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O que você deve saber sobre

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Apresentação em tema: "O que você deve saber sobre"— Transcrição da apresentação:

1 O que você deve saber sobre
Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova O que você deve saber sobre PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA Abordaremos a obra de Guimarães Rosa ( ), um dos escritores mais inventivos da literatura brasileira. Embora tenha recebido no início de sua carreira um prêmio por um livro de poemas intitulado Magma, que nunca foi publicado, o autor é considerado um dos prosadores mais originais de nossa literatura, apresentando ao leitor um sertão mágico e mítico nunca visto antes. A estreia de Rosa se deu com a publicação da coletânea de contos Sagarana, em 1946.

2 O autor Guimarães Rosa nasceu na cidade mineira de Cordisburgo.
Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova O autor Guimarães Rosa nasceu na cidade mineira de Cordisburgo. Desde cedo, interessou-se pelo estudo de línguas; falava inglês, francês, alemão, espanhol, italiano, e lia russo, holandês, sueco, latim e grego. Trabalhou como médico em Itaguara, MG, depois ingressou no Itamaraty como diplomata e embaixador. Em 1963, foi eleito para a ABL, mas, como era supersticioso, adiou sua posse. Em 1967, após três dias de posse na ABL, faleceu. INSTITUTO DE ESTUDOS BRASILEIROS/USP, SÃO PAULO Professor: o trabalho com Guimarães Rosa não é tarefa fácil no ensino médio. Embora o autor mineiro tenha produzido uma literatura fascinante, marcada por enredos bem construídos e por personagens interessantíssimos, sua linguagem, muitas vezes, afasta o leitor adolescente de suas obras. Se for possível, introduza os alunos no universo do autor pós-modernista com a leitura integral da narrativa “A hora e vez de Augusto Matraga”, presente em Sagarana, coletânea inaugural do escritor. Por meio dessa novela (ou conto, como defendem alguns), os alunos conhecerão o estilo, a linguagem e o instigante mundo do sertão mineiro, recriado por Rosa. A Rede Cultura oferece um bom panorama do autor no site: < Guimarães conduz uma boiada em MG, 1952. PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA

3 Publicações Sagarana (1946)
Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova Publicações Sagarana (1946) Corpo de baile e Grande sertão: veredas (1956) Primeiras estórias (1962) Tutameia – terceiras estórias (1967) Estas estórias (1969) A obra Corpo de baile é publicada, atualmente, em três partes: Manuelzão e Miguilim, No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites do sertão. COLEÇÃO GILBERTO CHATEAUBRIAND/MUSEU DE ARTE MODERNA, RIO DE JANEIRO Professor: aproveite a xilogravura de Daibert para introduzir aos alunos aspectos relevantes da obra rosiana: o uso de neologismos (como “Nonada”, palavra inicial do romance Grande sertão: veredas), o tema do amor (representado pelo coração) e da eterna jornada do ser humano (representada pelo símbolo do infinito). Nonada, 1984, de Arlindo Daibert. Xilogravura, 19 × 13 cm. PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA

4 A reinvenção do regionalismo
Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova A reinvenção do regionalismo Guimarães Rosa retomou e subverteu as propostas de autores como Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado e Erico Verissimo. Recuperou e radicalizou o traço experimental da segunda fase modernista, sobretudo no plano da expressão e da inovação da linguagem. Deu uma nova dimensão ao regionalismo brasileiro, criando um sertão imaginário, reinventado por meio da linguagem. PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA

5 A reinvenção do regionalismo
Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova A reinvenção do regionalismo Associou a temática filosófica e metafísica a experimentações formais, atribuindo à sua obra uma conotação universalista. Incorporou aos seus textos diversas tradições: O pensamento de Heráclito, Platão e Plotino; Os Vedas e a Bíblia; A filosofia intuicionista de Henri Bergson, o taoismo de Lao Tse, o racionalismo de Ernest Renan; Os “causos” dos sertanejos, a mitologia grega; A divina comédia de Dante, a Ilíada e a Odisseia de Homero, as fábulas de La Fontaine. PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA

6 A reinvenção do regionalismo
Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova A reinvenção do regionalismo A mistura de influências manifestou-se na obra de Rosa, na invenção de neologismos, nas narrativas epifânicas, no “convite” aos leitores a participar de um mundo mítico e desconhecido, mas cheio de amores, medos, ódios, morte e vida. “(...) meus livros são simples tentativas de rodear e devassar um pouquinho o mistério cósmico, esta coisa movente impossível, perturbante, rebelde a qualquer lógica, que é chamada realidade, que é a gente mesmo, o mundo, a vida. Antes o óbvio, que o frouxo. Toda a lógica contém inevitável dose de mistificação.” JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS Cerrado mineiro, 2007 PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA

7 = + Sobre as obras Saga: “canto heroico”, “lenda”
Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova Sobre as obras Saga: “canto heroico”, “lenda” rana: “à maneira de”, “espécie de” = + Sagarana Cada conto do livro é encabeçado por uma epígrafe – tomada da tradição mineira, dos provérbios e cantigas do sertão – que condensa a história apresentada. A narrativa mais conhecida e, segundo a crítica, a mais bem construída de Sagarana é “A hora e vez de Augusto Matraga”. Nela, um narrador em terceira pessoa relata a trajetória de Nhô Augusto (ou Augusto Matraga), homem rude e violento que evolui ao longo da história e encontra seu lugar no mundo. Professor: explique aos alunos que o pensador alemão Walter Benjamin, no imagético e profundo ensaio “O narrador”, por meio de uma observação empírica, afirma que a arte de narrar se aproxima do fim, ou seja, os narradores orais estão em extinção. O autor estabelece uma diferença entre a narrativa (arte do narrador) e o romance. São vários os fatores apontados por Benjamin para essa “morte”, entretanto não vamos nos ater aqui a essas causas. Benjamin afirma: “A experiência que anda de boca em boca é a fonte onde beberam todos os narradores. E, entre os que escreveram história, os grandes são aqueles cuja escrita menos se distingue do discurso dos inúmeros narradores anônimos”. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, p. 58. (Obras Escolhidas, v. 1.) O autor ainda faz algumas considerações importantes: o romance é uma forma épica antagônica que não procede, nem desemboca na tradição oral e está vinculado ao mundo burguês; o romance depende do livro. Para Alfred Döblin, “o livro é a morte da linguagem viva”. Walter Benjamin afirma: “O que distingue o romance de todas as outras formas de criação literária em prosa – o conto de fadas, a saga e até mesmo a novela – é o fato de não derivar da tradição oral, nem entrar para ela” (p. 60). Benjamin liga o ato de narrar ao trabalho artesanal, e talvez caiba nessa comparação tão feliz a figura de Guimarães Rosa, com seu sertão mítico e sua produção detalhista e sutil. A obra rosiana pertence a uma tradição em que o ato de narrar ainda persiste forte e marcante e “conserva coesa a sua força e é capaz de desdobramento mesmo depois de passado muito tempo” (p. 62) e está “contaminada” por um “espírito épico”, sendo a novela “A hora e vez de Augusto Matraga” uma amostra desse universo sobre o qual Walter Benjamin fala em “O narrador”. PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA

8 Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova Sobre as obras Em Primeiras estórias, os temas da loucura, do amor, da paranormalidade, da infância, da violência e do misticismo são explorados em 21 contos. Entre eles, destaca-se “A terceira margem do rio”. REPRODUÇÃO Na novela Campo Geral (do livro Manuelzão e Miguilim), Rosa mostra o mundo filtrado pela visão do menino Miguilim, morador do Mutum. Cartaz do filme Mutum, de Sandra Kogut, baseado em Campo Geral PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA

9 Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova Sobre as obras Em Grande sertão: veredas, Riobaldo, o narrador, ex-jagunço e agora fazendeiro, se dirige a um interlocutor letrado e culto que não toma a palavra nenhuma vez no romance. Riobaldo relata sua “travessia” pelo sertão, sua dúvida sobre a existência do diabo e sua perturbadora paixão pelo companheiro Diadorim. PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA

10 Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova 5 (Ufal) Em “A hora e vez de Augusto Matraga”, percebe-se a importância da demarcação espacial. Sobre o uso da espacialidade nesse conto é INCORRETO afirmar que: a) seguindo o mesmo princípio das descrições dos romances realistas regionais, o espaço tem como função a caracterização regional e como objetivo único a apresentação da cor local do ambiente enfocado. b) o contato de Nhô Augusto com um novo espaço coincide com a perda do seu poder em relação aos outros personagens e com a ocupação de um novo lugar social. c) a movimentação do protagonista pelos variados espaços pode ser associada à sua revisão enquanto ser humano e, assim, vê-se que os espaços se relacionam à construção de uma nova identidade do personagem. d) uma das formas de confirmação da importância estética dada aos espaços é o uso, por exemplo, de figuras de linguagem, como a prosopopeia e a comparação na descrição espacial. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS RESPOSTA: A PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA — NO VESTIBULAR

