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ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM REUMATOLOGIA

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Apresentação em tema: "ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM REUMATOLOGIA"— Transcrição da apresentação:

1 ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM REUMATOLOGIA
Prof. Gebrim

2 1-Anamnese Na reumatologia o diagnóstico tem como passos iniciais a anamnese e o exame físico do paciente, etapas que se executadas corretamente, permitem o esclarecimento diagnóstico de 80% das afecções reumáticas; ficando os restantes 20% reservados para os exames laboratoriais, radiológicos, anatomopatológicos e acompanhamento da evolução clínica. As normas da anamnese do doente reumático não diferem daquelas que devem ser obedecidas em qualquer das especialidades clínicas É necessário saber ouvir o paciente, deixá-lo falar e explicar o que sente na sua própria linguagem. O paciente deve dispor de tempo para relatar minuciosamente sua doença, abordando-a sob todos os aspectos possíveis Fica claro que a prática clínica atual, que tende para um atendimento massificado e, portanto, impessoal, compromete sem dúvida o exercício profissional adequado

3 Nome/Sexo/Idade/Estado Civil/Profissão/
1.1. Identificação do Paciente É o procedimento inicial da entrevista, quando se colhe a identificação do paciente, com informações sobre: Nome/Sexo/Idade/Estado Civil/Profissão/ Hábitos de vida/ Endereço/Telefone necessários quando se precisar efetuar qualquer contato com o paciente A – Nome Deve ser lembrado em todas as referências ao paciente, dando-lhe a certeza de que ele tem uma individualidade no atendimento e não é identificado somente pelo número do prontuário, ou pela doença. B- Sexo É bastante conhecido o fato de que algumas doenças são preferencialmente encontradas em determinado sexo, como por exemplo, a espondilite anquilosante, a gota (sexo masculino), e outras, como o lúpus, artrose, artrite reumatóide(sexo feminino). C – Idade Há maior incidência de determinadas patologias em certas faixas etárias; Artrite Reumatóide Juvenil e Febre Reumática na infância; Lupus e E. A nas faixas jovens; A.R. na idade adulta; O.A em idosos.

4 D – Raça A Artrite Gotosa e a E.A. são doenças mais comuns na raça branca, enquanto as manifestações osteoarticulares podem ocorrer em indivíduos de cor morena ou branca. E – Nacionalidade e Naturalidade Em nosso país são escassas as informações sobre epidemiologia das doenças reumáticas F – Profissão e Hábitos de Vida Certas profissões se caracterizam pelo aparecimento de determinadas patologias, como a lombalgia entre os trabalhadores braçais; Artrites traumáticas, tenossinovite do cotovelo e tendão de Aquiles em esportistas; Síndrome de Quervain em pianistas e lavadeiras Cervicodorsobraquialgias em costureiras e pessoas que passam muito tempo sentadas com flexão da coluna cervical A avaliação dos hábitos de vida, número de horas de trabalho e lazer é fundamental para avaliação da afecção reumática que traz o paciente à consulta É evidente que deve-ser ter bom senso, pois qualquer moléstia pode ultrapassar os limites esperados e aparecer em qualquer indivíduo, independente de sexo, idade e cor.

5 1.2 Queixa Principal e HDA Após a identificação do paciente, procura-se conhecer o motivo que o trouxe à consulta, deixando-a relatar livremente, com suas próprias palavras os seus problemas Os portadores de doenças reumáticas são geralmente pacientes crônicos, que relatam longas e confusas histórias, cuja característica principal é a dor – fenômeno subjetivo, e que os torna ansiosos. A Q.P. do paciente reumático geralmente é a dor, que pode constituir por si só toda a doença ou representar parte de um quadro geral onde outras alterações sistêmicas podem estar associadas, como febre, mal-estar ou alterações em qualquer sistema, o que muitas vezes permite um diagnóstico automático Na maioria dos processos reumáticos ocorrem fenômenos inflamatórios articulares geralmente acompanhados de dor. O objetivo ao colher a história da dor é procurar definir e delimitar quando e como se iniciou e o que a faz melhorar ou piorar, confirmar se há sintomas como febre, perda de peso, cuja presença sugere que as queixas articulares fazem parte de uma doença sistêmica A caracterização da dor, quanto à localização, modo de início, duração, ritmo, tipo, intensidade, irradiação, ajuda muito na elaboração de uma hipótese diagnóstica.

