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TRABALHO SAÚDE E TRABALHO EM PROFESSORES

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Apresentação em tema: "TRABALHO SAÚDE E TRABALHO EM PROFESSORES"— Transcrição da apresentação:

1 TRABALHO SAÚDE E TRABALHO EM PROFESSORES
Eduardo José Farias Borges dos Reis Tânia Maria de Araújo Cristina Kavalkievicz Departamento de Saúde SINPRO-BA

2 INTRODUÇÃO Maior categoria profissional do mundo; Importância social;
Estudos relativamente escassos das condições de trabalho e saúde; Concentração dos estudos: problemas da voz osteomusculares distúrbios psíquicos

3 INTRODUÇÃO Mudança no mundo do trabalho: globalização neoliberal
Desdobramento na estruturação e valorização social das atividades docentes: Desvalorização social do professor Mudança dos conteúdos curriculares Mudança da relação professor-aluno (cliente) Escassez dos recursos materiais Deficiência das condições de trabalho Aumento das exigências do papel do professor Fragmentação do papel do professor

4 MULHER NA EDUCAÇÃO A educação é uma profissão que a mulher tem ocupado majoritariamente: Expansão do setor educacional. Incorporação ao mundo de trabalho (motivada pela crise econômica, crise de emprego e a luta das mulheres pelos seus direitos). Ser considerada uma atividade própria das mulheres por envolver o “cuidados dos outros”. Considerar-se uma extensão das atividades realizadas em casa, uma extensão da família e oferecer aparentemente condições adequadas para continuar cumprindo o tradicional papel familiar feminino. A sugestão familiar, fácil acessibilidade, próprias capacidades percebidas e possibilidades de emprego. No censo de professores de 1997, 86% dos professores eram mulheres (INEP, 1999)

5 SALÁRIO E VALORIZAÇÃO SOCIAL
“Não obstante, no momento atual, nossa sociedade tende a estabelecer o status social com base no nível de vida salarial. A idéia de saber, abnegação e vocação caiu por terra na valorização social.” (Esteve, 1999). A média de salário dos professores, dentro da educação básica na rede particular de ensino no Brasil, é de 675 reais, no Estado da Bahia, 396 reais (INEP, 1999).

6 MAL-ESTAR DOCENTE O “mal-estar docente” (Esteve, 1995); esgotamento, fadiga, burnout; Trabalho docente é considerado estressante: alta jornada de trabalho, conflitos com alunos, acúmulo de tarefas intra e extraclasse.

7 PROFESSOR E SAÚDE Tradicionalmente, a docência não tem sido uma profissão considerada de risco direto para a saúde. Em Estados Unidos, uma pesquisa, mostrou que 27% dos educadores padeciam problemas crônicos de saúde decorrentes do trabalho (OIT, 1981).

8 O Serviço Médico da Delegação de Educação do Governo Vasco (Espanha) mostrou que os problemas de saúde que mostraram mais dias de afastamento foram transtornos mentais, enfermidades osteomusculares, traumatismos e transtornos da fonação (Belandia, 2001). Em professores da rede particular de Salvador, 33% responderam afirmativamente a respeito de presença de problemas de saúde ocorridos nos últimos 15 dias antes da coleta dos dados (Araújo et al., 1998; Silvany et al., 2000).

9 Segundo Kohen & Valles (1994), 40% dos professores na Argentina vão à escola doentes.
O Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador, de Salvador, registrou, entre 1991 e 1995, demanda no ambulatório de 76 docentes. Quarenta e seis educadores (61%) foram diagnosticados como portadores de doenças ocupacionais (CESAT, 1997).

10 Segundo dados do Departamento de Educação de Araba, na Espanha, 27% dos professores ficaram afastados do trabalho no período 1996/97 por problemas de saúde (Lan Ossasuna, 1998).

