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AULÃO HISTÓRIA DO BRASIL – Prof. Christian

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Apresentação em tema: "AULÃO HISTÓRIA DO BRASIL – Prof. Christian"— Transcrição da apresentação:

1 AULÃO HISTÓRIA DO BRASIL – Prof. Christian

2 A DESCOBERTA E OS PRIMEIROS ANOS DE COLONIZAÇÃO –
- A descoberta acontece no contexto das Grandes Navegações Européias, na busca de rotas alternativas para o Oriente. Entretanto o processo de colonização efetivamente só iniciou-se a partir de 1530, após a expedição de Martin Afonso de Souza. Nesse intervalo a extração do pau-brasil pelos indígenas através do escambo foi a única atividade empreendida pela coroa portuguesa. Para viabilizar a colonização foi escolhido o sistema de Capitanias Hereditárias (já usadas na África), as terras foram doadas a fidalgos que eram chamados de donatários, com a função de administrar, colonizar e proteger a área dos invasores. CARTA DE DOAÇÃO – FORAL O capitão donatário tinha o direito de fundar vilas, doar sesmarias (terras não cultivadas), exercer autoridade judiciária e militar, cobrar impostos e realizar a escravidão. O sistema gerou distribuição desigual de terras do Brasil por meio do latifúndio. As Capitanias não prosperam, com a exceção de São Vicente e Pernambuco. (açúcar)

3 O rei de Portugal, D. João III, estabeleceu em 1549 o sistema de Governo-geral para controlar o domínio de seu país no território brasileiro, Tomé de Souza foi o 1º Governador Geral, com sede em Salvador. As vilas e cidades formaram seus governos, comandados pelos ‘homens bons’, senhores de engenho que integravam as Câmaras Municipais. Eles comandavam as pequenas regiões, enquanto o Governo-Geral representava o poder central da colônia lusitana no Brasil. - O cultivo da cana atendia a várias necessidades da Coroa portuguesa, tornou-se o primeiro grande produto exportado entre os séculos XVI e XVII. (tinha rápido cultivo, solo favorável além da localização, na costa nordestina, especialmente em Pernambuco, o que facilitaria o escoamento do açúcar produzido para a Europa, mercado consumidor garantido e experiência no cultivo África). A produção foi baseada no sistema de PLANTATION ( Latifúndio - Monocultor – Exportador – Escravista)

4 UNIÃO IBÉRICA – EXPANSÃO TERRITORIAL – REVOLTAS NATIVISTAS
- União Ibérica > união da coroa espanhola e portuguesa sob o controle de Filipe II, então rei da Espanha após a morte de Dom Henrique em 1580, estendendo-se até Tal fato repercutiu de diversas formas na colônia portuguesa na américa: * A invasão e controle da principal região produtora de açúcar na colônia brasileira pelos holandeses, como forma de retaliação à proibição de comércio com os produtores portugueses. Nova Holanda 1630 – - Duas fases: Adaptação e aceitação (Maurício de Nassau) > entre 1637 a 1644, Nassau procurou estabelecer uma administração eficiente e um bom relacionamento com os senhores de engenho da região, empréstimos e maquinário. - Resistência (Insurreição pernambucana 1654) > Srs. De Engenho apoiados por Portugal expulsam os holandeses que, por suas vez instalam sua estrutura produtiva de açúcar no Caribe e fazer forte concorrência com o produto brasileiro.

5 * Outra conseqüência da União Ibérica pode ser percebida na expansão do território da colônia em virtude das expedições para aprisionar indígenas e posteriormente procurar metais preciosos. - Expansão da pecuária (desde o séc. XVI) Nordeste – complemento à economia açucareira Sul – proveniente das estâncias castelhanas nos campos próximos da fronteira com Argentina e Uruguai - Missões (séc. XVI e XVII) Colégios e vilas – São Paulo de Piratininga Colônias militares e Drogas do Sertão (Séc XVII e XVIII) Colônia de Sacramento (Uruguai) - Entradas e Bandeiras (sec. XVII e XVIII) Declínio da atividade açucareira em São Vicente Até a metade do século XVII predominava o bandeirantismo de apresamento. A partir da segunda metade o bandeirantismo de prospecção. -As Entradas eram incursões custeadas pelo interesse da própria Coroa Portuguesa na busca de indígenas que seriam convertidos à condição de escravos e na busca de possíveis localidades onde poderia ser encontrada alguma mina. - As Bandeiras eram incursões particulares que tinham como objetivo também recolher os índios como escravos e buscar algum local rico em metais e pedras preciosas

6 REVOLTAS NATIVISTAS Primeiras revoltas que aconteceram no Brasil, combatiam o domínio Português, de caráter nacionalista mas não pensavam em independência. *A Revolta de Beckman (Maranhão ) > a Companhia de Comércio do Maranhão não consegue fornecer escravos na quantidade necessária para os fazendeiros de algodão e não permite a escravização de indígenas. Liderados pelos irmãos Beckman os revoltosos pegam em armas e dominam o Maranhão, mas a revolta é abafada pela coroa e seus lideres foram executados., * Guerra dos Emboabas (Minas Gerais ) > No fim do século XVII, os bandeirantes paulistas descobriram ouro na região das Minas Gerais, julgavam-se no direito de possuir a exclusividade de extração destes, não aceitando que forasteiros, (EMBOABAS) em sua maioria baianos e portugueses, também se beneficiassem da atividade. Estas desavenças entre bandeirantes, colonos da Bahia e portugueses acabaram desencadeando um conflito armado. * Guerra dos Mascates (Pernambuco 1710) Olinda X Recife > Olinda capital de PE estava fracassada com a queda do açúcar e endividada para com Recife que estava em ascensão econômica e crescia com a chegada de portugueses que passam a controlar o comércio e são chamados de Mascates. Recife ganha autonomia e é elevada a vila, para fins administrativos era necessário separar Olinda de Recife com isto ocorre conflitos entre moradores pelo fato da demarcação de limites. O problema acaba com a intervenção do Rei que impõe a demarcação que favorece Recife (Portugueses) que suplanta Olinda e se torna capital.

