ASSOCIAÇÃO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - AMAS

Apresentação em tema: "ASSOCIAÇÃO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - AMAS"— Transcrição da apresentação:

1 ASSOCIAÇÃO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - AMAS
ASSOCIAÇÃO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - AMAS. Famílias de crianças e adolescentes: diversidade e movimento. Belo Horizonte: AMAS, p. 1º CAPÍTULO: INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, FAMÍLIA E POLÍTICA SOCIAL 1.1 Família: tema clássico e atual. 1.2 Família: diversidade e movimento. 1.3 Diversidade: a família que se pensa e a família que se vive no cotidiano. 1.4 Família e socialização de crianças e adolescentes.

2 APRESENTAÇÃO O tema da infância e da adolescência ganha grande visibilidade no Brasil e no mundo a partir dos anos 80. ECA – 1990. A família no ECA: é condição importante para a realização dos direitos fundamentais da criança e do adolescente, porém, em situações de risco existe uma ação do Estado.

3 1.1 FAMÍLIA: TEMA CLÁSSICO E ATUAL
Ciências Sociais: uma abordagem multidisciplinar com contribuições extensas. Análises existentes: mosaico, ou seja, constituídas de várias partes distintas ou separadas. Antropologia: a família é uma construção social e simbólica e estruturante da vida social.

4 Estrutura familiar: redes de parentesco; existência de princípios de reciprocidade, como relação de obrigação mútua e mobilização de recursos. A família referencia um “projeto de vida” conjunto com papéis e tarefas, educação e socialização das crianças e indicativos sobre o mercado de trabalho e o consumo. Passagem da sociedade rural para a sociedade urbana: provocou profundas mudanças nos padrões sociais e culturais e teve repercussões na estrutura familiar.

5 Relações de gênero: permite compreender o lugar social da família e seu papel de articulação com as diversas esferas da vida em sociedade. Antropologia: Gênero é a forma culturalmente elaborada que a diferença sexual toma em cada sociedade, e que se manifesta nos papéis e status atribuídos a cada sexo e constitutivos da identidade sexual dos indivíduos.

6 Estudos históricos – sociais e das mentalidades: reflexões sobre a estruturação dos espaços públicos e privados na sociedade moderna e o lugar que a família ocupa na articulação desses espaços (Philippe Ariès). Família: a partir do século XVIII, desenvolve o ‘sentimento de família’, ou seja, a família é uma instância, por excelência, do privado e do particular. O lugar do segredos. O lugar do sigilo e do secreto. Secreções familiares. [Do lat. secretione, ‘separação’.]

7 Família moderna: fechada em sua intimidade, organizada em torno da figura da criança, responsável pela sua proteção, educação e socialização. O lugar do afeto, do lazer e da vivência da sexualidade em desenvolvimento. Conflito com a ‘ordem pública”: o surgimento dos movimentos higienistas, com o poder disciplinador. A família deve ser submetida às regras ideológicas do sistema. A família deve ser uma instituição disciplinadora e repressiva. Este é o ponto de conflito, o ponto paradoxal e sintomático na estrutura familiar.

8 A família pode ser considerada “esfera íntima” da sociedade?
Ela é alvo de atenção do poder público (Foucault). Brasil: desde o século XIX estabelece uma norma familiar a partir de uma ordem médica (Jurandir Freire Costa). Poder público: apóia ou normaliza a família?

9 Estudos sobre a família no Brasil: classe média x classe baixa.
Classe média: tradição subjetivista, ou seja, vista de dentro para fora, vivenciando modificações de valores diversos. Classe baixa: ruptura do modelo nuclear conjugal, vivenciando constantemente pressões decorrentes do desemprego e dos baixos salários. Necessidade de rompimento desses modelos de estudos. Torna-se necessário compreender melhor a dinâmica familiar entre os diversos contextos.

10 1.2 FAMÍLIA: DIVERSIDADE E MOVIMENTO
O conhecimento que versam sobre o ser humano e sua organização social oferecem-nos: uma diversidade histórica e cultural presente nas forma organizacionais de nossas vidas; uma diversidade de papéis sociais existentes nos grupos familiares; grande diversidade das formas familiares. Não existe um MODELO ÚNICO DE FAMÍLIA.

11 Com variações de forma e conteúdo, os modelos familiares deve prover um SISTEMA de REGRAS que facilite e defina: proteção dos membros; divisão do trabalho; vivência da sexualidade e da afetividade; relações de parentesco (alianças simbólicas). Existem diferentes regras criando assim diferentes modelos. Mas o sistema de regras existe: é este o ponto principal na estrutura.

12 É preciso enfatizar, além da diversidade, o contate MOVIMENTO das formas de organização da família.
Evitando uma perspectiva NATURALISTA, é preciso compreender a família como um grupo social em constante movimento de organização-desorganização-reorganização, movimento este em esteita relação com o contexto sócio-cultural.

13 1.3 DIVERSIDADE: FAMÍLIA IMAGINÁRIA E FAMÍLIA ATUAL
A família: sistema vivo com interação permanente com as instituições sociais. Não existe um paradigma da forma familiar ideal. A família muda de acordo com o contexto sócio-cultural atual. Há uma PLASTICIDADE. Entretanto “modelo ideais” vão existir ao lado de “resoluções práticas” de acordo com o contexto dado. Há uma distinção feitas pelos membros entre “família pensada” e “família vivida”: estabelece um dinâmica psicológica dentro da família.

14 Família hoje: capacidade de “prover com”:
com referências de autoridade, visão de mundo e valores, (b) com vínculos afetivos estáveis que reafirmem a proteção dos membros e o seu sentimento de pertencer a um grupo, (c) com uma mediação das relações entre seus membros e as outras instituições sociais.

15 1.4 FAMÍLIA E SOCIALIZAÇÃO
Família, infância e adolescência: diferentes representações sociais em várias culturas e períodos históricos. A representação social de infância: Séculos XIV e XVI: “idade de brincar” (ARIÉS, 1978). Idade moderna: fase de aprendizagem e desenvolvimento psicossocial. Versão científica e expansão da educação pública.

16 Cada ser humano carrega consigo uma forma de viver que foi desenvolvida num tipo de organização de vida familiar. A socialização é o processo pelo qual o ser humano internaliza a ordem social, numa relação dinâmica entre cultura e subjetividade. Existe a socialização primária e a secundária: a socialização primária se dá no interior da família e a socialização secundária vem de outros agentes e instituições.

17 Famílias pobres: vigilância ideológica, considerando-as inadequadas para prover valores, visão de mundo e vínculos (afetivos e de autoridade). Processo de institucionalização de crianças e adolescentes em “situações de risco”. Cabe, DIALOGAR com as famílias sobre suas razões de ser como são, sobre as dificuldades que encontram, sobre as pressões que vivem e as mudanças que gostaria de construir. Não se trata de disciplinar a família para adotarem um modelo único de organização.