11 CUSTOS E CONSEQÜÊNCIAS DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E TRABALHO DOCENTE
Para o professor Diversas enfermidades Depressões Para o aluno Para o sistema Custo econômico (ausentismo, abandono da profissão, custo econômico da enfermidade...) (Palomares, 2001)

12 OBJETIVOS Descrever características do trabalho dos professores em Salvador e Vitória da Conquista; Descrever condições de saúde dos professores de Salvador e Vitória da Conquista; Avaliar associação entre características do trabalho docente e condições de saúde física e mental em professores de Salvador e Vitória da Conquista

13 MÉTODOS

14 MÉTODOS Estudos epidemiológicos exploratórios de corte transversal
População estudada/Critério de seleção da amostra: 1- Rede particular de ensino básico de Salvador: selecionado por amostragem aleatória por conglomerados (escolas), estratificada, proporcional; 2- Rede particular de ensino básico de Vitória da Conquista: todos os professores das 10 maiores escolas; 3- Rede municipal de ensino pré-escolar e fundamental I e II de Vitória da Conquista: censo

15 MÉTODOS Foram incluídos os professores que:
Encontravam-se em efetivo exercício da atividade docente no momento da realização da pesquisa. Foram excluídos: Professores de educação física; Informática; e Línguas estrangeiras.

16 Os Questionários continham dados sobre:
MÉTODOS Os Questionários continham dados sobre: 1- Variáveis sociodemográficas (sexo, idade, cor da pele, escolaridade) 2- Trabalho profissional: carga horária, tempo de trabalho como professor, número de alunos e de turmas, turno de trabalho. 3- Condições de trabalho: avaliou-se as cargas de trabalho (barulho, luminosidade, mobiliário, temperatura, exigências físicas). 4- Avaliação de queixas de saúde e morbidade referida (queixas de sintomas osteomusculares, relacionados à voz, ao aparelho respiratórios, alergias) 5- Avaliação de saúde mental: investigou-se distúrbio psíquico menor usando o “Self Report Questionnaire” (SRQ-20).

17 Distúrbios Psíquicos Menores
MÉTODOS Distúrbios Psíquicos Menores Self Report Questionnaire” - SRQ-20 Instrumento auto-aplicado, com 20 itens; Ponto de corte 7 ou mais questões; “screening” para sintomas psíquicos não psicóticos; Padronizado internacionalmente e validado para a população brasileira; Desempenho aceitável quanto a sensibilidade, especificidade e validade.

18 CANSAÇO MENTAL - NERVOSISMO
MÉTODOS CANSAÇO MENTAL - NERVOSISMO Cansaço mental e nervosismo podem ser considerados respostas emocionais aos estresse (Begley, 1998) Cansaço mental: perda da capacidade potencial ou efetiva, corporal e psíquica (Laurell e Noriega, 1989) Nervosismo (irritabilidade) é uma manifestação psíquica que surge posteriormente ao estado de cansaço mental, que em última instância relaciona-se também ao processo de desgaste advindo do processo de trabalho (Seligmann-Silva, 1994)

19 RESULTADOS

20

21 Descrição geral da população estudada segundo o tipo de escola, Salvador, Bahia

22 Características do trabalho docente referidas pelos professores da rede particular de ensino de Salvador (N= 573).

23 Principais queixas referidas pelos professores da rede particular de ensino de Salvador (n = 573 professores).

24 Prevalência de distúrbios psíquicos menores (DPM) por tipo de Escola.

25 Média de queixas de doença por tipo de escola e presença de distúrbios psíquicos menores (DPM)

26 Rede Particular de Salvador
58 escolas, 575 professores Prevalência de Distúrbios Psíquicos Menores: 20,3% Associação com DPM: trabalho repetitivo insatisfação no desempenho das atividades ambiente intranqüilo e estressante desgaste na relação professor-aluno falta de autonomia no planejamento das atividades ritmo acelerado de trabalho pressão da chefia/coordenação

27 Vitória da Conquista-BA
Município no sudoeste do Estado da Bahia Com habitantes Economia baseada principalmente pelos serviços e pelo comercio.