6 1.2.1 DOR A – Localização A caracterização do local da dor, evidentemente é fundamental pois sugere que este local esteja afetado; porém não se pode esquecer que a queixa dolorosa referida a determinada articulação pode ocultar patologia de outra articulação, como por exemplo dores no joelho decorrentes do acometimento do quadril. B – Modo de Início Apesar de a maioria das doenças reumáticas se iniciarem de modo insidioso (A.R/O.A); pode haver início agudo ou subagudo (gota/bursite/F.R) C – Intensidade Podem ser leves ou moderadas, como na E.A., ou intensas como na A.R/gota/Bursite/Ciática D – Duração Podem ser intermitentes ou cíclicas, como na gota/tenossinovite/bursites/lombalgias posturais; ou podem ser contínuas como na A

7 E – Ritmo De maneira geral, as patologias inflamatórias pioram pela manhã e à noite (E.A/A.R); e as degenerativas ou mecânicas com o uso da articulação em geral à tarde A rigidez pós-repouso ou pós-imobilização prolongada que comumente ocorre nas artrites inflamatórias, serve muitas vezes de parâmetro clínico evolutivo, já que a melhora clínica coincide com a diminuição do período de rigidez F – Irradiação Quando há compressão nervosa (radicular cervical, lombar) podem ocorrer freqüentemente queixas de irradiação (choque/formigamento) para membros e extremidades, levando a uma confusão diagnóstica quanto à localização de foco doloroso

8 A poliartralgia é uma queixa bastante comum e inespecífica
1.3 Queixas Articulares Quando a dor é referida à articulação (artralgia), não significa que provenha necessariamente do interior da articulação, podendo ter origem em estruturas ao redor dela. A poliartralgia é uma queixa bastante comum e inespecífica Habitualmente surge após esforço além da capacidade do indivíduo, ou pós-virais, em geral dura menos de seis semanas Quando durar mais que isso, em qualquer idade, o paciente deve ficar sob observação cuidadosa (os idosos com poliartralgia devem ser cuidadosamente investigadas, pois há o risco de a queixa ser parte da manifestação de um neoplasia) Podemos encontrar o dolorimento difuso das articulações e músculos em condições benignas, pós-virais, síndromes de tecidos moles, FMS. Outro sintoma articular comumente referido pelo paciente e confundido com a dor é a rigidez pós-imobilização prolongada, que sugere doença inflamatória articular (Sinovite)

9 1.4 Queixas Gerais A – Fadiga É o sintoma mais freqüente nas doenças reumáticas em atividade, pode preceder o reconhecimento do quadro reumático e é muito comum na A.R. B – Febre/Calafrios/Sudorese Possibilidade de representar uma intercorrência infecciosa (A.S/Gota) 1.5 Atividade da Vida Diária O conhecimento da habilidade do paciente para executar as atividades da vida diária, como tomar banho, fazer a barba, vestir-se, locomover-se fora e dentro de casa, alimentar-se sozinho, uso de drogas, álcool, fumo, traz importantes informações a respeito do impacto causado pela doença. E principalmente, essas informações podem ser usadas como parâmetros de avaliação da progressão e gravidade da doença, assim como do sucesso do planejamento terapêutico

10 1.6 Conclusão De posse dos dados colhidos na identificação do paciente, da definição de sua queixa principal, do relato da história da doença atual, história pregressa, deve-se então estabelecer hipóteses diagnósticas através do exame físico que é a próxima etapa a ser abordada Só após reunir todas as informações colhidas na anamnese e no exame físico é que se deve avaliar a necessidade da realização de exames complementares, para um diagnóstico e uma proposição do plano terapêutico ao paciente.