7 A ATIVIDADE MINERADORA
- Tem seu auge entre os anos de 1680 e 1750. - Além dos impostos, a Coroa portuguesa tomou uma série de medidas que permitiam a ela uma posse legal e um maior controle sobre as riquezas exploradas. A fiscalização sobre os mineradores aumentou, assim como a cobrança de taxas. - Destaque para a Intendência das Minas criada em 1702 com a função de distribuir as terras, fiscalizar e cobrar os impostos. - Casa de Fundição > local onde o ouro era derretido e transformado em barras para a cobrança dos impostos. - Existia ainda a cobrança do Quinto e da Derrama. - Ocasiona o aumento populacional nas MG, deslocamento do eixo econômico do litoral para o interior. - Passa a existir um mercado interno , já que as minas eram abastecidas com gêneros vindos do norte, nordeste e sul da colônia. - Desenvolvimento de manufaturas - Vida urbana e artística – Barroco - Desenvolvimento de um sentimento anticolonial, devido as criticas aos impostos excessivos e ameaça constante da cobrança da DERRAMA>

8 OS IDEAIS ILUMINISTAS NO BRASIL
A INCONFIDÊNCIA MINEIRA / CONJURAÇÃO MINEIRA (1789) - Portugal vivia situação financeira ruim e via na exploração da colônia (Mercantilismo) a solução. - Marques de Pombal, 1ºMinistro português aumentou os impostos e dificultou o desenvolvimento do comércio; - A diminuição da arrecadação do ouro (QUINTO) foi respondida com a ameaça da cobrança da DERRAMA. (cobrado para complementar os débitos que os mineradores acumulavam junto à Coroa Portuguesa.) - Ao longo do século XVIII tornou-se comum à elite colonial, enviar seus filhos para estudar na Europa, onde tomaram contato com as idéias que clamavam por direitos, liberdade e igualdade - De volta a colônia, esses jovens traziam não só os ideais de Locke, Montesquieu e Rousseau, mas uma percepção mais acabada em relação a crise do Antigo Regime, representada pela decadência do absolutismo e pelas mudanças que se processavam em várias nações, mesmo que ainda controladas por monarcas. Além de lutarem pelo fim do pacto colonial, os insurrectos defendiam a criação de um governo republicano e o estabelecimento de uma Carta Constitucional (aos moldes da que fora criada nos Estados Unidos). - As Minas Gerais seria uma região emancipada com sua capital em São João D’El Rei. No que se refere à escravidão, a Inconfidência Mineira não se colocou favorável à abolição, assinalando o seu caráter elitista. A CONJURAÇÃO BAIANA / REBELIÃO DOS ALFAIATES - Um movimento separatista que contou com a participação de sapateiros, alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos. - A mudança da capital para o RJ, aumento de impostos, diminuição das terras para agricultura de subsistência, notícias da Revolução Francesa e da Independência do Haiti foram fatores que contribuíram para a organização do movimento. - Devido à ampla adesão e participação popular, e em razão das propostas radicais defendidas, o movimento dos conjurados baianos representou o ápice das contradições sociais do período do Brasil colonial. - Além da luta pela emancipação política do Brasil, a Conjuração baiana buscou romper com o sistema de dominação tradicional escravista vigente que estava assegurado pela elite colonial.

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10 A FAMILIA REAL PORTUGUESA NO BRASIL – PERÍODO JOANINO 1808 – 1821
- Motivada pelo BLOQUEIO CONTINENTAL NAPOLEÔNICO, não respeitado pelo príncipe regente D. João. - A corte portuguesa (15 mil pessoas) é toda transferida para a maior e mais rica colônia de Portugal naquele período: Brasil - Dias depois, D. João assinou o decreto que abriu os portos brasileiros ao comércio com as nações amigas. - A medida resultou tanto de negociações com a Inglaterra como a necessidade de abastecer a nova sede do reino com mercadorias europeias, quebrando assim o antigo Pacto Colonial. - Em 1810 assinou o Tratado de Comércio e Navegação com os ingleses garantindo taxas de 15% para produtos ingleses, 16% para produtos portugueses e 25% para os outros países. A cidade do Rio de Janeiro passa por inúmera modificações com a intenção de se adequar a função de capital do Império Português. Do João estabelece a criação de órgãos fundamentais para o bom andamento do governo, como o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Junta Geral do Comércio e o Supremo Tribunal. As melhorias não foram só econômicas, mas também culturais e educacionais. A Academia Real Militar, a Academia da Marinha, a Escola Real de Ciências, de Artes e Ofícios, a famosa Academia de Belas-Artes e dois colégios de Medicina e Cirurgia, no Rio de Janeiro e em Salvador, a criação do Museu Nacional, do Observatório Astronômico, a Biblioteca Real-combinação de diversos livros e documentos que vieram de Portugal, a estreia do Real Teatro de São João e o surgimento do Jardim Botânico. - Em 1815 o Brasil é elevado a categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves ( na pratica deixa a situação de colônia)

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12 O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
Em 1820, após o fim do domínio francês, as cortes portuguesas organizam a Revolução Liberal do Porto, defendendo o retorno imediato da família real e a recolononização do Brasil. Diante da pressão das cortes, Don João retorna a Portugal deixando no Brasil seu filho, Pedro I. As elites brasileiras temendo o retorno a condição de colônia e se aproveitando da ambição de Pedro I articulam um golpe militar que culminaria com a emancipação da colônia. Para ser reconhecido oficialmente, o Brasil aceitou pagar uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal. Para isso, pediu um empréstimo à Inglaterra, fato que iniciou a dívida externa brasileira. Apesar do processo de independência ter base nas ideias iluministas de liberdade, a escravidão foi mantida, atendendo aos interesses dos grandes proprietários de terras. O Brasil continuou como modelo agrário, baseado em latifúndios e na produção de gêneros primários voltada para a exportação. Ou seja, pouco diferente de quando era colônia de Portugal. Ao contrário de outros países da América Latina, que adotaram o sistema republicano, o Brasil adotou o governo monárquico, baseado no poder de um rei

