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PublicouAmanda Dutra Alterado mais de 11 anos atrás
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No dia do juizo escurecerão as estrelas não pela diminuição da sua luz intensa, mas pela claridade que chegará da verdadeira Luz: JESUS Beda Marcos 13, Tempo Comum –B- // 15 Novembro 2009 Autora: Asun Gutiérrez
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Na Bíblia há dois livros apocalípticos: o livro de Daniel e o Apocalipse de João. Mas há alguns parágrafos de outros livros que têm esta mesma forma literária. Por exemplo, o evangelho de hoje, que faz parte de um parágrafo maior: Mc 13,1-31 e que os biblistas chamam Discurso escatológico de Jesus. Textos que serviram noutros tempos para assustar e para tratar de fundamentar uma imagem de Deus que produzia medo e rejeição, em vez de atracção e vontade de O escutar. Hoje está claro que essa não é a imagem e o ser de Deus que Jesus nos transmite. A interpretação da Palavra tem de se situar no tempo e na cultura em que foi escrita, e tem de se connhecer o género literário que se utiliza em cada livro da Bíblia. A liturgia deste domingo, último do Tempo Comum, propõe-nos uns textos que pertencem ao género apocalíptico, um dos mais estranhos para nós, frequente entre alguns grupos judeus e cristãos da época. Os seus destinatários eram, geralmente, grupos em crise aos quais oferecia uma mensagem de ânimo e consolo. Entender este texto como simples ameaça de catástrofes e calamidades, é não ter compreendido nada do pensamento de Jesus. Não se trata duma descrição angustiante, mas cheia de esperança.
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Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Jesus é sempre Boa Notícia. As imagens que usa esta literatura apocalíptica estão cheias e transbordantes de vida. Para despertar a esperança, para afirmar a confiança em Deus. Mais importante que o medo perante o futuro é o ânimo para o presente. Mais que um discurso sobre os últimos tempos é a indicação de como há que viver cada dia. Referem-se mais às atitudes que aos acontecimentos. Não se trata tanto do fim do mundo natural mas do fim do mundo da tristeza, da doença, das desgraças, da morte... A vinda e a presença definitivas de Jesus são, para toda a humanidade, motivo do maior consolo e da maior esperança.
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Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu. Temos a grande sorte e a imensa alegria de saber que O que virá como Juiz é O mesmo em quem acreditamos, a quem escutamos, em quem confiamos, a quem tentamos seguir. Quem mais nos compreende e mais nos quer?! A nossa vida está orientada para o nosso encontro feliz e definitivo com Jesus. Que virá, que está a vir já à minha vida, aos meus sonhos, ao meu coração, ao meu mundo... Que trará, que está a trazer já a alegria, a verdade, a paz, as ocasiões para amar, uma canção de esperança... Esse é o anúncio que Deus nos promete em Jesus. E a missão que Ele nos propõe. O seu triunfo definitivo implica também o nosso.
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Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Jesus convida-nos a viver em profundidade, com alegria e responsabilidade, a prestar atenção aos sinais dos tempos, porque o futuro palpita no nosso presente como a vida na figueira, aparentemente sem vida durante o frio inverno. Ainda que às vezes sintamos “outonos” na nossa vida, temos a segurança de que breve os ramos se porão tenros, aparecerão os brotos Chegará o nosso Verão.
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Jesus convoca-nos. É a festa da nova humanidade.
Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai. O importante não é saber “quando" e "como" sucederão estas coisas do fim, nem para o cosmos nem para a humanidade nem para cada um de nós. As coisas que ocorrerão no final do mundo, ou no momento da nossa morte, já nos estão a acontecer no dia a dia. Esperemos com as portas abertas de par em par, com mãos trabalhadoras, com olhos limpos e libertos de tristeza e com o coração cheio de ternura. Jesus convoca-nos. É a festa da nova humanidade. É a festa da Esperança!
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Deixa já esses cantos intermináveis, esse passar e repassar as tuas contas...
A quem adoras nesse obscuro e solitário recanto do templo com todas as portas fechadas? Deus está onde o lavrador lavra a terra dura, onde o caminheiro parte a pedra. Está, com eles, sob o sol e sob a chuva, e a sua roupa está coberta de pó. Tira esse manto sagrado e baixa com Ele à terra empoeirada! Falas de libertação. Onde queres encontrar a libertação? O próprio Mestre se uniu alegremente à criação, se uniu a todos nós para sempre. Sai das tuas meditações. Põe de lado as tuas flores e o teu incenso! Que importa que as tuas roupas se rasguem ou se sujem? Vai ao seu encontro, põ-te junto a Ele, a trabalhar, com o suor do teu rosto! Vou ao teu encontro, Senhor! Rabindranath Tagore Vai ao seu encontro
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