11 Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova 8 (ITA-SP) O conto “A terceira margem do rio”, que faz parte do livro Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, é um dos textos mais célebres e complexos do autor. Acerca desse conto, é CORRETO afirmar que: a) ele retrata de forma simbólica o luto vivido pelo narrador, depois que seu pai passou a viver em uma canoa, o que equivale explicitamente à morte. b) ele apresenta o drama vivido pelo narrador, que não consegue nunca encerrar a espécie de luto na qual mergulha após a partida do pai, que nem vai embora nem regressa. c) se trata de uma obra cuja singularidade reside unicamente no fato de as personagens não terem nome e de não haver localização geográfica precisa. d) se trata de um texto que mostra de forma alegórica as dificuldades de uma família diante do drama da loucura, que levou o pai a embarcar na canoa. e) é impossível encontrar um sentido para a atitude do homem que embarca na canoa, e isso ilustra a imprevisibilidade do destino humano. EXERCÍCIOS ESSENCIAIS Professor: o conto “A terceira margem do rio”, base para essa questão, é narrado em primeira pessoa e trata do drama de um filho cujo pai abandona a família para viver isolado em uma canoa no meio do rio. RESPOSTA: B PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA — NO VESTIBULAR

12 PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA — NO VESTIBULAR
Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova (UCB-DF, adaptado) Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade e responda às questões 14 e 15. Um chamado João EXERCÍCIOS ESSENCIAIS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 João era fabulista fabuloso fábula? Sertão místico disparando no exílio da linguagem comum? Projetava na gravatinha a quinta face das coisas inenarrável narrada? Um estranho chamado João para disfarçar, para farçar o que não ousamos compreender? (...) Porque João sorria se lhe perguntavam que mistério é esse? E propondo desenhos figurava menos a resposta que outra questão ao perguntante? 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Tinha parte com... (não sei o nome) ou ele mesmo era a parte de gente servindo de ponte entre o sub e o sobre que se arcabuzeiam de antes do princípio, que se entrelaçam para melhor guerra, para maior festa? Ficamos sem saber o que era João e se João existiu de se pegar. ANDRADE, Carlos Drummond de. Caminhos de João Brandão. Rio de Janeiro: Record, p Professor: as questões 14 e 15 têm como base o poema “Um chamado João”, escrito por Drummond em homenagem ao amigo Guimarães Rosa. Se possível, leia-o na íntegra, de modo que você possa tratar dele de maneira mais eficiente. PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA — NO VESTIBULAR

13 Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova 14 Considerando o poema de Carlos Drummond de Andrade, escrito em homenagem a Guimarães Rosa, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos. a) ( ) Na primeira estrofe do poema, as palavras “fábula”, “fabulista” e “fabuloso” referem-se respectivamente à narração artística de Guimarães Rosa, ao próprio autor como aquele que escreve fábulas, e ao caráter admirável de seus textos. b) ( ) Carlos Drummond de Andrade e Guimarães Rosa são escritores do Modernismo brasileiro que revelaram um mundo de fantasia do sertão mineiro. c) ( ) Na segunda estrofe encontram-se duas associações de palavras: “inenarrável/narrada” e “disfarçar/farçar” que servem para explicitar o valor particular da criação literária e da invenção de palavras, características da obra de Guimarães Rosa. d) ( ) Na terceira estrofe, a palavra “perguntante” refere-se àquele que se dirigia a Guimarães Rosa buscando desvendar qual é o seu “mistério”. e) ( ) Nos versos da última estrofe – “Ficamos sem saber o que era João/e se João existiu/de se pegar” –, o uso do “que” no lugar de “quem” e a metáfora em “de se pegar” resumem o autor e sua obra a um objeto. V F EXERCÍCIOS ESSENCIAIS PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA — NO VESTIBULAR

14 Lit-cad-2-top-7 – 3 Prova 15 Considerando o texto ”Um chamado João”, julgue os itens a seguir, assinalando (V) para os verdadeiros e (F) para os falsos. a) ( ) No título do texto, está elíptico o substantivo a que a expressão “chamado João” se refere. b) ( ) Em “o que não ousamos compreender” (v. 11), o vocábulo “o” está empregado como pronome demonstrativo e equivale a aquilo. c) ( ) O vocábulo “Por que” (verso 12) teria de ser grafado com acento circunflexo na última vogal caso fosse a última palavra da pergunta de que faz parte: João sorria por quê? d) ( ) O emprego das reticências no verso 18 não se justifica, uma vez que o pensamento do autor é expresso entre parênteses, logo em seguida. e) ( ) No verso 22, “sub” e “sobre” são prefixos no português (sublinhar, sublocar, sobreviver, sobressair), mas apenas “sobre” pode ser usado como preposição: Nós conversamos sobre política; O livro está sobre a mesa. V F EXERCÍCIOS ESSENCIAIS PÓS-MODERNISMO: GUIMARÃES ROSA — NO VESTIBULAR


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