28 Rede Particular de Ensino de Vitória da Conquista
APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA REDE PARTICULAR DE VITÓRIA DA CONQUISTA

29 Rede Municipal de Vitória da Conquista
219 escolas (186 na zona rural e 33 na zona urbana) e 20 creches 808 professores

30 Rede Municipal de Vitória da Conquista
Foram investigados mais detalhadamente aspectos da saúde mental. Dentre os problemas de saúde mais prevalentes na população estudada destacaram-se : * Cansaço Mental : 70,1 % * Nervosismo: 49,2% * Distúrbios psíquicos menores: 55%

31 Rede Municipal de Vitória da Conquista Associação estatística
Cansaço Mental Ser mulher Idade  27 anos Renda R$360,00 Lecionar 5 anos Vínculo estável Trabalhar zona urbana Carga horária  35h Alta demanda Nervosismo Ser mulher Idade 27 anos Ter filhos Nível médio de escolaridade Sobrecarga doméstica alta/média Não ter lazer regular Lecionar 5 anos Vínculo empregatício estável Trabalhar na zona urbana Carga horária  35h Alta demanda Baixo suporte social

32 Rede Municipal de Vitória da Conquista
Associação com Distúrbios Psíquicos Menores: das 37 variáveis independentes estudadas, 23 estiveram associadas, como por exemplo: sexo feminino zona de trabalho urbana vínculo de trabalho estável tempo como professor maior ou igual a 5 anos carga horária de trabalho maior ou igual 25h sobrecarga doméstica alta e média trabalho em alta exigência: alta demanda e baixo controle

33 Razões de Prevalência Bruta e Ajustada
Razões de Prevalência Bruta e Ajustada** (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%) para a associação entre grupos do Modelo Demanda-Controle e distúrbios psíquicos menores (DPM) para os professores de Vitória da Conquista, Bahia, 2002. Grupos do Modelo Demanda-Controle N* Prevalência de DPM RP Bruto (IC 95%) RP Ajustado Alta Exigência  Demanda +  Controle 72 77,8% 1,72(1,43-2,07) 1,74 (1,44-2,10) Trabalho Passivo  Demanda +  Controle 56 51,8 1,15(0,86-1,53) 1,24 (0,92-1,66) Trabalho Ativo  Demanda +  Controle 255 62,4 1,38(1,17-1,63) 1,35 (1,13-1,61) Baixa Exigência  Demanda +  Controle 257 45,1 1,00 * A Razão de Prevalência (RP) foi calculada com a situação de Baixa Exigência no denominador ** RP Ajustada por sexo, vínculo de trabalho, zona de trabalho, carga horária semanal em sala de aula e recebimento de ajuda em atividade doméstica. Utilizando-se a Análise de Regressão Logística Múltipla (ARLM). Ao final foi necessário proceder-se ao cálculo das estimativas de RP.

34 DISCUSSÃO

35 LIMITES DO ESTUDO Estudos de corte transversal
não estabelecem nexo causal; apontam associação entre variáveis estudadas; efeito do trabalhador sadio Viés de informação conflito entre sindicato e governo coleta no final do ano letivo ampliação do espaço democrático

36 PERFIL DOS PROFESSORES
Alto percentagem de mulheres Vários lugares de trabalho Elevada carga horária total de trabalho docente Baixa renda Alta percepção de demanda psicológica e física no trabalho

37 SAÚDE Elevada proporção de problemas de saúde referidos, destacando-se: Os relacionados com a postura corporal Os relacionados com a saúde mental Os relacionados com a voz Alta prevalência de distúrbios psíquicos menores: (42%)

38 FATORES DE RISCO Os relacionados com a postura corporal
Correção de trabalhos escolares Demanda física no trabalho Os relacionados com a saúde mental Demanda psicológica e suporte social Dedicação de tempo a atividades particulares Trabalho com alta exigência Os relacionados com a voz Uso incorreto da voz

39 PERSPECTIVAS DE ESTUDO

40 Revisão sistemática da literatura
Estudos longitudinais para estabelecer relações de causalidade Estudos de analise qualitativa que contemplem as variações interindividuais, influência histórica, política, social e cultura dos locais de trabalho

41 RECOMENDAÇÕES DE MUDANÇA
Eliminar demandas físicas desnecessárias no trabalho docente; Diminuir as demandas psicológicas; Aumentar o suporte social; Facilitar as condições para a realização de atividades promotoras de saúde (exercício físico e lazer); Informar aos professores sobre formas individuais de atenuar o estresse.

42 Os resultados do nosso estudo apóiam a hipótese de que o desgaste psíquico dos professores é determinado, em boa parte, pelo tipo e pela forma de organização de seu trabalho.


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