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Tratamento anti-retroviral (TARV)

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Apresentação em tema: "Tratamento anti-retroviral (TARV)"— Transcrição da apresentação:

1 Tratamento anti-retroviral (TARV)

2 O que são anti-retrovirais?
ARV são drogas que inibem a replicação do vírus, revertendo a progressão da doença Ao passo que a carga viral reduz, as células CD4+ aumentam no sangue Resultado: aumenta a habilidade do corpo reagir contra a doença. Replicação do HIV Resposta imunológica Pontos de Discussão Como o HIV se replica dentro da célula CD4+, o vírus destrói aquelas células e gradualmente enfraquece o sistema imunológico. Então, por diminuir a habilidade do HIV se replicar, o TARV controla a infecção do HIV e então protege o sistema imunólógico , que de outra forma seria destruído. Com o sistema imunológico restaurado e protegido, o corpo pode lutar contra infecções como num indivíduo saudável.

3 Como os ARVs funcionam... Relembrando - o HIV usa as células CD4+ como fábricas de HIV Os medicamentos ARVs vão dentro da “fábrica” e reduzem sua habilidade de replicar o vírus Cada tipo de medicamento ARV bloqueia o vírus em um lugar da célula No fim, poucos vírus são feitos… MAS, os medicamentos ARVs não curam o HIV!! CD4 Pontos de Discussão Revise com os participantes as informações discutidas no módulo 2, sobre como o HIV funciona e como a doença evolui. ARVs inibem a replicação de células CD4+. Usar a analogia da “fábrica” pode ajudar os participantes a entenderem. O HIV usa a célula CD4+ como uma fábrica. O vírus precisa das máquinas dentro da célula para se replicar. Então, ele invade a fábrica e começa a se replicar, usando todas as “máquinas” da célula. Milhões de novos vírus são fabricados. Os medicamentos ARVs interrompem o processo da replicação de vírus dentro da célula CD4+, de forma que novos vírus não sejam produzidos. Assim tem-se menos vírus no organismo, para infectar e destruir as células CD4+.

4 Como os ARVs funcionam... Outros medicamentos atuam aqui Célula CD4+
HIV HIV HIV HIV Alguns medicamentos atuam aqui

5 Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado e Domingo
Tomar TODOS OS DIAS Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado e Domingo Uma vez iniciada a medicação para HIV, não se deve interrompê-la, a menos que o médico peça

6 Quem deve tomar ARVs? Tratamento deve ser determinado por um médico
Geralmente Pessoas HIV+ com CD4 MENOR que 200 OU Pessoas HIV+ com CD4 MAIOR que 200, mas com infecção oportunista específica

7 Primeiros factores a serem considerados quando iniciar a terapia
Guia Nacional de ARVs de Mozambique Efeitos secundários potenciais Condições de saúde concorrentes Incluir resultados anormais de laboratórios Pontos de Discussão Há vários factores que devem ser considerados quando iniciar o TARV com um paciente.

8 Primeiros factores a serem considerados quando iniciar a terapia (2)
Interacção demedicamentos Gravidez Habilidade de aderência Aderência é considerado o indicador primário do sucesso do TARV Este deve ser um factor primário Pontos de Discussão Gravidez: Porque certos medicamentos ARVs tem diferentes efeitos no feto, grávidas devem receber algumas considerações especiais quando estão no TARV.

9 Avaliação clínica antes de iniciar o TARV
Avaliar estadio da infecção Identifique outra condição médica co-existente (exemplo: hepatite crônica) Isso talvez influencie a escolha de medicamentos e risco de efeitos secundários Listar medicamentos atuais (inclusive ervas e tradicionais) Pontos de Discussão Mesmo que os conselheiros não sejam envolvidos na avaliação clínica, eles devem estar cientes dos fatores clínicos que podem contribuir para a preparação do paciente ao TARV. A decisão de quando iniciar o tratamento é importante por várias razões, tais como: Tratamento pede um compromisso de longo termo do paciente O uso correto e consistente dos medicamentos é fundamental para o tratamento funcionar e durar. ARVs podem causar efeitos secundários Colocar o paciente em TARV muito cedo (antes da hora) pode causar toxidade e resistência Estadio da Infecção: Avaliar o histórico do paciente, exame físico e possíveis problemas de saúde relacionados ao HIV. Estes problemas podem precisar de treinamento (exemplo: TB).

