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Texto de Divulgação Científica
Profª Joelma Almeida
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Antepassados não tão distantes
Muita gente ainda se ofende com a insistência dos cientistas em nos chamarem de macacos evoluídos . Mas deveríamos nos orgulhar de nossos antepassados, que encontraram meios de sobreviver em um ambiente austero e cheio de predadores. Babuínos mostram uma grande sofisticação social, vivendo em grupos de aproximadamente 150 indivíduos que reúnem em torno de oito
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famílias. Pesquisadores como Dorothy Cheney e Robert Seyfarth, que passam vários períodos nas florestas de Botsuana, verificaram que babuínos, especialmente as fêmeas, desenvolvem fortes alianças familiares, defendendo membros da família em caso de desavenças com outros babuínos ou em ataques de predadores. Mas nossos parentes mais próximos são os chimpanzés, com quem dividimos 98,4% dos nossos genes. Jane Goodall, a pesquisadora inglesa que revelou ao mundo a sofisticação dos nossos primos
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passou anos nas florestas da Tanzânia observando seu comportamento
passou anos nas florestas da Tanzânia observando seu comportamento. Recentemente, um experimento na Universidade de Kyoto, no Japão, comparou a memória dos chimpanzés com a dos humanos. Sequências de cinco números de um a nove foram mostradas a estudantes e chimpanzés por frações de segundos na tela de um computador. Após 650 milésimos de segundo, os números do monitor viravam quadrados brancos. O teste envolvia tocar os quadrados em ordem numérica crescente.
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Tanto os estudantes quanto o chimpanzé acertaram 80% das vezes
Tanto os estudantes quanto o chimpanzé acertaram 80% das vezes. Quando o intervalo baixou para 210 milissegundos, os humanos acertaram 40% das vezes e o chimpanzé 80%. Perdemos para um macaco. “Talvez”, disse um dos pesquisadores, “nossa habilidade de contar atrapalhe”. No mínimo, o experimento mostra que nossos primos são bem menos distantes do que pensamos. Marcelo Gleiser Folha de S. Paulo, 25/05/2008
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Divisão do texto em parágrafos.
Estrutura Divisão do texto em parágrafos.
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1º Parágrafo – a tese Ideia central: Podemos perceber que a ideia central do texto é referente à teoria da evolução do homem, de Darwin, a partir do trecho “insistência dos cientistas em nos chamarem de macacos evoluídos”, logo no primeiro parágrafo. Explicação: No primeiro parágrafo ele ainda nos fornece uma breve explicação ao nos informar que “deveríamos nos orgulhar de nossos antepassados”.
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2º Parágrafo – comprovação
Provas: “Babuínos mostram uma grande sofisticação social, vivendo em grupos de aproximadamente 150 indivíduos que reúnem em torno de oito famílias.” Resultados de pesquisas: “Pesquisadores como Dorothy Cheney e Robert Seyfarth, que passam vários períodos nas florestas de Botsuana, verificaram que babuínos, especialmente as fêmeas, desenvolvem fortes alianças familiares, defendendo membros da família em caso de desavenças com outros babuínos ou em ataques de predadores.”
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3º Parágrafo – comprovação
Comparações: “nossos parentes mais próximos são os chimpanzés, com quem dividimos 98,4% dos nossos genes.” Resultados de pesquisas: “Jane Goodall, a pesquisadora inglesa que revelou ao mundo a sofisticação dos nossos primos, passou anos nas florestas da Tanzânia observando seu comportamento.”
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4º Parágrafo – comprovação
Experimento: “um experimento na Universidade de Kyoto, no Japão, comparou a memória dos chimpanzés com a dos humanos. Sequências de cinco números de um a nove foram mostradas a estudantes e chimpanzés por frações de segundos na tela de um computador. Após 650 milésimos de segundo, os números do monitor viravam quadrados brancos. O teste envolvia tocar os quadrados em ordem numérica crescente.”
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5º Parágrafo - conclusão
Dados estatísticos: “Tanto os estudantes quanto o chimpanzé acertaram 80% das vezes. Quando o intervalo baixou para 210 milissegundos, os humanos acertaram 40% das vezes e o chimpanzé 80%.” Fala do pesquisador: “Talvez nossa habilidade de contar atrapalhe” Ratificação da tese: “No mínimo, o experimento mostra que nossos primos são bem menos distantes do que pensamos.”
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Finalidade do gênero, perfil dos interlocutores, suporte e linguagem.
Características Finalidade do gênero, perfil dos interlocutores, suporte e linguagem.