13 O 1º Reinado 1822 – 1831 - Dom Pedro enfrenta muitas dificuldades para governar o Brasil, em parte por causa do seu autoritarismo. - Além disso, muitos achavam que o Imperador, sendo português, preocupava-se muito mais com os problemas de Portugal. - Sua postura autoritária se expressa no texto da Constituição de 1824, na Guerra da Cisplatina e como lidou com a Confederação do Equador. - Este mesmo autoritarismo que o obrigaria a abdicar do trono em 1831. * A Constituição de 1824: - A constituição vai ser Outorgada, ou seja imposta pelo imperador; - Religião católica como sendo a oficial; - Senado Vitalício, cujos membros eram escolhidos pelo imperador - Voto indireto e censitário - O país foi dividido em províncias cujos presidentes eram nomeados pelo imperador - Poder Moderador, concentrava poderes nas mãos do rei *Confederação do Equador (1824) - Inspirados pelos levantes de 1817, um grupo de habitantes de Pernambuco iniciou um movimento antimonarquista. Tal oposição originou-se nas constantes crises da economia regional e as cargas tributárias impostas pelo governo. - Os pernambucanos sentiram o peso do autoritarismo real quando D. Pedro I depôs o então governador, Manuel de Carvalho Paes de Andrade, e indicou um substituto para o cargo. Impassíveis às tentativas de negociação do Império, os revoltosos buscaram criar uma constituição de caráter republicano e liberal. Além disso, o novo governo resolveu abolir a escravidão e organizou forças contra as tropas imperiais. Dom Pedro I pediu empréstimos à Inglaterra e contratou mercenários ingleses para que lutasse contra os revoltosos. * A Guerra da Cisplatina - Ocorreu entre 1825 a1828 ,na Província Cisplatina, atual Uruguai. - Foi incorporada ao Brasil em 1821, após quatro anos de lutas sangrentas contra as tropas de D.JoãoVI. - Em 1825, apoiado pela Argentina começa uma luta que dura 3 anos mas acaba com D. Pedro reconhecendo a Independência do Uruguai.

14 - Dificuldades econômicas: Gastos com militares, decadência do Banco do Brasil, desvalorização da moeda brasileira, aumento dos preços de produtos importados. - O Exército foi-se afastando do imperador - Noite das Garrafadas: Brasileiros (cabras) atacaram as casas iluminadas de portugueses ( pés-de-chumbo) e estes revidaram atirando garrafas e cacos de vidro. - D. Pedro gozando de grande impopularidade abdica o trono em favor de seu filho, D.Pedro II de Alcântara e segue para a Europa, em uma tentativa bem sucedida de recuperar o trono português.

15 O PERÍODO REGENCIAL – 1840 Com a abdicação de Pedro I, a constituição previa a instalação de uma Regência até o infante atingir 18 anos. É organizada uma Regência Trina Provisória (abril a junho de 1831), e na sequencia uma Regência Trina Permanente (1831 a 1835) comandada pelo Pe. Diogo Feijó. Criação da Guarda Nacional > milícia de grandes proprietários e seus simpatizantes com o objetivo de manter a ordem estabelecida. Promulgação do Ato Adicional que criou as Assembleias Legislativas Provinciais. Esse momento é conhecido como o “Avanço Liberal”. Regência Una de Padre Feijó ( ) - O regente tomou posse enfrentando oposição até dentro do próprio partido e uma grave situação de agitação no país . - Devido a sua política liberal e radical, muitas vezes, acaba isolado no poder renunciando ao cargo. Regência Uma de Araújo Lima ( ) - Regresso Conservador; - Lei Interpretativa do Ato Adicional de 1837 > centralização política. -Articulação do Golpe da Maioridade. Várias rebeliões marcaram o período regencial, tinham como causas comuns: - péssimas condições de vida da população mais pobre; - a falta de autonomia das províncias, devido à centralização do governo imperial; - o excesso de impostos, cobrados pelo governo central; - a luta pelo poder entre partidos e grupos políticos.

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17 2º REINADO > 1840 – 1889 ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
- Golpe da Maioridade > tentativa, bem sucedida de manter a Monarquia como forma de governo; - Articulado pelas elites aristocráticas, ligadas ao latifúndio, escravista, exportador que viam na Monarquia a manutenção de seus interesses; - Essa idéia era defendida pelas duas forças políticas da época, os Liberais e Conservadores, que na pratica tinham opiniões muito pouco diferentes, um e outro eram integrados pelos grandes proprietários escravistas e defendiam os mesmos interesses. - Parlamentarismo às AVESSAS > O ministério era responsável perante o poder Moderador (imperador). O Parlamento (poder Legislativo) nada podia contra os ministros, que governavam ignorando-o e prestando contas apenas ao imperador. ECONOMIA - O cacau e a borracha ganharam destaque na produção agrícola. O surto da borracha - Pará e Amazonas - levou o Brasil a dominar 90% do comércio mundial. - A economia brasileira mantinha-se agrícola, com o cultivo do café sendo responsável por mais de 80% da produção mundial, e quase 100% das finanças nacionais. - Duas grandes regiões de cultivo: - O Vale do Paraiba > Preservando as características de nossa economia colonial, as plantações cariocas se sustentavam no uso do latifúndio, da monocultura e da mão-de-obra escrava; Técnicas produtivas atrasadas. - Conhecidos como Barões do Café apoiavam a Monarquia. - Oeste Paulista > sustentaram a produção com uma nova postura. As lavouras eram sistematicamente inspecionadas, as técnicas de plantio eram renovadas e o investimento em infraestrutura não foi poupado; Terra Roxa, utilização de mão-de-obra imigrante. - Ao mesmo tempo, o grande acúmulo de capitais obtido com a venda do café possibilitou o investimento em infra-estrutura (estradas, ferrovias...) Nesse sentido, o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil - O dinheiro obtido com a venda do café foi aplicado na industrialização do Brasil. Surgiram inicialmente indústrias alimentares, de vestuário e de madeira. - As cidades se desenvolveram e surgiram importantes serviços urbanos (iluminação das ruas, bondes, ferrovias, bancos, teatros, etc.)

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20 O Enfraquecimento da Monarquia e a Proclamação da República Brasileira
As mudanças que aconteciam no Brasil e no mundo influenciaram na crise da monarquia brasileira, entre elas: - A grande urbanização e industrialização proveniente dos lucros com o café, principalmente em São Paulo, dá origem a uma população urbana que não enxerga a monarquia com bons olhos; - A chegada de imigrantes europeus e com eles uma “visão de mundo moderna” onde a monarquia não se encaixava; - O surgimento de uma classe média ligada a prestação de serviços e simpáticas a ideias mais, democráticas; - A pressão dos cafeicultores paulistas que desejavam maior liberdade e representatividade política; - O crescimento do movimento abolicionista; - A gradual diminuição do apoio inglês ao governo de Pedro II. Esses aspectos reunidos culminam na criação, em 1870 do Partido Republicano. Entretanto, a postura autoritária do Imperador, e seu desprezo em relação aos interesses dessa parcela da sociedade é o que irá provocar a queda da Monarquia.

