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O Romance Experimental
Naturalismo O Romance Experimental
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O Romance Experimental
A presença marcante da ciência de da industrialização na vida cotidiana das pessoas lança novos desafios para os escritores. Qual deve ser o papel da literatura diante dessa presença? Os naturalistas procuraram responder a essa questão com o romance experimental.
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Émile Zola ( ) Inaugurou o Naturalismo quando, em 1867, publicou o romance Thérese Raquin. Decidido a acompanhar, através de uma série de romances, os efeitos do meio em uma mesma família, Zola escreveu vinte romances. Da série, as obras mais conhecidas são Naná, Germinal, A besta humana e A taberna.
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Novas Perspectivas Ao lado de todo o desenvolvimento tecnológico, a Europa presenciou, na segunda metade do século XIX, um avanço científico muito significativo. Nesse campo, a publicação em 1859 do livro A origem das espécies, do biólogo inglês Charles Darwin, causou espanto e revolta de setores mais conservadores da sociedade inglesa.
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Charles Darwin Após observar uma série de espécies da fauna e da flora nas ilhas Galápagos, Darwin voltou à Inglaterra convencido de que as teorias criacionistas estavam equivocadas. Segundo ele, o ser humano não era fruto da criação divina, mas resultado de um longo processo de evolução e adaptação por que passaram todos os seres vivos.
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Defesa do Evolucionismo
A defesa do evolucionismo causou revolta ao afirmar que seres humanos e primatas tinham um ancestral em comum. Dos estudos de Darwin, duas ideias merecem atenção, porque influenciaram a definição de características da estética naturalista.
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1ª A constatação de que o ser humano é um animal como outro qualquer (“uma coisa sórdida, nua, bufante, sem qualquer alusão ao divino”)
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2ª A crença de que a natureza promove um processo de seleção natural no qual sobrevivem os mais adaptados e os mais fracos são eliminados (“da guerra da natureza, da fome e da morte segue-se a produção de animais superiores”).
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Negação da origem divina
Para uma sociedade com fortes valores religiosos, essa duas ideias soavam como uma negação da origem divina dos seres humanos. Entre cientistas e filósofos, porém, as ideias de Darwin foram bem acolhidas e deu origem ao que se passou a chamar de “darwinismo social”.
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O Naturalismo Nesse contexto, o Naturalismo surge como um desdobramento da estética Realista, voltado para a valorização da ciência como instrumento para análise e compreensão da sociedade. Ao lado de Darwin, outros dois intelectuais influenciaram de modo definitivo a estética naturalista: Auguste Comte e Hippolyte Taine.
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Positivismo Comte criou a filosofia positivista, que apontava o saber positivo, baseado nas leis científicas, como superior ao teológico ou ao metafísico, muito valorizado em momentos históricos anteriores.
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Determinismo Hippolyte Taine era um crítico literário e, em seus trabalhos sobre a literatura inglesa, utilizou pela primeira vez o termo determinismo para explicar quais fatores deveriam ser considerados na apreciação das obras literárias de um povo.
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Determinismo - 3 fatores
Segundo Taine, o indivíduo era socialmente condicionado por 3 fatores: 1. A raça da qual ele fazia parte e que lhe garantiria uma determinada herança; 2. O meio no qual se encontrava; 3. O momento em que vivia.
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A visão determinista Aquela que apresenta o ser humano como produto do meio em que se encontra, da herança (cultural, social e biológica) recebida e das condições históricas características do momento em que vive.
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Ciência e Literatura Inspirados pela teoria da evolução, os naturalistas acreditavam que o impulso para a transformação das espécies era a seleção natural.Ressaltavam que os seres humanos não estão livres das leis que regem a natureza, mesmo sendo dotados de razão.
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A personagem naturalista
A personagem naturalista age movida por desejos de ordem sexual que quase sempre superam sua capacidade racional de controlá-los.
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O Projeto literário Pretendia colocar a literatura a serviço da ciência. Para cumprir esse projeto, os escritores buscavam olhar para a realidade através da lente do determinismo e das teorias evolucionistas.
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Romance experimental Émile Zola chega a definir o Naturalismo como uma aplicação, na literatura, do método de observação e de experimentação descrito por Claude Bernard no livro Introdução ao estudo da medicina experimental. Cria, assim, o que chama de romance experimental.
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Interesse de Zola Ele acredita que, compreendendo o comportamento humano e suas motivações, é possível atuar na transformação dos indivíduos para alcançar o melhor estado social.
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Traços do Realismo Os naturalistas deixam de lado a análise psicológica que marcou a literatura realista. Para eles, os traços individuais não interessam. Dedicam-se à análise dos fenômenos coletivos, que caracterizam melhor a tese determinista por eles defendidas.
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O proletariado Os naturalistas voltam seu olhar para uma classe social que, até aquele momento, não havia merecido destaque nos romances: o proletariado.
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Obras naturalistas Nas obras naturalistas vemos trabalhadores das minas de carvão, das pedreiras, marinheiros, todos convocados a demonstrar uma mesma ideia: o ser humano é fruto do meio em que vive e das pressões que sofre.
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