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PublicouMaria de Begonha Raminhos Oliveira Alterado mais de 8 anos atrás
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O LIVRO DIDÁTICO NAS POLÍTICAS DE CURRÍCULO
GI, setembro de 2009
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Políticas de Currículo: reconfigurações na análise
A maioria dos trabalhos que articulam política e currículo consideram o Estado como único produtor de política. “... o currículo tendia a ser compreendido, e ainda tende, como influenciado pela política, mas não como produtor de política.” (p. 206)
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Política curricular como uma produção de sentidos e significados para as decisões curriculares em múltiplos contextos (Stephen Ball). Contexto de produção de textos Contexto das práticas Contexto de influência
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Estado Governos Meio acadêmico Práticas escolares Livros didáticos Mercado editorial
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O Livro Didático como Currículo Escrito
Espera-se que o livro didático seja o melhor possível (equipe de avaliação MEC) Espera-se uma boa formação dos professores para que eles façam as escolhas dos LD. A concepção do livro didático não é questionada.
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Estudos sobre livro didáticos
Uso do LD pelos professores Programas governamentais de distribuição de LD Erros e problemas de abordagens em LD “Não parece ser considerado que, na análise do livro, há necessidade de que se leve em conta a cultura escolar na qual este livro está inserido, de forma a se compreender seu caráter produtivo por meio de suas múltiplas leituras.” (p. 211)
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A defesa da distribuição dos livros didáticos às escolas é vista como a forma mais efetiva de apresentar uma proposta curricular aos professores e alunos e não como uma produção cultural dentre outras. (p. 212)
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“Não há uma problematização dos princípios de seleção dos conteúdos dos livros didáticos, exceto para identificar um ou outro conteúdo que é mais valorizado ou excluído. A lógica dessa organização permanece como previamente aceita.” (p. 213)
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O Livro como Texto Curricular Híbrido
Para Apple, os livros didáticos são produtos de relações entre grupos específicos de pessoas com poderes diferenciados. Possui um caráter político, cultural e econômico. Currículo escrito
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“Considero mais pertinente entender o livro como um texto curricular que reinterpreta sentidos e significados de múltiplos contextos e que constitui uma produção cultural a se efetivar nas diferentes leituras realizadas no espaço escolar.” (p. 214)
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O livro didático é um texto curricular híbrido que atravessa o ciclo contínuo das políticas descrito por Ball: o contexto da influência internacional; o contexto de definição dos textos oficiais das propostas; o contexto da prática. (p. 215)
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Inclusão de abordagens relativas à contextualização e a interdisciplinaridade;
Incorporação de discursos relativos às competências e à inserção no mundo do trabalho; Adaptação de produções já existentes; Algumas produções novas, mas que antes dos parâmetros eram produzidas por grupos de pesquisa sobre ensino em universidades.
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O livro é pensado para ser o guia curricular.
Os elementos do LD buscam esclarecer o que e como o curso deverá ser desenvolvido; Manual do professor é o livro dos alunos com as respostas; Não há discussões pedagógicas. O livro é pensado para ser o guia curricular.
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Conclusões: redefinindo o livro nas políticas de currículo
“Com base na análise apresentada, considero o livro didático como um texto curricular que circula no contexto da prática, na qual é reinterpretado, mas que igualmente é fruto da recontextualização, por cruzamentos híbridos, de discursos da prática, do contesto de influência internacional, do contexto de definições curriculares, centrado nos governos e suas agências, e dos contextos acadêmicos. No cruzamento desses discursos, as leituras são múltiplas, mas alguns sentidos e significados são privilegiados.” (p. 221)
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Retirar a característica de “didático” e incluí-lo no conjunto dos demais livros, para que não haja um guia da ação curricular. O processo de pedagogização de conteúdos culturais deve ser desenvolvido no processo de recontextualização na cultura escolar.
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Como seria a escola sem livros didáticos?
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Referência: LOPES, A. C. Currículo e Epistemologia, Ijuí: Ed. Unijuí, 2007.
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