21 A República é resultado do interesse de uma elite estabelecida, que via o regime Monárquico emperrar a “modernização” do país, elite essa representada pelos grandes cafeicultores paulistas e exército, além dos burgueses. Vamos por partes: Cafeicultores Paulistas > dotados de um espírito moderno e financiadores do processo de urbanização e industrialização,viam a monarquia centralizadora como um entrave aos seus interesses, desejavam uma forma de governo onde possuíssem mais autonomia e representatividade. Possuíam o poder econômico nesse período. Fortalecimento dos militares pós Guerra do Paraguai > O Exército brasileiro sai forte da guerra, renvidica participação política e aos olhos dos paulistas passa a ser a peça que faltava para a proclamação da República, manutenção da ordem via armas. Serviu como porta de entrada para os ideais POSITIVISTAS ( Amor por princípio, ordem por base e progresso por fim), bem como foi berço dos Clubes Republicanos. A pressão dos Ingleses > era sentida em diferentes setores: no combate a escravidão através da Lei Bill Aberdeen, que dava poderes para a esquadra britânica prender e punir qualquer navio negreiro encontrado pelos mares do mundo. Na economia, com financiamentos para estradas de ferro, para bancar a Guerra contra o Paraguai, na qual o Brasil entrou defendendo interesses ingleses. Questão Religiosa > Desde o período colonial, a igreja católica era uma instituição submetida ao Estado, pelo regime do padroado. Tendo Dom Pedro II o direito de revogar as ordens do PAPA, beneplácito. Ocorre que, em 1872, D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belém, respectivamente resolveram seguir ordens do papa Pio IX, punindo irmandades religiosas que apoiavam os maçons (Bula Syllabus). D. Pedro II,na época Grão Mestre do Oriente Brasileiro, decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que suspendessem as punições. Em 1875,os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade, fato que ocasionou o rompimento da Igreja com o Império.

22 A Questão Abolicionista > Os senhores de escravos, principalmente do Vale do Paraíba e da Baixada Fluminense, não se conformaram com a abolição da escravidão e com o fato de não terem sido indenizados pelo governo. Sentiram-se abandonados pela monarquia e acabaram também por abandoná-la. Passaram a apoiar a causa republicana Em 13 de maio de 1888 a Abolição é assinada pela princesa Isabel, em 15 de novembro de 1889, através de um Golpe Militar, a República é instalada no Brasil. Novamente a participação popular foi nula, como também já havia acontecido na Independência. Reza a lenda que o povo reagiu “bestializado” a situação, relatos da época dão conta de que a população pobre achou tratar-se de um desfile militar, quando na realidade eram as tropas do exército invadindo o palácio para depor Dom Pedro II.

23 A República Velha: República da Espada + República das Oligarquias (1889 – 1930)
A República da Espada recebe essa nomenclatura pois representa os anos iniciais da República, quando os militares lideraram o país politicamente. Primeiro com Deodoro da Fonseca (1889 a 1891) e na seqüência Floriano Peixoto (1891 a 1894). Em 24 de fevereiro de 1891, foi promulgada a Constituição da República, de inspiração liberal-democratica e que tinha como pontos principais: a divisão e independência dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); o regime federativo presidencialista; voto universal masculino não-secreto, com exceção dos mendigos, analfabetos, soldados e religiosos; igualdade jurídica dos cidadãos; separação entre o Estado e a Igreja; autonomia dos estados. A crise do Encilhamento > foi uma medida tomada no governo provisório para estimular o crescimento econômico e acelerar o desenvolvimento da indústria brasileira. Porém, o plano entrou em crise quando os bancos começaram a emitir quantidades de dinheiro maiores do que o necessário; isso acabou resultando em uma grande inflação. Ministro Rui Barbosa. Deodoro da Fonseca, fechou o Congresso Nacional, prendeu líderes da oposição e decretou estado de sítio. Em resposta, o almirante Custódio de Melo- ordenou que os navios atracados na baía da Guanabara apontassem os canhões para a cidade, exigindo a reabertura do Congresso (REVOLTA DA ARMADA)

24 - Deodoro da Fonseca renuncia à Presidência, sendo substituído pelo seu vice-presidente, Floriano Peixoto. Floriano Peixoto assumiu o cargo provisoriamente. Porém, a nova Constituição afirmava que deveria existir uma nova eleição caso o cargo de presidente ou de vice ficassem vago. Floriano ignorou a lei e a oposição passou a acusar ele de se manter no poder ilegalmente, fecha o Congresso. Paralelamente, o Rio Grande do Sul foi palco de uma guerra civil: A Revolução Federalista, que se deu no ano de 1893 e foi até Júlio de Castilhos era membro do Partido Republicano Rio-grandense (PRR) e defendia o governo e o estabelecimento de Floriano Peixoto no comando do país. Isso desagradava o Partido Federalista (maragatos) de Silveira Martins, um inimigo da centralização política. Em setembro de 1893, na cidade do Rio de Janeiro, eclode a Segunda Revolta da Armada. O movimento fundiu-se com a Revolução Federalista após a tomada de DESTERRO em SC. Floriano reprime de forma violenta o movimento e como homenagem DESTERRO passa a chamar-se FLORIANO – PÓLIS.