10 Avaliação clínica antes de iniciar o TARV (2)
Avaliar riscos: comportamento sexual e dependência de drogas Avaliar preparo do paciente para iniciar TARV Compromisso em tomar os medicamentos de maneira correcta e consistente para o resto da vida Pontos de Discussão Comportamentos de risco: sexual e dependência química Mesmo que o TARV diminua a quantidade de vírus no corpo, o tratamento não elimina o risco de transmissão do vírus para outra pessoa. O HIV ainda poderá ser transmitido, mesmo que a carga viral esteja em níveis indetectáveis nos exames. Uso e acesso a preservativos História menstrual Avaliar possiblidade de gravidez e planos/riscos de gravidez

11 Os benefícios do TARV Depois de algumas semanas em TARV, o paciente começa a ter mais apetite, ganhar peso e a mulher começa a menstruar novamente Muitas pessoas registam um aumento de nível de energia e bem-estar Pessoas podem voltar a trabalhar, estudar e seguir uma dia-a-dia regular

12 Os benefícios do TARV (2)
Aumenta sobrevivência Melhora qualidad de vida Restaura a esperança Beneficia tanto adultos quanto crianças Previne infecções oportunistas Altera/ reverte o curso de infecções oportunistas existentes Diminui hospitalização Pontos de Discussão Existem muitos benefícios para se usar TARV. O TARV ajuda a estabilizar o sistema imunológico, por reverter a destruição progressiva do sistema imunológico e aumentar a contagem de CD4+. Como o desenvolvimento de infecções oportunistas é associado a um sistema imunológico fraco e baixa contagem de CD4+, estas infecções também são prevenidas com tratamentos anti-retrovirais. Nos Estados Unidos e na Europa, o TARV tem diminuído o número de hospitalizações para tratamento de infecções relacionadas com HIV. O número de mortes relacionadas à SIDA também diminuiu de maneira dramática. O Brasil, país com recursos limitados, conseguiu diminuir em 80% o número de hospitalizações e diminuir entre 40-70% o número de mortes relacionadas à SIDA, graças à introdução do TARV. Esta redução significou uma economia para o país de 677 milhões de dólares. Em outros países, como Tailandia, Senegal, e Uganda, a qualidade de vida de pessoas com HIV+ também aumentou com a terapia e a esperança foi restaurada. O TARV também reduz a transmissão vertical de vírus, ou seja, de mãe para filho Conselheiros voluntários e centros de teste podem identificar pessoas HIV+ que precisam de cuidados de saúde, tratamento e informação sobre prevenção. Os anti-retrovirais mudam o peso do HIV de ‘doença terminal (fatal)’ para doença “crônica”

13 Antes do TARV Photograph by: David Walton
Copyright  2003 Partners In Health Photograph by: David Walton Copyright  2003 Partners In Health

14 Depois do TARV 1 Ano Depois Photograph by: David Walton
Copyright  2003 Partners In Health Photograph by: David Walton Copyright  2003 Partners In Health 1 Ano Depois

15 Grupos de ARVs Os medicamentos anti-retrovirais são classificados em três grandes grupos, conforme seus mecanismos de acção: Inibidores Nucleosídicos da Transcriptase Reversa (INTR) Inibidores Não Nucleosídicos da Transcriptase Reversa (INNTR) Inibidores de Protease (IP) Pontos de Discussão Há três enzimas envolvidas na replicação do HIV. Sem estas enzimas, o HIV não consegue se replicar. A primeira enzima é transcriptase reversa. Ela actua na enzima transcriptase reversa do HIV, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. A cadeia torna-se defeituosa e, por conseqüência, impede que o vírus penetre no núcleo e crie novos vírus. Integrase é outra enzima. Ela ajuda o DNA viral DNA a se integrar ao DNA da célula. E a Protease é essencial para a finalização, ao juntar as partículas virais em novos vírus. Os ARVs podem bloquear essas enzimas de trabalhar, e por isso interrompem o processo de replicação.

