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Prof. Rodrigo Alves do Carmo
Anemias Hemolíticas Prof. Rodrigo Alves do Carmo Referência: Hoffbrand, A.V.; MOSS, P.A; PETTIT, J.E.: Fundamentos em Hematologia. 6ª ed.
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Destruição normal dos eritrócitos
Sobrevida normal: 120 dias Sobrevida média em anemia hemolítica: 30 dias Local de hemólise: Extravascular: SRE (M.O., fígado e baço) Intravascular: sistema circulatório
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Hemoglobina-Haptoglobina
urobilinogênio Hemoglobina-Haptoglobina ↓ [Haptoglobina] S.R.E.
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Produção de eritrócitos Sobrevida eritrocitária
HEMÓLISE Hiperplasia Eritropoética Produção de eritrócitos 6 a 8 vezes maior Doença Hemolítica compensada Sobrevida eritrocitária diminuída (< 30 dias) Anemia (não compensada)
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Características Clínicas gerais das Anemias hemolíticas
Palidez de mucosas; Icterícia leve (flutuante); Esplenomegalia; Cálculos biliares (bilirrubina); Hemoglobinúria; Hemossiderinúria; Crises aplásticas com infecção por parvovírus (↓ reticulócitos)
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Classificação das Anemias Hemolíticas
HEREDITÁRIA ADQUIRIDA Membrana: Esferocitose hereditária Eliptocitose hereditária Imunológica Auto-imune Alo-imune Metabolismo (enzimática): Defic. de G6PD Defic. de piruvato-quinase Síndrome de fragmentação de eritrócitos (enxertos artificiais, válvulas cardíacas) Sínd. de fragmentação eritrocitária Hemoglobinúria da Marcha Infecções Malária, clostrídio Hemoglobina: Hemoglobina Anormal (Hb S, Hb C, instável) Secundária Hepatopatias e nefropatias Hemoglobinúria Paroxística Noturna
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Analise o eritrograma Eritrócitos: 3,53 M/mm3 Hemoglobina: 10,4 g/dL
Hematócrito: 29,2 % VCM ,7 fL HCM ,46 pg CHCM ,6 % hipercromia RDW ,8% Reticulócitos 7,6% = /mm3 Morfologia eritrocitária: Anisopoiquilocitose com Esferócitos (3+) e Policromatofilia (2+)
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Esferocitose Hereditária
Doença genética autossômica dominante com expressão variável heterozigose homozigose incompatível com a vida comum em europeus do norte Manifesta-se antes dos 10 anos
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Esferocitose Hereditária
Patogenia: Defeitos nas proteínas de interações verticais citoesqueleto x camada lipídica: Deficiência ou anormalidade de anquirina Deficiência ou anormalidade da espectrina Anormalidade da palidina (proteína 4.2)
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Representação da Membrana eritrocitária
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Clínica da EH Anemia Icterícia (flutuante)
Icterícia intensa quando associada à doença de Gilbert (defeito na conjugação hepática de bilirrubina) Esplenomegalia (maioria dos pacientes) Colelitíase (bilirrubina) Pode haver crise aplástica precipitada por infecção por parvovírus (↑ anemia)
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Achados laboratoriais na EH
Anemia Hb 8,0 a 11,0 g/dL Reticulocitose: 5 a 20% Anisocitose (RDW elevado) com esferócitos e microesferócitos CHCM geralmente acima de 35,0 VCM nem sempre está baixo Policromatofilia Bilirrubina indireta elevada Fragilidade osmótica aumentada
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Teste de Fragilidade Osmótica
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Investigação da EH Teste de deficiência da banda 3 (substitui o teste de fragilidade osmótica) Teste direto de antiglobulina (Coombs direto) negativo
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Coloração da eosina-5-maleimida
em esferocitose hereditária (HS) mostrando média diminuída no canal de fluorescência pela deficiência de proteína banda 3
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Tratamento da EH Esplenectomia
Necessidade avaliada pela anemia e litíase biliar Eleva a hemoglobina, mas persistem esferócitos – formados no resto do SRE
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Esferócitos - fotomicrografia eletrônica
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Alguns esferócitos mostrando lesões de membrana
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1 hemácia normal com vários esferócitos – fotomicrografia eletrônica
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Esfregaço sanguíneo na EH
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Esfregaço sanguíneo na EH
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Analise o eritrograma Eritrócitos: 3,88 Milhões/mm3
Hemoglobina: 11,4 g/dL Hematócrito: % VCM ,0 fL HCM ,4 pg CHCM ,5 % RDW ,0% Morfologia: Anisocitose ++ com Eliptócitos (+++) e Policromatofilia +
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Eliptocitose Hereditária
