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A América Latina e o subdesenvolvimento Por que esta parte do continente ficou para trás? 1.As explicações tradicionais até o final do século XIX: clima,

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1 A América Latina e o subdesenvolvimento Por que esta parte do continente ficou para trás? 1.As explicações tradicionais até o final do século XIX: clima, raças 2.As explicações economicistas 3.As explicações culturalistas 4.A criação da CEPAL e as explicações estruturais 5.O desempenho da América Latina a partir de 1945 6.Algumas explicações mais recentes 7.Obstáculos ao desenvolvimento

2 BIBLIOGRAFIA -BONFIM, M. A américa Latina. Males de origem. 1905. -FAORO, R. Os donos do Poder. Editora Globo, 1975, 2 vol. -FURTADO, C. Formação econômica da América Latina, RJ, Lia, 1969. -GUNDER FRANK, A. Capitalismo y subdesarrollo em America Latina. Buenos Aires, Signos, 1970. -LANDES, D.S. Riqueza e pobreza das nações. RJ, Campus, 1998. -MARX, K. O Capital. 1867. -MONTESQUIEU. O espírito das Leis. 1748. -MORSE, Richard. O espelho de Próspero. SP, Cia. das Letras, 1988. -PRADO JÚNIOR, C. Formação do Brasil contemporâneo, 1942. -SOTO, Hernando de. O mistério do capital. RJ, Record, 2001. -WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo, 1904.

3 Explicações anteriores ao final do século XIX (I) O calor excessivo diminui a força e a coragem dos homens, ao passo que nos climas frios uma certa força de corpo e de espírito leva os homens a fazer ações duradouras, grandes e ousadas. Nota-se isso não apenas de nação para nação, mas também dentro de um país, de uma região para outra. Os povos do norte da china são mais corajosos que os do sul. Não devemos nos espantar que a covardia dos povos de clima quente os tenha, quase sempre, tornados escravos, e que a coragem dos povos de climas frios os tenha mantido livres. É uma conseqüência que deriva de sua causa natural. (MONTESQUIEU, 1748)

4 Explicações anteriores ao final do século XIX (I) A pátria do capital não é o clima tropical com sua vegetação exuberante, mas a zona temperada. Uma natureza excessivamente pródiga mantém o homem preso a ela como uma criança sustentada por andadeiras. Ela não lhe impõe a necessidade de desenvolver-se. (KARL MARX, 1867)

5 Explicações iniciadas no final do século XIX: 1. O parasitismo colonial Manoel Bonfim foi talvez o primeiro, num livro publicado em 1905, a criticar as explicações baseadas no clima e nas raças inferiores (ou mistura de raças) – uma crítica ao darwinismo social – enfatizando as origens do atraso da América Latina na colonização ibérica, com base na idéia de um parasitismo das metrópoles, que se acomodaram com as suas ricas colônias. Com base na biologia (e sua formação como médico), ele afirma que o parasitismo produz degeneração (órgãos não utilizados se atrofiam) e esse traço do colonizador teria sido herdado pelas elites coloniais e, mais tarde, pelas classes dominantes das novas nações independentes.

6 Explicações iniciadas no final do século XIX: 2. A colonização mercantilista Com base na tipologia de colonização de Marx, autores latino-americanos (no Brasil, Caio Prado Júnior foi um pioneiro) distinguem entre colônias de povoamento (NE dos EUA, Canadá) e colônias de exploração (América Latina), sendo estas as verdadeiras colônias da época mercantilista, na qual houve a acumulação primitiva do capital: No seu conjunto, e vista do plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial.(...) É este o verdadeiro sentido da colonização tropical(...) Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde mais tarde ouro e diamantes, depois algodão, e em seguida café, para o comércio europeu. Nada mais que isto. E com tal objetivo, exterior, voltado para fora do país e sem atenção a considerações que não fossem aquele comércio, que se organização a sociedade e a economia brasileiras. (Caio Prado Júnior) Essa interpretação marcou uma inovação no marxismo latino-americano e uma ruptura com a leitura mecanicista [feudalismo no Brasil e AL, dentro da visão das etapas dos modos de produção feudalismo, capitalismo...] do PCB, com o qual Caio Prado Júnior rompeu nos anos 1950.