16 TARV e Efeitos Secundários
Efeitos secundários de curto e longa duração Interacções com outros medicamentos ou medicina tradicional Se o vírus não for inteiramente suprimido, resistência pode ser gerada Isto fará o TARV perder sua eficiência Também limitará outras opções de tratamento, combinações de anti-retrovirais Pontos de Discussão Efeitos secudários serão abordados no fim desta sessão.

17 O que é resistência? O HIV se reproduz muito rapidamente, fazendo bilhões de vírus diariamente Normalmente, o vírus faz pequenos erros quando se replica Cada nova geração é um pouco diferente da geração de vírus anterior Algumas mudanças na estrutura do vírus podem ser resistentes aos anti-retrovirais Quando a mudança na estrutura do vírus faz com que este possa se reproduzir mesmo na presença de anti-retrovirais, é porque o vírus criou resistência ao medicamento Pontos de Discussão Mutação e Resistência Mudanças na estrutura do vírus podem aumentar a habilidade do vírus se reproduzir, independentemente do nível de anti-retrovirais. O vírus que sofre mutação pode ser resistente aos medicamentos anti-retrovirais. Quando um medicamento anti-retroviral é introduzido, este pode ser capaz de impedir a multiplicação do vírus original, MAS não daqueles que sofreram mutação. Vírus com mutações continuarão a se multiplicar rapidamente, sem que os anti-retrovirais consigam ter efeito. Mutação Para compreender esta idéia, pense numa caixa de fósforos: Se observar atentamente, reparará que alguns fósforos têm um aspecto um pouco diferente dos outros. Trata-se de um pequeno erro ocorrido durante o processo de fabricação deles. O mesmo se aplica ao HIV: acidentalmente, o HIV produz algumas cópias que não se assemelham exactamente a original. Estas variações designam-se por mutações. Resistência A resistência é resultado de uma alteração na membrana do vírus que compromete a eficácia dos fármacos anti-retrovirais. Algumas das variações ou mutações do HIV podem apresentar um “revestimento”. diferente, o que faz com que o vírus esteja mais bem protegido contra os fármacos do TARV.

18 Terapia Tripla Este é a forma mais forte e eficiente de inibir a replicação do HIV Tem um efeito poderoso no processo de replicação, mas não são capazes de remover os vírus do corpo A terapia tripla é a combinação de três medicamentos anti-retrovirais, sendo que pelo menos um deles é de grupo diferente Exemplo: dois medicamentos de um grupo e um de outro grupo Três medicamentos podem inibir com mais eficiência a replicação e conseqüentes erros e gerações mutantes do vírus HIV Pontos de Discussão: Terapia tripla O rápido progresso no desenvolvimento do tratamento com anti-retrovirais levou à introdução do tratamento anti-retroviral altamente activo (HAART). HAART é uma combinação de pelo menos três medicamentos anti-retrovirais (MARVs), que revolucionou o tratamento da infecção pelo HIV. Esse tratamento é conhecido também como terapia tripla ou coquetel. A combinação de fármacos anti-retrovirais aumenta a eficiência do tratamento, pois cada medicamento ataca o vírus de uma forma diferente. A terapia tripla é o padrão mundial no tratamento da infecção pelo HIV e, também, o esquema do TARV adoptado em Moçambique. Seu objetivo central é retardar a replicação do HIV no sangue. Embora não seja uma cura para a infecção pelo HIV, o resultado é normalmente uma supressão quase total da replicação do HIV. O tratamento tem que ser para toda a vida. Como veremos ainda neste módulo, para combater o HIV, é necessário utilizar pelo menos dois medicamentos de classes diferentes.

