é memória? Memória é a capacidade da mente de armazenar e evocar dados. Porque Capacidade? Nem tudo que ocorre com um determinado indivíduo e à sua volta é registrado do mesmo modo

4 A memória Nem tudo é evocado do mesmo modo algumas coisas são perdidas. A Memória tem competência de registro e evocação de dados, revelando ser uma função psíquica não usada no cotidiano, potencialidade não realizada, que implica em capacidade

5 Relação à atividade evocativa
A memória é uma função seletiva - Evocando dados - vivendo apenas situação presente, a qual pode ser usada a qualquer momento - registrando o que ocorre com o indivíduo.

6 A capacidade de registrar dados
A capacidade de registrar dados varia com o interesse do indivíduo sobre o objeto e com o treinamento que o mesmo apresenta para determinado tipo de dados

7 Natureza da Memória A Memória é uma Função que se dá fora da consciência. Não há como ter acesso direto ou indireto a memória. O fenômeno se dá “atrás” da consciência. Chegar à memória exige que se parta da consciência A memória é uma caixa preta, embora as experiências demonstrem que a memória não é, apenas, um local de registro de dados, mas uma área dinâmica do psiquismo que processa os dados, ao invés de apenas armazená-los

8 Propriedades da Memória

9 Especialidade e Temporalidade
A Memória é uma atividade de armazenar, preservar e evocar dados. Essencialmente temporal, ela incorpora o tempo como especialidade virtual. Mais tempo significa mais longe e menos tempo mais perto, seqüência de temporalidade e seqüência de imagens. A mais longínqua mais tempo e a mais próxima menos tempo.

10 Lembrança e Reconhecimento
A Lembrança e o Reconhecimento resgatam da memória o fato e o traz a consciência. Idéias que podem ser apenas verbais, imagens associadas ou não à linguagem. Se resgata da memória o fato, trazendo-o à consciência. A lembrança e o reconhecimento são duas atividades evocativas. A lembrança é uma reprodução de um dado mnéstico e o reconhecimento é a identificação intuitiva do objeto presente.

11 Os Engramas Como pastas no computador, os dados mnésticos, aquilo que é registrado pela memória, é denominado de engramas. Existem relações casuais que não podem ser ditas como engramas isolados. É o caso dos nomes de objetos, de pessoas, porque são dados que contém em si o seu significado.

12 Podem ser: Isolados = dados vazios Relacionados = registros por repetição Integrados = vazios e registros por repetição Exemplo mais característico é um número de telefone.

13 Memória e Pragmatismo A atividade pragmática é experiência do indivíduo com os objetos. A integração de todas as vivências anteriores do indivíduo com esses objetos são registradas e integradas pela memória.

14 A experiência é um elemento mnéstico
A experiência é um elemento mnéstico. Deste modo, o pragmatismo é dependente absoluto da memória que é uma função psíquica atuante. Em casos de lesão cerebral com perda da memória o indivíduo se perde em comportamentos apragmáticos.

15 ATIVIDADES DA MEMÓRIA A memória de fixação se dá em três etapas:
Memória de fixação: é a atividade de fixar dados, isto é, registrar engramas. A memória de fixação se dá em três etapas: Fixação Imediata Fixação Definitiva Memória de Evocação

16 1- Fixação Imediata – Se refere a acontecimentos recentes.
Uma característica da memória imediata é a dificuldade em lembrar detalhes secundários de fatos passados. 2- Fixação Definitiva – A Fixação Definitiva dos dados se dá com sua integração na experiência e, a partir daí, os dados passam a fazer parte do passado.

17 3- Memória de Evocação – É a capacidade de resgatar engramas e reinseri-los na consciência.

18 Preservação Mnéstica A observação indica que, mesmo indivíduos que pouco ou quase nada se lembram da sua infância ou adolescência, se orientados, vão aos poucos recordando alguns fatos.

19 ESQUECIMENTO Existem 3 tipos de esquecimento: Esquecimento Temporário
Esquecimento Permanente Esquecimento Definitivo

20 Esquecimento Temporário – A pessoa sabe o fato, mas não consegue resgatá-lo na memória naquele momento. Esquecimento Permanente – O indivíduo não sabe se existe os dados na memória. Esquecimento Definitivo – Até hoje as experiências não detectaram esse tipo de esquecimento.

21 Variações Qualitativas

22 - Erros Mnésticos: Erros ou ilusões mnésticas são falhas com relação aos objetos. - Falhas Mnésticas: Nas falhas mnésticas os objetos são evocados com atributos diferentes em qualidade ou quantidade aos objetos reais. Exemplos: Falha comum em relação ambiente da infância. Um objeto parece ser outro objeto já visto e familiar. ( neste caso, a observação do objeto costuma corrigir a falha de identificação).