7 Explicações iniciadas no final do século XIX: 3. O catolicismo ibérico da contra-reforma Max Weber, em 1904, procurou explicar o desenvolvimento do capitalismo nos EUA com base na ética protestante (ou melhor, calvinista), que seria mais adequada que a moral católica [que condenava a usura e os empréstimos de dinheiro, exorcizando ainda o acúmulo de capital ou de riquezas] para o desenvolvimento econômico devido à valorização do trabalho com vistas a acumular riquezas. Com base nisso vários weberianos procuraram explicar o atraso da AL com base no predomínio do catolicismo (além de tudo de dois países culturalmente atrasados na Europa, Portugal e Espanha, que conheceram uma violenta inquisição, que não conheceram o Renascimento como a Itália católica, etc.) no catolicismo, além da não valorização do trabalho sob o capitalismo, há a necessidade de um mediador, um intermediário entre Deus e os homens (o padre, a Igreja), ao contrário do calvinismo (no qual qualquer um pode legitimamente dialogar com Deus lendo a Bíblia com a sua consciência) daí a multiplicação de intermediários no Brasil e na AL, além de uma desconfiança frente ao mercado e aos que enriqueceram, sempre vistos como maus.

8 As explicações da CEPAL (Comissão Econômica para a AL e o Caribe) e as teorias da dependência (I) A CEPAL, criada em 1948 pela ONU, reuniu economistas e cientistas sociais em geral marxistas [Raúl Prebish, Celso Furtado, Osvaldo Sunkel, Maria da C. Tavares, Aníbal Pinto, FHC e Enzo Falleto...], mas que procuraram usar um vocabulário mais keynesiano para explicar o atraso [para eles sinônimo de ausência de industrialização] latino-americano. Primeiro, criaram as idéias de Periferia (economias centrais ou desenvolvidas versus as periféricas ou subdesenvolvidas) com a deterioração dos termos de troca, na qual os produtos primários [da periferia] sempre perdiam valor no mercado mundial frente aos bens industrializados [do centro].

9 Continuação... A solução seria um planejamento para a industrialização nacional em cada país da região, uma industrialização centrada, uma busca de auto-suficiência com integração regional na AL. O planejamento seria também a solução para os desequilíbrios regionais, para desenvolver as regiões mais atrasadas dentro de um país: por ex. o NE brasileiro

10 As explicações da CEPAL (Comissão Econômica para a AL e o Caribe) e as teorias da dependência (II) Depois criaram a idéia de Dependência (comercial, tecnológica, cultural) dos países periféricos, mas uma dependência possível de ser superada dentro do capitalismo, ao contrário da visão dos dependicistas radicais [A. Gunder Frank, Teotônio dos Santos, Rui Mauro Marini, Rodolfo Stavenhagen, Pablo G.Casanova...], que achavam que a única solução para o atraso seria a revolução socialista, isto é, a mudança no modo de produção. - A partir dos anos 1980 e 90, em face do fracasso do mundo socialista, do recuo das idéias marxistas e do avanço do neoliberalismo [e também da falácia das velhas idéias da CEPAL e da precária situação da AL], os cepalinos começam a incorporar outras idéias, inclusive neoliberais uma nova fase da CEPAL, que passa a buscar novas explicações (culturais, jurídicas, políticas, geográficas)

11 O desempenho econômico da AL desde 1945 Taxas anuais crescimento do PIB 1950-80 1980-901990-2001 2001-2007 Brasil 7% 1,3% 1,8% 2,88% México 6,5% 1% 3,1% 3,3% Argentina 3,8% -1,1% 5,8% 3,4% Chile 3,9% 1,4% 7,7% 3,66% Colômbia 5,1% 2,8% 3,6% Venezuela 3,6% 1,9% 2,8% 3,3% Média AL 6% 0,8% 3,2% 2,44% Média Mundo 4,6% 2,9% 3,3% 3,38%

12 Distribuição social da Renda em alguns países selecionados PaísOs 10% mais ricos (A) Os 40% mais pobres (B) Diferença entre A e B Argentina 38,9% 10,3% 3,77 Brasil 46,9% 8,3% 5,65 Colômbia 46,5% 9,3% 5,0 Equador 41,6% 10,8% 3,85 México 43,1% 10,3% 4,18 Uruguai 33,5% 14,1% 2,37 Índia 28,5% 21,2% 1,34 Bangladesh 26,7% 21,5% 1,24 Indonésia 28,5% 20,3% 1,4 Nigéria 40,8% 12,6% 3,23 Senegal 33,5% 16,7% 2,0 Tanzânia 30,1% 17,8% 1,69 Japão 21,7% 24,8% 0,875 Noruega 23,4% 23,6% 0,9

13 Obstáculos ao desenvolvimento: 1. Péssima distribuição social da renda 2. Carência de cidadania e liberdades democráticas 3. Sistemas educacionais medíocres 4. Corrupção, desperdício e desvio de recursos 5. Sistema judiciário ruim e demorado, que favorece a impunidade 6. Burocracia e excesso de impostos 7. Infra-estrutura precária 8. Valores culturais que não enfatizam trabalho, estudo, a honestidade (?)


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