19 Uma grande preocupação!
Se resistência se desenvolve: Os medicamentos não conseguem controlar a replicação do vírus A multiplicação de vírus enfraquece o sistema imunológico cada vez mais Infecções Oportunistas acontecem, a SIDA se desenvolve Também, há uma quantidade limitada de drogas disponíveis! Pontos de Discussão Conselheiros tem um papel importante de prevenir a resistência e devem ajudar os pacientes a entenderem a importância da aderência e desenvolver estratégias que irão ajudá-los na aderência. A ameaça da resistência (e consequente falha terapêutica  quando os remédios param de funcionar) não podem ser subestimados Se ocorre resistência, as pessoas que inicialmente responderam bem ao TARV podem ficar doentes If resistance occurs, people who have initially responded well to ARVs will become unwell again as the ARVs can no longer control the new mutant viruses. In turn, the mutant virus replicates, damages the immune system and OIs commence again. Also, if drugs fail, there are not many others to try after that.

20 Resistência cruzada Resistência a uma única droga de um grupo de ARV pode causar resistência a todas as drogas daquele grupo! Pontos de Discussão Lembre os participantes dos grupos de ARVs já apresentados. Importante: se um paciente desenvolve resistência a um medicamento, ele pode também desenvolver resistência a todos os medicametos do mesmo grupo. Por exemplo, se ele gerou resistência ao D4T, o indivíduo pode ter resistência também ao AZT (que também é um INTR), mesmo que ele nunca tenha tomado AZT. Por tanto, o AZT não deverá ser tomado e as opções de medicamentos serão limitadas.

21 Cada paciente é diferente
Importante! Pessoas respondem diferentemente ao tratamento Enquanto um tratamento pode suprimir a replicação viral em um paciente perfeitamente, em outro, pode desenvolver resistência Pontos de Discussão Enquanto o regime pode suprimir o vírus bem em uma pessoa, pode não funcionar tão bem com outra. Sempre que falamos sobre HIV e ARVs, devemos enfatizar que todo mundo é diferente. O que pode ser verdade para uma pessoa, pode não ser para outra. Um pessoa pode desenvolver resistência muito rapidamente e ficar fraca, enquanto outra pode não desenvolver resistência e ficar bem por muito tempo.

22 O melhor jeito de reduzir o desenvolvimento da resistência é...
Reduzir resistência O melhor jeito de reduzir o desenvolvimento da resistência é... garantir o máximo de supressão viral usando três medicamentos, com a dose correta, no horário correto, da forma correta Pontos de Discussão Se o máximo de supressão viral é mantida o tempo todo, a chance de se ter vírus mutantes é muito pequena. O melhor jeito de ter o máximo de supressão viral é tendo 100% de aderência. Se doses são esquecidas ou não são tomadas conforme indicado, os vírus mutantes vão aproveitar o intervalo para se replicarem no sangue. Sem demorar muito tempo, os vírus mutantes (e resistentes) serão tantos que o TARV não terá mais efeito.

23 Estratégias de Redução do Risco de Resistência
Excelente educação do paciente e preparação antes do TARV Perfeita aderência ao TARV Apoio dos profissionais da clínica para ajudar os pacientes a terem uma aderência perfeita Conhecimento dos obstáculos de aderência e defesa (coping) aos efeitos secundários Excelente seguimento do paciente e monitoração

24 ART e Transmissão do HIV
Às vezes, a carga viral pode diminuir tanto que chega a níveis indetectáveis Isto NÃO significa que o vírus sumiu O HIV ainda está a se reproduzir, mas não tanto a ponto de enfraquecer o sistema imunológico Como o HIV não pode ser totalmente eliminado do corpo, pessoas com HIV+ ainda podem transmitir vírus para outros Conselheiros devem sempre falar sobre prevenção e práticas seguras.