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Finalidade do gênero O texto de divulgação científica objetiva transmitir um conhecimento de natureza científica. No texto em questão, há ainda a preocupação do autor em defender a ideia de que o homem é descendente de macacos, teoria defendida através de exemplos e pesquisas.
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Perfil dos interlocutores
O texto de divulgação científica deve se preocupar com o público ao qual está destinado. O texto em questão, relativamente simples, tem a finalidade de informar um público amplo e heterogêneo, já que apresenta uma linguagem que não exige conhecimentos profundos sobre a teoria da evolução do homem.
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Suporte O suporte ou veículo do texto de divulgação científica geralmente são revistas, jornais e sites da Internet. Dependendo do suporte, podemos ter ideia de com que tipo de público lidaremos. O suporte do texto em questão foi um jornal de grande circulação e de fácil acesso; daí já podemos inferir que o texto deve informar os leitores em geral.
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Linguagem Variedade padrão da língua;
Termos e expressões científicos (genes, pesquisas, experimento, etc); Verbos principalmente no presente do indicativo; Linguagem clara, objetiva e impessoal.
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Dicas para a produção
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Para produzir um bom texto...
Planeje seu texto, tendo sempre em vista o perfil dos leitores. Inicie o texto com um parágrafo que coloque em evidência uma tese. Desenvolva a tese ou assunto por meio de “provas”. Empregue uma linguagem clara, objetiva e impessoal. Use a variedade padrão da língua.
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Use verbos predominantemente no presente do indicativo.
Revise seu texto observando se ele expõe com clareza o assunto escolhido e se desenvolve bem as ideias a partir de comprovações. Verifique a estruturação do texto em parágrafos, o uso dos termos científicos e a variedade linguística utilizada. Antes de passar a limpo o seu texto releia o seu rascunho e faça possíveis correções gramaticais, ortográficas e textuais. Lembre-se de que você é o primeiro corretor do seu texto.
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Revisando...
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Responda rápido! O que chamamos de tese no texto de divulgação científica? Que “provas” são válidas para um bom texto de divulgação científica? Qual o papel da conclusão do texto? Como deve ser a linguagem do texto de divulgação científica?
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Exercite-se! Produza um texto de divulgação científica sobre efeito estufa e aquecimento global, para ser lido por outros alunos de sua escola. Você pode explicar o que é e como ocorre o efeito estufa, quem polui mais, quais as consequências dele, como ocorre no Brasil, como afeta a saúde, medidas para conter seu agravamento etc. Use os textos a seguir como base.
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Protocolo de Kyoto Foi realizado em dezembro de 1997, em Kyoto, no Japão, a terceira conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima, com a presença de representantes de mais de 160 países. Teve os seguintes objetivos: a) fixar compromissos de redução e limitação da emissão de dióxido de carbono e outros gases responsáveis pelo efeito estufa, para os países desenvolvidos; b) trazer a possibilidade de utilização de mecanismos de flexibilidade para que os países em desenvolvimento possam atingir os objetivos de redução de gases do efeito estufa. O mercado de CERs - Certificados de Emissões Reduzidas anda em franca expansão no Brasil. Espera-se que os países da UE estabeleçam um acordo paralelo ao protocolo global, assinado em 1997, no Japão. Com isso, o comércio dos CERs junto as nações em desenvolvimento e os critérios acumulados até então estarão assegurados. O mundo começará a sofrer os efeitos do aquecimento do clima, e tanto consumidores quanto o mercado, darão preferências para empresas que se preocuparem com as questões ambientais.
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O que é Efeito Estufa? É um fenômeno ocasionado pela concentração de gases (como dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e os clorofluorcarbonos - estes últimos resíduos de produtos industrializados) na atmosfera, formando uma camada que permite a passagem dos raios solares e que absorve grande parte do calor emitido pela superfície da Terra. Os clorofluorcarbonos (CFCs) produzidos pela indústria química, são poderosos gases com efeito estufa. Eles também reagem com o ozônio troposférico, destruindo, dessa forma, a camada de ozônio. Alguns gases da atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), funcionam como uma capa protetora que impede que o calor absorvido da irradiação solar escape para o espaço exterior, mantendo uma situação de equilíbrio térmico sobre o planeta, tanto durante o dia como noite. Sem o carbono na atmosfera, a superfície da Terra seria coberta de gelo. O efeito estufa na Terra é garantido pela presença do dióxido de carbono, vapor de água e outros gases raros. Esses gases são chamados raros porque constituem uma parcela muito pequena na composição atmosférica, formada em sua maior parte por nitrogênio (75%) e oxigênio (23%).
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