11 2. Exame Físico Um exame físico cuidadoso confirma os dados obtidos através da anamnese e pode estabelecer uma base sólida para o diagnóstico O exame deve ser realizado com o paciente despido ou com roupas íntimas – traje de banho ou ginástica 3. Exame Articular Os métodos semiológicos habitualmente usados são: Inspeção; Palpação; Mensuração Angular; Exame Motor; Mensuração Linear; Testes Específicos; Palpação, associados à avaliação dos movimentos articulares A – Inspeção Comparar articulações homólogas, a fim de detectar alterações de alinhamento, forma, volume, alteração da pele e deformidades e hipotrofias musculares. B – Palpação Com a palpação confirma-se a existência real das alterações sugeridas pela inspeção como: tumefação, calor articular, creptações, derrames articulares e a existência de pontos dolorosos à digitopressão

12 C – Mobilidade Articular
Através da exploração da mobilidade articular podem-se detectar alterações na ADM articulares que se apresenta reduzida nos processos degenerativos, inflamatórios articulares e periarticulares. A mobilidade articular deve ser pesquisada de modo ativo e passivo. A ADM articular pode ser registrada de forma quantitativa, através da medida do ângulo formado pelo eixo das extremidades articulares, utilizando-se um aparelho simples como o goniômetro. 3.1 Sinais Articulares Inflamação Calor Verificado através da palpação e comparando-se sempre a temperatura encontrada com a articulação homóloga contralateral (verificar antes de qualquer terapêutica) Derrame Corresponde ao aumento de volume do líquido sinovial no interior da articulação, sendo detectado através da palpação e inspeção. Os sinais inflamatórios podem ser detectados em uma única ou em várias articulações ao mesmo tempo (monoartrite ou poliartrite) A monoartrite comum na gota e A.S A poliartrite é achado freqüente para o reumatologista tendo três padrões principais: aditivo como na A.R, Migratório como na F.R e na A.S, e Intermitente como na gota. Pode-se observar o acometimento articular periférico, como na A.R.; axial na E.A; ou misto na O.A

13 Deformidades Provocam alterações da forma normal da articulação por variação de volume ou posição de seus componentes ósseos Podem ser congênitos, como pé plano ou surgir durante o desenvolvimento como alterações da curvatura vertebral; assim como podem ocorrer no curso da enfermidade quando tem valor semiológico com os nódulos interfalangeanos. Ruídos Os estalos são ruídos de tons altos e breve duração, ouvidos isoladamente, que podem ser provocados pela separação brusca das superfícies articulares, extremidades ósseas incongruentes. São geralmente indolores, sem expressão clínica e não se acompanham de alterações da função articular Crepitações Possuem tons baixos, menos bruscas, múltiplas e de freqüência incontável Podem ser audíveis e/ou palpáveis somente quando se aplica a palma da mão sobre a articulação em movimento (característica da OA) Limitação do Movimento Deve-se a alterações próprias das articulações ou de estruturas periarticulares que interferem com a ADM normal, e é explorada através da mobilização passiva, ativa-assistida. Pode ser parcial ou total  Anquilose Articular

14 Bloqueios Consistem na interrupção brusca do movimento, impedindo que a articulação retorne à situação articular inicial Costumam acompanhar-se de dor e derrame intra-articular, sendo habitualmente assintomáticos e transitórios, podendo se tornar persistentes. São provocados por rupturas meniscais, corpos livres e subluxações Rigidez pós-repouso Também chamada de “ rigidez matinal” ou “ enrijecimento matinal”, fazem parte dos critérios para o diagnóstico da A.R Artrite Significa processo inflamatório da articulação, tendo como base anatomopatológica a sinovite (inflamação da membrana sinovial) Traduz-se clinicamente por aumento de volume da articulação (edema), acompanhado de elevação da temperatura local (calor); de dor e de modificação da coloração da pele (rubor) Não confundir Artralgia com Artrite Os processos inflamatórios do aparelho locomotor (artrites) podem ser de causa traumática, imunológica, infecciosa, metabólica, neoplásica


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