25 Guia Nacional de TARV em Moçambique

26 Dosagem Alguns medicamentos devem ser tomados uma (1) vez por dia
Outros medicamentos devem ser tomados duas (2) vezes por dia Manhã Noite Outros medicamentos devem ser tomados três (3) vezes por dia Tarde

27 TARV - Primeira Linha Normalmente, pacientes que precisam de TARV, e não fizeram o tratamento com anti-retroviral antes, começam com uma combinação de três (3) fármacos, conhecidos como “primeira linha” Em Moçambique, existe um único comprimido com os três farmácos juntos: Triomune 30 = Lamivudina (3TC), Estavudina (d4T), Nevirapina (NVP) – para pessoas que pesam menos de 60k ou Triomune 40 = Lamiuvdina (3TC), Estavudina (d4T), Nevirapina (NVP) – para pessoas que pesam mais de 60k

28 Dosagem do TARV da 1ª Linha
Medicamento Dose Lamivudina (3TC) 150 mg duas vezes por dia (de 12 em 12 horas). Nevirapina (NVP) Nas primeiras duas semanas do tratamento: 200 mg uma vez por dia. Depois de duas semanas: 200 mg duas vezes (de 12 em 12 horas) Estavudina (d4T) Se o peso é menor de 60 Kg 30 mg duas vezes por dia (de 12 em 12 horas) Se o peso é maior de 60 Kg: 40 mg duas vezes ao dia (de 12 em 12 horas)

29 Triomune 30 Lamivudina (3TC), Estavudina (d4T), Nevirapina (NVP)
Um de manhã e um a noite

30 Triomune 40 Lamivudina (3TC), Estavudina (d4T), Nevirapina (NVP)
Um de manhã e um a noite

31 Circunstâncias especiais
Quando um paciente também tem tuberculose, o médico prescreverá outro remédio no lugar da Neviparina (NVP), normalmente Efavirenz (EFV).

32 Efavirenz (EFV) [EFZ] A noite

33 Outros medicamentos anti-retrovirais
Em Moçambique, o medicamento que não contém NVP é o Coviro-LS, que aparece em forma combinada, são 30 e 40. Coviro-LS 30= Estavudiva e Lamivudina Coviro-LS 40 = Estavudina e Lamivudina Outros medicamentos: Duovir/Avicomb/Combivir = (ATC) Zidovudine, lamivudina Nelfinavir Didanosina Lamivudina 150 mg

34 Duovir ou Avicomb/Combivir (ATC) (Zidovudine+lamivudina)
Um de manhã e um a noite com: Nevirapina ou Efavirenz ou Nelfinavir

35 Nelfinavir (NLF ou NFV)
A noite com: Douvir (um de manhã e um a noite

36 Lamivir S30 (Stavudive e Lamivudine)
Um de manhã e um a noite com: Efavirenz (3 a noite)

37 Lamivir S40 (Stavudine e Lamivudine)
Um de manhã e um a noite com: Efavirenz (a noite)

38 Didanosine (DDL) Tomado como parte de: Stavudine 40 (junção) ou
Nevirapina ou Efaverenz

39 Lamivudine 150 mg (3TC) Tomado como parte de: Triomune 30 (junção) ou

40 Visitas de seguimento É muito importante que o clínico saiba monitorar a resposta do paciente ao TARV; também, que anote e administre qualquer efeito secundário Depois de iniciar o TARV, os pacientes têm consultas clínicas agendadas: A cada duas semanas durante os dois primeiros meses Mensalmente, a partir do terceiro mês

41 Efeitos Secundários do TARV

42 HIV têm sintomas x Medicamentos têm efeitos secundários
Todos os medicamentos têm efeitos secundários: Pacientes devem ser bem informados sobre efeitos secundários quando começam o TARV A maioria dos efeitos secundários podem ser gerenciados sem mudança da terapia Raramente, os efeitos secundários podem ser de risco de vida e os pacientes devem ser avisados de quando procurar ajuda médica

43 ARVs são perigosos? Percepções comuns do TARV:
“ARVs são tóxicos?” “Pessoas dizem que o tratamento é como veneno” TARV tem efeitos secundários e é bom lembrar que muitos medicamentos também tem Porque os outros medicamentos são comuns, eles não são tão discutidos Efeitos secundários do TARV dependem da pessoa e da droga Instruções para a actividade Peça aos formadores para sugerirem outros medicamentos que eles conhecem os efeitos secundários. - É bom enfatizar que cada paciente é um caso. Os medicamentos manifestarão efeitos secundários de maneira e intensidade diferentes, em cada paciente. Referir para o Material Complementar 5.4. Efeitos Secundários.