25 República das Oligarquias (1894/1930)
Com a posse do paulista Prudente José de Morais na Presidência, em 1894, o poder passava das mãos dos setores militares para os políticos liberais. A base político-social desses políticos eram as oligarquias agrárias do Sudeste, sobretudo de São Paulo e Minas Gerais, representadas por seus respectivos partidos, o PRP (Partido Republicano Paulista) e o PRM (Partido Republicano Mineiro)....(política do café com leite). - Para sustentar a dominação política e oligárquica das elites na República Velha havia uma estrutura bem arquitetada chamada Política dos Governadores que garantia o controle do poder > foi um pacto em que o Governo Federal ligava-se ao governo dos estados e estes aos coronéis para garantir o acesso aos cargos de poder somente aos desejados. Quem exercia de fato o poder local e regional eram os coronéis. Estes eram os grandes proprietários de terra ou comerciantes enriquecidos que exerciam seu poder sobre a grande camada da população composta de trabalhadores carentes e analfabetos. Na ocasião das eleições ocorria o que era chamado de Voto de Cabresto. O voto não era algo secreto e acabava que na prática também não resultava em algo livre, eram os coronéis, que em acordo com os governadores, decidiam em quem seus comandados iriam votar. “Para os amigos pão, para os inimigos, pau...; aos amigos se faz justiça, aos inimigos se aplica a lei.” (Expressões usadas por chefes políticos da República Velha) PRESIDENTE

26 *Desta forma havia o completo controle do curral eleitoral, sendo que a via autoritária dos coronéis estava ligada ao fator violência, causando medo nos trabalhadores ou a preocupação de perderem suas fontes de sustento. *Os coronéis exerciam o seu poder e faziam seus acordos com os governadores em troca de mais poder e prestígio. Os governadores, por sua vez, ao apoiarem os coronéis em seus poderes locais ganhavam em troca a eleição do candidato escolhido por eles, perfazendo uma troca de favores completa. Uma das principais características da República Velha foi a situação de total abandono enfrentada pela população mais humilde, de regiões afastadas dos grandes centros. As oligarquias ignoravam as necessidades dos grupos marginalizados o que por muitas vezes acabou resultando em grave conflitos sociais

27 CANUDOS (1896 a 1897 ) > A rebelião conhecida como Guerra de Canudos deu-se em virtude da situação precária em que vivia a população, sem terra e obrigada a se submeter aos arroubos dos coronéis. As terras pertenciam aos grandes proprietários rurais – os conhecidos coronéis – que as transformaram em territórios improdutivos. Essa situação revoltou os sertanejos, que se uniram em torno de Antônio Conselheiro, o qual pregava ser um emissário de Deus vindo para abolir as desigualdades sociais e as perversidades da República, como a exigência de se pagar impostos, por exemplo. CONTESTADO (1912 a 1916) > Conflito que aconteceu em uma área povoada por sertanejos, em uma região contestada por Paraná e Santa Catarina. Eram pessoas muito pobres, oprimidas, que não possuíam terras e também padeciam com a escassez de alimentos. Subsistiam sob a opressão dos grandes fazendeiros e de duas empreendedoras americanas que operavam ali – a Brazil Railway, responsável pela implantação da via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira, Lumber. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges – religiosos que peregrinavam pelo sertão pregando a palavra de Deus –, figuras muito respeitadas por esse povo.

28 CANGAÇO > Grupos de homens armados vagueavam pelos sertões, principalmente do Nordeste, buscando meios de sobrevivência, e o enfrentamento dos poderosos com o uso de suas armas e de sua coragem. Os primeiros cangaceiros de que se tem relato eram, de fato, “prestadores de serviço” aos chefes políticos locais. Perseguiam e matavam os inimigos políticos dos coronéis de uma região. Através de práticas criminosas esses grupos constituíram um grupo social à margem das estruturas de poder e das relações sociais vigentes durante o tempo das oligarquias. De acordo com seus interesses, os cangaceiros estabeleciam alianças com aqueles que oferecessem vantagens econômicas ou proteção às suas atividades REVOLTA DA CHIBATA > rebelião de marinheiros negros contra os maus tratos e humilhações ás que eram submetidos. a discriminação com os negros cresceram após a abolição e os mesmos enfrentaram sérias dificuldades para se sustentarem e sobreviverem depois do decreto. Tal situação foi transportada também para a Marinha Brasileira.

29 MOVIMENTO OPERÁRIO ( inicio Séc XX) > a organização dos operários no país esteve primeiramente ligada ao atendimento de suas demandas mais imediatas. No início da formação dessa classe de trabalhadores percebemos a predominância de imigrantes europeus fortemente influenciados pelos princípios anarquistas e comunistas. Contando com um inflamado discurso, convocavam os trabalhadores fabris a se unirem em associações que, futuramente, seriam determinantes no surgimento dos primeiros sindicatos. Na primeira década do século XX, o Brasil já tinha um contingente operário com mais de 100 mil trabalhadores. REVOLTA DA VACINA > Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, a cidade do Rio de Janeiro viveu o que a imprensa chamou de a mais terrível das revoltas populares da República. O cenário era desolador: bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos tudo feito por uma massa de revoltosos. A causa foi a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. E o personagem principal, o jovem médico sanitarista Oswaldo Cruz. As condições sanitárias do Rio impediam a chegada de investimentos, maquinaria e mão-de-obra estrangeira. A Revolta esta inserida em um contexto mais amplo, que visava higienizar e modernizar a capital nacional

30 SEMANA da ARTE MODERNA > Em fevereiro de 1922, realiza-se em São Paulo a Semana de Arte Moderna. O objetivo dos organizadores era acima de tudo a destruição das velhas formas artísticas na literatura, música e artes plásticas. Paralelamente, procuravam apresentar e afirmar os princípios da chamada arte moderna NACIONAL, ainda que eles mesmos estivessem confusos a respeito de seus projetos artísticos. Oswald de Andrade sintetiza o clima da época ao afirmar: "Não sabemos o que queremos. Mas sabemos o que não queremos. Artistas que participaram: Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Heitor Villa-Lobos.

