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Identidade na Pós-modernidade: algumas considerações Caxias do Sul, 21 e 22 de junho de 2008.

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1 Identidade na Pós-modernidade: algumas considerações Caxias do Sul, 21 e 22 de junho de 2008

2 “Identidade é o conjunto, em processo, de traços resultantes da interação entre os sujeitos, diferenciando-se e considerados diferentes uns dos outros ou assemelhando-se e considerados semelhantes uns aos outros, e carregando em si as trajetórias vividas por estes sujeitos, em nível individual e coletivo e na interação entre os dois, os motivos pelos quais eles são movidos (as suas maneiras de agir, a intensidade da adesão e o senso estratégico de que são portadores) em função de seus diferentes projetos, individuais e coletivos.” (Follmann, 2001) Identidade na pós-modernidade: algumas considerações

3 - Como já discutido inicialmente ontem, não há “rigidez” na questão identidade. - Ela torna-se uma identidade em curso, construída em processos transitórios, fugazes, temporais, de negociação. (Santos, 2001). - Este fator influencia diretamente questões de quem são os amigos e inimigos, quais sãos as causas sociais, o que é e/ou quem é esquerda e direita, como lidar com o trabalho, no que e porque me engajo, etc. Identidade na pós-modernidade: algumas considerações

4 - Questiona-se cada vez mais a necessidade e a possibilidade de uma identidade totalizante (de classe, de povo, de esquerda/direita,...) - Na modernidade, mesmo havendo a tensão da identidade entre o individual e o coletivo, ela está mais vinculada ao coletivo, a alguns vínculos como o étnico, o religioso, o vínculo de classe, etc. (Santos, 2001) - Nenhum deste vínculo parece dar conta de uma “identidade maior” maior na pós-modernidade. Há um processo de descontextualização da(s) identidade(s). Identidade na pós-modernidade: algumas considerações

5 - Forma-se um não vínculo, um vazio do sujeito, que leva a necessidade de repensar os vínculos: declínio da política de classe e partidária, do estado-nação... - Para Santos (2001) é uma fase de transição onde a marca da identidade é a contradição e o vazio do sujeito. - Este sujeito é capaz de ser solidário em uma doação, no trabalho voluntário e, ao mesmo tempo, não se incomodar com a pobreza extrema. É capaz de ter consciência ecológica mas agredir a natureza em nome da sua “qualidade de vida”. Identidade na pós-modernidade: algumas considerações

6 - Há então um vazio de sentidos. Nesse aspecto o imaterial, o simbólico, passa a ter independência e grande valorização diante do material. E o capitalismo (talvez) tenha entendido isso muito rápido. - Então, mesmo num contexto de não hegemonia, de identidades e valores particularizados ou não identidades e valores (totalizantes), de desregulamentação, o capitalismo não perde a sua hegemonia (Santos, 2001). Identidade na pós-modernidade: algumas considerações

7 A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós- modernidade Caxias do Sul, 21 e 22 de junho de 2008

8 - Historicamente a sociedade pareceu “presa” as grandes corporações que regulam o mercado ou ao socialismo de Estado (Sennett, 2006). Segundo o autor: - “O reinado socialista dos planos qüinqüenais e do controle econômico centralizado acabou. E também se foi a corporação capitalista que proporcionava empregos vitalícios, fornecendo os mesmos produtos ano após ano”. - Então nos vimos livres (na pós-modernidade) para estabelecer novos vínculos, novos valores, novas identidades, novas comunidades...Será? Sim e não! A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

9 - Como vimos, o contexto pós-moderno trouxe à cultura, à identidade, à vida das pessoas um sentimento e uma realidade fragmentada. - Então, como valor presente hoje, está a possibilidade de eu me vincular e desvincular as coisas, aos movimentos, as pessoas e aos sentimentos, de forma muito rápida e “mais ou menos autônoma” - Esta cultura pós-moderna trouxe ainda a visão do presente em detrimento da visão do passado/futuro, o que dificulta qualquer projeto de prazo maior, inclusive a questão da transcendência e da nossa missão na Terra. A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

10 - Assim abro possibilidades para uma cultura de valores frágeis e efêmeros, onde o papel da mídia, por exemplo, passa a ser muito importante, se não decisivo. - A cultura do novo capitalismo, adaptada a este contexto pós-moderno nos ajuda a entender os (novos) valores desta época em que vivemos, quando mostra: a) Instituições fragmentadas e a fragmentação da vida das pessoas. b) Espaços de trabalho que mais parecem rodoviárias (estações ferroviárias) e não comunidades. A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

11 c) Vida familiar desorientada. d) Crença do sujeito muito mais relacionada a idéia de indivíduo (você pode, você deve – transcendência/vínculo?). e) Seguir em frente como premissa básica. - Mas qual é a cultura e os valores capazes de permitir que o ser humano viva (sobreviva) em condições sociais e culturais instáveis e fragmentárias? A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

