Adolescência e puberdade

Apresentação em tema: "Adolescência e puberdade"— Transcrição da apresentação:

1 Adolescência e puberdade
Disciplina: Psicologia do Desenvolvimento Unidade I – Puberdade e Adolescência: Aspectos histórico-científicos 4º Semestre Psicologia 2013/2

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Ritos de transição da infância à idade adulta. Ex. Cerimoniais: bat e bar mitzvah (judeus), debutantes (début - estreia), Marcas no/do corpo: mutilação genital feminina, apresentação da menarca (apaches). Legais (voto, habilitação, obrigações militares). Cognitivo: pensamento abstrato (Piaget). Sociológico: sustentação de suas escolhas sociais (trabalho, etc). “Antes do séc. XX as crianças das culturas ocidentais entravam no mundo adulto quando amadureciam fisicamente ou quando iniciavam um aprendizado vocacional.” (Papalia, 2006)

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Puberdade (Papalia, 2009, p. 440): processo pelo qual uma pessoa alcança a maturidade sexual e capacidade de reprodução → aspectos orgânicos (fenômeno de corpo). Adolescência: transição no desenvolvimento entre a infância e a idade adulta que envolve mudanças físicas, cognitivas e psicossociais → aspectos gerais.

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Tendência secular: há cerca de 100 anos – ou seja, desde o século XIX – observa-se uma tendência à redução na idade de início da puberdade em países industrializados → mudanças nos padrões de vida pelo advento da sociedade capitalista/industrial moderna. Puberdade: inegável que uma das maiores transformações na adolescência se dá a partir do corpo. Habitar um novo corpo X perda do corpo de criança.

6 Corpo na adolescência Alterações hormonais: aumento secreção de hormônios responsáveis pelo crescimento dos pelos pubianos, faciais e axilares (androgênio). Meninas: aumento estrogênio – crescimento dos genitais e seios. Meninos: aumento testosterona – aumento dos genitais e massa muscular. Efeitos: surto de crescimento (“estirão”), pelos pubianos, menstruação, ejaculação, etc.

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“Entretanto, outras influências, como sexo, o temperamento e o momento de ocorrência da puberdade, podem moderar ou até sobrepujar as influências hormonais.” (Papalia, 2006) “Que os biólogos me perdoem a audácia, mas sou dos que pensam que o inconsciente da mulher predomina amplamente sobre os seus processos hormonais.” (Badinter, 1980)

8 Adolescência e puberdade: aspectos físicos e fenômenos de corpo
Corpo e físico. “A puberdade não é a adolescência; a puberdade é esse real que as crianças encontram quando chegam à saída da infância. A puberdade, esse novo real, tem dois aspectos: por um lado, certamente o que se chama empuxo hormonal, mas que não deve ser entendido como um fenômeno exclusivamente físico. É um fenômeno de corpo, mas não é por isso um fenômeno físico”. (Stevens, 2013)

9 Imagem do corpo e estádio do espelho
Vivências: estranhamento, invasão, perda de controle: Relacionadas à transformações do corpo como imagem: A constituição da imagem do corpo próprio se faz dialeticamente por intermédio do olhar desejante do outro materno. A partir do reconhecimento de seu corpo pelo outro, ocorre a transformação subjetiva de conquista da imagem do seu próprio corpo que o espelho apresenta → júbilo, exaltação = estruturação do EU (registro Imaginário). Dolto (1984): o espelho apresenta a existência prévia de um espelho no olhar do outro → projeção.

10 Imagem do Corpo: adolescência e puberdade
Adolescência: A imagem do corpo próprio até então constituída é “estremecida” e cada detalhe – espinhas, cabelos, por exemplo - ganha amplitude e escrutínio que indicam a tentativa de nova ordenação.

11 Imagem do Corpo: adolescência e puberdade
Isto põe em jogo um conflito: corpo projetado visando aprovação do (s) outro (s) e exposto à perseguição desse olhar. O reconhecimento do “novo” corpo atravessado por tantas mudanças não estará mais submetido somente ao olhar da mãe, estará pluralizado em diversos olhares em função da expansão dos laços sociais que a criança desenvolveu até a adolescência. Mas, se as mudanças no corpo do sujeito ocorrem desde o nascimento, por que na adolescência elas imprimem vivências tão críticas?

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Mudança de estatuto do corpo na adolescência: Advento da sexualidade adulta. Freud (1905): Há sexualidade na infância, o que indica que ela não se dirige somente à reprodução. Esta sexualidade é perversa polimorfa: busca o prazer, pois a pulsão é múltipla, e variável. Na puberdade as zonas erógenas ficam subordinadas à zona genital. Freud (1923): na puberdade, o interesse nos genitais assume uma significação dominante, não pela primazia do órgão, mas do falo.

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A partir de Freud temos que a problemática genital ocorrida a partir da puberdade, põe em jogo o corpo, não somente como imagem ordenada pelo olhar do outro, mas também como objeto de investimento pulsional. Este duplo ordenamento será a tarefa do adolescente. Veremos posteriormente como se dá esta resolução sexual do adolescente.

14 Adolescência e Puberdade
O que é desenvolvimento humano e quais os principais objetivos de seu estudo? Por que podemos dizer que os estudos sobre o desenvolvimento humano - que envolvem a periodização da vida - são uma construção social? Conceitue e comente: Puberdade. Adolescência. A que podemos atribuir as vivências de estranhamento, invasão, perda de controle do corpo que os adolescentes podem atravessar nesta transição?

15 Referências Bibliográficas
BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. RJ: Nova Fronteira, 1985. FREUD, S. Organização genital infantil. IN: ESB, vol.XIX, RJ: Imago, 1987. PAPALIA, Diane. Desenvolvimento Humano. 9ª Ed. Porto Alegre: Artmed, Pp