44 Efeitos Secundários comuns
A maioria dos ARVs podem causar náuseas Muitos ARVs podem causar coçeiras, prurigos e diárreias Alguns efeitos secundários dos ARVs desaparecerão com o ajuste do corpo, mas outros podem permanecer Alguns efeitos secundários dos ARVs são similares aos sintomas causados pelo HIV (por exemplo, diarréia) É importante ter certeza que o problema é do medicamento e não de doença

45 Efeitos Secundários: Aceitáveis
Transitório Pode surgir nas primeiras semanas Outros medicamentos podem ser usados para gerir/aliviar estes sintomas Apoio é necessário Encorajar a aderência Pontos de Discussão Os efeitos secundários podem variar em nível de gravidade Transitórios Podem incluir dor de cabeça, náusea, diarréia e vómito Na maioria dos casos, os clínicos decidirão se o paciente deve continuar a receber os medicamentos, enquanto está recebendo os cuidados necessários para gerir os sintomas (exemplo: analgésicos, antieméticos) Pacientes precisam de um IMENSO SUPORTE e ENCORAJAMENTO para continuar com seus regimes, mesmo enfrentado efeitos secundários Nausea ou diarréia Muitos ARVs podem causar irritações gastrointestinais como náusea e diarréia. Alguns podem trazer uma camada especial (buffered) para prevenir irritações como: didanosine or ddI, lopinavir/ritonavir, saquinavir e nelfinavir Estes efeitos secundários podem aumentar o risco de desidratação em países tropicais

46 Efeitos Secundários: Inaceitáveis
Grave – risco de vida Alguns efeitos secundários podem ser graves O médico pode precisar mudar os ARVs É essencial Identificar um efeito secundário grave rapidamente! Pontos de Discussão Pode incluir prurigo, hepatite, acidez láctica, pancreatite, hiperlipidemia, neurepatia periférica Deve ser identificada durante a monitoração de rotina Por exemplo, exames de sangue devem mostrar o nível de funcionamento do fígado. Prurigos, amarelões, lábios dormentes, podem ser visualmente observados ou relatados verbalmente. Consulte o médico se você acha que a medicação apresenta efeitos secundários severos. Enfatize que TODO efeito secundário deve ser comunicado ao clínico, para que ele possa decidir como administrar o efeito apropriadamente.

47 Sinais de efeitos adversos e toxicidade
Sinais/sintomas clínicos: Prurigo Amarelão Dor abdominal Dormência e dor nas extremidades Irregularidades no laboratório (exemplo: medula óssea, plaquetas) Pontos de Discussão Toxicidade não é comum e pode ser sério e severo. Pessoas em TARV devem ser monitoradas para verificar evidências de toxicidade Toxicidade pode ser detectada em teste de laboratório, mesmo quando não há sinais ou- sintomas. Depois de inicar o TARV, o paciente deve ser visto dentro de 1 mês e depois em 3-4 meses para avaliação clínica e teste de laboratório Pacientes em NVP devem fazer exames para verificar o funcionamento do fígado , se possível, na 2ª semana, 4ª e 8ª e a cada 6 meses depois da ocorrência de sintomas.