31 TENENTISMO > existia um quadro de insatisfação, com as condições do Exército e com a política do governo, que eclodiram diversos levantes militares. A presença significativa de tenentes na condução desses movimentos deu origem ao termo "tenentismo". Os principais movimentos tenentistas da década de 1920 foram os 18 do Forte, os levantes de 1924, e a Coluna Prestes. O projeto tenentista defendia medidas como a centralização do sistema tributário, o fortalecimento das Forças Armadas, a federalização das milícias estaduais, a criação de uma legislação trabalhista, a criação de um Código Eleitoral, ensino público e gratuito além da modernização da infra-estrutura do país Em sua maioria eram membros da burguesia urbana e refletiam os anseios dessa camada excluídas das decisões políticas e econômicas. A COLUNA PRESTES e 1927 > tenentes de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Liderados por Luis Carlos Prestes. O movimento deslocou-se pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Arthur Bernardes e, posteriormente, de Washington Luís, enfrentando tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais de vários estados. Chegaram a percorrer uma distância de aproximadamente km., não foram derrotados nos embates contra o governo, mas ainda assim conseguiram percorrer o país por cerca de 30 meses. A Coluna Prestes não conseguiu atingir seu objetivo inicial. Eles queriam causar uma grande rebelião onde todos os populares participassem. Esta luta ocorreria do interior para o centro do país, mas o povo temia as represálias do governo

32 A Crise da República Velha e o Golpe / Revolução de 1930

33 A ERA VARGAS (1930 A 1945) Governo Provisório > tem início com a Revolução de 1930 e encerra-se em 1934. Tido como provisório pois significava um período de transição, até que uma nova Constituição seja promulgada. A Revolução Constitucionalista de SP (1932): a pretexto de democratizar e constitucionalizar o país, os cafeicultores de SP tentaram voltar ao poder. A constituição de 1934: inspirada na constituição democrática de Weimar (Alemanha), a 3 constituição brasileira foi promulgada com as seguintes características: federalismo, eleições diretas (a partir de 38), a de 1934 seria INDIRETA, secretas, voto feminino, ampliou-se o poder da União (ESTADO), as minas, jazidas minerais e quedas d'água deveriam ser nacionalizadas, assim como os bancos de depósito e as empresas de seguro. Foram aprovadas medidas que beneficiavam os trabalhadores, como a criação da Justiça do Trabalho, o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, férias anuais remuneradas e descanso semanal

34 Governo Constitucional = após eleições indiretas em 1934, Vargas é eleito presidente. Encerra-se em 1937. O movimento social se tornou cada vez mais efervescente, greves operárias e manifestações da classe média surgiram em diversos estados do país, e gradativamente a atividade política foi se radicalizando. Em outubro de 1932 fora criada a Ação Integralista Brasileira (AIB), movimento inspirado no fascismo italiano que defendia um ideário nacionalista, antiliberal e anti-semita, tinha como chefe nacional Plínio Salgado. Em março de 1935 foi criada a Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização inspirada na proposta das frentes populares. Reunia, comunistas, socialistas, "tenentes", liberais e católicos, defendia a formação de um governo popular-nacional-revolucionário. Defendia a luta contra o latifúndio e o imperialismo, a defesa da reforma agrária e das liberdades democráticas, a suspensão do pagamento da dívida externa brasileira e o combate ao nazi-fascismo. Seu líder era Luis Carlos Prestes.

35 Em abril de 1935, sob o impacto de várias greves, o Congresso aprovou a Lei de Segurança Nacional. A ANL foi colocada na ilegalidade em 11 de julho, quatro meses após sua fundação. Dirigentes do Partido Comunista do Brasil, com o aval da Internacional Comunista, decidiram então promover a derrubada do regime Vargas pelas armas. Em novembro de 1935, em nome da ANL, uma revolta foi deflagrada em Natal , no dia seguinte o movimento eclodiu em Recife, envolvendo civis e militares. Na noite de 26 para 27, rebelaram-se no Rio de Janeiro. Era a INTENTONA COMUNISTA (1935) Tanto em Recife como no Rio de Janeiro os revoltosos foram rapidamente dominados. Entre o final de 1935 e o início de 1936, centenas de civis e militares foram presos em todo o país. A prisão de diversas lideranças comunistas e a apreensão de documentos em seu poder forneceram a justificativa para a decretação, em março de 1936, do Estado de Guerra. Aproveitando da atmosfera de insegurança, veio a tona o Plano Cohen, um documento forjado que relatava a preparação de uma nova ofensiva comunista. Em 10 de novembro de 1937 o Congresso Nacional foi cercado por tropas da Polícia Militar e fechado. No mesmo dia Vargas anunciou pelo rádio à nação o início de uma nova era, orientada por uma nova Constituição. Era o início do Estado Novo.

36 Estado Novo = através de um golpe militar no ano de 1937, Vargas instala um Governo Ditatorial, apoiado por parcela do Exército, Classe Média,e trabalhadores. Encerra-se em 1945. A constituição de 1937 (a "polaca“) foi outorgada e possuía características fascistas, foram fechados o Congresso Nacional, as Assembleias legislativas e as câmaras municipais. O regime propunha a criação das condições consideradas necessárias para a modernização da nação: um Estado forte, centralizador, interventor, agente fundamental da produção e do desenvolvimento econômicos. O golpe foi seguido de uma forte repressão, a cargo da polícia política A propaganda do regime e a repressão a seus opositores seriam duas faces do Estado Novo muito bem representadas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Criado para difundir a ideologia do Estado Novo junto às camadas populares e, contribuir para a construção da identidade nacional, o DIP exercia também uma forte censura aos meios de comunicação, suprimindo eventuais manifestações de descontentamento . Em 1940, assistiu-se à criação da Companhia Siderúrgica Nacional. em 1942, foi criada a Companhia Vale do Rio Doce, em 1943, foi a vez da Companhia Nacional de Álcalis e da Fábrica Nacional de Motores. Por fim, em 1945, foi constituída a Companhia Hidrelétrica do São Francisco. Em agosto de 1941, foi criado o "Repórter Esso”.