Doença herdada com defeito no citoesqueleto: Mutantes da α ou β-espectrina levando à formação de dímero defeituoso da espectrina Mutantes da α ou β-espectrina levando a associações defeituosas espectrina-anquirina Deficiência ou anormalidade da proteína 4.1 Anormalidade da banda 3 Clínica: Semelhante à esferocitose hereditária, porém mais branda
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Eliptócito (ao centro) – fotomicrografia eletrônica
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A.H. Por Defeitos no Metabolismo Eritrocitário
Deficiência de Glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD); Deficiência de Glutationa Defeitos da via Glicolítica (Embden-Meyerhof) def. Piruvato-quinase Deficiência de 5’piridino-nucleotidase
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Caso Clínico IDENTIFICAÇÃO Motivo de Internamento
Indivíduo caucasiano do sexo masculino, 22 anos de idade Motivo de Internamento Febre, arrepios, anorexia, fortes dores abdominais, urina escura, náuseas e diarreia (3 dias consecutivos) Antecedentes patológicos Alergias sazonais Chamemos-lhe J. Medicado, nas crises alérgicas, com fexofenadina (10 mg/dia) (anti-histamínico H1 não sedativo) Internado com icterícia neonatal Antecedentes fisiológicos Consome bebidas alcoólicas apenas ocasionalmente, não fuma nem consome drogas de abuso
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Resultados das Análises Laboratoriais
Anemia moderada [Hb] = 8,9 g/dl (N =14-18 g/dl) Hematócrito = 29% (N= %) GV fragmentados e ausência de reticulócitos Nº de GB = p/ mm³ (N = GB p/mm3) Corpos de Heinz nos GV Valores normais de glicose e eletrólitos [ureia] = 30 mg/dL [creatinina] = 1 mg/dL
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Resultados das Análises Laboratoriais
Atividade da alanina aminotransferase = 50 UI/L (Nmáx.= 31UI/L) Atividade da aspartato aminotransferase = 50UI/L (Nmáx.= 31UI/L) Atividade da fosfatase alcalina = 146UI/L (N= 120 UI/L) [Bilirrubina total ] = 2.2 mg/dl (maioritariamente indireta (N= 1,2 mg/dl) Urina escura, com vestígios de proteínas (entre as quais Hb) e de bilirrubina; sem glicose ou corpos cetônicos
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Deficiência de G6PD Grande variedade genética
Herança ligada ao sexo acomete homens sendo carreada por mulheres Heterozigotas (portadoras) metade dos valores médios de G6PD (vantagem ao P. falciparum)
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Distribuição global das variantes do gene G6PD causando deficiência de G6PD
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Deficiência de G6PD Clínica: Em geral assintomática.
Principais síndromes são: Anemia hemolítica aguda em resposta a estresse oxidante hemólise intravascular (hemoglobinúria + hemossiderinúria) Icterícia neonatal Raramente anemia hemolítica congênita não esferocítica
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Deficiência de G6PD Diagnóstico: Fora das crises: Nas crises:
hemograma normal Dosagem baixa da enzima G6PD nos eritrócitos Nas crises: hemograma com hemácias irregularmente contraídas e fragmentadas, “mordidas” e “vesiculares”. Corpúsculo de Heinz podem ser encontrados G6PD pode estar normal na fase aguda
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Esfregaço sanguíneo - MGG
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Corpos de Heinz em crise hemolítica por def. G6PD
(Azul de Cresil Brilhante)
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Tratamento da deficiência de G6PD
Retirada da droga lesiva (precipitante ou indutora) Aumento do débito urinário Transfusão quando necessária
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Deficiência de Glutationa
Síndrome semelhante à def. G6PD
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Defeitos da Via Glicolítica (Embden-Meyerhof)
Incomuns Causam anemia hemolítica congênita não esferocítica Principal: deficiência de Piruvato-quinase (PK)
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Deficiência de Piruvato-quinase (PK)
Autossômica recessiva, acometendo homozigotos ou duplamente heterozigotos. Eritrócito rigidez de membrana (↓ ATP) Os homozigotos sinais variáveis: Hemólise crônica, normocítica e normocrômica, VCM variável de acordo com o número de reticulócitos. Gravidade variável: Hb = 4-10g/dL Deve-se pensar em deficiência de PK frente a qualquer caso anemia hemolítica congênita não esferocítica
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Deficiência de Piruvato-quinase (PK)
Diagnóstico: Hemograma: Poiquilocitose com células espinhosas e distorcidas Auto-hemólise aumentada, porém não é corrigida por glicose Dosagem de PK eritrocitária para conclusão diagnóstica
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Auto-hemólise positiva não corrigida pela glicose
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Tratamento da defiência de Piruvato-quinase (PK)
Esplenectomia pode ser indicada em pacientes que necessitam de transfusões, mas não cura.
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Esfregaço sanguíneo na Deficiência da Piruvato-quinase PK (crises)
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