48 Aconselhar pacientes com Efeitos Secundários
Mesmo que nem todos os pacientes tenham efeitos secundários, TODOS devem ser aconselhados sobre efeitos secundários comuns antes de iniciar o TARV A maioria dos efeitos secundários podem ser tratados se identificados cedo Os pacientes devem ser aconselhados a irem à clínica com regularidade para monitoria, ou nos primeiros sinais de problemas Conselheiros devem falar com clínicos ou enfermeira quando o paciente conta sobre um possível efeito secundário

49 Aconselhar pacientes com Efeitos Secundários
Alguns provedores têm receio em falar sobre efeitos secundários Preocupação de que se o paciente escuta ou sabe sobre os efeitos secundários, ele terá mais tendência para desenvolvê-los/ manifestá-los Falhar em informar o paciente sobre os efeitos secundários pode fazer com que a confiança e credibilidade sejam perdidas A aderência aumenta quando o paciente sabe sobre o que esperar e como lidar com efeitos secundários

50 O que é adesão?

51 O que é Adesão? A adesão é um fenómeno comportamental, relacional, complexo e multidimensional. Há que se considerar o significado do tratamento para o utente, a motivação e compreender a importância da sua relação com a equipa. Inclui tanto a adesão aos cuidados como a adesão aos medicamentos Pontos de Discussão Diferentes fatores podem interferir na adesão, que depende de: Fatores ligados ao sujeito – conhecimento e crenças sobre a doença e o tratamento, condição de saúde mental(depressão e ansiedade), existência ou não de suporte social(estigma, discriminação, rejeição e abandono; Situação sócioeconômica(renda, habitação, condições de acesso aos serviços,alimentação; Fatores ligados ao serviço- desde o acesso aos medicamentos, consultas, exames e informações até a relação com a equipa que deve mostrar-se disponível para compreender as dificuldades do paciente e ser capaz de apoiá-lo com atenção psicossocial; Fatores ligados ao tratamento-complexidade do esquema terapeutico, efeitos indesejáveis, mudanças de hábito e de rotina, duração do tratamento e confiança na sua eficácia. Adesão ao plano de cuidado inclui: Comparecimento as consultas agendadas, realização de exames de controlo e a toma regular e correcta dos medicamentos; Inclui adesão a novos hábitos e rotinas, se necessário.( exercícios físicos, a redução do uso de alcool, cuidados de higiene,cuidados com a alimentação).

52 Adesão É um processo partilhado entre o utente, o trabalhador de saúde, família e comunidade Implica em Compreensão Consentimento Parceria No cumprimento de um plano de tratamento. Pontos de Discussão Compreensão das dificuldades que existem para fazer um tratamento complexo e contínuo por parte dos profissionais e compreensão do esquema, objetivos e possibilidades do tratamento por parte das pessoas que estão a necessitar do TARV; Profissionais e utentes devem compartilhar o processo de adesão: dificuldades e vantagens.

53 Por que adesão é tão importante?
Pontos de Discussão Os medicamentos só fazem efeito se tomados correctamente;

54 E se não tomar ou atrasar?
Remédio Pontos de Discussão È importante obedecer os horários por que a nova dose do medicamento deve começar a agir antes que termine a acção da dose anterior( ver no gráfico em verde)- horário da toma 07:00h e 19:00h. Se o medicamento não for tomado as 19:00h e sim as 22:00h por exemplo(no gráfico em azul) a concentração do medicamento diminue e seu efeito também. Na ausência de medicamento o vírus retoma sua função e reinicia o processo de replicação( Bomba). Horas do dia

55 Consequências de uma pobre adesão
Progressão da doença Aparecimento de cepas virais resistentes Limita as opções futuras de tratamento Alto custo

56 Desafios da adesão aos ARV
Medicamentos que não curam Vão ter que ser ingeridos pelo resto da vida Grande quantidade de medicamentos Efeitos colaterais Questões sociais

57 Quanto de adesão é necessário para o sucesso da terapia?
Objetivo da terapia ARV= supressão viral Terapia ARV requer adesão >95% A adesão aos medicamentos é difícil! Em média, a adesão aos medicamentos em doenças crónicas é de 60-70%