37 Governo Eurico Gaspar Dutra ( 1946 – 1950)
Para o Estado Novo, a entrada do Brasil na guerra ao lado dos Aliados teve efeitos contraditórios. De um lado, o regime ganhou tempo, De outro, a opção por lutar contra o nazi-fascismo colocou em xeque a manutenção de uma ditadura no país. Getúlio Vargas foi deposto pelo Alto Comando do Exército e, declarando publicamente que concordava com a deposição, retirou-se para São Borja. Governo Eurico Gaspar Dutra ( 1946 – 1950) Promulgação da CONSTITUIÇÂO de 46 . O Brasil rompeu relações diplomáticas com a União Soviética colocando-se ao lado dos Estados Unidos na Guerra Fria. Em 47, o governo colocou na ilegalidade o PCB e oito meses depois, cassou o mandato de Luis Carlos Prestes, que conseguiu se eleger senador. Criou o Plano SALTE, cujas iniciais representavam: saúde, alimentação, transporte e energia; não alcançou o êxito esperado. VARGAS retorna “nos braços do povo” (1950 – 1954) Vargas retorna eleito democraticamente, mas vai enfrentar uma oposição muito forte, ligada aos interesses norte americanos, que tem no jornalista Carlos Lacerda e em seu jornal Tribuna da Imprensa sua principal voz. “O Sr.Getúlio Vargas não deve ser candidato. Se for, não deve ser eleito. Se eleito não deve tomar posse. Empossado devemos recorrer a revolução para impedi-lo de governar.” Carlos Lacerda. O governo de idéias nacionalistas adotadas por Vargas resultou na criação do BNDE, IBC, Petrobrás, Eletrobrás; e em enorme briga com a UDN e seus interesses internacionais. Atentado da Rua Toneleiros > Carlos Lacerda recebe um tiro na perna, as investigações levam ao nome de Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Getúlio; Vargas comete suicídio em 1954, em termos políticos foi uma saída genial: ele se matou e deixou uma carta-testamento que foi distribuída no Brasil inteiro de avião, de cidade em cidade criando uma comoção nacional: as pessoas ficaram contra a oposição.

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39 O Governo de JUSCELINO KUBISTSCHEK - JK – (1956 – 1961) Vice > João Goulart / Jango
O governo JK representa no imaginário político brasileiro uma Idade de Ouro. É visto como uma época marcante da história do Brasil, como o momento de um grande arranco desenvolvimentista, consolidado através de políticas que estimularam a industrialização e resultaram em altas taxas de crescimento. JK ousou ao anunciar seu programa de governo – 50 anos de progresso em 5 anos de realizações, com pleno respeito às instituições democráticas. Esse ideal desenvolvimentista foi consolidado num conjunto de 30 objetivos a serem alcançados em diversos setores da economia, que se tornou conhecido como Programa ou Plano de Metas. Na última hora o plano incluiu mais uma meta, a 31a, chamada de meta-síntese: a construção de Brasília e a transferência da capital federal; Implantou a industria automobilística, promoveu a industria naval, a expansão da industria pesada, a construção de usinas siderúrgicas e de grandes usinas hidrelétricas, como a Furnas e a Três Marias. O Fundo Monetário Internacional (FMI) enviou uma missão ao Brasil com o propósito de avaliar a capacidade do país de honrar um empréstimo externo de US$ 300 milhões, solicitado para cobrir os investimentos previstos no plano de desenvolvimento. JK legou ao seu sucessor uma economia que crescia à média de 8,2% ao ano, mas que passara a conviver com taxas de inflação anuais da ordem de 23% e com um progressivo descontrole das contas externas.

40 Governo de JÂNIO QUADROS (1961) Governo JOÃO GOULART (1961 A 1964)
Utilizou um slogan durante a sua campanha, que empolgou a população: ”varre varre vassourinha,varre varre a bandalheira”, prometendo varrer a corrupção do país, equilibrar as finanças públicas e diminuir a inflação. Procurou estabelecer uma política externa independente, aproximando-se dos regimes comunistas, enviou seu vice a China e prestigiou a Revoluçao Cubana condecorando Erneste Che Guevara. Suas atitudes preocupavam os americanos e grande parte da elite nacional. Proibiu o uso de biquíni na transmissão televisada dos concursos de miss, proibiu as rinhas de galo, o lança-perfume em bailes de Carnaval e regulamentou o jogo de carteado. Sem apoio político acabou por renunciar 7 meses após assumir. Governo JOÃO GOULART (1961 A 1964) João Goulart (Jango), estava em uma visita oficial a República Popular da China quando ocorre a renúncia de Jânio Quadros, setores de direita da sociedade e os militares, viam Jango com desconfiança, pois acreditavam que ele era simpatizante do comunismo., Militares, a elite da sociedade e empresários nacionais e estrangeiros armaram uma estratégia política que limitava o poder do futuro presidente Jango, o Parlamentarismo. Assim Jango governava, mas não mandava. Após plesbicito, Jango é reconduzido a presidência e anuncia em 1963 um conjunto de reformas, chamadas de Reformas de Base, que visavam a modernização do capitalismo brasileiro e a solução de alguns problemas sociais. Estavam entre as reformas de base: - Nacionalizar as empresas prestadoras de serviços públicos e a indústria farmacêutica. - Realizar a reforma agrária (desapropria latifúndios improdutivos e os ceder para trabalhadores rurais sem terra). - Ampliar o monopólio da Petrobrás: além da exploração e refino do petróleo, ficaria também responsável pelo fornecimento dos seus derivados nos postos e distribuidoras de combustíveis. -Limitar a remessa de lucros para o exterior por parte das empresas estrangeiras.

41 O presidente então institui as reformas por meio de decretos no mês de março de 1964, em um comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Mais de 250 mil pessoas participaram do comício. O comício foi a gota d’água para que as Forças Armadas e os grupo conservadores articulassem a deposição do presidente João Goulart. Setores de direita da sociedade se organizaram e em resposta a Jango realizaram em São Paulo a Marcha da Família com Deus pela Liberdade

42 DITADURA MILITAR – (1964 A 1985) O Golpe de 1964 foi efetivado com o objetivo de frear a ameaça comunista. Foi marcado pelas restrições aos direitos e garantias individuais, uso de violência contra os opositores do regime, fortalecimento do Executivo e enfraquecimento do Legislativo, censura dos meios de comunicação, repressão política. Governo Humberto de Alencar Castelo Branco (1964 a 1967)   suspensão dos direitos políticos dos cidadãos; cassação de mandatos parlamentares; eleições para governadores passam a ser indiretas; dissolução dos partidos políticos e criação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), que reuniu os governistas, e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que reuniu as oposições. (AI-1) nova Constituição entrou em vigor (janeiro de 1967); proibição de greves.  Governo Arthur da Costa e Silva  (1967 a1969)   Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE ( União Nacional dos Estudantes ) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil.  Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar.  A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e sequestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada. O governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.