23 Falha na Identificação Mnéstica
O objeto é imediatamente reconhecido como se fosse outro da mesma natureza. Exemplo: identificar uma cadeira de madeira como se fosse de ferro

24 Duplicação Mnéstica O mesmo objeto é reconhecido como se fosse outro de outra categoria (falha rara). Exemplo: reconhecer uma cadeira como se fosse uma cama

25 Ilusões Mnésticas São confusões e interpretações mnésticas que não são de fácil percepção. A mais comum é a INVERSÃO MNÉSTICA

26 Inversão Mnéstica INVERSÃO MNÉSTICA é a troca de fatos na história.
Ex.: Trocar o fato A por B Pode ocorrer com pessoas normais, nos mais variados estados normais ou patológicos

27 A Inversão Mnéstica é comum em:
Estados de fadiga Sonolência Estado de êxtase Impulsivos Hipertímicos expansivos Hiperestésicos liberados Agressivos Fóbicos Normais ou patológicos

28 Déja –Vu (Já visto) Reconhecer um objeto, local ou fato como algo já visto ou ocorrido antes sem, no entanto, ser o fato verdadeiro.

29 Jamais – Vu (Nunca visto)
Estar em um lugar conhecido (casa, escritório) ou reconhecer pessoas com a impressão de “nunca ter estado ou visto” (como se fosse a primeira vez). É comum em: Estados confusionais Pós traumáticos Epilepsia temporária Parkinson

30 Procedimentos Mneumônicos
São manobras mentais que os indivíduos realizam para fixar melhor ou melhor evocar dados. São de dois tipos: Processos mneumônicos de fixação Processos mneumônicos de evocação.

31 O Processo Mneumônico mais comum é a FIXAÇÃO que é a repetição do conteúdo, imagens e movimentos.
Ex.: Músicos. Ex.2: Fixação de imagens. Processos Mneumônicos geralmente são usados para fixação e depois evocação. Podem ser: Numéricos Sonoras Exercícios lógicos, etc.

32 DISTÚRBIOS QUANTITATIVOS DA MEMÓRIA ”AS AMNÉSIAS”

33 Os distúrbios quantitativos da memória, amnésias, se referem à ausência da fixação ou da evocação, ou seja, existem distúrbios de fixação onde à pessoa não registra o fato, e de evocação, onde ela perde a capacidade de evocar determinado fato já fixado.

34 Amnésias de Evocação: Indivíduo possuí registros.
Perde a capacidade de evocá-los, a partir do acidente amnéstico. São de natureza traumática.

35 Amnésias Verdadeiras:
São de natureza orgânica. Afecções cerebrais e não transtornos psíquicos.

36 Tipos de Amnésias Verdadeiras Amnésias Lacunares:
Natureza traumática ou convulsiva. Os fatos que antecedem ou sucedem imediatamente os eventos não são registrados.

37 Amnésias Retrógradas:
Amnésia Retrógrada é um estado patológico em que o indivíduo perde a capacidade de de evocar as antigas informações. Geralmente traumática. Esquecimento de uma parte da vida anterior. Perda da conservação da memória.

38 Amnésias Anterógradas:
Amnésia Anterógrada é um estado patológico em que o indivíduo perde a capacidade de reter informações novas Podem ocorrer em situações traumáticas.

39 Amnésias Progressivas:
São de natureza degenerativa. O indivíduo perde aos poucos tanto a capacidade de evocação quanto a de fixação.

40 Amnésias Temporárias:
Os dados mnésticos continuam intactos e preservados. Amnésias permanentes psíquicas. Podem ser parciais, de identidade ou catatímicas.

41 PARAMNÉSIAS São distúrbios da memória nos quais o indivíduo “se lembra” de um fato não ocorrido com a plena convicção dele ter acontecido. Ocorrem em quadros patológicos específicos: Esquizofrenia, delírios sistematizados e demências.

42 Paramnésia da Esquizofrenia:
Na Paramnésia da Esquizofrenia para o indivíduo que apresenta este tipo de Memória Delirante a recordação é absolutamente verdadeira e os fatos aconteceram realmente.

43 Paramnésia dos Delírios Sistematizados Paramnésia Demencial

44 Pseudomnésias: Apesar de aparecerem com maior freqüência em determinados estados patológicos, Pseudomnésias são falsas recordações resultantes de falhas funcionais da memória de qualquer pessoa.

45 FABULAÇÃO Ocorre quando a atividade imaginária do indivíduo está exacerbada e ele a vive como real.

46 PSEUDOLOGIA Diferente da mentira, que é um ato plenamente consciente, a pseudologia é um fenômeno tipicamente histérico onde a pessoa “inventa” histórias muitas vezes fantásticas e que declara firmemente terem sido reais.

47 CONCLUSÃO Na maior parte das vezes, lembrar não é reviver mas refazer, reconstruir, repensar, com imagens e idéias de hoje, as experiências do passado. A memória não é sonho, é trabalho. Segundo Weineck apud Kugler, 1981): “No início do processo de aprendizagem, os influxos excitatórios (informação), precisam percorrer várias vezes o enlaçamento como um “circuito reverberante”, para liberar estímulos para a formação da memória e fixar o enlaçamento”.

48 Seria maravilhoso se pudéssemos lembrar tudo aquilo que aprendemos
Seria maravilhoso se pudéssemos lembrar tudo aquilo que aprendemos. Seríamos depósitos gigantes de informação, e além disso, gastaríamos menos tempo aprendendo porque não precisaríamos reaprender algo que tivéssemos esquecido. Mas o fato é que esquecemos a maior parte do que aprendemos, e esquecemos rapidamente.