58 95% de adesão de um medicamento receitado para duas vezes por dia
60 COMPRIMIDOS POR MÊS 95% DE ADESÃO = 57 COMPRIMIDOS 93% DE ADESÃO=56 COMPRIMIDOS Pontos de Discussão Os utentes devem compreender a importância da adesão 91% DE ADESÃO=55 COMPRIMIDOS

59 Formas de Não Adesão (1) Perder uma dose de um determinado medicamento
Perder múltiplas doses de um ou mais medicamentos prescritos Perder dias de tratamento

60 Formas de Não Adesão (2) Não observar os intervalos entre as doses
Não observar as recomendações alimentares Alterar as doses prescritas Não comparecer às consultas Não fazer as análises

61 Factores que Influenciam a Adesão
RELAÇÃO COM PROFISSIONAIS CARACTERISTICAS DA DOENÇA ADESÃO ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS REGIME TERAPEUTICO Pontos de Discussão Potenciais barreiras à adesão: viagens, falta de alimentação e de trabalho, problemas com a família(segredo),falta de apoio na família,falta de privacidade,dificuldade de acesso à água e luz, compromissos profissionais e familiares; A falta de confiança no tratamento e nos remédios, dificuldades para ser atendido pela equipa nos seus problemas e crenças a respeito da doença podem afectar a qualidade da adesão. VARIÁVEIS DOS utenteS DETERMINANTES DA ADESÃO ICKOVICS& MEAD, AIDS CARE,2002

62 Pontos importantes para adesão
Sentir-se psicologicamente bem e confiar no resultado do tratamento e na equipa de saúde Ter apoio disponível da equipa de saúde Apresentar capacidade de integrar o regime da toma no seu estilo de vida Apresentar capacidade para resolução dos problemas que possam aparecer com o uso dos medicamentos Compreender o porquê de não falhar nas doses e respeitar os horários

63 Medidas de Adesão Entrevistas com utentes Teste de comprimidos
Contagem de comprimidos Registos de farmácia Registo da recepção Marcadores biológicos Dispositivos electrónicos Medidas dos níveis de medicamentos Pontos de Discussão Lembrar que é preciso ter medidas combinadas de adesão porque uma medida apenas não é suficiente. Todas as medidas tem vantagens e desvantagens.

64 Estratégias para melhorar a adesão
Aconselhamento Atenção a sinais de depressão Mapeamento de faltosos Busca activa Visitas domiciliárias Cuidados domiciliários Integração com a farmácia Diário de medicamentos Caixa de comprimidos (pill boxes) Pontos de Discussão A equipa precisa compreender as dificuldades de adesão para escolher as melhores estrategias em cada caso; A principal maneira de monitorar a adesão é estabelecer uma boa relação com o utente para que ele sinta-se livre para compartilhar suas dúvidas e dificuldades; É preciso compreender quais os sentimentos do utente em relação a doença e ao tratamento.

65 Estratégias para melhorar a adesão (2)
Apoio de familiares/cuidadores e confidentes TOD - toma observada diária Grupos de apoio Educação de pares Apoio nutricional Pontos de Discussão Os incentivos devem estar mais relacionados à satisfação do utente

66 Adesão é um Processo Contínuo
Os níveis de adesão podem mudar ao longo do tempo Pode ser influenciada por múltiplos factores. Requer uma combinação de estratégias Requer atendimento multiprofissional Requer apoio social

67 Como podemos ajudar? Pontos de Discussão
Ouvindo, compreendendo e discutindo com os utentes as possíveis soluções para as dificuldades de adesão

68 Aconselhamento O aconselhamento é um instrumento importante para a adesão. O conselheiro é um profissional chave para compreender as dificuldades de adesão O acolhimento, a entrada do utente na unidade sanitária, pode ajudar na futura adesão O conselheiro deve assegurar que todos os utentes compreendam como devem tomar e por que devem tomar correctamente os medicamentos antes de iniciar o tratamento

69 O sucesso do tratamento de uma pessoa faz a diferença na vida de muitas pessoas.


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