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Infecção do trato urinário
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Introdução Presença de microorganismos nas vias urinárias, habitualmente bactérias, mas também é possível fungos em indivíduos imunossuprimidos. Mais raramente ainda ocorre por vírus ou esquistossomose.
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Epidemiologia No primeiro ano é mais comum em meninos, devido a maior incidência de malformações congênitas. Válvula de uretra posterior, malformações uretrais
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Epidemiologia Após o primeiro ano, a incidência entre as meninas aumenta, ficando até 10 a 20 vezes maior em pacientes do sexo feminino na idade pré escolar, por deficiência de higiene O segundo pico entre as mulheres ocorre no início da vida adulta, tendo correlação com atividade sexual ou gravidez. A incidência nos homens começa a subir após a 6ª década por problemas prostáticos.
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Homens vs Mulheres Uretra mais longa
Atividade bactericida do fluido prostático Ambiente periuretral mais úmido Uretra mais curta e reta Maior proximidade da uretra com o vestíbulo vaginal e ânus, com maior facilidade de entrar em contato com enterobactérias.
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Complicada vs não complicada
Sexo feminino, não grávida Sem malforações anatômicas do trato urinário Sem alterações funcionais do trato urinário Sem cateteres Sem imunossupressão Adquirida na comunidade Sexo masculino Gestantes Obstrução urinária Alterações ou malformações anatômicas do trato urinário Presença de cateteres Imunossupresso Nosocomial Calculose Corpo estranho
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Patogênese Os microorganismos uropatogênicos colonizam a mucosa anal. Em mulheres, pode haver colonização vaginal também, que facilita sua subida para bexiga e rins. Em condições normais, há competição desses patógenos com a flora vaginal normal constituída por lactobacilos, porém o uso de antibióticos e a má higiene perineal predispõem a colonização. A migração para as vias urinárias geralmente é desencadeada por relação sexual, uso de contraceptivos com espermicida e hipoestrogenismo (que altera o pH vaginal)
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Microbiologia Escherichia coli (85% das comunitárias e 50% das nosocomiais) Staphylococcus saprophyticus Proteus sp Klebisiella sp Pseudomonas sp Serratia sp Enterobacter sp
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Síndromes Clínicas Cistite ou itu baixa: dispuria, polaciúria, tenesmo vesical e dor hipogástrica. Cerca de 30% apresentam acometimento alto oculto. O diagnóstico é feito se: Sexo masculino, Idade avançada, Infecção hospitalar, Gravidez, Cateter urinário, Instrumentação recente do trato urinário, Alterações anatômicas ou funcionais do trato Urinário, História de infecção do trato urinário na infância, Presença de sintomas por 7 dias ou mais, Uso recente de antibióticos, Diabetes Mellitus, munossupressão. Se um ou mais dos acima, tratar como ITU alta.
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Síndromes Clínicas Pielonefrite: dor em flanco, sensibilidade na região lombar, (sinal de Giordano), febre, calafrios, náuseas e vômitos. Bacteriúria assintomática: caracterizada pela presença de bacteriúria significativa em pacientes sem sintomas atribuíveis ao trato urinário. Para que se possa diferenciar da contaminação, deve ocorrer o crescimento do mesmo germe em 2 uroculturas e com contagem de colônias > /ml ou próxima a esse valor. Síndrome uretral: sintomas de disúria e polaciúria exuberantes com urina I e urocultura normal. Infecção por germes não habituais: (Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urea-lyticum, Mycoplasma, Gonococo, Trychomonas, Cândida, Mycobacteria), e cistites não infecciosas.
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Diagnóstico laboratorial
A bacteriúria significativa, habitualmente, caracteriza-se por crescimento bacteriano > colônias/ml, porém valores mais baixos são aceitos em algumas situações: > 100 colônias/ml de coliformes em mulher sintomática; - Qualquer crescimento em urina colhida através depunção suprapúbica; - > 1000 colônias/ml em homem sintomático Enquanto a urocultura não sai, a leucocitúria e a presença de nitrito ajudam no diagnóstico.
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Bacteriúria assintomática
o diagnóstico é firmado com 2 uroculturas positivas, com crescimento bacteriano > colônias/ml ou próximo deste valor, com o mesmo agente nas 2 amostras. Sua incidência é maior em alguns grupos: - Grávidas (trabalho de parto pré termo) - Idosos - Diabéticos (maior risco de complicações) - Transplantados (risco de sepse) - Pacientes com cateteres urinários - Crianças com refluxo vesicoureteral (profilaxia - cicatriz) - Pacientes com cálculos de estruvita, infectados
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Tratamento ITU baixa não complicada: devem ser tratadas por 3 a 7 dias com: norfloxacina, ácido pipemídico, cefalexina, nitrofurantoína, e cefuroxima . As quinolonas são contra-indicadas na gravidez e em crianças com menos de 12 anos de idade.Em caso de recaída, o tratamento deve ser realizado por um período de 14 dias ITU baixa comunitária em pacientes com sonda vesical: deve ser tratada por 7 dias
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Tratamento ITU alta comunitária (tratamento ambulatorial): deve ser tratada por 14 dias. As drogas indicadas pela CCIHsão: norfloxacin, cefuroxima, e gentamicina. Na Divisão de Nefrologia da FMRP-USP, indicamos tratamento inicial com ciprofloxacin. ITU alta comunitária (tratamento hospitalar): a internação está indicada para pacientes com febre, toxemia e queda do estado geral, e o tratamento deve durar 14 dias. Deve ser iniciado por via EV e, quando houver melhora do estado geral, transferido para via oral. Pela CCIH: cefalotina, cefuroxima, gentamicina e ciprofloxacina. Pela nefrologia, ciprofloxacina.
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ITU alta comunitária em gestantes: o tratamento deve durar 14 dias
ITU alta comunitária em gestantes: o tratamento deve durar 14 dias. Deve ser iniciado por via EV, e quando houver melhora do estado geral, passar para via oral. As drogas mais indicadas são: cefalotina e cefuroxima
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Recorrência -Recaída: presença do mesmo microorganismo, que não foi efetivamente eliminado. Ocorre até 2 semanas após o término do tratamento. Reinfecção: novo episódio de infecção, pelo mesmoou por outro microorganismo. Sintomas reaparecem em período maior do que 2 semanas após o término do tratamento. ITU de repetição: é condição freqüente em pacientes do sexo feminino com investigação do trato urinário sem anormalidades.Tais pacientes apresentam maior maior susceptibilidade à colonização vaginal, mesmo em períodos assintomáticos. Existe uma maior propensão dos uropatógenos coliformes para aderir ao urotélio, em comparação com mulheres normais. Há vários fatores de risco
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Profilaxia Alteração do método contraceptivo, maior ingesta hídrica, micção pós-coital, estrogênios tópicos na vagina (pós-menopausa) Quimioprofilaxia Contínua Nitrofurantoína (100mg/dia) Sulfametoxazol-trimetoprim (480mg/dia) Norfloxacin (400mg/dia) Ácido pipemídico (400mg/dia) Pós-coital: mesmas drogas utilizadas na estratégia contínua
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Investigação Deve ser feita em toda ITU em paciente masculino sem fatores de risco ou em mulheres com ITU de repetição. Ultrassom de vias urinárias Urografia excretora (anormalidades anatomicas) Uretrocistografia miccional: refluxo vesico ureteral (indicado para crianças e adultos após transplante renal) Cistoscopia: idosos com ITU de repetição sem causa aparente, especialmente se houver hematúria. Tomografia (se suspeita de rins policísticos)
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