12 - É uma cultura que baseia seus valores e práticas em três dimensões principais: a) Tempo/Prazo: como manter relações, identidades, cultivar valores, numa realidade onde impera a cultura o valor do “curto prazo”, o efêmero? O indivíduo precisa construir valores e sentidos que o permitam improvisar, a qualquer momento, a narrativa da sua própria vida. É quase que o não valor, o não sentido, do valor efêmero e do não vinculo a mim mesmo e as minhas coisas e trajetórias... A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

13 b) Talento/Utilidade (não utilitarismo): como valorizar e respeitar as diferenças, os diferentes talentos e contribuições em uma cultura onde a vida útil de quase tudo e todos tende a ser cada vez mais curta? Onde a tecnologia e a ciência invalidam e criam/renovam capacitações a todo momento. Até onde esta renovação destrói e cria valores e identidades. O talento é uma questão de cultura. Ou seja, temos hoje a cultura baseada em valores de “destruição criativa”. É “normal” destruir produtos, pessoas, valores, capacidades, o meio... A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

14 c) Não vinculação/superficialidade: os valores e bases culturais descritas anteriormente faz com que seja cada vez mais difícil a vinculação, seja ela ao passado, ao meu trabalho, a um projeto político, a uma questão religiosa, ao meio onde vivo... Assim se perde aos poucos o valor do sentido, da significação da relação com as coisas, com as pessoas, com os gestos, com as ações...perde-se o valor reflexivo de tudo isso – “valor da superficialidade” Estabelecemos hoje, em função dos novos valores e da cultura do novo capitalismo, muito mais transações do que relações. A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

15 - Segundo Sennett (2006) estes valores e cultura levam a “uma individualidade voltada para o curto prazo, preocupada com as habilidades potenciais e disposta a abrir mão das experiências passadas, que só pode ser encontrada em seres humanos nada comuns. A maioria das pessoas não é assim, precisando de uma narrativa contínua em suas vidas, orgulhando-se da sua capacitação em algo específico e valorizando as experiências por que passou. Desse modo, o atual ideal cultural necessário, faz mal a muitos dos que nele vivem”. A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

16 Resumindo e sistematizando, temos uma cultura e valores na pós-modernidade que incentivam/geram: - A efemeridade, fragilidade e superficialidade dos vínculos com tudo e todos. - Transações e não relações. - A fragmentação do político, do econômico, do social e, portanto, a dificuldade dos movimentos coletivos. - Portanto a busca da autonomia (mais completa possível) do sujeito, do indivíduo, pela racionalidade, pela técnica, pelo pós-humano. A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

17 Resumindo e sistematizando, temos uma cultura e valores na pós-modernidade que incentivam/geram: - Uma necessidade pelo valor/sentimento da superpotência; - Um sentimento de independência em relação ao meio, aos outros; - Neste sentido, uma validação de todo e qualquer experiência que eu queira e possa viver. - O prazer, o objetivo no curto prazo, mesmo que em experiências efêmeras e não em projetos futuros. A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

18 Resumindo e sistematizando, temos uma cultura e valores na pós-modernidade que incentivam/geram: - Uma valorização do valor simbólico, do imaterial, mas não no sentido da transcendência. - O paradigma da paixão autoconsumptiva: eu crio meus valores e desejos e os extingo rapidamente também. - Esta paixão autoconsumptiva valida o desperdício, a concentração de recursos, a destruição “criativa”, o medo e o sentimento da inutilidade. A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

19 E neste contexto que somos desafiados a pensar a cidadania, os direitos, o coletivo, a cultura, os valores, a religião, a economia..., num paradigma muito mais de MULTIDÃO do que de povo, de classe, de unidade. Esta cultura do novo capitalismo, os valores apresentados, a multidão, podem nos levar a superação da crise ou seu aprofundamento. O certo é que nos deixaram num paradigma de crise civilizacional. TRABALHOS EM GRUPO A Cultura do Novo Capitalismo: (novos) valores e crise civilizacional na pós-modernidade

20 HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Multidão: guerra e democracia na era do Império. São Paulo: Record, 2005. LE GOFF, J. Por amor às cidades: conversações com Jean Lebrun. Tradução Reginaldo Carmello Corrêa de Morais. São Paulo: Fundação Editora da UNESP. NEUTZLING, Inácio. Sociedade do Trabalho e Sociedade Sustentável: algumas aproximações. In: OSOWSKI, Cecília; MÉLO, José Luiz Bica. O Ensino Social da Igreja e a globalização. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2003. SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 8ed. – São Paulo: Cortez, 2001. SENNETT, Richard. A cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2006. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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