43 Governo Emílio Garrastazu Médici ( 1969 a 1974)
Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi ( Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna) atua como centro de investigação e repressão do governo militar. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura, é o chamado MILAGRE ECONOMICO > crescimento da dívida externa. Os dois principais grupos revolucionários foram: Aliança Libertadora Nacional – o Partido Comunista Brasileiro (PCB) posicionava-se contra a luta armada. Diante disso, uma importante liderança do partido, Carlos Marighela, reuniu um grupo de simpatizantes e fundou a ALN. Ele é morto pela polícia em uma emboscada em 1969. Vanguarda Popular Revolucionária – organização formada por militares de esquerda contrários ao golpe. A principal liderança do movimento era Carlos Lamarca, ex-capitão do Exército, Lamarca rompeu com a VPR em 1971, para ingressar no Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), onde permaneceu até a sua morte ainda em 1971

44 Governo Ernesto Geisel (1974 a 1979)
Começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem. Geisel anuncia. a abertura política lenta, gradual e segura A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades. Como resposta, promulgação da Leia Falcão (1976) que limitava a aparição dos candidatos em radio tv e jornais.. Em 1977 Pacote d eAbril > Senador Biônico; mandato do presidente passa de cinco para seis anos. Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.

45 Governo João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979 a 1985)
Decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como : Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ). Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento defendia a realização de eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados. O Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, como novo presidente da República. Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país. 

46 A Redemocratização – Nova República (1985 a 2013)
Governo de José Sarney (1985/1990) O mandato de José Sarney foi marcado pelos altos índices inflacionários e pela existência de vários planos econômicos: Plano Cruzado (1986), Plano Bresser (1987) e Plano Verão (1989).  O plano de maior repercussão foi o Plano Cruzado, que, procurando conter a inflação determinou: congelamento de todos os preços por um ano; extinção da correção monetária e a mudança da moeda de Cruzeiro para ser chamada de Cruzado. A convocação de uma Assembleia Constituinte que elaborou e promulgou a Constituição de 1988 que estabeleceu as eleições diretas em todos os níveis; a legalização dos partidos políticos de qualquer tendência; instituição do voto facultativo aos analfabetos, jovens entre 16 e 18 anos e pessoas acima de 70 anos; fim da censura; garantido o direito de greve e a liberdade sindical; ampliação dos direitos trabalhistas; intervenção do Estado nos assuntos econômicos e nacionalismo econômico ao reservar algumas atividades às empresas estatais. Em dezembro de 1989 foram realizadas as primeiras eleições diretas para a Presidência da República desde Três candidatos destacaram-se na disputa: Fernando Collor de Mello, do pequeno Partido da Renovação Nacional (PRN); Leonel Brizola do Partido Democrático Brasileiro (PDT) e Luís Inácio “Lula” da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).  A disputa foi para o segundo turno entre Fernando Collor e Lula

47 O governo de Fernando Collor de Mello (1990/92)
Aplicou o plano econômico denominado de Plano Brasil Novo, o qual extinguiu o Cruzado novo e retornou o Cruzeiro; congelou preços e salários; bloqueio boa parte do dinheiro de aplicações financeiras e de poupanças por 18 meses. Houve grande número de demissões no setor público, redução nas tarifas de importação e um tumultuado processo de privatizações. No entanto, as denúncias de corrupção envolvendo o alto escalão do governo levou o Congresso a formar uma Comissão Parlamentar de Inquérito. O envolvimento de Collor no chamado “esquema PC”, em troca de favores governamentais por dinheiro, gerou o processo de impeachment – ou seja, o afastamento do Presidente da República. Fernando Collor procurou bloquear o processo, porém a população foi às ruas exigindo seu afastamento (“os caras-pintadas”).O presidente renunciou em 30 de dezembro de 1992, após decisão histórica do Congresso Nacional no dia anterior pelo seu afastamento. Assume o vice-presidente Itamar Franco. O governo de Itamar Franco ( 1992/1995) No aspecto econômico o mais importante foi a aplicação do Plano Real, que buscava combater a inflação e estabilizar a economia nacional. O Plano pregava a contenção dos gastos públicos, a privatização de empresas estatais, a redução do consumo mediante o aumento da taxa de juros e maior abertura do mercado aos produtos estrangeiros, contribuiu para a queda da inflação e aumento do poder aquisitivo e da capacidade de consumo – em razão da queda dos preços dos produtos face à concorrência estrangeira. A popularidade do Plano Real auxiliou o ministro da Fazenda de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, a vencer as eleições em outubro de 1994.

48 O governo de Fernando Henrique Cardoso (1995/2002)
Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro presidente do Brasil a conseguir uma reeleição . Seus dois mandatos são marcados  pela aceleração do processo de globalização: a) a criação do Mercosul e a eliminação das barreiras alfandegárias entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai b) a privatização de empresas estatais e de telefonia.  c) Em termo de organização social destaque para a questão fundiária do país e a atuação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que através da ocupação de terras procura agilizar o processo de reforma agrária no país. Criou programas sociais como o Comunidade Solidária e instituiu o programa de transferência de renda: o Bolsa Escola. Os anos de FHC como presidente foram marcados pela hegemonia do neoliberalismo e antigos e urgente problemas não foram solucionados, tais como a exclusão social, a imensa concentração fundiária e empresarial, a corrupção e os descasos administrativos. Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) 2003 a 2010. Entre as primeiras medidas tomadas, o Governo Lula anunciou um projeto social destinado à melhoria da alimentação das populações menos favorecidas o “Fome Zero”. O combate à inflação, a ampliação das exportações e a contenção de despesas foram algumas das metas buscadas pelo governo. O  país goza de uma relativa prosperidade econômica apesar da existência de muitas disparidades. A estabilidade da economia repercutiu na melhoria da imagem do país no exterior. Porem o esquema, que ficou conhecido como “Mensalão”, instaurou um acalorado debate político que questionava se existia algum tipo de oposição política no país. Apesar das denuncias que apontavam para o presidente Lula conseguiu reeleger-se para o segundo mandato.

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50 Dilma Roussef (2011) Primeira mulher a assumir a presidência do Brasil foi eleita no segundo turno das eleições em 2010. Aproveitando a relativa estabilidade da economia promovida pelo governo do presidente Lula, Dilma contabilizou a popularidade do seu "padrinho" político para conquistar os votos que a levaram a subir a rampa do Palácio do Planalto. Neste particular Dilma Roussef fez história, mas o seu governo atravessa uma crise política devido a denuncias de corrupção nas pastas dos 5 ministérios.  “Vou fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria e dar oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas, humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários, trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me ajudem.”


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